Boas
2º Acto - A Volta aos Mecos
Levantei-me ás 6 horas. Tinha combinado encontrar-me com o meu companheiro de equipa o Furras no local da partida ás 7.45h.
Preparei barritas, o Camelbak cheio de Goldrink, ferramenta, camara de ar...
Tomei o pequeno almoço que nestes dias não varia, uma boa pratada de arroz doçe, nunca falha.
Arranquei para Gaia ás 7.22h já de bicicleta. Quando cheguei ao local da partida já lá estava muito pessoal.
Passado um pouco apareceu o Furras, já tinha vindo de Gondomar em cima da bike.
Às 8h partimos. Ninguem ia com pressa. Todos sabiamos que o dia ir ser longo e que havia que poupar forças.
Primeiras subidas ainda em Gaia. O pessoal do Btt ia todo na conversa, é engraçado o ambiente que se vive, fala-se muito,
trocam-se experiências, conhecemos muita gente.
Entretanto junta-se a nós uma equipa da Póvoa o Helder e o Miguel. Não tinham Gps e pediram para ir connosco, claro que sim.
Continuámos. O percurso ia tornando-se menos urbano e mais duro. Fomos ao Monte da Virgem e ao seguinte Meco de que não sei o nome.
Os quilómetros teimavam em não passar ao mesmo ritmo dos minutos. Fizemos muitas subidas e quando tinhamos duvida em qual caminho seguir aprendemos que era sempre pelo mais inclinado, nunca falhava.
Veio mais calor, vieram mais subidas e mais descidas, as forças começaram a faltar.
Eu ia para o nivel 3, mas ainda não tinhamos acabado o nivel 2 e já eram 3h. Os meus companheiros não me queriam deixar sozinho mas para eles chegava então disseram O Carlos e o Rui vêm ai vai com eles porque nós ficamos pelo nivel 2. Assim fiz. A Partir daqui eramos 5 : eu o Carlos, o Rui, o Samuel e o Olavo.
Continuei. Subimos o monte de São Domingos, díficilimo. Quando chegámos ao ponto de continuar para o nivel 3 ou seguir na marginal e fazer "apenas" o nivel 2 eram 4h.
O Rui disse-me ainda dá para acabar mas vamos a pouco mais de meio. Credo! O empeno que eu já levava.
Subimos á serra da Boneca 45 minutos para fazer menos de 5km. Muitos deles com a bicicleta á mão. Neste evento a distância e o acumulado são apenas a ponta do iceberg é que o percurso era tambem durissimo.
A água começou a acabar o Carlos morreu e reviveu logo a seguir e eu comecei a sentir dor de burro, mas não disse nada a ninguem.
E as bifanas ainda estão longe? Era a pergunta mais ouvida. Subiamos e desciamos por um percurso mesmo extremo.
Chegámos ás bifanas. Bebemos e comemos. Vinhamos vazios. Encontrámos lá mais cinco companheiros. Liguei para casa e disse só chego ás 21h. Tinha avisado que pensava estar em casa entre as 19 e as 20h, não sei porquê convenci-me disso.
Depois, passaram-me as dores de burro, subimos a serra de Pias descemos até Couce, marginal e Porto. Talvez pelo adiantado da hora e por cheirar a banho estes ultimos quilómetros foram feitos em ritmo de contra relógio. Cheguei a casa ás 22h.
Os dados da minha Volta aos Mecos 145km feitos em 10.23h com um acumulado de 4168m.
O que nos faz conseguir concluir um desafio destes?
A vontade, a preparação, a capacidade de sacrificio e sem duvida a entreajuda e claro gostar muito de Btt. É preciso tudo.
És maluco foi a palavra mais ouvida quando cheguei a casa, da fama já não me livro...
Obrigado companheiros.
Deste dia não me vou esquecer.
NUNCA
Até para o ano.
Nuno Gonçalves
2º Acto - A Volta aos Mecos
Levantei-me ás 6 horas. Tinha combinado encontrar-me com o meu companheiro de equipa o Furras no local da partida ás 7.45h.
Preparei barritas, o Camelbak cheio de Goldrink, ferramenta, camara de ar...
Tomei o pequeno almoço que nestes dias não varia, uma boa pratada de arroz doçe, nunca falha.
Arranquei para Gaia ás 7.22h já de bicicleta. Quando cheguei ao local da partida já lá estava muito pessoal.
Passado um pouco apareceu o Furras, já tinha vindo de Gondomar em cima da bike.
Às 8h partimos. Ninguem ia com pressa. Todos sabiamos que o dia ir ser longo e que havia que poupar forças.
Primeiras subidas ainda em Gaia. O pessoal do Btt ia todo na conversa, é engraçado o ambiente que se vive, fala-se muito,
trocam-se experiências, conhecemos muita gente.
Entretanto junta-se a nós uma equipa da Póvoa o Helder e o Miguel. Não tinham Gps e pediram para ir connosco, claro que sim.
Continuámos. O percurso ia tornando-se menos urbano e mais duro. Fomos ao Monte da Virgem e ao seguinte Meco de que não sei o nome.
Os quilómetros teimavam em não passar ao mesmo ritmo dos minutos. Fizemos muitas subidas e quando tinhamos duvida em qual caminho seguir aprendemos que era sempre pelo mais inclinado, nunca falhava.
Veio mais calor, vieram mais subidas e mais descidas, as forças começaram a faltar.
Eu ia para o nivel 3, mas ainda não tinhamos acabado o nivel 2 e já eram 3h. Os meus companheiros não me queriam deixar sozinho mas para eles chegava então disseram O Carlos e o Rui vêm ai vai com eles porque nós ficamos pelo nivel 2. Assim fiz. A Partir daqui eramos 5 : eu o Carlos, o Rui, o Samuel e o Olavo.
Continuei. Subimos o monte de São Domingos, díficilimo. Quando chegámos ao ponto de continuar para o nivel 3 ou seguir na marginal e fazer "apenas" o nivel 2 eram 4h.
O Rui disse-me ainda dá para acabar mas vamos a pouco mais de meio. Credo! O empeno que eu já levava.
Subimos á serra da Boneca 45 minutos para fazer menos de 5km. Muitos deles com a bicicleta á mão. Neste evento a distância e o acumulado são apenas a ponta do iceberg é que o percurso era tambem durissimo.
A água começou a acabar o Carlos morreu e reviveu logo a seguir e eu comecei a sentir dor de burro, mas não disse nada a ninguem.
E as bifanas ainda estão longe? Era a pergunta mais ouvida. Subiamos e desciamos por um percurso mesmo extremo.
Chegámos ás bifanas. Bebemos e comemos. Vinhamos vazios. Encontrámos lá mais cinco companheiros. Liguei para casa e disse só chego ás 21h. Tinha avisado que pensava estar em casa entre as 19 e as 20h, não sei porquê convenci-me disso.
Depois, passaram-me as dores de burro, subimos a serra de Pias descemos até Couce, marginal e Porto. Talvez pelo adiantado da hora e por cheirar a banho estes ultimos quilómetros foram feitos em ritmo de contra relógio. Cheguei a casa ás 22h.
Os dados da minha Volta aos Mecos 145km feitos em 10.23h com um acumulado de 4168m.
O que nos faz conseguir concluir um desafio destes?
A vontade, a preparação, a capacidade de sacrificio e sem duvida a entreajuda e claro gostar muito de Btt. É preciso tudo.
És maluco foi a palavra mais ouvida quando cheguei a casa, da fama já não me livro...
Obrigado companheiros.
Deste dia não me vou esquecer.
NUNCA
Até para o ano.
Nuno Gonçalves
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