Dias de caça - Abriu a época de caça

[jamb]

Sim existem muitos acidentes com caçadores nas mais diversas versões... não é preciso ser caçador para ver isso, basta ler e ver os relatos ocorridos.
Sr "miguelcarromeu" ainda bem que durante todos esses anos de caçador tenha visto apenas um caso grave, ainda bem para si e para quem está consigo.
Mas eu continuo a ter medo de andar por locais nos dias em que supostamente há caçadores...
Como diz o povo " O seguro morreu de velho."

 

[miguelcarromeu]

Ter medo/receio ou o que quer que seja, é uma coisa. O resto:

basta ler e ver os relatos ocorridos

É o diz que disse.

Jocas,

Basta haver placas destas:



E respectivas variantes, é ter cuidado redobrado nos dias de caça.

 

[gcaetano]

Ainda este Domingo andei por várias zonas de caça e de facto não é nada confortável andar por perto da malta a disparar. A meio da volta parei num ancoradouro e no lado de lá do rio andavam a fazer uma batida. Dali avistava-se um local onde é vulgar os veados atravessarem o rio, quando "apertados"! Noto é que há cada vez menos gente a caçar nas reservas municipais e turísticas. Aparentemente a malta que ainda vai caçando fá-lo nas associativas. Pelo menos na região de Castelo Branco.

Com familiares diretos meus já houve 2 acidentes de caça, um deles com gravidade. Infelizmente os acidentes vão acontecendo, recordo-me que entre 2008 e 2009, morreram 7 pessoas em acidentes de caça. Tem de se ter sempre atenção, há espaço para todos! Como o Miguel disse e bem, cuidados redobrados!

 

[Medroso#78]

Boas,

Eu continuo a ter bem mais receio da estrada, mesmo indo de carro, do que propriamente pedalar no mato em dias de caça.

 

[Jocas22]

verdade, ai a "caça" está aberta todos os dias

 

[miguelcarromeu]

Gonçalo,

Acho que as turísticas quase desapareceram. Apenas as associativas vão aguentado, muito à conta das batidas. E cuidados ainda mais redobrados nos dias de batidas. Não esquecer que aqui não se usa chumbo, mas sim, balas e, quase sempre, com carabinas de longo alcance.

Em 2 anos, 7 mortes por acidentes de caça, em 300 000 caçadores, é reduzir a um mínimo os riscos de acidente. Mesmo assim, existe, obviamente. Mas também partilho a opinião do Medroso: muito mais medo tenho de andar na estrada.

 

[jmv]

Sei que o meu comentário é despropositado para o tópico e polémico, mas é o que eu sinto e penso, sendo assim cá vai: segurança total só quando acabarem com a caça e era isso mesmo que devia suceder. Caçadores não existem, existem sim matadores ou exterminadores que disparam e matam tudo quanto mexe e lhes aparece pela frente só pelo prazer de matar. Depois queixam-se não haver coelhos, perdizes ou pombos e acusam as raposas e outros animais como outrora o lince, como os grandes exterminadores e concorrentes dos caçadores (matadores) quando na realidade são os caçadores a concorrer e roubar a presa e subsistência das outras espécies. Caçar sim como meio de subsistência, ou como os nossos antepassados pré-históricos, sem armas de fogo e em igualdade de circunstâncias com a presa.

 

[miguelcarromeu]

Caçadores não existem, existem sim matadores ou exterminadores que disparam e matam tudo quanto mexe e lhes aparece pela frente só pelo prazer de matar.

Deves estar a falar de alguém em concreto, com certeza. Não da maioria dos caçadores que conheço.

Calculo então que só comas vegetais?

 

[jamb]

JMV, faço minhas as tuas palavras.

 

[PFF]

Também sou caçador e acho graça (sem ter graça nenhuma) quando falam em exterminadores...este ano já gastei algumas centenas de euros em repovoamentos, sementeiras, alimentação, vacinação, um guarda da caça e dei meia dúzia de tiros ( e por azelhice minha não acertei em nada...sem stress). Quem diz mal dos caçadores de hoje ainda está a pensar nos do século passado! Isso já não existe...e quando tiver de desistir da caça (que não d€mora muito) depois vão lá vocês dar comida os bichinhos.

