CCP - Caminho Central Português - de Lisboa a Santiago [FotoReport]

jorgecem

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boas
fui eu e o pedro que chegamos a estaçao de santiago e nos disserao que os comboios da renfe so levam 3 bicicletas,tivemos que esperar pelo comboio seguinte.
tambem fiquei de boca aberta,como e possivel 1 destino tao procurado por peregrinos de bicicleta a renfe so transportar 3 bicicletas de cada vez.
os comboios portugueses nao sei quantas levam de cada vez,mas o que acontece em santiago se fosse aqui ja tavamos todos a dizer que portugal e isto,portugal e aquilo,ect ect ect........
 

texranger

Member
Desculpa a minha ignorância, mas não percebo patavina disso.....

Há outra companhia de caminhos de ferro sem ser a Renfe ? Dizes que tiveram que esperar pelo comboio seguinte............esse não era da Renfe ?

É que no meu grupo somos 6......

Cumps
 

filippus

New Member
Boas Texranger....


É muito simples em Espanha existem várias operadores de caminhos de Renfe, mas de passageiros que passe por ali, só mesmo a Renfe e como disseram anteriormente cada comboio só tem a possibilidade de levar 3 bikes e no comboio que eles eram para ir inicialmente já estava cheio tiveram de apanhar o seguinte para Vigo.

Tens sempre a possibilidade vir nos expressos da Alsa... www.alsa.es mas terás de levar a bike enbalada, li algures por aí na net que em Santiago há lojas que fazem isso por mais ou menos 20€.

Qualquer pergunta não hesites me perguntar.

Abraços
 

texranger

Member
Obrigado pela pronta resposta, filippus. Vou ter que reunir com os meus colegas e anunciar a novidade.

Espero que haja outra solução, porque o espirito de grupo tem que prevalecer, e quanto mais barato....melhor.

Boas pedaladas....
 

jorgecem

New Member
boas,tudo depende a que horas chegarem a santiago,de santiago a vigo ha varios comboios durante o dia,se chegarem cedo podem dividiren-se pelos varios comboios,tem que ter atençao que ao fim do dia so a 1 comboio de vigo ao porto e neste nao sei qual a lutaçao para bicicletas mas passas nma estaçao e perguntas.
P.S.atençao porque podem nao conseguir vagas nos comboios visto que a lutaçao sao 3 bicicletas,e sao mais que muitas.
 
J

jorl

Guest
boas tarde a todo

eu sou de barcelos tambem vou este ano pela primeira vez fazer o caminho de santiago com um colega, vamos fazer de sao pedro de ratos ate santiago em dois dias que vai ser no dia 15 e 16 de maio.

e tambem aproveito para dizer que foi inaugurado este fim de semana o albergue de sao pedro fins barcelos, que fica 10 kl da ponte de barcelos e a 23 de ponte de lima.

boas pedaladas
 
J

jorl

Guest
boas
vou atravessar em valenca porque e por ai que passa o caminho de santiago
 

Speças

New Member
Vivam,

regresso para aqui desvelar um pouco do que foi este nosso Caminho.
Duas considerações prévias:
- atendendo ao elevado número de fotos, apenas apresento uma pequena selecção (que ainda assim é demasiado grande);
- tentarei ir actualizando a crónica, efectuando o relato de cada um dos oito dias e da forma mais rápida e breve que me for possível, pelo que agradeço a vossa compreensão).

eis pois a nossa CRÓNICA...
 
Last edited:

Speças

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31 de Março de 2010 - 1º dia no Caminho

Como acontece a muitos de nós e muitas vezes... tudo começou com o som do despertador!
O encontro estava marcado para o Terreiro do Paço, às 8:00h, pelo que todos três (eu, Malhas e Filippus) tivémos que efectuar uma denominada etapa 0 (zero): entre a casa de cada um e a Sé de Lisboa, sendo que entre o Terreiro de Paço e a Sé, a faríamos juntos.

