Volta ao mundo em bicicleta

Paratrooper

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D1 - O início em Guimarães

Quando sonhamos, quando almejamos algo, projectamos no futuro a idealização do momento, mas por muito que projectemos, a realidade tende sempre a ser diferente do que sonhámos.
Quando eu planeava a minha viagem, imaginava uma saída do género: chegada a hora H, dirigia-me sózinho ao local designado e sem cerimónias, sózinho dava início à minha aventura.
Pois aconteceu tudo totalmente ao contrário mas hoje olhando para tràs até que foi “engraçado”.
Mas recuemos à noite de 19 para 20 MAIO.
Foi díficil de dormir, primeiro pela ansiedade, depois pela noitada e pelo jantar, um entre tantos que tive o prazer de partilhar com os amigos, dentre eles só conhecia um, o Filipe Teixeira, os outros foram-me apresentados e, típico das gentes do norte, já quase parecíamos uma família.
Malvado vinho, malvado bacalhau……..heheheheh, foi tão recente e já tenho saudades.
Ainda estava na cama quando, às 06H20 dei uma entrevista ao José Candeiasda Antena 1. Falámos sobre a viagem, as expectactivas a loucura que era o desprender-me de todos os bens e fazer-me à estrada.
SOU quase um sem-abrigo: sem casa, sem carro, sem bens materiais (saudades da minha tv) e sem a companhia da minha “mais-que-tudo” Layka Maria, que adoptei, quando ela ainda tinha os olhos fechados, depois de ter sido abandonada numa caixa de sapatos à porta do meu trabalho.
Eram cerca das 08H20 quando saí do meu quarto da Pousada da Juventude de Guimarães, onde tinha ficado alojado numa simpatia do Turismo e do Município de Guimarães.
Apesar de os raios de sol entrarem pelas portadas do meu quarto, o tempo estava estranho, enublado, frio.
Coloquei os alforges na minha bicicleta e fiz-me à estrada. Toural, Largo da Oliveira e frontaria dos Paços do Duque perto da estátua de D. Afonso Henriques.
Ali estava eu, sózinho, com a minha bicicleta, debaixo daquela frondosa árvore a abrigar-me de uns choviscos tímidos.
Por breves momentos era tudo como eu tinha imaginado: só, eu e a bicicleta. Mas eu sabia que viria gente, reporteres…
Eles chegaram, invadiram o largo de D. Afonso Henriques originando que os grupos de turistas estrangeiros de indagassem o que se passava. Alguns desses turistas vieram desejar-me boa viagem, depois de terem sido informado do que se passava.


Foi um momento de agitação: os reporteres de som, imagem e de jornais sob o olhar atento da camera do drone da Flybasto/Ploar que, de lá de cima registava tudo, para a posteridade.
Chegaram amigos ciclistas, da Associação de Ciclismo do Minho e o meu amigo Victor Marques da Câmara de Guimarães a quem mais tarde se juntaria a vereadora Adelina Paula Pinto.
Chegada a HORA H, lá saí eu, acompanhado por 4 ciclistas da ACM que tiveram a amabilidade de me acompanharem até quase aos limites do concelho, não sem antes passarmos por algumas artérias da cidade berço e para uma homenagem às gentes de Guimarães, que tão bem me receberam: uma fotografia frente ao Estádio D. Afonso Henriques, do Vitória de Guimarães.
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Os primeiros kilómetros foram feitos a um ritmo moderado, a falar com os meus companheiros do pedal, até que começou a chover copiosamente e mais à frente apanhar uma valente queda de granizo que até doía quando as pedras batiam na cabeça.
Eram cerca das 12h25 quando cheguei à Escola da Didaxis de S. Cosme, concelho de famalicão, onde fui convidado a fazer uma breve apresentação a uma plateia de alunos e onde depois tive a oportunidade de almoçar com elementos do Conselho Directivo e Professores na área de formação de Restauração.
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Da parte de tarde foi a vez de visitar a Escola Secundária D. Sancho I em Famalicão, aí já a apresentar a viagem para uma plateia de alunos com mais idade. Boa recepção pelo Conselho Directivo, Professores (obrigado Luís Cardoso) e alunos, que depois da apresentação fizeram questão de vir tirar umas “selfies” comigo e trocar impressões.
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De Famalicão a Vila do Conde fui pela N206 por conselho de alguns professores e alunos pois, pelos vistos a dita Ecovia/pista whatever está em elevado estado de degradação por falta de manutenção……ALÔ RESPONSÁVEIS…..M.A.N.U.T.E.N.Ç.Ã.O sabem o que quer dizer?
À chegada ao limites da cidade de Vila do Conde tinha um grupo de amigos ciclistas e o sr Vereador José Aurélio da C.M. da cidade que me acompanharam até à NAU que se encontra atracada junto da antiga Alfandega da cidade e que se encontra transformada num Museu.
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Este primeiro dia terminou à volta da mesa com o sr Vereador José Aurélio, que incansávelmente tratou da minha estada na cidade na Estalagem do Brazão, assim como me proporcionou uma visita aos pontos históricos, e amigos vilacondenses.
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