Rockrider ER

Xinabike

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andrextr, esse programa, o Linkage...
que versão tens?
a free demo já ´dá para o gasto ou conseguiste arranjar uma das outras? (como?, já agora ;))

abraço,
Xina
 

andrextr

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Excêntrico a questão é que esta bike vai gastar demasiado curso em obstáculos de média dimensão, e quadro entramos em buracos ou lombas maiores, ou em drops naturais que nem precisam de ser muito altos, a bike vai esgotar e bater em seco. E portanto, eu diria que esta bike para trilhos de Enduro (que foi para isso que ela foi feita), não se vai portar bem se a descida for puxadota... Eu tenho uma Spec. Pitch de 150mm, e gosto de abusar dela a descer, e nunca sinto ela a esgotar em seco. Ao olhar para o O-ring do amortecedor vejo que ela facilmente usa 90% do curso numa descida bruta, mas para usar os outros 10% é preciso apanhar um salto ou um drop pelo meio e aterrar em flat, e mesmo assim não a sinto a esgotar em seco. Se a Pitch fosse uma bike desprogressiva, bastava a descida bruta para esgotar meia dúzia de vezes pelo caminho.. (ah, e a bike tá com um SAG correcto de 25%)

É claro que na Rockrider podemos aumentar a pressão do amortecedor para esgotar mais dificilmente, mas nesse caso ainda estamos a diminuir mais o SAG da roda, e a perder ainda mais sensibilidade (que pela natureza do sistema já é pouca).

Portanto, o quadro da ER até pode ser de bom material e ter boa construção, mas o desenho da suspensão não me convence pelas razões mencionadas. Além disso acho desnecessário aqueles rolamentos no pivot principal. É demasiada complicação e não trás nenhuma vantagem significativa na minha opinião (a não ser o facto de chamar a atenção ao cliente por ser uma coisa mais à frente, diferente do habitual, e inovadora). Já agora, aqueles rolamentos o que fazem é mover o pivot principal ao longo do curso, de modo a que a trajectoria da roda seja praticamente vertical e não arqueada como nos outros sistemas. Mas muito honestamente, penso que não é seja isso que vá trazer alguma vantagem de maior que possa ser sentida por um utilizador comum.
 
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Kamoes

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Ou seja, o amortecedor é mais rijo no início do curso, que no fim!

Ao contrário dos sistemas mais comuns, que se tornam progressivos...

Quanto mais ar metermos, menos sensível fica a bike, logo, mais porrada vamos levar nas costas!

Certo andré?
 
É possível que seja assim. Eu nunca andei numa suspensão total, seja rockrider ou não, por isso não sei se na prática é assim tão linear que esgote rapidamente o curso. Mas fica-me a ideia de conseguir amortecer melhor maiores amplitudes, do que pequenos ressaltos.
Mas é sempre bom haver estas discussões e partilha de conhecimentos, para "desenjoar" das peruntas banais.
É uma questão a colocar aos utilizadores destas bikes. Devem haver alguns pelo "Análises e testes", em que talvez vá questionar alguns.
 

Kamoes

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Exacto Kamoes! Vesse logo que também és de Torres Vedras pá :D

Isto nunca falha ! :mrgreen:

Temos que combinar uma voltinha, quando quiseres fazer um bocadinho de XC :D

Também acho importante estas discussões, muuuito bom mesmo!

Abraço ;)
 
Desculpem-me se estiver a dizer a maior estupidez do mundo!... :eek:

Mas por exemplo o sistema Brain da Specialized está consebido para ter um funcionamento semelhante ao que se está a discutir no NEUF... Ou seja, funciona praticamente como uma HT, não absorvendo pequenas irregularidades do terreno e evitando o bombear até que uma pancada maior faça funcionar o sistema de amortecimento. É assim ou não é? :confused:
No sistema utilizado pela Specialized temos ainda um complexo, pesado e CARO sistema de amortecimento, que na RockRider é substituido pelo tal rolamento de grande dimenção, o que permite utilizar um simples e leve amortecedor sem bloqueio ou plataforma!... Estarei assim tão errado? :confused:
É certo que a Specialized utiliza este sistema em bikes de XC e maratonas (EPIC) e não em bikes de Enduro, o que me leva a pensar que o sistema NEUF está devidamente instalado nas bikes RR 9.1, RR 9.2 e RR 9.3, não sendo a melhor solução para a RR ER!