 

[oliana]

Andam por aqui na Arrábida uns bichinhos em grande quantidade, da família dos porcos, de focinho em riste a passear-se livremente na praia do Portinho, e também na Avenida Luisa Todi, quando a noite acalma. Isto é tudo uma gracinha para estes defensores dos bichinhos até um dia lhes pregarem uma castanhada com o pópi, ou pior ainda pior, com uma moto. Depois vão deixar de achar graça quando passarem uns valentes dias no hospital, ou outra das piores hipóteses. Para não falar no menos importante que são os euros que gastam em despesas que ninguém vai assumir.
Com as vossas espertezas, espero que arranjem uma solução que não passe pela exterminação parcial da enorme quantidade que se vai procriando livremente no Parque Natural da Arrábida com evidentes estragos que fazem nos terrenos.
Alguns particulares já vão arranjando pela calada e com prazer, maneira de meterem um na arca frigorífica de vez em quando, apesar de não terem necessidade de o fazer para a sua subsistência.

 

[miguelcarromeu]

ainda está a pensar

O problema é que não pensam; e os que acham que pensam, estão formatados pelos discursos bacocos dos ecologistas de chinelo, que pensam que os ecosistemas se baseiam apenas em: deixem os seres vivos em paz. São os mesmos que discutem política com a ganza no canto da boca mas, muitos, nem sabem arrumar o quarto.

São os mesmos que o Oliana refere:

Isto é tudo uma gracinha para estes defensores dos bichinhos até um dia lhes pregarem uma castanhada com o pópi, ou pior ainda pior, com uma moto

O problema é que já há vídeos dos tais javalis (neste momento é já uma espécie invasora sem predadores naturais - para os ecologistas de chinelo) no Portinho, de dia, sem qualquer receio das pessoas. São juvenis, com 6 ou 7 meses, 30 ou 40 kgs. Vou achar uma certa piada quando os navalheiros (os machos feitos com mais de 100 kgs) se habituarem a ir airosamente até às zonas populosas e afugentarem alguns curiosos com uns grunhidos valentes. Talvez tenham sorte e não lhes aconteça o mesmo que já vi alguns javalis fazerem a curiosos.

NO dia em que a Mata do Solitário estiver feita em bosta, toda fuçada pelos porcos, talvez os espertos sugiram algo inteligente. Neste momento já vi algumas sugestões dos amigos dos animais: "desloquem os javalis". Pois. Apanham-se com uma rede e levam-se com uma trela.

E já agora, o que dizimou a população de coelhos foi a febre hemorrágica; os pombos (torcazes) são uma espécie migradora. Antes de dizerem asneiras e depois irem, hipocritamente, comer o vosso belo bife de porco, que viveu toda a sua (curta) vida de forma miserável até ser espezinhado num matadouro, informem-se.

 

[Jocas22]

Nao acho piada nenhuma aos javalis na arrabida mas a ironia é que aposto que quem os introduziu ali foi ja a pensar um dia dizer " sao um perigo, deixem caca-los "

E sim sou a favor que os deixem cacar ate desaparecerem, nao é sitio pra andarem, a vida é mesmo assim, basta alguem se deparar com as crias e ainda acaba mal

 

[miguelcarromeu]

Olha que não Joca. São altamente invasores. Têm vindo a penetrar do interior para o litoral. Diz-se que voltaram a entrar em Portugal há umas dezenas de anos, quando o Guadiana esteve quase seco, no Alentejo. A partir daí, tem sido sempre a aumentar.

Duvido do que os consigam exterminar. Conheço bem o caso da serra de Ossa e nem com batidas intensivas, caça furtiva e armadilhas os conseguem reduzir. Lembrar que uma porca pode ter 2 criações por ano e 10 porcos por ninhada.

 

[Jocas22]

http://www.cmjornal.xl.pt/domingo/detalhe/a-invasao-dos-javalis.html

já houve acidentes.


