fatchance said:
(...)no entanto como é uma marca artesanal tudo é possível e no caso de o cliente querer os tubos ventilados assim os homens o iram construir.
e o unico que vem assim mesmo sem que o cliente peça(...)
Sim, estava perfeitamente ciente dessa situação e a minha observação encaixa-se mais como uma sugestão a quem pensar vir a adquirir um quadro destes. Nada a tirar em termos de qualidade da marca, a geometria, o material a soldadura continuam a ser do melhor. :wink:
Mas sendo investimentos avultados e peças de boa qualidade, é importante fazer tudo o que possa precaver futuros danos. Eu falo nesta situação porque de facto há relatos de muito pitting interno nos quadros. Para quem estiver interessado em ler mais sobre o assunto, recomendo este post do Rody Walter sobre restauro de uma Fat Chance:
:arrow:
http://groovycycleworks.blogspot.com/2009/04/beat-up-clapped-out-and-moving-slow.html
Relativamente ao 953, por acaso também gostava de puxar o tema para a conversa porque é algo que estou curioso. A IF tem estado sempre na frente do lançamento deste material em parceria com a Reynolds e as opiniões que tenho visto são bastante dispersas. Tenho curiosidade de saber o que a própria marca espera dos novos quadros de BTT em 953, nomeadamente em durabilidade a longo prazo, resistência a danos, etc.
Eu explico a minha ideia actual sobre o 953. É certo que no papel o material brilha em termos de propriedades. Sendo um aço maraging não se espera outra coisa e ainda tem o bónus de ser resistente à corrosão. No entanto dou por mim a pensar se as bicicletas serão uma aplicação ideal deste material de alta performance. O que o 953 traz de novo para o jogo são resistências mecânicas super elevadas. Isto potencia quadros mais leves se as tubagens forem mais finas. No entanto, quem viu tubagens de um quadro de 853 já sabe que não dá para fazer muito mais fino sem entrar no nível de casca de ovo. Caindo no erro de tentar obter pesos recordes vamos ter muita susceptibilidade ao dano. Logo, os ganhos de peso efectivos são pequenos num tubo. Se tivéssemos a falar na estrutura de um trem de aterragem de um A380 (feita também num aço deste tipo) aí sim, a natureza volumosa e maciça da peça permite fazer secções mais pequenas e poupar massa.
O que vamos ter é então um quadro sem corrosão, com o peso perto de um quadro de aço de alta qualidade, bastante mais resistente e ao preço do titânio. Mas um quadro de aço normal de XC já é suficientemente resistente para 99% das pessoas. Será que compensa preterir o "tried and true" titânio em favor do 953?
Isto são apenas considerações pessoais e genéricas que fiz com o que sei de metalurgia e design de quadros. Há sempre truques e pequenas nuances que fazem toda a diferença do mundo.
Fatchance, como já disse anteriormente, é um tema que me fascina bastante e se me pudesses dar mais informação concreta sobre as propriedades e argumentos dos quadros da IF em 953 ficava agradecido. :wink: