Matrículas, capacetes obrigatórios, IUCs e seguros obrigatórios são tudo medidas que prejudicam a promoção e uso da bicicleta.
Não é uma questão de não se querer pagar ou ter chatice. São ERROS enormes, identificados por quem estuda estes assuntos.
Mais gente a utilizar bicicleta no geral, significa mais saúde, logo menos despesa no SNS
Mais gente a utilizar bicicleta como meio de transporte, traduz-se em menos automóveis a circular, menos poluição, menos acidentes, menos congestionamento, menos importações de petróleo... logo, MUITO menos despesa para o estado.
Qualquer das medidas acima referidas, funcionam como obstáculo à utilização da bicicleta - e isto não é "achismo", são factos comprovados e mais que estudados.
Dito isto, cada um deve tomar as devidas precauções para se proteger.
Mas casos insólitos do ciclista que se esbarra contra o automóvel e não paga, são isso mesmo - casos insólitos! Ao contrário do que querem dar a entender, quem destrói propriedade alheia, é responsabilizado e a justiça embora por vezes complicada e demorada, funciona. Mas mesmo que não funcionasse, nunca seria razão para aprovar uma lei que não faz sentido, ao prejudicar muito mais gente.
Quase todos aqui somos entusiastas da bicicleta. Para nós, se qualquer uma destas coisas fosse implementada, não era por isso que deixaria de andar. Mas se queremos que a bicicleta passe a ser algo mais do que um desporto para entusiastas (e mesmo nesta vertente, se queremos que o desporto cresça), não é criando barreiras ao mesmo que isso vai suceder.
A maioria da população tem contacto com a bicicleta muito esporadicamente. Mas é deste contacto esporádico que aparecem os entusiastas como nós. É desta forma que as pessoas começam a experimentar ir um dia no ano para o trabalho, que talvez depois passe a ser um dia por mês, por semana... e quem sabe todos os dias.
Introduzam-se qualquer um destes obstáculos, e matamos o contacto esporádico, matamos o crescimento da modalidade, matamos o crescimento do recurso à bicicleta como meio de transporte.