O registo esbarra no problema da multiplicidade de configurações possíveis numa bicicleta. Mesmo nos automóveis, o registo incide apenas na estrutura principal que é o chassis. E mesmo assim...
Numa bicicleta, ao ritmo que se alteram componentes, seria quase impossível manter um documento que comprovasse o facto de seres legítimo dono daquela bicicleta na data X, apenas porque, em termos legais, "XPTO, com uns punhos pretos" não é o mesmo que "XPTO, com uns punhos verdes".
No limite, aplicaria-se o controlo aos números do quadro, e neste momento isso já acontece, basta teres a factura devidamente preenchida e claro, algumas fotos.
Agora imagina a confusão que não seria no mercado de usados, nas vendas, nas vendas online e claro, a grande questão: Quem tutelaria tal acervo de documentação e registos?
Felizmente vivemos numa sociedade informada, e como tal cabe a cada um de nós assegurar que fazemos o máximo para manter a segurança dos nossos bens não facilitando a vida aos larápios. Não faz sentido prender bicicletas de 2500 euros ao chão com um sistema de retenção que custou 8 euros, e fechaduras das mais baratas. Embora infelizmente ninguém esteja livre de ser um alvo (especialmente com o despertar do bike jacking), todos nós podemos fazer o nosso bocadinho, quer ao comprar, quer ao manter e guardar.