Tenho uma RR 9.1 que utilizo principalmente em passeios do tipo XC, mas que também utilizo em algumas descidas e em piso um pouco mais técnico (Trail), para o qual acho que a bike se adqua plenamente!!! :)

Boas pedaladas
Luis C.
 

Peixinhus

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Esta ER está seguramente vocacionada para enduro, para AM e XC temos nesta vertente a 9.3 que além de ser mais leve 2kg está com melhor montagem e mais barata 200€.
Não podemos exigir desta ER uma leitura suave do terreno nem compara-la com outros modelos mais apropriados para trilhos mais softs. Agora esgotar o curso e bater em seco, com a experiencia demontrada já com o sistema neuf das rocks, não me parece.
Estimo que a procura deste modelo vai ser reduzida, olhando ás especificidades da mesma, ao preço já num patamar médio/alto e ao peso exagerado para molda-la a vertentes XC/AM.

Abraços
 

Vascor

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Boa tarde,

A análise através do leverage ratio, não nos traduz directamente a forma como a suspensão se vai comportar nos obstaculos.
Esta análise é muito boa e util e serve para a escolha do melhor setup de amortecedor.
O leverage ratio, é o racio entre o curso da roda de tras e o curso do amortecedor.
Se é =1mm/mm quer dizer que por cada 1 mm que o amortecedor encolheu a roda subiu 1 mm.
Se nas Fuel esse racio é maior, é pq para apenas 1mm de curso de amortecedor a roda fez 2 mm de curso ou mais (2.6mm/mm por exemplo).

Para afirmarmos da sensibilidade ao longo do curso, temos de comparar com a constante de amortecimento (K) do amortecedor ao longo do curso de mesmo, e não apenas olhando para o leverage ratio.
Existem muitas maneiras de optimizar esta sensibilidade, neste caso concreto através do volume da camaras de ar+ pressões. Apesar de ser um Monarch 3.3, o seu setup a este nivel foi optimizado para este quadro e é diferente de uma bike que tenha um leverage ratio maior e, apesar de exteriormente parecerem iguais.
 

andrextr

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Sim, sistema de suspensão não é apenas composto pelo design do quadro, mas sim da combinação quadro + amortecedor.

Portanto o amortecedor vai influenciar o comportamento final da suspensão.

Contudo o amortecedor não altera o leverate ratio (curva do efeito alavanca). Isso é uma propriedade inerente ao design do quadro.

Em bikes com quadros progressivos, isto é, em quadros onde a alavanca diminui bruscamente no fim do curso (ex: Intense Soccom, Santa Cruz Nomad) não faz sentido utilizar um amortecedor progressivo porque o quadro já é progressivo por si só. Por isso é que neste tipo de bikes se utiliza amortecedores lineares, nomeadamente de mola ou amortecedores de ar de grande volume (DHX air, ou Float XV).

Numa bike com quadro desprogressivo ou linear (isto é, quando a alavanca aumenta um pouco no final do curso, ou quando se mantem constante ao longo do curso, respectivamente) o mais correcto é utilzar um amortecedor progressivo para corrigir um pouco a desprogressividade do quadro. Amortecedores com fim de curso progressivo são os amortecedores de ar de pequeno volume (Float normal p.ex):

Grafico de forças vs curso do embolo para vários amortecedores:
DRCV_performance_chart.jpg


Portanto, a escolha acertada do tipo de amortecedor pode corrigir alguns "defeitos" provenientes da curva de alavanca do proprio quadro.

Adivinho que já devem estar a pensar: "Ah então se o NEUF é desprogressivo por natureza, se tiver um amortecedor de pequeno volume, já fica bom..."
De facto com um amortecedor desse tipo, vai corrigir um pouco a desprogressividade exagerada proviente do proprio quadro. Mas quando uma coisa nasce bastante torta, tarde ou nunca se endireita... E mais uma vez cito a review da bikemagazine, que não fui eu que escrevi:

falta-lhe algo não menos relevante numa Enduro: curso disponível.

