Verificar saude de um quadro usado

SoveskY

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Pode parecer uma pergunta estranha ou impossível de responder, mas existe algum método para verificar a saúde de um quadro em segunda mão?
Acontece que muitas vezes os quadros já levaram pancadas agressivas que acabam por modificar um pouco a geometria do mesmo pondo a nossa segurança em causa. Isto sem deixar marcas.

Cumps,
SoveskY
 

erew

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Esta é realmente uma questao complicada. Ao comprar um quadro com algum uzo nunca se sabe o que se pode esperar. Em principio a geometria nao devera estar alterada (isso e um caso mais grave). Em casa a unica coisa que se pode fazer é olhar para todos os pontos de tensao, verificando se nao existem fissuras.


tirar uma radiografia ao quadro, mas depois precias de saber analisar as micro-fissuras.

Essa seria a melhor maneira, mas tem de ser feita por tecnicos e com material proprio.

Cumps
 

fitty77

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Primeiro, para se fazerem análises ao quadro, a ponto de se obter resultados que satisfizessem a vontade de comprar, quase de certeza que mais valia compar um quadro novo. Radiografias, tinha que ser soldadura a soldadura. As radiografias estão mais viradas para as soldaduras. Depois, para se verificarem danos nos próprios "tubos", tinha que se recorrer à ultrasonografia. As análises por ultra sons dão um resultado das fissuras encontradas. Podiam ser ainda efectuados outros ensaios não destrutivos. Isto para analisar a integridade em termos estruturais. Depois, e levando a coisa para o lado extremo, se se pretendesse analisar a capacidade de torsão (ou melhor, a resistência à torsão) os limites elásticos e plásticos e por aí fora..... Imaginem o que é necessário. Acresce a isso, que muitos destes ensaios são destrutivos..... Por isso, esqueçam isso. Mas se forem doidos ao ponto de fazer isso, levem o quadro ao ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade) que eles fazem lá isso, em troca de uma soma jeitosa (quem sabe surpreendente :shock: ).
Como ponto final, refira-se que nem à saída da fábrica os quadros são testados desta forma. Os ensaios, a serem feitos, são efectuados por amostragem, assimilando assim uma margem de erro. Por isso, acho que não vale a pena sequer pensar nisso.... Se for por uma curiosidade técnica, ensaio ou teste, até penso que seria interessante do ponto de vista da engenheria envolvida. Desculpem a seca.....
 

MrOverclock

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pois.... é uma questão complicada, nunca se sabe se o quadro está a dar as ultimas ou se ainda tem muito para dar.

Eu tenho um quadro de aluminio com 10 anos que uso para ir para as aulas. E as vezes podia descer umas escaditas ou na volta para cassa fazer uns carreiros ou assim, mas nunca se sabe em que estado está. Então opto sempre por não abusar. Se um dia for ao chão por causa do quadro, que não seja muto de pressa :|
 

SoveskY

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Então no fundo mais vale confiar (ou não) no que o vendedor nos diz do histórico do quadro não é? :|
Digo isto também porque o meu quadro é da berg (dos mais baratos) e já lhe dei umas pancadas bem valentes. Apesar de não detectar nenhuma rachadela ou dano similar, tenho sempre imenso medo quando acelero um pouco mais numa descida mais irregular.
Se calhar estou apenas a ser paranóico devido a tantos vídeos de acidentes no youtube. :oops:

De qualquer forma obrigado pela ajuda

SoveskY
 

nfelix

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Boas!
venho aqui deitar mais umas achas na fogueira!

tenho visto aqui no tópico falar de fissuras e tal, claro que isso é sem dúvida um factor importante e observável, excepto claro algumas microfissuras... mas o que me leva a escrever é um outro aspecto, a fadiga, pois é... a fadiga é uma daquelas coisa que é demasiado difícil de averiguar no material, principalmente no que diz respeito aos quadros em alumínio, que é um material que sofre um pouco com esse fenómeno. Com isto quero apenas dizer que apesar de um quadro parecer impecável, a fadiga do material está lá, escondida, pronta para se manifestar quando o material for solicitado a um esforço, ou seja, dependendo da qualidade do material, as propriedades resistentes vão-se deteriorando com maior ou menor rapidez. è por isso que muitas vezes, um quadro que até aparentava estar tudo ok,e num pequeno salto num passeio, acaba por partir!

Com esta dissertação toda quero dizer, que também é muito importante conhecer a história do quadro, para saber o que é que o quadro já passou a nível de esforço!

e isto aplica-se à maioria dos materiais usados!

corrijam-me se tiver errado!

abraço e boas pedaladas!
 

fitty77

New Member
nbones said:
Boas!
venho aqui deitar mais umas achas na fogueira!

tenho visto aqui no tópico falar de fissuras e tal, claro que isso é sem dúvida um factor importante e observável, excepto claro algumas microfissuras... mas o que me leva a escrever é um outro aspecto, a fadiga, pois é... a fadiga é uma daquelas coisa que é demasiado difícil de averiguar no material, principalmente no que diz respeito aos quadros em alumínio, que é um material que sofre um pouco com esse fenómeno. Com isto quero apenas dizer que apesar de um quadro parecer impecável, a fadiga do material está lá, escondida, pronta para se manifestar quando o material for solicitado a um esforço, ou seja, dependendo da qualidade do material, as propriedades resistentes vão-se deteriorando com maior ou menor rapidez. è por isso que muitas vezes, um quadro que até aparentava estar tudo ok,e num pequeno salto num passeio, acaba por partir!

Com esta dissertação toda quero dizer, que também é muito importante conhecer a história do quadro, para saber o que é que o quadro já passou a nível de esforço!

e isto aplica-se à maioria dos materiais usados!

corrijam-me se tiver errado!

abraço e boas pedaladas!

Não estás errado, estás bem certo. Mas o problema é que para se verificarem estados de fadiga, que afectam os limites elásticos e plásticos dos materiais (para além de outras caracteristicas), será bem dificil de realizar sem se recorrer a ensaios não destrutivos. Ou seja, se pretenderes verificar se um quadro, num certo ponto, o limite elástico, tens que o levar até ao ponto em que este entra no limite plástico, ou seja, destrui-lo.... O limite elástico, define as forças aplicadas que um material consegue suportar, deformando-se, mas que após ser libertado dessa força, assume de novo a sua forma normal. O plástico, é a força a partir do qual o material, não quebrando, mas já não consegue assumir a sua forma natural, ficando deformado. Após isto, a sua resistência está definitivamenten colocada de parte, e as forças que se lhe possam aplicar vão levá-lo à ruptura. Ora, para ver o limite plástico, tem que se destruir o material. Por isso são chamados ensaios destrutivos. Era bom que se conseguisse verificar a integridade de um quadro, mas assumo que é quase impossivel analisá-lo no que interessa. Para além disso, são ensaios caros, que deitam por terra a compensação custo vs beneficio.
Quanto aos defeitos, existem muitos tipos, fissuras, porosidades, soldaduras mal efectuadas, defeitos do material, enfim, uma série de coisas. Por isso, na compra de uma bicicleta, conta uma boa isnspecção visual, verificar se existem pinturas sobrepostas para esconder defeitos e pouco mais se pode fazer a não ser confiar.... Depois conta a experiência de cada um em termos de conhecimento mecânico..... É pena ainda não terem arranjado uns óculos RX :lol:
 
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