Para mim e para o Malhas isto implicou termos de afectuar a travessia do Tejo, altura em que os primeiros raios de sol despontavam


Eis o “rendez- vous” dos três que iniciaríamos o Caminho em Lisboa.
Após a travessia num barco já repleto de gente calada e sonolenta, rumo aos respectivos empregos, lá nos encontrámos e parámos no Cais das Colunas para contemplar o Tejo e nos despedirmos da nossa Margem Sul…


Rumámos à Sé de Lisboa, local emblemático e ponto de partida deste Caminho Central Português.
Como a Sé ainda estava encerrada, deslocámo-nos á igreja de Sto. António para carimbar as nossas Credenciais, e regressámos diante da Sé, visto ser aí que encontrámos a nossa primeira seta amarela e seguindo-a, nos embrenhámos nas ruelas de Alfama, Sta. Apolónia e demais bairros no sentido Oriente








Chegámos ao Parque das Nações. Nova paragem simbólica diante do Marco dos Caminhos (de Santiago e de Fátima) e seguimos, pois pouco à frente – na zona do Vasco da Gama - haveríamos de cruzar o nosso Caminho com um primeiro elemento (da TRUPE) que, arranjando uma desculpa ao patrão, fazia questão de abandonar o emprego e nos vir desejar um “Buen Camino”…


… Fogachadas, aperta aí e vai mas é trabalhar.
Despedimo-nos com um até de hoje a uma semana, pois seria ele quem, fazendo de nosso motorista, nos iria recolher a Santiago na 5ª feira da próxima semana. És grande!


Seguimos então pelos fabulosos passeios ribeirinhos do Parque das Nações, em direcção ao rio Trancão…


Foi após cruzarmos esse mesmo rio que tomámos a nossa primeira decisão conjunta: “Seguimos pela Nacional 10, evitando o Caminho pela bacia enlameada do rio Trancão…” Gramámos uns quilómetrozitos no “alcatrone” até à Póvoa de Sta. Iria, quando surgiu nova decisão a tomar…
“Vamos pelo Sapal!”.
Resultado:


Felizmente e não obstante o cenário inicial, acabámos por nos desenrascar muito melhor do que aconteceu em Janeiro passado (quando fizemos o Caminho de Fátima e fizemos logo às portas de Lisboa o nossa primeiro SPA de lama) e houve mesmo tempo e vontade em apreciar o horizonte. A lezíria a partir de um viaduto sobre a linha do “Quimbóio”…



Rolávamos em amena cavaqueira, quando ainda antes de Alhandra haveríamos de deparar com a primeira surpresa do nosso Caminho. De repente, um bttista inverte a sua marcha e vem junto de nós: “Vocês é que são aquele pessoal que vai até Santiago em autonomia?...”
Nem queríamos acreditar, fruto do acaso, aquele jovem ali do Sobralinho, que fazia um treinozinho, cruza-se connosco e, de imediato, pergunta se nos pode acompanhar até V.F. Xira.


Certo é que o Mauro acabou por fazer de “cicerone”, levando-nos pela ciclovia, guiando-nos até à igreja matriz (que apesar de aberta, não tinha ninguém que nos pudesse carimbar as Credenciais) e depois até ao local do nosso 1º abastecimento…



Depois de “bitocarmos” seguimos rumo ao quartel dos Bombeiros, onde acabámos por selar o nosso “Salvo-conduto” e cruzarmo-nos no Caminho com alguém que, connosco conversando e pedalando o mais rapidamente que conseguia, nos acompanhou durante meia dúzia de metros


O alcatrão guiou-nos até Vala do Carregado e à Azambuja, com a planície a ser cruzada pelos novos viadutos das novas auto-estradas


Em Azambuja, nova decisão (fruto das lembranças dos Caminhos de Fátima) teria de ser tomada…
Se da outra vez fomos “à argila”, desta vez também não perdoamos! E eis a perspectiva…




Após algumas dezenas de metros a ouvir uma terrível chiadeira na minha bicicleta, decido parar e tentar ver o que se passa… Cinco ou seis palavrões ecoaram pela lezíria. Um dos dois parafusos que fixava o suporte dos alforges ao quadro tinha ficado algures…

Após a risada dos meus dois colegas e de novas imprecações, desta vez, dirigidas a cada um deles, silêncio durante alguns segundos e… “eureka”! Salta um dos ganchos da rede que suportava o saco-cama e encaixa nos dois buracos, suportando de novo o suporte: “Pelo menos até Valada tem de aguentar, depois logo tentamos desenrascar!”

Seguimos animados e confiantes, de novo em alcatrão, mas sempre com motivos para nos prender o olhar


“- Oh Miguel, olha ali!... É só mudares os alforges para dentro da caixa…”- sugeriram-me.

