Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas

AFP70

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@cyber_ne,

Obrigado por seguir.

Utilizo este equipamento.

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Cumpts ;),
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Não precisei de 620 anos para percorrer o “Aletsch”…

“Aquilo que para nós faz a felicidade ou a infelicidade da nossa vida constitui para qualquer outro um facto quase impercetível”, assim escreveu Marcel Proust e em verdade vos digo, sou de natureza a ser feliz com muito pouco, pois só assim se consegue aguentar as agruras com que por vezes a vida nos brinda.

“Ça c’est juste pour la petite histoire”…

Desta vez e porque há mais de 2 anos não punha lá os pés, resolvi presentear o meu companheiro Luís com uma ida ao maior glaciar das Terras Helvéticas o “Glacier d’Aletsch”. A última vez que por lá andei foi em 21.09.2012, ver crónica N°31 ou post 214, pág.22 do Fórum BTT.

Mesmo estando esta volta perfeitamente catalogada, não resisti à tentação. Peço desculpa ;).

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº059).

O teleférico, ali atrás deixa-nos a 2.869 mts. Aqui estamos a 2.910 mts. O Luís nunca se viu noutra :D. Já só faltam 17 mts para atingir o cume.
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“Eggishorn” a 2.927 mts. Daqui vamos até aquela encosta junto ao meu rosto e depois regressamos até aquele caminho em baixo do lado esquerdo da foto (o que está por cima daquele pequeno lago). Parece fácil, mas falamos de quase 2,5 horas de caminhada para +/- 6 kms.
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Esta zona é sobretudo constituída de grandes calhaus resultante da desagregação da rocha. Alguns pesam algumas toneladas. Em pano de fundo, o glaciar de “Fiescher” com os seus 16 kms e o “Fiescherhorn” a 4.049 mts.
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Mais uma para o caminho.
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Zona mais calma (sempre aparente).
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Em minha opinião, a foto do dia. Obrigado Luís!
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Que somos nós perante a grandiosidade destes cenários!
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O vermelho até que contrasta bem!
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A cabana de “Gletscherstube” junto ao lago “Vordersee” a 2.360 mts. Viemos de lá de cima. Para quem gostar de viver em total autarcia, estes são bons locais para se trabalhar, pois estas cabanas encontram-se abertas +/- 6 meses por ano; algumas no verão e outras no inverno, dependendo da localização.
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A caminho das cabanas de “Marjelen”, antigo refúgio de pastores.
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Se não fossem as montanhas, digam lá se não recorda Trás-os-Montes!
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Encontramo-nos a 2.350 mts e aqueles caminhos lá ao fundo a 1.575 mts. Não é que enquanto metíamos alguma coisa no bucho surge-nos um casal vindo de “nowhere”. Ele há coisas do cara…
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Lago “Vordersee” a 2.360 mts.
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Palavras para quê!
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A melhor parte desta zona está ainda para vir.
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O objetivo é chegar à entrada do glaciar. Não esquecer que daqui, lá são somente 100 mts de desnível para 350 mts de caminhada.
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“Can you find Wally?”
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Pois aqui vai uma ajuda!
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Ai Luís se soubesses o que te aguarda! A sorte é que o meu companheiro não sofre de vertigens caso contrário para atingir a entrada do glaciar teria de fazer cerca de 2,5 kms.
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Depois vai ser subir aquela encosta e caminhar por detrás daquela montanha ao fundo. Mais ou menos 3 horas.
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A partir daqui é que a porca torce o rabo ;).
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O perto ali tão longe!
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Esta foto recorda-me aquela anedota do Joãozinho quando aprende a andar de bicicleta. Olha papá agora sem uma mão. Agora sem duas mãos. E quando o pai dá por ela, já era sem 3 dentes :D. Aqui realmente foi complicado, tivemos como sempre que improvisar.
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Até parece que o “Je” está a marchar na lua. O fotógrafo é mesmo bom, conseguiu dar a sensação que vou pisar o glaciar mesmo em frente, só que não esqueçam que estamos numa aresta e do outro lado é o precipício. Para quê correr tantos riscos dirão vocês. Não sei, preciso disto para me sentir vivo!
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Brinca, brinca enquanto podes, pois não sabes o que te aguarda!
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A prova provada.
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Foi o Luís que insistiu!
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Parte da encosta que tivemos de descer, sem cordas ou cabos. Sabiam que nesta zona o gelo consegue ter perto de 900 mts de profundidade!
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Naquela mancha verde, o caminho visível que nos conduziu à encosta do lado esquerdo da montanha. “Just to have an idea”, não interpretem isto como exibição, pois estamos bem conscientes dos perigos que corremos.
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Dá que pensar, não dá Luís!
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Mais 3 horitas para chegar ao teleférico.
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Um último adeus ou até qualquer dia ao maior glaciar das Terras Helvéticas “Glacier d’Aletsch”, com os seus quase 24 kms de comprimento e 1,5 kms de largura, inscrito no património mundial da humanidade pela UNESCO. Qualquer dia tenho mais um amigo a “cravar-me” para ir lá dar um salto e eu como sempre neste caso, não digo que não, aliás é sempre um sacrifício lá ir :D.
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Perante estes grandiosos cenários, que mais pode um homem querer?
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O Luís fez questão de estar em quase todas as fotos ;). Qual dos dois caminhos vamos utilizar? Pois claro, o de cima! Coisas fáceis mesmo que aparentemente não são para o nosso palato!
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Ainda deu para fotografar um helicóptero da REGA em missão.
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Adoro este contraste de cores. Não consigo parar de “chapear” é mais forte do que “moi”! A título de curiosidade o gelo demora +/- 620 anos a percorrer os quase 24 kms.
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Como quase sempre, temos de ter cuidado onde colocamos os pés. “So far, so good”.
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Amigos, vocês não sabem nas que se meteram! E tu companheiro que rolas com uma Fat-Bike, não penses que vais mais bem servido!
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A caminho de “Bettmeralp” a 1.950 mts.
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Capela “Maria zum Schnee” em “Bettmeralp”.
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Uma vez mais o companheiro Luís provou estar à altura do desafio. Como diz o povo e bem “não há duas sem três” pelo que sei que qualquer dia irei regressar para estas bandas na companhia do companheiro Angel.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

SeteGu

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Gostei muito da "foto do Wally". Wow... faz-nos mesmo perceber como somos tão pequeninos ao pé de tamanha grandiosidade. Certamente que ao vivo será ainda mais grandioso.