Relativamente à pouca sensibilidade inicial do NEUF, aí meus amigos não há muito a fazer com o amortecedor pelo simples facto que no inicio do curso a alavanca é pequena (racio 1.6, numa bike "normal" é cerca de 3) e portanto quando metem um SAG de 25% no amortecedor (o ideal), a roda traseira vai ter um SAG pequeno (1,6 vezes maior do que no amortecedor). E portanto, este SAG pequeno faz com que a roda não leia bem o terreno (aqui não há volta a dar, nem com o tipo de amortecedor utilizado).... E mais uma vez vou citar a bikemagazine:

Uma consequência deste N.E.U.F. é um deslocamento grande no amortecedor face ao deslocamento na roda. Mesmo quando medes o sag parece-te sempre que tens menos (sag) do que realmente existe
in http://www.bikemagazine.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=637&Itemid=88


lmc.carraco: estás desculpado :D eheh
O brain não é um exemplo para ninguém, mas a diferença entre a Rockrider e a EPIC é que na Epic a linha de alavancas do quadro é "normal", e no NEUF é completamente contraria à maioria dos sistemas. Portanto a EPIC é + progressiva do que a RR, e se desligares o brain ela fica sensível como uma bike "normal". Na NEUF não há nada que possas fazer para aumentar a sensibildiade porque o problema reside no design do quadro.
 
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Ok, tudo bem, o brain quando desligado tem um funcionamento normal!
Mas no entanto todo esse sistema foi desenvolvido de forma a obter o resultado que o NEUF consegue fazer apenas com a geometria do quadro!! ;)

Não considero que a falta de sensibilidade no inicio do curso do NEUF seja um problema, principalmente (e volto a referi-lo) numa bike destinada oa XC ou Trail (talvez o mesmo não se possa dizer de uma bike de AM!). Considero o sistema NEUF muito eficaz no evitar o bombear e NUNCA consegui esgotar o curso deste (que no meu caso são 120mm), no entanto após a passagem do inicio de curso a suspensão parece ficar mais sensivel (mas sem nunca bater em seco como foi referido)!
 

andrextr

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Não considero que a falta de sensibilidade no inicio do curso do NEUF seja um problema, principalmente (e volto a referi-lo) numa bike destinada oa XC ou Trail (talvez o mesmo não se possa dizer de uma bike de AM!).

Sim concordo contigo. Para andamentos de XC/maratonas por trilhos mais pedaláveis e pouco técnicos ajusta-se perfeitamente.

Para andamentos mais agressivos, e exigentes para a suspensão, não me parece que o NEUF seja uma boa opção. E tendo em conta que a ER custa 2.200€, encontra-se melhores desempenhos a esse preço.

e NUNCA consegui esgotar o curso deste (que no meu caso são 120mm), no entanto após a passagem do inicio de curso a suspensão parece ficar mais sensível (mas sem nunca bater em seco como foi referido)

O facto de não o teres esgotado pode-se dever a várias coisas. 1) Tens pressão a mais no teu amortecedor, e o SAG é inferior a 20-25% e portanto é difícil de esgotar, mas perdes ainda mais sensibilidade; 2) Os sítios por onde andas são "amigos" da suspensão :) De qualquer forma como tu dizes e bem, após a passagem do inicio do curso a suspensão fica mais sensível.. ou seja, torna-se fácil de progredir no curso... e isso é explicado pelo aumento da alavanca ao longo do curso :)

Força

EDIT: Se forem à parte final da analise da Ibis Mojo na secção Think Bikes do fórum, acho que já conseguem interpretar o que o 350plus disse em relação à alavanca do quadro, a qual ele lhe chama de "rácio de suspensão" :) Depois comparem com o grafico das alavancas da RR e descubram as diferenças :D
 
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Kamoes

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Nunca se pode comparar uma Epic com Brain a um Rockrider com N.E.U.F.

Digam o que disserem, há uma coisa que não é semelhante, custos de desenvolvimento e complexidade dos materiais.

O Sistema N.E.U.F é bom porque anula o bombeio, e fá-lo apenas com o quadro.
Mas nunca será uma boa suspensão Total aberta, mesmo por isso!

Uma Epic com brain activo, porta-se como uma rígida, mas em modo aberto, torna-se progressiva e uma verdadeira FS.
A complexidade que existe na Epic tem a ver com o desenvolvimento por parte da marca, que mesmo eu não sendo um fã, posso dar razão quando acredito que a têm.


