Guiador Schmolke TLO partido...

Batas

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Bom, estas fotos não são minhas... Mas achei "curiosas"...

O dono disse que numa maratona deu uma pequena queda ou assim... A meio o guiador partiu... Pimba, hospital...

Mas pronto, deu a oportunidade do pessoal ver como é por dentro... Parece papel! Pessoalmente compraria a versão SL... Mais reforçada.




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350plus

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Sim, realmente curioso. Vi isto nos WeightWeenies e ele menciona que os guiador levou um "toque" antes, seja lá o que isso significa.  :roll:

De qualquer maneira fica o aviso para aqueles que têm guiadores ultra-leves que é preciso ter muito cuidado e inspeccionar constantemente. A este colega rendeu 3 dias no hospital com uma concussão, coisa que pode ser facilmente fatal.

Já disse isto várias vezes neste fórum e volto a repetir: O guiador/avanço/forqueta são peças não redundantes, uma falha nelas significa quase sempre queda grave. Usem binários de aperto recomendados, verifiquem sempre os parafusos e se existem danos, especialmente após alguma queda.
 

DavidLira360

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Override said:
Esses guiadores saom pra bikes de exposição e não se deve abusar deles

Só para exposição!

Tens aqui uma prova dada em competição:

A bike da campeã olímpica Sabine Spitz usa guiador e espigão de selim da schmolke, entre muitos outros componentes leves

sabinespitzghost7630grfy5.jpg


:eek:fftopic:

Esta bike pesa 7630gr :mrgreen:
 

TUBORG98

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Também não considero que estes guiadores sejam para exposição, no entanto com estes guiadores a margem de erro no aperto é mínima. Quer isto dizer que devemos respeitar o aperto máximo descrito pelo fabricante, correndo o risco de acontecer estas situações. Penso que na segunda foto esta situação é bem visível.

Utilizem chave dinamométrica para este tipo de material.
 

Jepas

Super Moderador
Boas,

pode não ser o caso, mas muitas vezes em competição o material é "rodado" com muito maior frequência. Digo isto porque se eu comprar por exemplo uns pneus de 310g por estar na bike de um "pró" sei que ninguém me vai dar outro no final de uma volta como acontece em equipas profissionais. Por isso eu gosto muito de ver opções técnicas em bikes de competição, mas sempre com a noção que por trás está uma equipa que tem capacidade para tirar o material antes que ele ceda.

Um bom exemplo são as coisas chamadas "race-day", ou seja, quem as tiver sabe que foram feitas para aquele propósito: serem leves e resistentes mas somente para um curto período.

Jepas

PS ainda hoje estive a ver o PDF com os ensaios de fadiga na máquina da Syntace
 

350plus

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Sim Jepas, concordo plenamente que não se deve comparar material de competição ao mais alto nível com material para ser montado nas nossas bikes domingueiras.

Aliás, esta ideia está patente na famosa frase de Ferdinand Porsche:

O melhor carro de corrida atravessa a meta em primeiro lugar e imediatamente de desfaz em mil peças.

Há sempre aqui um jogo interessante entre durabilidade e performance (leia-se peso) que poucos fabricantes estão dispostos a esclarecer. Cabe a quem compra fazer os juízos de valor apropriados e entender que algum material está no limiar da tecnologia actual e que consequentemente trás riscos acrescidos.
 

DavidLira360

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Concordo plenamente com a opinião do Jespas e do 350plus.

Mas mesmo assim acho que o TUBORG98 tenha a opinião mais proxima da realidade... vejamos a seguinte tabela:

test_bik.jpg


O meu alemão não é o melhor mas sei que a barra vermelha indica o numero de "flexões" a que os guiadores foram sujeitos antes de ceder e a barra verde não sei a que se refere. Ou seja como é possivel de verificar a Schmolke obteve um 2º lugar na tabela.
Ainda mais, no site da schmolke tem esta frase que suporta ainda mais aquilo que o TUBORG98 disse "Both types of handlebars require a bolt torque of 7 Nm at the most (Syntace F99 not more then 4 Nm!)." - Vejam que avanço que está montado no guiador que o bob76 colocou.
 

350plus

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Excelente gráfico David. Os alemães ensaiam tudo.

O meus 2 anos de estudo (fraco   :s ) de alemão dizem-me que a linha verde significa a energia que a barra absorve se for flectida 1 cm. Quanto mais energia absorver, mais resistente a impactos é.

É o que se chama a resiliência do material. Neste caso podemos ver que a da Schmolke não é nada de extraordinário, logo susceptível a impactos. Isto é bastante consistente com o acidente descrito no post inicial deste tópico.

De qualquer maneira a resistência à fadiga é apreciável, logo dá para concluir que é um guiador muito bom... para quem nunca cai.  :mrgreen:
 

Override

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Concordo com o que disse o Jepas. As equipas profissionais mudam de material muito constantemente. Li algures que a equipa da quickstep que é patrocinada pela BBB muda de guiadores 3 a 4 vezes por epoca, no entanto sao os guiadores de topo que eles usam. O meu mecanico disse-me que um guiador deve ser trocado uma vez por ano se for muito utilizdo, principalmente em competiçao, e para o caso de ser umas voltinhas de vez em quando deve.se troca-lo de 2 em 2 anos. Portanto nao compensa dar 300€ por um guiador se depois tenho que o trocar no ano seguinte. Daí a minha expressao, bike de exposiçao. Pode-se andar mas nao abusar.
 