A penúltima foto também está muito boa.
 

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Eis um “preview” com 2 pequenos filmes e algumas fotos da volta realizada ontem para os lados de Gstaad.

O objetivo era chegar à “Cabane de Geltenhutte” a 2.003 mts, mas tal não aconteceu por motivos que explicarei em crónica oportuna.

Se alguém pensar em repetir são apenas 2h30 de viagem à ida e 3h00 à vinda (comboio e bus) desde Lausanne e sete horas de caminhada para realizar +/- 14 kms ;)

A experiência desta volta permitiu aos meus companheiros compreenderem que para continuarmos vivos e podermos relatar outras aventuras, temos de ter um grande sangue frio e respeito pelas montanhas pois a linha que separa a vida da morte é muito ténue.

“Cabane de Geltenhutte” – Take 1/2 - Clique p.f no link para visualizar o filme

“Cabane de Geltenhutte” – Take 2/2 - Clique p.f no link para visualizar o filme

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A crónica será publicada a seguir a todas aquelas que neste momento se encontram em atraso e nos locais do costume (Site BDP, Fóruns BTT, Facebook).

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

No seguimento de uma notícia publicada esta semana aqui pelas Terras Helvéticas, deu-me para procurar mais informações sobre o projeto Wide Path Camper, que não é mais do que uma caravana para bicicleta.

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Mais informações em: www.widepathcamper.com

Preço: 2.000 EUR | Peso: 45,00 KG | Tempo de montagem: 3 min

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Não vou opinar acerca do projeto mas penso que há mercado, tudo depende da vontade e necessidade d’evasão de cada um, ou como diz o povo “cada um sabe de si e Deus de todos”.

Aproveito para desejar a todos os “users” deste fórum uma Santa Páscoa!

Alexandre Pereira

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Last edited:

SeteGu

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Ideia curiosa... mas supondo que só dá para estrada acaba por não ter muito interesse.

Para além de que puxar 45kg por longas distâncias não deve ser muito prático.
 

AFP70

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Quando o dilúvio me apanhou em Friande…

A cada regresso à Terra Mãe, torna-se para este Bravo cada vez mais complicado não rolar em companhia dos restantes camaradas de armas.

Em Outubro 2014 desloquei-me a Portugal tendo acabado como não podia deixar de ser por colocar o meu “but” em cima de um “bélo”.

Há já algum tempo que em mensagens trocadas com os meus companheiros ouvia falar de uma volta que dava pelo nome de “Friande Invertida”.

A volta de Friande em si é já um espetáculo pois subimos desde a Póvoa de Lanhoso ao miradouro de São Mamède. Quem já fez alguns dos passeios do Maria da Fonte sabe do que falo, neste caso pelos vistos a volta seria efetuada em sentido contrário.

Falamos de +/- 35 kms em que a altitude mínima é 120 mts e a máxima 696 mts, para um acumulado de 1.200 mts.

Sabia de antemão que iria chover, aquilo que não sabia é que iríamos apanhar com uma tromba de água como já há muito não via.

Estes bravos já rolaram “par le passé” com alerta amarelo para os lados de Amares e agora enfrentaram um “dilúbio” que faria “rougir” o Noé.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº060).

Castelo de Lanhoso, erguido no Monte do Pilar (maior monolítico granítico do país). A tradição refere que neste castelo se refugiou, por duas vezes, a condessa Teresa de Leão, mãe de D. Afonso Henriques (1112-1185).
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A fotografia é enganadora, parece um dia soalheiro, mas na verdade como poderão verificar “prochainement” estava um dia de autêntico dilúvio.
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A chuva e as intempéries deste Inverno não perdoaram. Rotas era aos pontapés, qual delas a mais profunda.
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A partir de certa altura abateu-se sobre nós o dilúvio. Compreendo agora o que sentiu Noé aquando da sua missão, mas estes são Bravos dos quatro costados.
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Companheiro, essa técnica não chega para a apanha de “sus scrofa”!
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A qualquer momento aguardávamos pela chegada de um “charcomoto” :D.
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É como disse, regos para todos os gostos.
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Não esquecer que estamos em Portugal. Obrigado senhores lenhadores!
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A caminho de Friande.
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Quem já fez esta subida sabe que não é pêra doce.
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A chuva não ajudava.
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Conseguem ver os 2 colaboradores da EDP. Como dizia o Guedes, “a vertigem é coisa que não me assiste” ;).
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Quem já fez os trilhos do “Maria da Fonte” já por aqui andou.
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O “berde” é a minha cor preferida!
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Amares ao fundo!
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Agora não são dois, mas sim três!
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A chuva a dar uma pequena trégua. A ver vamos se dura!
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“Amares under the fog”.
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Como sempre que se lixe o repórter, num é amigos!
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Trilhos nesta zona é o que não falta, mas o dia continuava uma “shit”.
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Pequena pausa só para enganar aqui o Je.
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E toca a abalar. Até parece que se faz tarde amigos.
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Não compreendo os meus “coéquipiers”, quanto mais tento a aproximação, mais eles carregam no pedal.
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A sorte é que aquele vermelho e verde consegue ver-se a milhas.
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Esta descida nunca mais acaba.
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Amigo, essa barba à Kenny Rogers até que não te fica mal!
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Obrigado amigos por mais esta aventura!
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Vamos passar além. Conseguem ver o trilho?
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Um cromo está a falhar ou dois é a soma de 1 mais 1 :D.
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Como dizem as nossas “wifes”, eis as nossas três amantes. Adoro a Podium Pro que me facultam sempre que visito a terra ;).
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A caminho de São Mamède a 696 mts. A trégua temporal como era de calcular foi de pouca dura.
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Força amigo, não são 30 cms d’água que vos metem medo!
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Alguns pensarão que se trata de saber quem tem a “bite” maior. Como dizia o Cunhal “Olhe que não Doutor, olhe que não”.
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Como em muitas aldeias, a rua não faz jus ao profissional mencionado, mas se calhar aí é que reside a sua beleza.
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Este “single” na aldeia de Cima de Vila é um mimo.
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Só faltava mesmo surgirem umas “bacas” ou umas “bostas” escorregadias para acabarmos bem o dia ;)!
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Como escreveu Alberto Caeiro “Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem, cada um é como é”, mas que não “habia nexexidade, não habia”…

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Se eu fosse Gulliver, chutava a “Dôle”…

Já lá vão mais de dois anos que todos os dias passo de comboio em Nyon a caminho de Genève, e ainda há quem se queixe por trabalhar a 10 minutos de casa; pois é meus amigos eu todos os dias faço 130 kms para, passo a expressão “ganhar o pão que o Diabo amassou”, e nem vou comentar os meus horários assim como o tempo diário de trabalho. Como diz o povo, cada um só tem aquilo que merece :D.