“- Não dá – respondi eu, - tem a direcção bloqueda!”

Certo é que o bem-dito gancho estava desempenhar exemplarmente uma função para a qual não tinha sido feito e ao entrar em Valada, jurei a mim mesmo, nunca mais dizer mal dos artigos e das lojas chinesas: “Long live chinese shops!”
Foi pois bem sorridente que cheguei e chegámos a esta localidade ribatejana & ribeirinha. Depois de termos lavado as bikes na bomba de gasolina (afinal ainda tínhamos trazido alguma lama connosco), dirigimo-nos à Junta de Freguesia para novo carimbo e é aí que um cantoneiro me diz: “Havia aqui uma drogaria, mas já fechou… mas o velhote vive lá e se batermos à porta ele talvez ainda lá tenha alguns parafusos!”
Deixei para trás nova risada dos meus colegas e zarpei junto com aquele indivíduo em direcção à referida loja.
Longe estariam de imaginar que naqueles próximos minutos, sem sabermos, o Caminho, mais uma vez, aconteceria…

Do alto dos seus 90 anos e da sua simpatia e amabilidade, o senhor António abriu-nos as portas da sua antiga loja (encerrada há dois anos pela ASAE) e tentou ajudar-nos. Obviamente sem sucesso, mas isso foi o que menos nos importou, o que contou verdadeiramente, foram aqueles dez minutos que partilhámos. Bem-haja, caro senhor!


Despedimo-nos, e às suas palavras de incentivo, respondemos-lhe que não se preocupasse, pois dali já quase avistávamos Santarém e lá haveríamos de resolver o problema.
Apesar de percebermos e aceitarmos a sua recusa em receber o mínimo que lhe poderíamos retribuir, foi à sua saúde que, já perto da ponte de Muge, brindámos com um tintinho!


Ao longe, lá no planalto, “Scalabis”. Mas até lá muito o Caminho ainda teria para nos revelar…
Começámos por fazer o que normalmente dizem para fazermos quando não temos sono, mas precisamos de dormir…
contar ovelhas!

Depois ainda pensámos que aquele “amarelinho” que ali andava era uma nova valência da Câmara Municipal (rasgo de génio do presidente Moita Flores), e que bastaria meter as “burras” lá para dentro que não custava nada subir até Santarém…

E quando, finalmente, nos deparámos com a famosa

É que caímos em nós…

A etapa estava nos quilómetros finais.
Tornei a pensar no gancho da rede que teimava em aguentar-me o suporte e os alforges e, não fosse a subida que tinha diante de mim e o Filippus ter-me dito que agora é que o ar iria começar a ficar mais rarefeito, ter-me-ia jogado para o chão a chorar… de alegria.
[/URL

Acreditem ou não, em plena subida conseguimos ainda obter a informação de que logo ao lado do “Quinzena” havia uma loja de ferragens onde poderia ver resolvida a “minha falta de um parafuso”. Alcançado o topo e encontrada a loja, o Caminho voltava a fazer-se “sentir”…
“- Tomem lá… vão aí dez parafusos. E façam uma boa viagem!” – desta vez, foi a srª. Carla a demonstrar aquela que, para mim, foi uma das grandes revelações do Caminho: a de que o ser humano é bom por natureza!
[URL=http://img41.imageshack.us/i/habemusparafusus.jpg/]

Uma vez mais, tornámos a retribuir à nossa moda…

Desta vez, porém, com duas pequenas diferenças: branquinho (só para ir variando e para não enjoar) e um cafezinho pago para a Dª Carla (que não nos acompanhando, tem a loja mesmo do outro lado da estrada em frente do café).


Foi pois já com um novo parafuso colocado e com os “níveis” devidamente atestados que nos deslocámos em direcção à Sé de Santarém. Era aí que pretendíamos selar novamente as nossas Credenciais e o nosso local de pernoita até ficava nessa zona…

Em plena praça da Sé, somos novamente interceptados e interpelados por elementos aqui do fórum… e que aliás, aqui chegaram a vir comentar este mesmo facto: de se terem cruzado connosco.


A primeira etapa tinha terminado. O Caminho cumpria-se!
-“ Oh Miguel, já viste o co teu primo tá aqui a escrever sobre ti e o teu parafuso pá Katita?!...”

