Comprei a 1.ª “Bike magazine”(BM) em Junho de 1995, fazia a revista 1 ano.
Foi com ao lê-la que comecei a sonhar em percorrer aqueles caminhos por onde uns felizardos percorriam.
Sonhei ao ver aquelas bicicletas de alumínio e de componentes XPTO. Parecia-me impossível sequer algum dia vir a possuir uma bicicleta que custasse 250 contos
. Era o preço daquela que eu ambicionava.
As coisas foram evoluindo, e não só comprei as bicicletas com que sonhava como também cheguei a colaborar com a BM, escrevendo sobre os passeios que o Trilho Livre organizava , elaborando alguns road books (há uns meros 4 anos atrás ainda era assim, não havia GPS)
Devido a essa colaboração, mas não só, conheci o Pedro Carvalho e o Artur Ferreira.
Pedalei com eles por aí, com o Pedro na “Grande rota das aldeias históricas” com o Artur numa ou noutra ocasião O Artur mais popular, mais afável, o Pedro de feitio forte com ideias muito próprias e, talvez como eu, tendo uma ideia muito própria do BTT.
Talvez seja típico dos «carolas» do início da modalidade (onde eu, imodestamente, me considero) mas o BTT tornando-se moda, abriu as portas ao mercado e a muito exibicionismo.
O BTT como eu o entendo , não é só ter uma bicicleta topo de gama apenas para a mostrar e não a usar no verdadeiro sentido
Não é ter uma performance física elevada apenas para se mostrar.
É acima de tudo, apreciar a natureza e o envolvimento nela.
BTT é silêncio, é quietude, é cheiro de natureza, é descobrir um Portugal que a maioria das pessoas não conhece, e poder ter o meio para aceder a essa descoberta; a nossa bicicleta.
A BM era no início o nosso único meio de acesso às novidades. Algo que desejávamos de 2 em 2 meses !!! Sim, talvez alguns não se recordem ou sequer saibam mas era bimestral no começo.
Hoje temos acesso a outras formas de saber das coisas e a principal delas todas, a Internet.
Se resistiu até agora, a BM , resistirá por mais uns anos.
É o que eu desejo