Miguel, confesso que conhecendo o parque como a palma da mão não estou a ver donde possam ter vindo, estamos a falar de uma peninsula o que só por si limita imenso a sua entrada por meios proprios, e depois altamente povoada. Na zona que liga a peninsula ao continente, entre coina e setubal, são zonas habitadas, vedadas durante quilometros. E a zona mais proxima de onde podem ter vindo? do interior da planicie? não parece. Mas isto são suposições minhas. Seja como for e pode-se ler na história do link, eu conheço muitos bbtistas da zona de setubal e conta toda gente mais ou menos a mesma historia, alguem ouviu que ouviu que alguem os introduziu. Vale o que vale. Eu acredito sinceramente que foram caçadores que os introduziram já com a ideia de se oferecerem pros caçar. Quem conhece o tipo sabe que não é nada de rebuscado. Toda a gente podia fazer tudo na Arrábida menos caçar e havia hordas de caçadores frustrados. Como os havia noutros lados e se reproduzem em qualquer lado porque não na Arrábida.

A Arrábida é um dos poucos locais na Peninsula Iberica com uma flora original, sem ter especies introduzidas pelo homem. E o poder destrutivo daquela especie é enorme principalmente sem terem predadores naturais, sem controlo populacional. Ou vamos tambem introduzir lobos ou outros animais que os cacem?

"A vegetação da Arrábida é geralmente citada como um dos elementos mais importantes do parque natural. A sua origem é parte da história da evolução natural da região, que teve o seu início há cerca de 180 milhões de anos, provavelmente ainda submersa. Formou-se num relevo acidentado, favorecendo este a criação de micro-climas e a existência de uma grande diversidade de espécies, como por exemplo estas: folhado; murta; lentisco; medronheiro; aderno; carrasco.
As áreas onde a vegetação tem características semelhantes às originais foram classificadas de reservas integrais. Estão neste caso a Mata do Solitário, a Mata do Vidal e a Mata Coberta, onde se encontra uma forte concentração de carvalho cerquinho.
As zonas de reserva natural surgem de uma luta que se iniciou no final da década de 40, com Sebastião da Gama, o poeta da Arrábida, mas principalmente a partir do final dos anos cinquenta e que pouco a pouco se vai organizando, ganhando adeptos, como se pode ver por exemplo através desta notícia publicada em “O Setubalense” de 8-8-1970: «… é indispensável conservar a serra com a sua flora natural mediterrânica ainda existente (…) conservar a floresta e aspectos primitivos, como a cor e composição (…) Por isso, os amigos das suas árvores e das suas pedras devem organizar “Os Amigos da Serra da Arrábida” quer como entidade autónoma, quer como delegação da Liga da Natureza…».

 

[Jocas22]

já não deu pra editar, mas se como dizem foram em tempos uma especie autoctone (nao faço ideia se é verdade) e com menos estradas, menos caminhos, menos vedações foram exterminados, não estou a ver porque não se possa fazer o mesmo agora mais facilmente, uma vez que se encontram num espaço altamente delimitado, provavelmente na zona de protecção total no topo da serra

 

[miguelcarromeu]

Foram autóctones há muitos anos, na altura em que eram batidos a cavalo, cães e lanças.

Estás a pensar no parque como uma ilha. Por acaso até sei de onde surgiram (vieram): pensa em Alcácer e nas herdades de Palma, Zambujal e Pinheiro. Dai para herdade de Rio Frio, através dos terrenos rurais, e desses terrenos para Palmela (lembra-te que a serra/parque começa em Palmela) é um pulo. Não estás bem a ver a actividade destes meninos à noite.

Não é mais fácil exterminar por vários motivos:
- para esses juvenis já andarem pelas praias e pela cidade já estão bem espalhados e instalados na serra. Apesar de não os veres, durante o dia, a não ser que esbarres com eles, costumam estar acamados em zonas densas.
- não temos matilhas suficientes como em tempos existiram.
- as estradas não valem de quase nada porque depois de apertados afastam-se de tudo quanto é zona aberta.

Na minha opinião só com armadilhas se conseguirá alguma coisa.

 

[Medroso#78]

Boas,

O que destrói na realidade, são as pestes.... e os incêndios! A percentagem que destrói os caçadores, mesmo os caçadores furtivos, por mais difícil que vos seja compreender, é uma minoria.

 

[gcaetano]

Miguel, concordo a 100%.

Pura curiosidade, esse valor (300 000) refere-se às licenças emitidas, ou não?

 

[Medroso#78]

Boas,

Hum, certamente refere-se sim, ao total de cartas de caçador existentes. Hoje há, tal como eu, muitos caçadores com a documentação em dia, mas não caçam.
São os chamados, "caçadores não praticantes".