Bem... ora aqui vai.
Depois de 4 semanas a testar a nova menina já tenho uma opinião formada. Eu sei que demorei mas quis ter tempo para experimentar e para poder ter uma opinião mais sólida que um “first ride”.
Como também andei em mudanças, as voltas não foram muito grandes e isso também ajudou a levar as coisas com calma.
Começando pelo início... não era novidade pelo tópico da minha Lapierre XR que estava a pensar fazer uma montagem diferente, até que duas coisas aconteceram quase em simultâneo. Primeiro foi a escora da Lapierre que começou a estalar (ainda estou à espera que a marca me diga alguma coisa) e a segunda foi a YT Jeffsy baixar ainda mais o preço (como se o original já não fosse suficientemente atrativo).
Fiz a compra até que 12 dias depois que me chega a casa esta caixinha
A bike vinha praticamente pronta a usar. Foi só tirar da caixa, por as rodas no sítio, apertar o desviador traseiro, apertar o guiador no avanço e por os travões e manípulo das mudanças no sítio certo.
Não vou fazer a descrição dos componentes porque podem facilmente ver no site da YT.
Como tinha 14 dias para poder devolver a máquina caso bem entendesse, optei por testar várias configurações das suspensões e geometria.
O quadro tem duas posições, ambas agressivas, mas a posição mais baixa ainda mais agressiva como seria de esperar. As suspensões têm inúmeras configurações mas acho que entretanto encontrei o meio termo para ser versátil naquilo que mais tenho feito ultimamente.
Penso que convém esclarecer que nunca tinha tido um bicicleta que não fosse de XC ou Maratonas, todas elas com 100m de curso. Sempre tive tendência para usar pneus um pouco mais largos que a maioria (2.25 na 29er e 2.1 na 26) para tornar a bike um pouco mais versátil. Até mesmo na Lapierre cheguei a usar um dropper post para voltas mais agressivas e, ao mesmo tempo, para conseguir disfrutar mais.
Não tive oportunidade de experimentar nenhuma bike com 140mm antes de avanças com a compra.
1º teste
Quadro: Posição baixa (como vem de fábrica)
Amortecedor: 30% SAG (rebound a 1/4 a tender para o rápido)
Suspensão: 25% SAG
Pressão dos pneus: igual à que usava na Lapierre (1.5 à frente; 1.8 atrás)
Como não tinha mt tempo mas a vontade era muita, o primeiro teste foi de apenas 1h. Levei a máquina para os trilhos que tinha mais perto de casa e conhecia bem ... e bota pra cima e pra baixo a todo o gás (pra cima tinha pouco gás porque não estava em forma )
Uma coisa que “estranhei não estranhar” foi o guiador. Passei de um 720mm para um de 780mm e curiosamente não estranhei nadinha. A geometria do quadro em tamanho L, o avanço de apenas 60mm com o este guiador assentaram que nem uma luva. Aliás a bicicleta é em geral muito confortável.
Outra coisa que também “estranhei não estranhar” foi o selim. Já tinha lido coisas tão más do selim que já tinha pensado em 1001 alternativas. No entanto, achei o selim bastante confortável, apesar de ter um tacto firme.
Primeiras impressões. A jeffsy não tem nada a ver com uma bike de XC ou de maratonas. É nitidamente uma bike construída de fábrica para descer e curtir LARGO!!
Não é que suba mal, que até nem sobe. Mas com aqueles pneus de 2.4 de taco alto e com cerca de 880g não se pode esperar muito. Principalmente para quem vem de pneus com menos 200g, notei alguma dificuldade extra a subir. As acelerações rápidas e a velocidade de ponta a subir não parece de facto ser a mesma. Nota-se mesmo muito?! Não. Nem por isso. Pelo menos não achei. Aliás, em subidas com terreno irregular e técnicas, notasse pouco até. Além de ser um tractor a descer, é também um tractor a subir e galga tudo que aparece à frente. Basicamente as subidas parecem que deixam de ser menos técnicas.
Apesar de ter gostado bastante, a bike comporta-se de forma diferente da que estava habituado e não estava à vontade o suficiente para abusar.
Alterações imediatas para o próximo dia:
-Amortecedor: 30% SAG (rebound mais lento, praticamente a meio)
-Suspensão: 20% SAG
-Pressão dos pneus: 1.6-1.7 à frente; 1.9-2.0 atrás
O segundo dia de testes também gostei bastante mas acabou por ser curto devido a um furo. Mal a bike chegou saquei-lhe logo as câmaras fora e meti os pneus tubeless mas sem liquido (n tive tempo ). Já agora, fáceis de converter e as Dt Swiss 1200 XMC já vinham com fita tubeless posta e as válvulas num saquinho.
