Re: Por Terras Limianas.
Domingo 24 de Dezembro de 2006.
O OBJECTIVO:
http://video.google.com/googleplayer.swf?docId=-6538724306708068150&cid=09a2084d3f906f36
A AVENTURA:
9.15 da manha, o frio ainda estava bem presente lá fora com a temperatura a rondar os 7°.
Foi então que decidi abastecer-me de agua quente.
9.30 Faço-me a estrada com rumo a Senhora da boa Morte. O vento gelado mal me deixava respirar, enquanto as orelhas eram atingidas por rajadas de vento gelado.
20 Minutos decorridos, e a temperatura corporal já estava a atingir o estado desejado, a excepção das mãos que teimavam em não aquecer.
Decidi então tirar as luvas, e apertar o cantil de água quente entre as mãos a aliviar um bocado do frio que sentia. Nesta altura encontrava-me na Senhora da Boa Morte, local não apropriado para pensamentos sombrios e gelados.
Dei então um golinho de água quente, um suspiro a mistura, e lá fui eu para outra altitude.
Decorridos cerca de 400m, saio do asfalto escorregadio do gelo e entro em terra. Ai, sentia e ouvia de onde a onde o quebrar de lama gelada.
Enquanto isso, continuava rodar nestes primeiros metros quebradiços, e pensava, se ainda estaria ao nível de uma Maratona Gerês Extreme, dado que o serpentear da subida, e a paisagem me transportaram em pensamento ate essa Maratona no passado Mês de Setembro. De regresso ao presente, pensei eu, “cum catano”! Aguentas ?
A partir de certo momento as subidas e o ritmo constante de pedalar, libertou-me como por hipnose de algum cansaço. Deixando-me invadir por pensamentos mais diversos.
E assim fui subindo, subindo, sempre a subir, com o olhar fixo na roda da frente.
De vez em quanto lá surgiam indicações em tábuas de Madeira com o sentido a seguir, assim como a distancia errada.
A certo momento, desvio o olhar baixo e olho por cima do meu ombro, e vejo a Torre com a suaBrancura,como de uma Casa assombrada se trata-se a pedir que a visite.
Mas a partir daqui, a minha assombração era outra. Carradas de pedra que tinha que ultrapassar.
Ultrapassado este obstáculo comecei a descer. E pensei, devo-me ter enganado! Se a torre e para cima, este caminho não vai dar a torre. "Que se lixe", disse eu. "Fica para uma próxima oportunidade, agora não vou para trás". E continuei a pedalar com o olhar muito atento ao piso.
A dada altura, e no meio de tanto silencio, dou de frente com um amiguinho (amiguinho = betetista) em sentido contrario. “Bom Dia”, disse eu, e pergunto logo de seguida “Como é que vou para a Torre” resposta dele “mais a frente vira a direita” e lá fui eu.
Chegado ao local, existia uma tábua em Madeira a indicar o sentido para a Torre com mais um apoio psicológico, de 1.2km. Olhei para o relógio, e já se fazia tarde para o almoço. Mas rapidamente esqueci o almoço e continuei a subir ate a Torre.
Atingi a torre cerca de 15 minutos depois.
Dei lugar a habitual praxe 360, que nada mais é que filmar o horizonte rodando a 360 ° a maquina fotográfica.
http://video.google.com/googleplayer.swf?docId=739461396633430728&cid=e22cf6f7fc0e40e4
E naquele momento, eram 12h em ponto. Tiro o telemóvel do bolso e ligo a avisar que iria chegar mais tarde, desconhecendo a que horas!. De seguida do outro bolso tiro um bombom que me soube ao melhor dos almoços, com um golinho de água gelada a mistura.
Faltava planear o regresso.
Tendo em conta a minha posição altimétrica privilegiada, olhei em redor a avaliar se teria outra alternativa mais curta de regresso ao ponto de partida!
Aventurei-me por uma descida ao nível do melhor Downhill.
Mas foi rolar de pouca dura, travões a fundo, e desta vez foi a bike que me montou.
Decidi voltar para trás ao trilho que me levou a Torre.
De volta ao último cruzamento onde apenas existia a indicação de Torre de Vigia 1.2km.
Ai disponha de 3 alternativas.
Regressar por onde tinha vindo, ir em frente, ou virar a direita. Escolhi em frente, mas uma vez mais a escolha foi errada. Lá voltei eu para trás, e arrisquei a única alternativa que não conhecia.
Comecei a descer, e a cerca de 2km vejo ao fundo uma estrada em paralelo e que provavelmente me levaria a uma localidade. Confirmada a minha teoria, lá estava eu em Rebordões ou Fojo Lobal! Fica a duvida. Pedi indicações a um habitante local, e segui as indicações ate chegar ao meu destino. Feitosa (freguesia de Ponte de Lima) onde cheguei as 13h15.
A minha espera tinha quatro deliciosas tangerinas descascadas :lol:, pela minha querida Esposa. Antes de mergulhar num bom banho quente :hehe:.
Mais umas fotos:
http://img111.imageshack.us/img111/9608/dscf0076mediumrp9.jpg/img]
[img]http://img111.imageshack.us/img111/3456/dscf0077mediumzx1.jpg
http://img111.imageshack.us/img111/8756/dscf0091mediumph3.jpg/img]
[img]http://img111.imageshack.us/img111/7067/dscf0093mediumee7.jpg
Viana do Castelo ao fundo.
Para finalizar:
Em muitas zonas do percurso, existem fitas sinalizadoras talvez de um evento qualquer que por ali foi organizado.
Será que a organização as ira retirar ? espero que sim.
Abraço
MY