Tu não és um bttista

kuhn

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O BTT é a ausência de caminhos fixos o resto é....

Não interessa se vais sozinho ou acompanhado o importante é que te divirtas com a tua bike no meio da natureza, e chegues a casa bem com uma nova historia para contar
 

Valha-me Deus

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Nozes... tiro-te o chapéu á maneira como puseste no papel o que tantas vezes pensei quando observava alguns "artistas" que via passar.
Não teria escrito e estruturado melhor as ideias como tu o fizeste ;)
 

jplopes

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Boas

o pessoal anda-se a picar mas o que conta é passar nos trilhos em cima dela ... o resto são cantigas. A costa de Alvados para mim é sagrada em todo o perimetro do vale e muitos outros trilhos. Outra pérola é o maciço de Sicó e o paraíso do BTT em Tábua é de regressar e voltar novamente. Surge agora um movimento de BTT que abre trilhos em qualquer silveira ... vamos fazer a nossa parte para poder trocar circuitos.

De realçar a crónica inicial deste tópico ainda se manter bastante actual passados 3 anos e em que muita coisa mudou no BTT :)

Sou o jplopes_190473 no http://connect.garmin.com e tudo o que faço está partilhado com o público ... peçam amizade ;-)

Às vezes faço estrada (na fininha... os pneus da bike de BTT não são para estragar no alcatrão ... ), mas sempre que possivel na ciclovia. Em primeiro lugar devem ser evitados os acidentes. Depois de mais uma grande perda deste fim de semana, todo o cuidado é pouco
 

motard@bordo

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Depois de ler o primeiro post, com 6 meses de bicla(ainda não fui ao monte):( deu-me uma grande vontade de experimentar!!!!Deveras inspirador e motivador.Abraço nozes e a todos os btttistas
 

Rui Marçal

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Epá, tu se não foste ao monte, se ainda não fizeste um single, se ainda não chegaste ao fim de uma descida com a adrenalina no máximo e a tremer das canetas, ainda não fizeste BTT. És virgem. Vá força nisso.
 

Mach 4

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Epá, tu se não foste ao monte, se ainda não fizeste um single, se ainda não chegaste ao fim de uma descida com a adrenalina no máximo e a tremer das canetas, ainda não fizeste BTT. És virgem. Vá força nisso.

Ó Rui, não te esqueças das quedas, feridas e cicatrizes, que também fazem parte desta aventura ;).

motard@bordo,

Não te quero assustar com esta minha frase, apenas te posso dizer que a tal adrenalina justifica todos os precalços que possas vir a ter, apenas terás de tentar evitar os azares. Aconselho sempre é que para se fazerem incursões no monte deve-se sempre ir acompanhado. Aventura sem grandes riscos é sempre melhor.
Vai "conhecendo" melhor a tua btt e de resto disfruta de todos os minutos que possas a pedalar, no monte ou noutro local qualquer. Btt é para andar em todo o lado.
 

city_hunter

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Sou precisamente do tempo em que saía de casa com a mochila da escola, com alguma ferramenta, o lanche que a "mamã" arranjava e água no cantil! A minha primeira BTT fui comprá-la a Agueda, à fabrica da Sirla! (Bons tempos!)
Não me agarro ao passado, mas tenho saudades de algumas coisas! Dos passeios de Coimbra-Buçaco-Coimbra, que deixaram de exisitir precisamente porque alguns acharam que um passeio devia ser feito em ritmo de corrida, e borrifaram-se para os guias e restantes participantes. Que vontade dá ao organizador voltar a fazer algo do género?? E depois porque as maçãs são farinhudas e as bananas são verdes, enfim... Não tenho qualquer problema em incluir neste grupo aqueles, que, precisamente compraram uma grande máquina, porque tinham uns €€ para gastar e queriam algo bom, melhor que a do "fulano". (Dar 6000€ por uma bike, fazer 10 km e dizer ao resto do grupo que ia para trás, que não aguentava mais, dá para ter uma ideia!!)
 

Rui Marçal

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Boas Mach 4,

Ontem fui dar uma volta e apanhei lama para dar e vender. Nestas condições já se sabe que as transmissões sofrem e um colega meu partiu uma corrente...

Eu levo sempre muito material atrás que quase dá para montar uma bike. Curiosamente nunca me fez falta, mas já serviu para muita malta que me acompanha. Mas, ontem, precisei da boa vontade dos outros BTtistas com que me cruzei...

Era a minha primeira volta com uma corrente nova, sem qualquer folga. Descobri aos primeiros km que o meu prato mais pequeno já está um bocado gasto e neste prato a corrente estava constantemente a fazer chupões, como era nova não lhe tinha posto óleo, mas com óleo poderia ser que suavizasse a coisa e desse para usar a avozinha no último dia do ano.

Perguntei a vários colegas de selim que fui encontrando e houve um que tinha óleo, emprestou-me sem me conhecer de lado nenhum, servi-me, agradeci e não resultou, lol, mas o que conta era a intenção.

Mais tarde um colega meu partiu a corrente, eu tinha o material todo para o desenrascar, menos a prática de mecânica para o fazer, só a teoria...dos outros 4 que iam comigo a mesma coisa mas esses nem material, lol...

Bom lá andámos com elos de engate, descravadores, etc...conseguimos ligar a corrente mas a manhã já se tinha quase toda passado...