A rockrider produz bons quadros, baratos, com geometrias simples e com um custo baixo. Os brains e afins, são mais caros, mas muito mais complexos.

Concordo com o XisTêÉrre.


Abraço ;)
Marco Camoes.
 

BikeBrother

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A rockrider produz bons quadros, baratos, com geometrias simples e com um custo baixo

Kamoes, porque é que dizes isso? Conheces a proveniência dos quadros das RR ou quem as faz ou a equipa que está por trás das bikes da decathlon?
 

Jorge S

Member
Vale o que vale, mas vejam este comentário in Bike Radar fórum, em que a 9.1 é comparada a um modelo da Gary Fisher :

"I had a 9.1 for 2 years.Excellent bike.
I only sold it as I no longer rode it.
My previous bike was a Gary Fisher Cake 3 DLX which to be honest didn't ride as well as the 9.1 "

Neste país de elitistas seria inconcebível passar de uma GF para uma RR. Até já houve quem substituísse os autocolantes pelos da Specialized, tais são os complexos:confused:
 
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andrextr

Active Member
Jorge S a minha posição não tem que ver com complexos e guerrinhas entre marcas, nem vou entrar nesse campo.

Só vim aqui comentar um aspecto concreto sobre as alavancas do NEUF que é contrário à maioria dos sistemas.

Não tendo mais nada a acrescentar de momento, voltarei a participar activamente neste tópico quando se justificar :)

Força nas canetas.
 

Kamoes

Active Member
Kamoes, porque é que dizes isso? Conheces a proveniência dos quadros das RR ou quem as faz ou a equipa que está por trás das bikes da decathlon?

Tenho vagas ideias da produção dos quadros.

Sei perfeitamente que a Rockrider não compra quadros genéricos na China.
Sei que têm um gabinete de testes para os seus quadros, e sei que o N.E.U.F foi inventado por eles.
Não lhes tiro o mérito , obviamente. Nunca disse isso.

Mas basta pensar nos preços que praticam. Pelo equipamento que as bikes trazem, qual será o custo do quadro?
Nem toda a diferença pode ser lucro para uma marca (Specialized, Orbea, Scott, Merida...) , sou obrigado a acreditar que o quadro tem realmente uma produção mais cara.

Porquê? Não sei, mas deve ser.


Não quero fomentar guerras, longe de mim! Sou apoiante da Rockrider, pelos preços e qualidade que apresentam!

Se aquilo que o XTR disse se verificar, que a suspensão é eficaz a anular o bombeio, mas ineficaz a amortecer (afinal, é para isso que servem as FS) não a posso considerar uma boa suspensão total. APESAR DE ser eficaz naquilo que se propuseram a construir, atenuar o bombeio por parte do amortecedor a pedalar.
São critérios.

Peace ;)


Um abraço,
Marco Camoes.
 

pedalo

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andrextr, depois dos mails q trocamos, muito obrigado por todas as explicações, fiquei bem exclarecido, ora aqui estáum verdadeiro topico de um forum.
Esclarecedor de uma matéria e ñ criador de interesses.
andrextr, obrigado.
 

Vascor

New Member
Tenho vagas ideias da produção dos quadros.

Mas basta pensar nos preços que praticam. Pelo equipamento que as bikes trazem, qual será o custo do quadro?
Nem toda a diferença pode ser lucro para uma marca (Specialized, Orbea, Scott, Merida...) , sou obrigado a acreditar que o quadro tem realmente uma produção mais cara.
Porquê? Não sei, mas deve ser.

Esqueces de um pormenor muito importante:
Por exemplo Specialized:
1 - Produz e monta;
2 - Envia para Importador;
3 - Envia para Loja;
4 - Consumidor Final;

Rockrider:
1 - Decathlon Produz;
2 - Envia para a loja propria;
3- Consumidor final;

Existe pelo menos 1 intermediario a ganhar um dinheiro....
O preço mais baixo deles está relacionado mais com isto e não com qualidade. Alias, penso que se muitas das marcas de topo tivessem o controlo de qualidade deles, estariamos todos muito mais satisfeitos....
 
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