Isto tudo para vos dizer que há já muito tempo, namorava “La Dôle” e os seus 1.677 mts. Para quem não conhece o espaço, trata-se a seguir ao “Mont Tendre” da segunda montanha mais alta do “Jura”. O local em si é um importante centro de comunicações, com um número considerável de radares que auxiliam os operadores do aeroporto de Genève. Quando virem as fotos compreenderão que o conceito de segurança nas Terras Helvéticas difere um pouco do americano.

Para uma volta realizada nos inícios de Novembro do ano passado, o dia estava uma beleza, dia solheiro com temperatura não muito baixa embora estivéssemos a entrar em período das primeiras quedas de neve.

O companheiro Angel mais uma vez não pode participar já que a sua fiel amiga foi reencaminhada para Portugal para sofrer uma operação ao nível do eixo pedaleiro e desde essa altura ainda se encontra pelas Terras Lusas em período de convalescença.
“Amigo, je te conseille vivement de ramener ta copine le plus bite possible, sinon tu ba ber nabios nas próximas boltas, fastend…” (só para que conste e para os puristas, foi escrito erradamente propositadamente).

Mal chegamos a Nyon (410 mts), apanhamos o comboio que nos conduziria ao início do nosso périplo, ou seja Saint-Cergue (1.045 mts). O objetivo era seguir pela encosta Norte a pouco mais de 300 mts da fronteira francesa e daí atingir “La Dôle” (1.677 mts). No final foram +/- 35 kms de puro prazer.

Esta será pois uma volta a repetir na companhia dos ausentes e novos camaradas que desejem se juntar ao grupo, mas aviso desde já que a mesma será efetuada sem paragens para “fotoshootings or whatever”.

Só faltava mesmo que antes disso e num desses dias de nevoeiro o “Gulliver” num dos seus regressos atormentados e ainda sob o efeito dos elixires de Baco, se coloque em posição de remate e chute “La Dôle” e para cúmulo do azar, acerte no “Mont-Blanc”. Não esquecer que a Lei de Murphy existe por alguma razão.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº061).

A Heidi não deve estar longe!
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Sabem para que serve aquela vara na vertical? Uma vez que estávamos no início das 1ªs neves, essa vara é utilizada como marco em caso de queda de neve abundante para os “randonneurs” saberem por onde passa o trilho. Como constatam esta zona assim como tantas outras faz parte das grandes rotas de VTT. No caso em apreço a rota 994 «Bois et Combes de St-Cergue Bike», volta circular de 16 kms. Mais informações em http://www.mountainbikeland.ch/fr/itineraires/route-0994.html
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O meu companheiro Luís em pleno corta-mato, neste caso diria mais corta-relva :D!
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Iremos passar além junto aquela “fromagerie d’alpage”.
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Alguns dos trilhos recordavam-me a zona do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC).
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A caminho de “La Dôle” a 1.677 mts, mal sabíamos nós o que nos aguardava.
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O nosso destino lá ao fundo. Confesso que aqui foi mesmo só para a foto! De vez em quando o “Je” também gosta de “se la péter un peu” :D.
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Embora fosse a subir, não custava assim tanto porque utilizamos os trilhos dos teleskis. Pena o sol estar de frente!
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Viemos d’além. Junto aquela pequena lagoa já é França.
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Desenganem-se foi tudo feito em cima da bicla. Conseguem ver lá em cima junto aquele pequeno pinheiro no centro da foto um “randonneur”, pois é para onde vamos!
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O Luís farto de me esperar a 1.557 mts “Col de Porte”. Daqui ou subimos e seguimos na direção daquela cruz lá em cima ou descemos em direção a Nyon. As fotos seguintes falarão sobre a nossa opção!
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Pois é, e que subida. Quem tiver “boa bista”, desculpem, não a do Porto, consegue ver no trilho um caminheiro ali no canto superior direito da foto.
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Bem sei que a foto é repetida, mas agora estamos um pouquinho mais alto :D!
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BTT é isto mesmo, quem disser o contrário é porque nunca “probou”!
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Agora sim, é a doer. Para terem uma ideia, em 350 mts de caminhada subimos quase 100 mts de desnível. Luís, ficaste bem na foto!
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Claro que as vistas compensavam e de que maneira a dureza da subida. Este trilho vai ser efetuado na próxima visita com o companheiro Angel, já que devido a um problema mecânico não pode marcar presença. O nosso objetivo será sempre passar além junto ao “Chalet de la Dôle”, restaurante a 1.439 mts.
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O nosso trilho levar-nos-á também aquela antena “La Barillette” a 1.523 mts, mas muita neve ainda há-de cair.
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Viemos d’além. Como constatam, não faltam trilhos. Na imagem a cabana do “Ski Club de Nyon”.
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“La Dôle” a 1.677 mts. Adivinhem quem é o “indibido” por debaixo do tripé que se vê ao fundo da foto junto à “bola”. Pois é, se não sou é porque só pode ser…
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A poucos metros de “La Dôle”. Tal como na “real life”, por vezes sabe bem olhar para trás para não esquecermos de onde viemos e para onde vamos. Aquele lugar onde se encontra aquela casa vermelha chama-se “ Pointe de Poêle Chaud” e situa-se a 1.628 mts. Trata-se também de um posto emissor.
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O nosso próximo objetivo será descer até aquele trilho ali em baixo, como quem diz +/- 300 mts mais abaixo.
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A antena “La Barillette” impaciente por nos encontrar ;).
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Lá ao fundo, depois da planície e do outro lado do lago, o “Mont-Blanc” a 4.810 mts. Estamos em linha reta a +/- 95 kms. Conseguem ver na foto o nosso trilho a meia encosta (raios de sol)?
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A prova, provada da minha presença. Vista assim, parece mais uma nave espacial.
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Luís tem cuidado com o gigante que por aí anda e que não vai resistir a chutar essa bola! Fora de brincadeiras, “La Dôle” foi no passado uma importante estação meteorológica e agora é sobretudo um importante centro de radares, utilizados pelo aeroporto de Genève.
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Preparados para +/- 4 kms de descida até ao “Chalet de la Dôle”. Aqui o problema nem é a descida em si, mas o risco de atropelar um “randonneur” ;). Nesse dia eles eram mais do que as moscas.
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Fora de brincadeiras, cruzamos pelo menos uns 20 caminheiros nesta zona. No entanto nunca foi necessário descer da “cabra”.
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Não é “downhill” mas “down the hill”, topam!
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Simplesmente “beautiful”!
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Por vezes um pouco mais complicado, mas nada que estes dois Bravos não tenham já feito “par le passé”.
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Um homem, uma bicla, o “nobo” filme by BDP. Brevemente num cinema perto de si :D.
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Próxima etapa, atingir aquela casa através daquele trilho. Não foi fácil, mas…
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“La Dôle”, já eras! Para mim a melhor foto da volta!
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A caminho da tal casa, um dia espetacular mas mesmo assim não cruzamos com camurças (são muito vulgares nesta zona).
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“Chalet de la Dôle”, restaurante a 1.439 mts. Não deu para parar, fica para a próxima.
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Angel, atenta a esta foto, pois na próxima visita iremos fazer isto a descer! Acredita da próxima vez “num bai haber fotos, bai ser sempre a dar-lhe”.
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Tempo de descer a caminho de “Nyon” e os Alpes franceses ao fundo. Adeus “Mont-Blanc”!
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“Saint-Cergue” a 1.045 mts, ponto de partida da nossa aventura. D’aqui até “Nyon” a 410 mts são +/- 15 kms sempre a descer.
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Sem vergonha de o mencionar e porque faz parte dos ossos do ofício, nesta zona e como já era tempo, dei um “balente” malho. Numa descida bastante inclinada indo eu atrás do meu companheiro Luís, a roda da frente bloqueou num “big” calhau, afunilei, e passei por cima dela. O segredo para “bem cair” é bem enrolar, e aqui posso dizer que o relevo encarregou-se de tudo ;), mas “num habia nexexidade”. Luís, wait for me!
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Depois da tempestade, nada como a calmaria, por entre verdes prados.
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Como diria Henri Amiel “Uma paisagem qualquer é um estado de alma” e aqui o “Jura Vaudois” revela todo o seu esplendor.