Batas

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Não concordo muito com esses prazos... Mas ok... Se nem as marcas dizem isso, como é que o teu mecânico vai saber!

Deve-se trocar em caso de incidente! Olha, como os capacetes!
 

350plus

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Relativamente a isso dos prazos de troca:

É mesmo boa ideia trocar o guiador de alumínio de 2 em 2 anos por causa da fadiga do material.O alumínio é um bocado chatinho nesse aspecto. 

Quanto ao carbono, no papel tem uma vida à fadiga infinita, na prática é finita mas bem maior que a do alumínio, logo é natural que resista bem mais de 2 anos. O problema são as quedas e a exposição excessiva ao sol. Os raios UV podem dar cabo da matriz de epoxy se a bike ficar tempo excessivo exposta a luz.

Cada material, cada problema. Mas como digo, os guiadores são peças não-redundantes, daí a necessidade de substituição periódica se queremos estar sempre dentro das margens de segurança pensadas pelo fabricante.
 

Override

Member
Era a isso que me referia. Eu tive um guiador ITM em aluminio, nunca tive uma queda e passados 36000Km e dois anos ele partiu. A minha sorte é que nao foi uma quebra catastrofica... tive sorte! Mesmo assim andei com ele partido uns dias, sentia a direcçao a estalar mas pensei que fosse na caixa de direcçao e afinal nao era, era mesmo o guiador partido por baixo
 

tkul

Utilizador Banido
O problema apresentado, é normal em qualquer peça de compósito.
A fibra de carbono, não foi "elaborada" para receber impactos. Os impactos podem ser vistos como coisas pontuais em que num curto espaço de tempo (0,01s) exerce no material grandes forças.

Quando estas forças passam o regime elástico (básicamente quando o material deixa de ter linearidade entre extensão e carga aplicada) acontece o seguinte:

- Aço - dobra (caso seja uma força enorme, e pode partir) ou fica moça
- Alumínio - pode partir (caso seja uma grande força) ou ficar uma moça
- Carbono - Pode partir ou fica igual... mas apenas por fora.

E aqui é que é o "bezílis" da situação.

No alumínio e aço, fissuras/dobras são muitas vezes visíveis a olho nu, podendo ser fácilmente controlados.
No caso do carbono... as fissuras podem ocorrer nas fibras interiores, não sendo visível do exterior (pelo menos a olho nu). O que fazer? usar um aparelho de ultra-sons! Coisa que temos no canto de casa... certo? :roll: :D

Uma coisa que se tem de perceber é que em fibra de carbono, a resina não é estrutural. As fibras é que são. Podendo haver quebras no interior, e não se apresentarem do lado exterior. Ora... se temos fibras cortadas, que não estão lá a fazer o seu trabalho, o resultado é que o conjunto total não irá suportar um impacto para o qual foi projectado.

Como normalmente os fabricantes dão a volta a isto:

Simples, aplicam factores de cagaço (ou segurança) mais elevados, e aplicando mais umas telas engrossando a peça - e sendo um pouco mais pesadas.
Podemos dizer que para regra geral, o carbono (tecido pré-impregnado) possuí uma densidade há volta de 2200 kg/m3, e como tal, não será mais uma camada que irá incrementar estupidamente o peso final da peça.

Fibra compósita que se utiliza para receber impactos costuma ser o Kevlar, mas que tem um baixo valor de resistência.

Pessoalmente, sou um pouco contra o compósito em BTT. Sao máquinas sujeitas a quedas, e uma coisa que poderia ser apenas uns arranhões ou muitas vezes uma gargalhada, passa a ser uma dor de cabeça... e leveza (na carteira)!
O compósito será o futuro... mas ainda falta muito para que se deixe de pensar em designs de "metal" e aplicar material compósito. Cada material tem o seu design, e hoje em dia a tecnologia empregue não me parece competitivo se compararmos directamente ao alumínio (+/-2700 kg/m3).
Num futuro muito próximo... usando designs 100% compósito...e fabrico mais avançado (tipo RTM - resine transfer moulding), acredito que o BTT irá ter uma evolução enorme.
Mas isto é a minha opinião... e hoje, ando a ponderar a compra de um quadro em cromolly! Confortável... leve qb, mas acima de tudo, à prova de bala! :twisted:
 

Batas

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Curiosamente... Permite-me discordar.

Alguns testes revelam que os melhores quadros em carbono, além de resistirem melhor a impactos que os de alumínio, são os que mantêm a sua resistência por maiores períodos de tempo!

Uma revista alemã fez uma altura um comparativo entre vários quadros de carbono, alumínio e até cromoly! e chegaram à conclusão que os quadros em carbono revelaram ter a melhor resistência a impactos! O verniz pode saltar, ficar arranhado, mas o "carbono" fica intacto. Isto nas mesma condições, claro, porque tudo acaba por partir...

Curiosamente, no teste de "envelhecimento" um dos primeiros quadros a dar de si foi um de cromoly, de uma marca muito conceituada, a Rocky Mountain... E um dos mais resistentes foi o Scott Scale, apenas um dos mais leves, isto é, o mais leve na altura... E mesmo agora...

Fica aqui um Scan para quem quiser traduzir...


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350plus

New Member
São 3 da manhã e não me apetece dormir, vou exercitar o alemão. :choneh:

2gtvqd5.jpg


Se quiserem posso traduzir alguma parte específica do resto...
 
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