Dia 10 (Lucca - S. Gimignano) 89Km
Após sermos espoliados no café onde tomamos o pequeno almoço, pagamos 10,20€ por um capuccino, um leite com chocolate e 2 miseraveis croissants, lá partimos para o que esperávamos ser um dia calmo mas afastar-se do centro da cidade era quase como libertar-se das garras de um monstro enorme tal forma era o transito.
Um dos maiores perigos era atravessar as diversas estradas já que o transito era intenso
Será que não falta aqui uma letra?
O dia começou plano em que íamos percorrendo pequenas localidades, nalgumas os habitantes mostravam-se algo curiosos ao ver-nos
O verde dos prados era a cor dominante e com a temperatura amena que se fazia sentir os quilómetros sucediam-se com alguma facilidade, de vez entrecortado com uns trilhos um bocadinho mais técnicos mas nada de muito difícil
O que nos permitia travar novos conhecimentos
É impressionante o número de melgas que existe neste país, então Psam era uma mártir os insectos não a largavam.
Após o almoço entramos nas colinas, sucediam-se umas as outra que embora sendo um quebra pernas, presenteava-nos com grandes paisagens
A distancia que faltava percorrer
A tarde passava-se com subidas e descidas bastantes interessantes, acompanhado de uma mistura de cheiros inebriantes que emanava dos prados que íamos ultrapassando.
Ao chegarmos a S. Gimignano, uma cidade a fazer lembrar dentro de umas antigas muralhas a fazer lembrar òbidos, tratamos de ligar para o convento onde supostamente iríamos pernoitar, Psam ligou e perante o olhar atónito perguntei-lhe o que se passava, pensei já ter ouvido todas as desculpas possíveis para não nos darem guarida, mas não, desta vez a desculpa era que havia uma festa no convento!!!! :shock: E que não seria possível pernoitarmos :mrsock:
Realmente as freiras italianas devem bastante ramboieiras, já estava mesmo a visualizar uma rave
DJ Madre in the house!!!!!!
Tentamos a 2ª opção e fomos directamente para lá já que era perto e depois de uma indicação de um comerciante lá chegamos, só que infelizmente já estava encerrado, fecham as portas às 17h30!! Após conversa com o dito comerciante conseguimos pernoita numa casa particular pelo preço do albergue.
O estalajadeiro era sul americano e falava espanhol o que tornava um pouco mais fácil o dialogo e depois de preencher uma ficha para cada um que pelos vistos é obrigatório quando se pernoita numa residencial ou hotel onde para além de nome, morada, data de nascimento, temos de colocar onde nascemos e onde pernoitamos na noite anterior, pelo que nos foi explicado é devido ao terrorismo. E realmente tem lógica está-se mesmo a ver que um terrorista ao preencher o dito impresso vai lá colocar qual o local que onde vai efectuar o ataque!
Após o preenchimento explicou-nos onde poderíamos ir jantar e que deveríamos apresentar o cartão dele de modo a termos desconto e não pagarmos o tal de coperto e que teríamos 10% de desconto, disse-nos que os restaurantes nesta cidade eram todos uns rateiros e com linguagem gestual lá tentava explicar-nos a especialidades que o tal restaurante servia.
Com 2 dedos na cabeça um pouco ao jeito de Manuel Pinho, que julguei ser uma vaca mas depois falou em caçadores e explicou como corria percebi que era coelho e outro com os dedos em riste nos cantos da boca e com o ruído que fazia percebi ser javali. E as especialidades ra coglioni com não sei quê e pappardelle al ragu di cinghiale.
Lá fomos em busca do recomendado restaurante, de repente senti o meu instinto de sobrevivência a latejar, como que um aviso para não ir àquele estabelecimento (que deveria ser mais uma armadilha do romano), lá percorremos uma ruas mas infelizmente por estas bandas depois das 20h existem muitos poucos estabelecimentos abertos, por isso resignamo-nos a ir à Trattoria da Giacco, depois de nos sentarmos mostramos o cartão ao que o empregado acenou afirmativamente, reparei que nos estabelecimentos é permitido entrar com os canídeos e ter a companhia dos mesmos enquanto jantam, neste caso o canídeo estava incomodar outras pessoas mas os donos não se preocupavam.
Chegaram os pratos, eu que tinha pedido a tal pappardelle al ragu di cinghiale fui tramado
a única razão pela qual vislumbrei ser uma especialidade toscana foi a quantidade diminuta era mesmo irrisória, comecei logo a praguejar para mim mesmo por ter ido na conversa do tipo. Tinhamos mesmo acabado de jantar no meu caso foi bastante rápido eis que surge uma empregada levanta os pratos e coloca a conta sem perguntar se queríamos algo mais, sobremesa ou café, nada. Mais uma vez foi para sermos expulsos com celeridade do estabelecimento :mrsock:
Após mais esta demonstração da hospitalidade italiana, lá fomos em direcção ao quarto não sem antes ir comer um geladito de forma a tentar tapar um pouco o buraco que ficou após tamanho banquete.