Esta foi das poucas voltas que digo à boca cheia repetirei sem nunca me enfadar, pois encontra-se muito perto (apenas 1h15 de comboio até ao arranque da volta), tem singles fantásticos e é inferior a 40 kms.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Boa noite ao Fórum,

Eis um “preview” com 3 pequenos filmes e algumas fotos da volta realizada este fim-de-semana.

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O objetivo era chegar ao “Col de Termin” a 2.656 mts e daí seguir para a “Cabane de Louvie ” a 2.250 mts, mas tal não aconteceu por motivos que explicarei em crónica oportuna.

Se alguém pensar em repetir são 5 horas de caminhada para realizar +/- 13 kms ;)

Mais uma vez a montanha assim como o tempo deram-nos uma lição que nos servirá para as caminhadas vindouras pois prefiro manter-me vivo para continuar os relatos destas aventuras.

“Sentier des Chamois en hiver” – Take 1/3 - Clique p.f no link para visualizar o filme

“Sentier des Chamois en hiver” – Take 2/3 - Clique p.f no link para visualizar o filme

“Sentier des Chamois en hiver” – Take 3/3 - Clique p.f no link para visualizar o filme


Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Eis um preview da volta realizada a pé este fim de semana em companhia da família e uns amigos. Pois é, iniciei os meus familiares diretos nestas andanças. Como diz o adágio, há sempre ume primeira vez para tudo na vida. Fiquei super admirado com as capacidades demonstradas :D.

Fomos para os lados de “Creux de Van” a quase 1.600 mts. Foram cerca de 12 kms a pé para um acumulado positivo de quase 800 mts.

Foi um bom exercício de reconhecimento para uma volta de bicla nesta zona já agendada para o final do ano passado, mas que devido às primeiras quedas de neve não foi possível realizar, pelo que está prevista para o final do mês de Maio em companhia dos outros camaradas.

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Cumprimentos e até à próxima crónica,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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A primeira do ano foi em “Isenau”…

Passaram quase dois anos desde a minha primeira visita ao “Col du Pillon” a 1.550 mts. Acreditem que mesmo quando se repetem voltas, estas nunca são iguais, quer nas sensações, quer nas paisagens, nas cores, etc…; é como se as fizéssemos pela primeira vez. Numa sociedade que promove a mudança a qualquer preço, atrevo-me a comparar a sensação de repetir voltas ao fazer amor com a mesma pessoa durante (x) anos consecutivos. Claro está que convêm não abusar na cadência e aplicar algumas variantes de forma a atingir o objetivo (sempre subjetivo para os demais) :D

“Étant donné” que os meus camaradas nunca tinham caminhado com raquetes, a primeira coisa a fazer, foi indicar-lhes as características de umas boas raquetes e deixar-lhes entregue o poder da aquisição, isto porque aqui nas Terras Helvéticas os preços deste tipo de equipamentos não são similares ao do resto da Europa. Para terem uma ideia umas raquetes + uns “sticks” novos de uma marca dita “normal” arrancam logo acima dos 350 CHF (claro que se não houver azar é um investimento para a vida).

Para esta primeira experiência e de forma a alimentar o vício para as vindouras, resolvi conduzi-los à famosa estância de ski “Les Diablerets”, não muito longe das famosas pistas do “Glacier 3000”. “Je devais leur en mettre plein la vue” :D

O dia a princípio estava uma “shit”, aliás começou a nevar e a seguir a chover. Comecei como diz o povo a “ber a minha bida andar oh patràs”, isto porque a malta ainda investe uns cobres e sobretudo tempo em cada saída e como todo investidor, gostamos de ver ou ter alguma rentabilização no investimento.

Bem sei que “le MAM ou mal aigu des montagnes” é sobretudo provocado pelo mau funcionamento da nossa máquina a estas altitudes, mas aqui ataca-nos uma vontade de acharmos que tudo é possível, então quando admiramos aquela encosta que nos conduz a “Scex Rouge” 2.971 mts, a nossa mente é invadida por pensamentos de loucura ;); talvez seja mesmo este o verdadeiro MAM.

