El Solitario
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Ando a fazer a rodagem de estribos novos, os tais de encaixe.
No fim-de-semana passado para apanhar o jeito ao, encaixa, desencaixa, encaixa, desencaixa, andei em pisos rolantes. Foram 142 km ao redor da Serra da Cabreira. Como não usei nenhum dos “malhos” que vinham no kit, desta vez, tentei a sorte atirando uma lança ao coração doutra serra, a da Peneda.
Comecei ascensão a partir de Ponte da Barca, por Gração, Ermelo e Vitorino das Quartas. Piso macio para aquecimento, e, para mais uma vez treinar, encaixa, desencaixa. A partir do Mezio, os trilhos atapetados de calhaus.
Com prudência, e ritmo a permitir apreciar a paisagem, lá fui galgando o declive e lançando impropérios aos “rebuçados técnicos”. Confesso que nem sempre os pés se convenceram a seguir amarrados… pudera, tinham que responder pelo bom término da jornada.
Sobre as paisagens… só vistas. A imponência dos espaços…, a grandeza da solidão…, até o silêncio é monumental. Digno de uma Catedral. Acreditem, outros com muito menos fundaram religiões. (Já divago, deve ser do adiantado da hora).
A visita sacramental ao talefe ficou para outra altura. A trovoada que andava por perto não aconselhava brincar aos pára-raios.
Depois de dobrado o cume e com as velocidades engatadas em “ - Cautela que quero chegar inteiro”, fiz a descida por Tabarca.
O relato da passagem através do miolo desta aldeia fica aqui omitido. Não quero estragar a surpresa a quem se aventure a seguir, incautamente, trilhos elaborados de véspera no Google Earth.
O retorno a Ponte da Barca foi feita em tapete, de veludo, dizem-me os “nadegais”.
Desta vez fiquei-me pelos 79 km, e, longe vá o agoiro, também não foi desta que abri o “kit de malhos”.
Ainda é cedo para análises definitivas, mas para já os estribos até funcionam. É preciso voltar a aprender a pedalar, chamar à lide músculos desconhecidos. Vontade de treinar não falta.
Porém, não é só a vontade de treinar que convida a pedalar.
Também me convence a ir...
a placidez de Ermelo,
as águas de Rio Grande,
a Paz entre os animais,
o aprumo das coníferas,
o refúgio do Ramiscal,
a omnipresença dos calhaus,
os "rebuçados técnicos",
a assinatura doutros tempos,
a outra face do Ramiscal,
a luxúria do verde.
Por tudo isto, como dizer que não?!...
Para mais razões... http://picasaweb.google.pt/viktor.moreira/SerraDaPeneda#
PS1: agradeço aos conselheiros dos pedais.
PS2: só espero perder o tique de desencaixar os chinelos de quarto…
No fim-de-semana passado para apanhar o jeito ao, encaixa, desencaixa, encaixa, desencaixa, andei em pisos rolantes. Foram 142 km ao redor da Serra da Cabreira. Como não usei nenhum dos “malhos” que vinham no kit, desta vez, tentei a sorte atirando uma lança ao coração doutra serra, a da Peneda.
Comecei ascensão a partir de Ponte da Barca, por Gração, Ermelo e Vitorino das Quartas. Piso macio para aquecimento, e, para mais uma vez treinar, encaixa, desencaixa. A partir do Mezio, os trilhos atapetados de calhaus.
Com prudência, e ritmo a permitir apreciar a paisagem, lá fui galgando o declive e lançando impropérios aos “rebuçados técnicos”. Confesso que nem sempre os pés se convenceram a seguir amarrados… pudera, tinham que responder pelo bom término da jornada.
Sobre as paisagens… só vistas. A imponência dos espaços…, a grandeza da solidão…, até o silêncio é monumental. Digno de uma Catedral. Acreditem, outros com muito menos fundaram religiões. (Já divago, deve ser do adiantado da hora).
A visita sacramental ao talefe ficou para outra altura. A trovoada que andava por perto não aconselhava brincar aos pára-raios.
Depois de dobrado o cume e com as velocidades engatadas em “ - Cautela que quero chegar inteiro”, fiz a descida por Tabarca.
O relato da passagem através do miolo desta aldeia fica aqui omitido. Não quero estragar a surpresa a quem se aventure a seguir, incautamente, trilhos elaborados de véspera no Google Earth.
O retorno a Ponte da Barca foi feita em tapete, de veludo, dizem-me os “nadegais”.
Desta vez fiquei-me pelos 79 km, e, longe vá o agoiro, também não foi desta que abri o “kit de malhos”.
Ainda é cedo para análises definitivas, mas para já os estribos até funcionam. É preciso voltar a aprender a pedalar, chamar à lide músculos desconhecidos. Vontade de treinar não falta.
Porém, não é só a vontade de treinar que convida a pedalar.
Também me convence a ir...
a placidez de Ermelo,
as águas de Rio Grande,
a Paz entre os animais,
o aprumo das coníferas,
o refúgio do Ramiscal,
a omnipresença dos calhaus,
os "rebuçados técnicos",
a assinatura doutros tempos,
a outra face do Ramiscal,
a luxúria do verde.
Por tudo isto, como dizer que não?!...
Para mais razões... http://picasaweb.google.pt/viktor.moreira/SerraDaPeneda#
PS1: agradeço aos conselheiros dos pedais.
PS2: só espero perder o tique de desencaixar os chinelos de quarto…
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