3o teste
Quadro: Posição alta
Amortecedor: 30% SAG
Suspensão: 20% SAG
Pressão dos pneus: 1.6-1.7 à frente; 1.9-2.0 atrás
Pneus tubeless mas já com líquido
No terceiro dia a após achar ter acertado na pressão dos pneus e afinação das suspas (quase mas ainda não) aí sim senti a bike a ganhar vida
Curiosamente coincidiu para a alteração da posição do quadro. Talvez por ser mais parecido com aquilo que sempre estive habituado, gostei mais da bike em posição alta do que baixa. Mais confortável a subir e a descer, mais rápida, mais tudo... ainda a vou alterar de novo para testar quando já conhecer bem a bike.
Se tinha algumas dúvidas se iria ou não ficar com a bike, foi neste dia que as deixei de ter. Mais uma vez experimentei a bike a subir e a descer trilhos conhecidos e fiquei a babar
De facto a bike transmite uma confiança enorme a descer. O dropper post de 150mm até parece curto de vez enquando (na minha XC 125mm de dropper pareciam demais até) e só apetece descer mais e mais. De repente tudo parece ser uma linha alternativa viável e a bike galga tudo que aparece à frente sem nunca ficar com a noção que está alguma coisa fora do controlo.
Desde a agilidade, travões, pneus ... tudo transmite confiança e controlo.
Para já, super satisfeito com a compra. Bastante diferente da minha bike XC mas para já sem qualquer arrependimento. Só estou ansioso para a testar em aventuras de longos dias a fio na alta montanha
Por hoje já chega. O post já vai longo. Vou dizendo mais coisas e tirando fotos que só tirei quando chegou.
Coisas a alterar em breve:
- aproximar o comando do dropper da mão. Fica muito longe do dedo com o matchmaker da sram. Tenho de lhe por uma braçadeira independente dos travões.
- meter uns punhos tipo ESI grip em silicone. São mais confortáveis que estes Race Face, apesar destes terem bastante grip.
- experimentar uns Nobby nic/Hans dampf 2.35 trailstar. Vai ser mais leve, mais rolante e sem perder tração (à partida).
Ainda não sei se lhe altero o prato de 32 para 30T.
Queria ainda experimentar o sistema Di2 este ano... mas acho que não lhe vou mexer mais!! A ver!
Já agora, a bike está com 12,350Kg com os pedais XTR da Lapierre. Vai levar uns iguais mas na versão trail.
De resto está como veio de fábrica, apenas lhe tirei as câmaras de ar e acrescentei líquido.
Depois de 4 semanas a testar a nova menina já tenho uma opinião formada. Eu sei que demorei mas quis ter tempo para experimentar e para poder ter uma opinião mais sólida que um “first ride”.
Como também andei em mudanças, as voltas não foram muito grandes e isso também ajudou a levar as coisas com calma.
Começando pelo início... não era novidade pelo tópico da minha Lapierre XR que estava a pensar fazer uma montagem diferente, até que duas coisas aconteceram quase em simultâneo. Primeiro foi a escora da Lapierre que começou a estalar (ainda estou à espera que a marca me diga alguma coisa) e a segunda foi a YT Jeffsy baixar ainda mais o preço (como se o original já não fosse suficientemente atrativo).
Fiz a compra até que 12 dias depois que me chega a casa esta caixinha
A bike vinha praticamente pronta a usar. Foi só tirar da caixa, por as rodas no sítio, apertar o desviador traseiro, apertar o guiador no avanço e por os travões e manípulo das mudanças no sítio certo.
Não vou fazer a descrição dos componentes porque podem facilmente ver no site da YT.
Como tinha 14 dias para poder devolver a máquina caso bem entendesse, optei por testar várias configurações das suspensões e geometria.
O quadro tem duas posições, ambas agressivas, mas a posição mais baixa ainda mais agressiva como seria de esperar. As suspensões têm inúmeras configurações mas acho que entretanto encontrei o meio termo para ser versátil naquilo que mais tenho feito ultimamente.
Penso que convém esclarecer que nunca tinha tido um bicicleta que não fosse de XC ou Maratonas, todas elas com 100m de curso. Sempre tive tendência para usar pneus um pouco mais largos que a maioria (2.25 na 29er e 2.1 na 26) para tornar a bike um pouco mais versátil. Até mesmo na Lapierre cheguei a usar um dropper post para voltas mais agressivas e, ao mesmo tempo, para conseguir disfrutar mais.
Não tive oportunidade de experimentar nenhuma bike com 140mm antes de avanças com a compra.