Ao invés de repetir a volta realizada em 2013 (crónica Nº041 no site BDP ou post 344 do FBTT), optei por (não se esqueçam do amor ;)…) fazer algo diferente, conduzindo-os até à estância de ski de “Isenau” a 1.767 mts.

No meio claro, tivemos direito a uma queda enrolada tipo bola de neve do camarada Angel, isto quando descíamos uma encosta com neve muito fresca, acabadinha de cair. Ficou assim provado que afinal este anjo não “boa” :D.
Amigo devemos sempre levantar bem “as traineiras” para evitar que uma pise a outra, mas deixa lá, não foste o primeiro, nem serás o último a fazer este tipo de cenas!

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº062).

Parque de estacionamento do “Col du Pillon” a 1.550 mts, completamente vazio. Pudera com o tempo que fazia de manhã!
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“Scex Rouge” a 2.971 mts. Conseguem ver aquela cascata congelada no meio da foto?
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Os suspeitos do costume, Angel e Luís na sua primeira experiência com raquetes. Amigos acreditem, andar com raquetes é como andar de bicla, depois de aprender nunca mais esquece!
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Pequena pausa.
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O dia parecia querer melhorar e o grupo ia teimando.
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A caminho do “Lac Retaud”.
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Até parece que o céu sofreu um rombo provocado por um qualquer meteorito.
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“Lac Retaud” a 1.690 mts, completamente gelado mas com alguns indícios de degelo. Angel, não te aproximes tanto, olha que eu nado como um prego!
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O trilho obrigava-nos a contornar o lago.
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Início de uma zona de grandes espaços abertos “Les Moilles”.
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Mais uma de pormenor. Estes estradões facilitam a vida a quem caminha e servem também para quem pratica ski de fundo.
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Como sempre este grupo não gosta das coisas fáceis, pelo que decidimos atalhar a corta mato.
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Aproveitem amigos porque ainda vos faltam cerca de 200 mts de desnível a vencer.
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Viemos d’além. Subir em plano inclinado com raquetes nunca é pêra doce.
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Ao fundo “Tête Ronde” também acima dos 3.000 mts.
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Cansados de subir em plano inclinado, optamos por descer novamente ao estradão. Os joelhos agradeceram. Nesta descida o Angel foi alvo de uma queda fantástica quando uma das raquetes ficou presa na outra. A sorte é que falamos de neve e só rolou alguns metros :D
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Encontramos este chalé virado a nascente onde retemperamos forças.
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Quase a chegar a ”La Marnèche” 1.765 mts.
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Como sempre o atrasado do costume.
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A esplanada era simplesmente um mimo e a vista, nem vos falo.
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Estação de ski de “Isenau” a 1.860 mts.
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Poderíamos regressar aos “Diablerets” via estas cabines mas optamos pela marcha, afinal tínhamos vindo para cá exatamente para isso mesmo.
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Início de 2h30 de caminhada.
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“Leysin” ao fundo do lado esquerdo da foto.
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Outros locais a explorar no Verão.
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“Le Tarent” a 2.550 mts.
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Pequeno aglomerado de casas a 1.805 mts, também conhecido por “Meitreile”.
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Restaurante “KuKlos” assinalado na foto e “Tour D’Ai” a 2.331 mts. Para saber mais ver crónica Nº24.
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Pequena pausa para a imortalização do momento.
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Adeus “Meitreile”, até qualquer dia.
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A última do dia do Luís! Não, não é o que estão a pensar!
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“Allez”, toca a marchar!
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Como podem constatar pelas fotos, este foi um ano atípico aqui nas Terras Helvéticas. Esta volta foi realizada no dia 10.01.2015 e é notório a partir de agora a escassez de neve.
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Sempre a descer até chegar aos “Diablerets” a 1.160 mts.
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Contra a nossa vontade, acabamos mesmo por ter de descalçar as raquetes.
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O nosso comboio. “Wait a moment my friend, we’re almost there!”
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Há dias um conhecido meu atirou-me a seguinte reflexão, “Olha Alexandre, não sei como perdes tempo a fazer crónicas sobre caminhadas na neve, para mim, neve é neve e uma montanha com neve é sempre igual a outra montanha com neve, “so what’s the point”.

Pois é companheiro, como dizia Honoré de Balzac “O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo” e acho que é disto que sofre em grande parte a nossa sociedade. A grande maioria das gentes que conheço transformou-se em zombie, sendo a palavra de ordem, a crítica.

Acordem camaradas, deixem-se de tretas, de moleza, façam com que aconteça, criticar é fácil, deitar abaixo ainda mais, mas fazer o mesmo ou melhor ainda, tá quieta, dá trabalho, não dá ;)

No final esta volta saldou-se em +/- 8 kms. Se alguém desejar repetir, deverá contar com +/- 4 horas investidas em deslocações desde Lausanne.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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“Les Pleíades” reloaded…

Como diria Milos Forman “O que eu gosto na masturbação é que não se tem que dizer nada depois.”

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº063).

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Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

Tal como prometido eis um preview da volta realizada este fim de semana.

Fomos para os lados do “Creux de Van” e efetuamos cerca de 51 kms em que o acumulado positivo foi de +/- 1.450 mts.

Altitude mínima: 397 mts e altitude máxima: 1.420 mts

Algumas fotos para abrir o apetite.

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A crónica será colocada online nos locais do costume (Fórum BTT, Facebook e site BDP) logo que possível.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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“Bourg Saint-Pierre”, onde “Napoléon Bonaparte” pregou o calote …

Reza a história que Napoleão Bonaparte em Maio de 1800, aquando da sua campanha d’Itália tinha de passar pour “Bourg Saint-Pierre” por forma a atingir o “Col Saint-Bernard” e daí entrar em Itália.

Vai daí enviou um dos seus generais que requisitou todo o tipo de material, víveres, etc… para um exercito de +/- 46.300 pessoas.

Todas as gentes do cantão do Valais fizeram o necessário para que não faltasse nada às tropas, pelo que finda a passagem e não vendo chegar qualquer tipo de compensação, enviaram a respetiva reclamação a S.Exª.