Depois de gentilmente recebidos pela Elsa – colega de Faculdade do Malhas aqui em Santarém – e do banhinho tomado, foi então altura de descomprimirmos, caminhando pela cidade, e de irmos em busca do já tão almejado jantar…
Três rápidos exemplos da diversidade e do valor cultural e arquitectónico desta cidade:

Estilo árabe

Estilo gótico

E estilo renascentista/manuelino

Andávamos de tal maneira deslumbrados com tanto que há por ver, que quase nos desorientávamos e “perdíamos o Norte”...
Felizmente, encontrámo-nos!

Foi só seguirmos este beco e…


A Srª. que aparece na imagem acabaria ainda por servir de “gps” para o que abaixo se vê…
(Atenção,
pois a imagem que segue,
dependendo da hora do dia e da sensibilidade de cada um,
pode afectar gravemente a sua disposição)

(Sável frito com açorda de ovas)

E o Caminho continuou!
(2º Dia no Caminho brevemente)
 
Last edited:

katitaContessa

New Member
oh Speças mete lá mais coisinhas... agora já tou aqui em pulgas!!!

O que é feito do Malhas??? Hibernou??? Malhas onde andas??? Amigooooooo

Ai já me estou a ver em Agosto...
 
Boas
Então!!!!!!!!!!!
Isto não se faz,se começaram agora deviam acabar.Vamos agora ficar todos em pulgas para vêr o que aí vem.
Força aí rapazes.
Abraço para todos.
Continuo ligado ao vosso report

Saudações Betetistas
Filipe Bragança
 
pessoal,o que aconselham? reboque de carga ou as tradicionais bagageiras?

eu custumo usar alforges,mas está para breve a aquisição de um atrelado extra.dá muinta mais liberdade de movimento.

então amigos como vão as coisas.adianten-se lá nos relatos,que senão quando chegarem a Barcelos já estou velhinho.

aquele abraço.
 

whiplashh

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eu custumo usar alforges,mas está para breve a aquisição de um atrelado extra.dá muinta mais liberdade de movimento.

então amigos como vão as coisas.adianten-se lá nos relatos,que senão quando chegarem a Barcelos já estou velhinho.

aquele abraço.

No meu caso tem de ser com reboque, a não ser que compre outro quadro,mas já me disseram que com reboque é para esquecer :/
 

JCSC

Member
No meu caso tem de ser com reboque, a não ser que compre outro quadro,mas já me disseram que com reboque é para esquecer :/

Nós, depois dos suportes de selim nos 2 dias de Lisboa-Fatima passamos apenas ao camelbak nos 2 dias de Troia-Odemira-Algarve, se bem que com dormida assegurada. Tudo arrumadinho e com o minimo indispensavel.

Para os 3 dias do Porto-Santiago tambem com dormidas nas Pousadas e em Pontevedra tambem so levamos o camelbak.

IMG_3254.jpg


Vamos voltar de comboio ate ao carro no Porto.
 
Last edited:

Speças

New Member
Vivam,

é só para informar que, finalmente, já consegui colocar a reportagem do que foi o nosso 1º Dia do Caminho. :hehe: :hehe: :cl: :cl:

Peço desculpas pelo tempo demorado, mas acho que já aprendi a ultrapassar aqui alguns contratempos próprios destes meios informáticos... :doente: :oops:

"Caminante, no hay camino.
Se hace camino al andar..."
 

bttist@

New Member
CCP - Caminho Central Português - de Lisboa a Santiago [FotoReport]
So falta contar o resto da historia!
A malta está toda em pulgas para saber o resto!
Boas pedaladas
 

EJS

New Member
Viva pessoal,

Antes de mais os meus parabéns por terem alcançado essa vossa meta pessoal, por terem vencido este desafio sem problemas de maior, e acima de tudo por terem feito isro sem qualquer carácter competitivo.
Essa é a minha onda sempre que ando de bike.
Dentro de um mês irei fazer o caminho de Santiago (desde Coimbra) em autonomia.
Não tenho GPS, já li algumas opiniões mas gostaria de saber a opinião de quem realizou o caminho mais recentemente.
É absolutamente necesário GPS ou as setas e marcações estão bem colocadas? Há sempre risco de nos enganarmos claro, sei que GPS dá jeito e serve para confirmarmos a nossa posição. No entanto, é exequível o caminho sem o GPS?
AGradeço desde já as vossas opiniões.
Obrigado

Boas pedaladas
 
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