1º teste
Quadro: Posição baixa (como vem de fábrica)
Amortecedor: 30% SAG (rebound a 1/4 a tender para o rápido)
Suspensão: 25% SAG
Pressão dos pneus: igual à que usava na Lapierre (1.5 à frente; 1.8 atrás)
Como não tinha mt tempo mas a vontade era muita, o primeiro teste foi de apenas 1h. Levei a máquina para os trilhos que tinha mais perto de casa e conhecia bem ... e bota pra cima e pra baixo a todo o gás (pra cima tinha pouco gás porque não estava em forma )
Uma coisa que “estranhei não estranhar” foi o guiador. Passei de um 720mm para um de 780mm e curiosamente não estranhei nadinha. A geometria do quadro em tamanho L, o avanço de apenas 60mm com o este guiador assentaram que nem uma luva. Aliás a bicicleta é em geral muito confortável.
Outra coisa que também “estranhei não estranhar” foi o selim. Já tinha lido coisas tão más do selim que já tinha pensado em 1001 alternativas. No entanto, achei o selim bastante confortável, apesar de ter um tacto firme.
Primeiras impressões. A jeffsy não tem nada a ver com uma bike de XC ou de maratonas. É nitidamente uma bike construída de fábrica para descer e curtir LARGO!!
Não é que suba mal, que até nem sobe. Mas com aqueles pneus de 2.4 de taco alto e com cerca de 880g não se pode esperar muito. Principalmente para quem vem de pneus com menos 200g, notei alguma dificuldade extra a subir. As acelerações rápidas e a velocidade de ponta a subir não parece de facto ser a mesma. Nota-se mesmo muito?! Não. Nem por isso. Pelo menos não achei. Aliás, em subidas com terreno irregular e técnicas, notasse pouco até. Além de ser um tractor a descer, é também um tractor a subir e galga tudo que aparece à frente. Basicamente as subidas parecem que deixam de ser menos técnicas.
Apesar de ter gostado bastante, a bike comporta-se de forma diferente da que estava habituado e não estava à vontade o suficiente para abusar.
Alterações imediatas para o próximo dia:
-Amortecedor: 30% SAG (rebound mais lento, praticamente a meio)
-Suspensão: 20% SAG
-Pressão dos pneus: 1.6-1.7 à frente; 1.9-2.0 atrás
O segundo dia de testes também gostei bastante mas acabou por ser curto devido a um furo. Mal a bike chegou saquei-lhe logo as câmaras fora e meti os pneus tubeless mas sem liquido (n tive tempo ). Já agora, fáceis de converter e as Dt Swiss 1200 XMC já vinham com fita tubeless posta e as válvulas num saquinho.
3o teste
Quadro: Posição alta
Amortecedor: 30% SAG
Suspensão: 20% SAG
Pressão dos pneus: 1.6-1.7 à frente; 1.9-2.0 atrás
Pneus tubeless mas já com líquido
No terceiro dia a após achar ter acertado na pressão dos pneus e afinação das suspas (quase mas ainda não) aí sim senti a bike a ganhar vida
Curiosamente coincidiu para a alteração da posição do quadro. Talvez por ser mais parecido com aquilo que sempre estive habituado, gostei mais da bike em posição alta do que baixa. Mais confortável a subir e a descer, mais rápida, mais tudo... ainda a vou alterar de novo para testar quando já conhecer bem a bike.
Se tinha algumas dúvidas se iria ou não ficar com a bike, foi neste dia que as deixei de ter. Mais uma vez experimentei a bike a subir e a descer trilhos conhecidos e fiquei a babar
De facto a bike transmite uma confiança enorme a descer. O dropper post de 150mm até parece curto de vez enquando (na minha XC 125mm de dropper pareciam demais até) e só apetece descer mais e mais. De repente tudo parece ser uma linha alternativa viável e a bike galga tudo que aparece à frente sem nunca ficar com a noção que está alguma coisa fora do controlo.
Desde a agilidade, travões, pneus ... tudo transmite confiança e controlo.
Para já, super satisfeito com a compra. Bastante diferente da minha bike XC mas para já sem qualquer arrependimento. Só estou ansioso para a testar em aventuras de longos dias a fio na alta montanha
Por hoje já chega. O post já vai longo. Vou dizendo mais coisas e tirando fotos que só tirei quando chegou.
Coisas a alterar em breve:
- aproximar o comando do dropper da mão. Fica muito longe do dedo com o matchmaker da sram. Tenho de lhe por uma braçadeira independente dos travões.
- meter uns punhos tipo ESI grip em silicone. São mais confortáveis que estes Race Face, apesar destes terem bastante grip.
- experimentar uns Nobby nic/Hans dampf 2.35 trailstar. Vai ser mais leve, mais rolante e sem perder tração (à partida).
Ainda não sei se lhe altero o prato de 32 para 30T.
Queria ainda experimentar o sistema Di2 este ano... mas acho que não lhe vou mexer mais!! A ver!
Já agora, a bike está com 12,350Kg com os pedais XTR da Lapierre. Vai levar uns iguais mas na versão trail.
De resto está como veio de fábrica, apenas lhe tirei as câmaras de ar e acrescentei líquido.
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