Eis a resposta de Napoleão: « J'ai reçu, citoyens, votre lettre du 20 may. Je suis très satisfait du zèle qu'ont montré tous les habitants de Saint-Pierre et des services qu'ils nous ont rendus. Faites faire une estimation des dommages qu'aurait causés le passage de l'armée et je vous indemniserai de tout. Ceci n'est que justice et je désire de plus pouvoir faire quelque chose d'avantageux à votre commune. »

Até hoje essa dívida nunca foi paga, apenas em 1984 a título simbólico o então presidente da república François Miterrand mandou fazer uma medalha comemorativa da passagem, mas como diz o povo e bem “Ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão” ;).

Para finalizar este bocado de história que como todos sabemos não ocupa espaço, sabiam que no famoso quadro “Le Premier Consul franchissant les Alpes au col du Grand-Saint-Bernard “ que representa a passagem de Napoleão pelo famoso “Col du Saint-Bernard”, este foi pintado montado num belíssimo cavalo. Ora como todos sabemos isto não corresponde à verdade, só mesmo os ingénuos poderão acreditar em tal, sabendo que acima dos 2.000 mts somente as mulas para vencermos os trilhos de montanha.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº064).

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Esta volta rondou os 10 kms em que a altitude mínima ficou-se pelos 1.398 mts e a máxima em 1.751 mts.

Realmente as condições atmosféricas não foram as melhores, muito vento, misturado com chuva que em contacto com a pele mais pareciam agulhas, para além de que a visibilidade diminuía à medida que as horas avançavam; todos estes fatores fizeram com que encurtássemos a volta em alguns bons kms.

Para finalizar deixo-vos com esta belíssima tirada de Casimiro Brito “Bela, a forma do vaso. Mas é no seu vazio que se conserva o vinho.”

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

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Boa tarde ao Fórum,

Eis um preview da volta realizada este fim de semana com os 2 camaradas do costume.

Tal como mencionado umas crónicas atràs, voltamos a “Verbier” para conquistarmos outros trilhos.

Foram cerca de 60 kms e desta vez a grande maioria feitos a descer, sim, fizemos perto de 3.500 mts (-).

Como não podia deixar de ser eis 2 pequenos filmes (clicar em cima, para visualizar).

“Verbier” 27.06.2015 - Take 1/2

“Verbier” 27.06.2015 – Take 2/2


Algumas fotos para abrir o apetite.

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A crónica será colocada online logo que possível, nos locais do costume (Site BDP, Fórum BTT e Facebook).

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

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Aldeia do Pontido ou a memória de um passado que já não existe…

Aquando da minha última estadia em Portugal há cerca de 4 meses, os meus companheiros, resolveram presentear-me com uma ida à Barragem da Queimadela (Fafe), passando pela Aldeia do Pontido.

Confesso que nos meus tempos de juventude, passei bons e loucos momentos nas bermas desses locais, aliás, os montes e cercanias ao redor de Fafe foram durante muitos anos locais propícios a todo o tipo de loucuras; se bem que estivéssemos na época dos ataques do famosíssimo homem da lanterna vermelha.

Stendhal disse que “A verdadeira pátria é aquela onde encontramos o maior número de pessoas que se parecem connosco.”; isto para vos dizer que embora deslocalizado para mais de 4 anos, é sempre com imenso prazer que regresso a Portugal.

Só quem já “sentou o cu” por um longo período fora da sua zona de conforto, sabe do que falo. O povo diz e bem que “quem está de fora, racha canhotas”, mas a meu ver de nada serve, pelo que concordo com um grande amigo meu quando afirma “Não se consegue dar de beber a um burro que não tem sede!”.

Uma vez que o final da volta iria ser brindado com um bom bacalhau assado na brasa acompanhado de batata a murro e o todo regado com um bom “binho” tinto da casa, concordamos em arrancarmos a volta em Castelões, pertíssimo da famosa casa de pasto “O Luís”. Que fique bem claro que ninguém me pagou para fazer publicidade :)

Daí corremos as seguintes aldeias: Espinha, Agrela, Soutelo, Casal Estime, Argande, Queimadela, Assento, Aldeia do Pontido e por fim a barragem da Queimadela.

Tratando-se de uma volta circular, continuamos por Leiras, Requeixo, Laje, Compostela, Castanheira, Sabugosa, Bouça, Santo António, Senhora do Monte e por fim Castelões.

Confesso que já tinha saudades de uma volta assim pois aqui nas Terras Helvéticas, ou se sobe muito, ou se desce muito, não existe meio-termo, talvez por culpa aqui das escolhas do “Je”.

Enquanto em Portugal conseguia andar todos os fins-de-semana, confesso que este ano e durante o primeiro semestre andei apenas 3 vezes de bicla. Este ano tem sido um pouco atípico, mas como sempre dizia a minha avó “Não há mal que dure eternamente!”

Acreditem, não será a baixa de forma que me irá impedir durante este mês de Julho de repetir com a restante trupe um circuito NGPS lá para os lados de Paredes de Coura com +/- 50 kms e +/- 1.500 mts de acumulado (+). Obrigado amigos, como sempre, vocês mimam-me ;)

Aqui entre nós, que ninguém nos ouve ou lê, acho que vou morrer (mas não digam nada a ninguém), já que no dia em questão, vão estar para cima de 35º C e acho que o meu cagueiro (também conhecido por cú, peida) não se vai aguentar isto porque ainda recentemente numa volta de características similares, andei para esticar o pernil :D … Pois é, as fotos nem sempre deixam transparecer toda a verdade, mas como dizia Francis Bacon “Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar”.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº065).

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Esta volta saldou-se em +/- 37 kms e cerca de 1.250 mts (+), sendo a altitude mínima 167 mts e a máxima 655 mts.

Acredito que efetuar esta volta no Verão deva ser um espetáculo.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Como adoptar um ciclista - 11 passos

Boa tarde ao Fórum,

Encontrei este texto por mero acaso e resolvi partilhar pois resume um pouco do que se passa nos casais em que um dos elementos tem por vício pedalar.

Embora longo, vale mesmo a pena ler até ao fim.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira


COMO ADOPTAR UM CICLISTA -11 PASSOS por Marta Elias

Adoptar um ciclista não é fácil. Aliás, é um processo bastante complexo e que exige copiosas doses de paciência, abnegação, tolerância e boa vontade.

Aqui ficam os 11 passos necessários para completar a adopção, a par com as fases que vais atravessar até à conclusão do processo.

Aviso: Não aconselhado a pessoas controladoras ou com problemas nervosos. Aliás, se pretende avançar com o processo, convém encontrar um bom dealer que lhe garanta generosas doses de marijuana ou tranquilizantes.

