Eu não acredito em nada disso.
Quando se rola com pressão elevada nos pneus, o pneumático dificilmente deforma-se. Assim, a bicla rola muito depressa mas saltita por tudo e por nada, a roda detrás patina, o desconforto é grande...
Por outro lado, a pressão baixa permite ter aderencia em todos os tipos de piso e o conforto é fantástico. Ou seja, é preciso aprender a rolar com pressões baixas em função do tipo de pneumático, do tipo de terreno, da vertente do btt praticado, do peso do piloto, do tipo de bike...
Há duas formas de ver a pressão mais adequada:
A primeira é muito simples, é só pegar no peso do piloto e dividir por 30. O resultado será a pressão a usar nos pneus em bar. Exemplo: um fanático do XC amador pesa 80kg e usa pneus 2.00. Ele deve usá-los @2.6-2.7 bar (+/- 0.2bar).
A segunda forma permite determinar a pressão mínima. Exemplo: um aficionado do Enduro pesa 100kg e usa pneus 2.35 @2.3-2.4bar. Esse sujeito deve ir para o alcatrão e fazer uma curva rápida com uma inclinando acentuadamente o corpo como se fosse uma curva agressiva. Se o flaco do pneu da frente não deformar, baixa-se a pressão. Uns 0.2bar... Repetir a operação até o flaco deformar numa curva. Quando isso acontecer, o piloto fica a saber a pressão mínima daquele pneu para o peso dele.
Por exemplo, a Sardinha tem dois Specialized Houffalize 1.8". Eu + Sardinha = 54psi à frente e 65psi atrás. Esta é a pressão ideal para todo o tipo de terreno. Lógico que se eu quiser pedalar em areia, o melhor é usar outros pneus. Tirar ar dos pneus é o pior pois se a areia são 5% do percurso que tenciono fazer...
P.S. - Sardinha é a minha bike actual. Giant Terrago '99(hard tail), com tudo do pior. Só o guiador Easton é que valoriza a bike.