Passo 1 – A Decisão

Tudo começa uma bela manhã, quando ele se cruza com um amigo que vai de bicicleta e comenta distraidamente que não anda de bicicleta há anos. Lembra que o Pedro tem andado e resolve combinar uma volta para o dia seguinte.

– Tu até ficas feliz, ele está a ficar com aquela barriguinha típica dos entas e mexer-se só pode fazer-lhe bem. Não, não queres ir, mas simpatizas com a ideia. Tranquilo.

Passo 2 – O Arranque

No domingo ele veste uma t-shirt e uns calções, calça uns ténis e lá vai ele. Regressa ao fim de uma hora, extasiado. Afinal ainda tem jeito, até ganhou ao Pedro numa subida e ele anda a treinar há algum tempo.

No domingo seguinte vão outra vez. E no outro. E no outro. E de repente, as manhãs de domingo estão reservadas à bicicleta.

– Tu continuas tranquila, faz-lhe bem, desanuvia da semana e, ao fim ao cabo, também não perturba a paz familiar, antes pelo contrário.

Passo 3 – A Escalada

Os passeios de domingo evoluem gradualmente de uma bastante aceitável duração de uma hora… para uma hora e meia. Poucas semanas decorridas e nada que dure menos de três horas o satisfaz. Começa a chegar a casa já em cima da hora do almoço, às vezes um bocadinho depois.

– Tu não achas muita piada.

Passo 4 – O Dia L

O dia em que ele compra uns calções de licra.

A t-shirt ainda aguenta, mas os calções são uma necessidade primária. Sem aquela fralda que lhes vem acoplada, o rabo fica desfeito, sem a licra fica todo assado.

É apenas uma questão de semanas, poucas semanas. Sem saberes como nem porquê, de repente o teu marido anda na rua de maillot, com um capacete em forma de supositório, óculos semi transparentes amarelados, calçado com umas chuteiras que soam como sapatos de salto alto e de luvas sem dedos, à la estrela de rock dos anos 80.

– Percebes que a coisa está a tomar proporções preocupantes e não gostas, mas ainda não tens a noção do que aí vem.

Passo 5 – A Primeira Prova

A primeira prova envolve treino, treino e mais treino. Os sábados passam a integrar, a par com os domingos, o calendário do atleta.

De repente:

Tens uma festa e ele não quer ir porque tem de se levantar cedo no dia seguinte. O motivo é:

a) Para trabalhar
b) Para te ir comprar um presente
c) Para levar o puto ao futebol
d) Para ir andar de bicicleta – tem de treinar.

Tens um jantar e ele está a cair do tripé, porque:

a) Passou o dia a trabalhar
b) Passou o dia a procurar um presente para ti
c) Passou o dia no parque com os miúdos.
d) Esteve a andar de bicileta – tem de treinar.

Queres falar sobre a relação. Não consegues, porque:

a) Ele está a trabalhar.
b) Foi à missa.
c) Está a escolher um presente para ti na internet.
d) Está a falar sobre bicicletas com os amigos – faz parte do treino.

Deitam-se juntos. Não se passa nada. Ele está exausto, porque:

a) Teve um dia de trabalho lixado.
b) Salvou sozinho todos os alunos da creche dos filhos de um incêndio de grandes proporções
c) Comprou-te 50 quilos de presentes e acartou-os escada acima pelos nove andares do prédio.
d) Esteve a andar de bicicleta – tem de treinar.

– Tu respondes d) a todas as perguntas:

ESTÁS TRAMADA.

Passo 6 – Assumir o Vício

Feita a primeira prova com excelentes resultados, a energia dele toma novo impulso. Treina mais, sempre que pode, e inscreve-se em todas as provas que encontra em Portugal. Em casa, ou mesmo fora dela, assiste a provas de ciclismo internacionais pela TV ou internet, algumas relatadas por um francês que fala mal português.

Escolhem um filme para verem juntos e, no final do genérico de abertura, percebes que ele tem não um, mas ambos os olhos na sua APP do grupo das bicicletas onde compara percursos, resultados, batimentos, watts e tempos.

Revistas da especialidade aparecem em cena.

– Nesta fase tu racionalizas. Avalias constantemente se queres mesmo avançar com o processo.
Estás dividida entre o apoio que sentes ser teu dever dar-lhe e a vontade de fazeres uma pira onde ele se imole mais a ***** da tralha que já ocupa 88% das áreas comuns da vossa casa. Tu tentas, oh se tentas, mas ele dificulta-te a adopção. Aliás, parece não querer mesmo ser adoptado. Desconfias que ele também é um bocado autista. Ou surdo.

Passo 7 – O Vicio Cada Vez Pior. Uma Bike Nova

Claro que tão célere evolução só podia ir parar a mais uma necessidade – uma bicicleta melhor. Mais noites e noites afogado na internet a comparar preços, materiais, rendimentos, tamanhos.

– Tu já passaste a fase das dúvidas. Agora já sabes que não queres adoptá-lo. Aliás, o que tu queres mesmo é que ele se mude, mais a televisão, o tablet, os sacos, biberões, collants e a porcaria da garagem inteira para o raio que o parta.

Passo 8 – A Alta Competição

As provas passam de locais a regionais, de regionais a nacionais. De uma manhã passam a um dia, de um dia passam a um fim-de-semana. Do BTT passa para a estrada – outra bicicleta. Mais e melhores licras, mais e melhores luvas, mais e melhores calções. Ceninhas para proteger os pés, ceninhas para proteger o pescoço, mangas de tirar e pôr.

Tens mais licra em casa que a turma toda do Fame.

A conversa das bikes dá-te náuseas. Percebes que vai continuar em ambas as modalidades. Falas em divórcio, apresentas os teus motivos, choras um bocadinho. Ele compreende. E tem pena. E abraça-te.

Passo 9 – O Peso

A contagem de calorias entra a sério na ordem do dia e ele começa a perder peso. Sente-se bem, tem mais rendimento. Vive obcecado com hidratos, lípidos, proteínas e quantidades de cada.

Fazes um jantar light, ele levanta-se e vai cozinhar uma massa. Entram-te em casa ingredientes como quinoa, que nenhum de vocês sabe como cozinhar e sabe a trampa, cereais integrais e muesli de todos os tipos. As proteínas acumulam-se em potes de uma tonelada no chão da despensa. Há barritas e saquetas com gel em todas as divisões.

Tu e os amigos gozam com ele, a magreza fica-lhe mal. Tem as marcas da camisola, dos calções, das luvas, das meias e do capacete pintadas a sol na pele branca. Está ridículo e não se importa.

Mas tu sim.

O Halibut surge na bancada da casa de banho para ficar. Já não vias Halibut desde que tinhas de o espalhar no rabo dos teus filhos. Não tarda nada está a pedir-te que o espalhes no dele.

Começas a recear o dia em que vais encontrá-lo na depilação.

– Talvez estejam naquelas encruzilhadas que afastam os casais. Talvez esteja na hora de ir cada um para seu lado. Amigo não empata amigo, se ele quer aquela vida, óptimo, ele que vá em frente, também não queres que ele seja infeliz. Falas com ele. Ele compreende e fica triste. Pede-te que esperes um bocadinho.

Os treinos intensificam-se, vem aí a mais dura prova.

Passo 10 – A Prova Rainha

De repente, o desafio entra noutra dimensão: mais de 1.000 km de bicicleta. Portugal de uma ponta à outra por montes e vales, uma semana inteira em etapas a pedalar.

Mais treinos, mais dias inteiros fora de casa. Fins-de-semana completos. Desconfias que, podias ir fazer uma viagem ou alugar um quarto lá em casa, que ele nem dá por isso.

– Já o odeias. Já odeias os amigos todos dele e nem os conheces. Já odeias a licra toda que enche o estendal e mais os frutos secos e as barras e a balança e as perguntas “viste o meu capacete?”, “viste as minhas luvas pretas?”, “sabes do meu impermeável?” e mais a novidade do PT/ nutricionista que agora completa o cenário. Já odeias tudo e só te apetece furar os pneus da porcaria das bicicletas e parti-las aos bocadinhos e dar-lhas a comer ao jantar. Com massa.
Percebes que estás mesmo no teu limite. Sentes-te enganada, afinal não foi aquele o produto que compraste.

Decides que esperas, mas quando aquilo acabar têm de ter a conversa.

Passo 11 – A Adopção

E lá vem a prova. Partem de Bragança.

Sabias que ias estar preocupada e ficas mesmo. Afinal trata-se de uma prova muito exigente e ele não é nenhum miúdo.

Ele está nervoso e tu condescendes – já que chegaram até aqui, claro que vais estar a torcer por ele. A claque familiar une-se, é lógico que vão estar lá para o abraçar.

Mas com o que não contavas era com o que viria a seguir: o entusiasmo com que segues cada etapa em directo pela internet; o alívio que sentes no final de cada dia; a ansiedade com que analisas as classificações; a vontade de chorar quando o vês, finalmente, a cruzar a meta.

O orgulho. O orgulho desmedido naquilo que ele conseguiu fazer, no resultado extraordinário da classificação final, na razão que ele tem em sentir-se um super-homem. Valeu a pena.

Percebes que talvez parte da tua resistência tenha vindo do ciúme.

Percebes que gostas dele e que o amor e o casamento têm de ser elásticos para que o caminho de cada um continue a encaixar-se num projecto comum.

E compreendes que é desta fibra que são feitos os vencedores. Que é a persistência, a abnegação, o espírito de sacrifício e um certo autismo que separam os que conseguem dos que desistem.

E recordas todas as vezes em que ele te apoiou, em que te deu força, em que segurou a montanha sozinho, em que foi o teu porto seguro.

E percebes que ele não vai parar, mas tu também não queres que ele pare. Queres estar lá com ele, a torcer por ele, pedalada após pedalada, semana após semana, até um dia ele decidir parar.
Porque quis parar.

Porque na vida que escolheram há espaço para os dois. E porque afinal sempre adoptaste um ciclista.

Desde que ele não compre mais nada.



P.S: Podem encontrar o texto na íntegra em http://mariacapaz.pt/cronicas/como-adoptar-um-ciclista-11-passos-por-marta-elias
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

Como disse Digha-Nikaya, “Há quatro espécies de amigos que o são sinceramente: o que ajuda, o que permanece igual na prosperidade e no infortúnio, o que dá um bom conselho e o que tem uma simpatia real por nós”. Sou feliz pois do meu leque de amigos, fazem parte estas quatro espécies.

Encontrando-me neste momento em Portugal e após quase 5 anos de deslocalização, consegui reunir ontem os quatros elementos originais deste mui nobre grupo de BTT (Pereira, Viegas, Eduardo e moi-même).

Foi como não podia deixar de ser uma volta que faz jus ao nome “Bravos do Pelotão”. Obrigado Pereira pelo track, muito bom mesmo!

Apesar da dureza da volta, deu para pormos a conversa em dia, afinal é para isso que servem os amigos. Apesar de alguns de nós não pedalarmos há imenso tempo ou andarmos a fugir aos treinos do amigo Pereira e Viegas, esta volta mostrou e provou que a informação continua lá.
Claro que sem o grande timoneiro que é o Pereira, julgo que o “je” e o amigo Eduardo, não teriamos terminado a volta ou teriamos demorado muito mais tempo. Obrigado Pereira pelos incentivos e pela cadência!

A todos um muito obrigado por deixarem os vossos afazeres e dedicarem um pouco do vosso tempo a este vosso camarada que nunca vos esquece apesar da distância que nos separa ;) .

No final da volta, resolvemos retemperar energias, sobretudo hidratar com umas loirinhas e por mero acaso caímos no restaurante Miquelina, mais infos em www.restaurantemiquelina.pt .
Enfardamos uma feijoada assim como uns rojões, o todo regado com um bom vinho tinto da casa.
Quero aqui deixar o meu agradecimento público aos proprietários e colaboradores, pois embora estivessemos perto das 15h30, estes atenderam os nossos pedidos como se da hora do almoço se tratasse. São estes pequenos pormenores que fazem a diferença e que tão bem caracterizam as gentes do Minho.

Eis um preview da volta realizada para os lados de Paredes de Coura, mais precisamente na zona de paisagem protegida do Corno do Bico.

Foram cerca de 50 kms com +/- 1.500 mts de acumulado positivo, sob temperaturas superiores a 30°C

Eis algumas fotos para abrir o apetite.

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A crónica será colocada online logo que possível, nos locais do costume (Site BDP, Fórum BTT e Facebook).

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 
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