Este colega meu que partiu a corrente, era a 2ª vez que andava comigo e com eles a 1ª vez...Foi um amigo aqui do fórum que ganhei. Depois de estar tudo montado nem houve discussão, voltámos para trás, por estradas com poucas subidas para chegar a Santarém.

Antes de partir a corrente estavamos mesmo ao pé dos singles de Almoster que era para onde queríamos ir. Os singles foram logo esquecidos que aquela transmissão poderia não aguentar e rumámos a Santarém...

Só nesta volta, o espírito do BTT veio ao de cima várias vezes:

1º novo amigo ganho graças a este tópico e outros;
2º precisei de óleo no meio do nada e arranjaram-me;
3º colega partiu a corrente e houve material e interajuda entre todos;
4º não abandonámos um colega novo...

City_hunter,

Boas palavras a ilustrar o final de um ano negro para muita gente. Infelizmente isso também se vai notar na compra de bikes caras ou no material de desgaste e substituição em muita malta. Mas o que importa é ir pedalando nem que seja com um ferro debaixo do rabo.

Bons drops para o ano que vem e muitos e longos singles tracks para 2013

PS: com a crise, pode ser que se alcatroem menos estradões...
 

Nozes

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Obrigado a todos pelos elogios e pelo vosso contributo neste tópico. O meu desejo de despertar consciências e fomentar o debate foi plenamente atingido.

Mach4,não posso deixar de comentar o teu conselho ao colega que se está agora a iniciar:
Aconselho sempre é que para se fazerem incursões no monte deve-se sempre ir acompanhado. Aventura sem grandes riscos é sempre melhor.

O que vai acontecer a ele ou seja a quem for se for sozinho "para o monte"? Vão aparecer leões,cobras venenosas ou algo género? Vai ser assaltado,morto a tiro?
Ir para o mato praticar btt não tem que ser mais perigoso que fazer outra coisa qualquer,e não me venham dizer que é mais seguro na estrada,porque infelizmente cada vez temos mais amostras que não.
Se eu apenas praticasse btt quando tenho companhia,andava umas 20 vezes por ano. Fiz dezenas de milhares de kms sozinho muitas vezes longe de casa e grande parte deles sem qualquer meio de comunicação. E assim como eu,todos aqueles que não deixaram que o medo os fizesse reféns e quizeram rolar ao seu próprio ritmo,sem percursos pré-definidos,sem horas de voltar e sem outras conversas que as consigo próprio.
O btt não é perigoso,se não tentarmos passar os nossos limites em situações potencialmente perigosas. É só quando alguém tenta fazer o que não sabe que as coisas podem correr mal.

Não sejam reféns do vosso medo,aproveitem a vida e a liberdade que é andar de bicicleta na Natureza.

Bom ano de 2013 para todos,vamos fazer dele o melhor de sempre.
 

city_hunter

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Convenhamos que para ir para o mato sozinho (fi-lo muitas vezes) é preciso alguma dose de inconsciência, porque até já tive que ajudar um camarda a ir ao hospital levar uns pontos na testa!! Mal conseguia caminhar..se tivesse ido sozinho seria muito pior! Não é que seja perigoso, mas em caso de necessidade a ajuda é mais pronta!
De facto morrem mais ciclistas nas estradas do que no mato; alías, o meu mai foi vítima de um acidente em que um carro o abalrroou por trás. Felizmente ficou cá para contar a história. Mas se pensarmos em tudo o que pode acontecer, não saímos de casa (e mesmo assim, o prédio pode cair, pode haver uma explosão de gás, etc etc etc). Portanto mais vale ir, gozar a voltinha e seja o que Deus quiser!
 

jmv

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Nozes, ainda não tinha comentado no teu tópico porque não o acho tão extraordinário como alguns aqui dizem. Embora nem sempre esteja de acordo com o Mach4, desta vez tenho que estar. Não se deve ir sózinho para o monte e se for, avisar para onde se vai é o conselho para quem pratica btt e motocross. Podes ter muita técnica mas não consegues controlar o aparecimento dum infarte, uma qualquer síncope, braço ou perna partida. Eu felizmente estava acompanhado quando fui acometido sem qualquer aviso desta doença http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=546 13 dias sem me coseguir levantar, se estivesse sózinho não sei o que me teria acontecido, e não me sucedeu só a mim, pode ser a um qualquer, em qualquer hora ou lugar.
 

mpc

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Nozes,

Não sejam reféns do vosso medo, aproveitem a vida e a liberdade que é andar de bicicleta na Natureza.

É isso mesmo, EXCELENTE, a tua frase! :bompost:

Eu tenho ido muitas vezes sozinho para "o monte" e ainda aqui estou são e salvo! É preciso é conhecer os nossos limites!

Em grupo é melhor? Sim é, claro que é! Mas muitas das vezes, (comigo é assim) se esperamos por companhia, se calhar saímos 10 vezes por ano ou menos!

Assim, em 2013, aproveitem sempre que vos apetecer para pedalar sozinhos ou acompanhados, o mais importante é pedalar em convívio com a Natureza! Até porque vamos precisar para "limpar" o stress económico! ;)

Votos de um EXCELENTE 2013!
 

jmv

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Depois do que me sucedeu continuo e faço btt sózinho muitas vezes, só que aviso sempre qual o tragecto que faço.
 

mlouro

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jmv, lamento que tenhas sofrido com essa doença, mas como dizes, um problema desses que descreves pode ocorrer em qualquer hora ou lugar, seja a conduzir ou andar de bike, e na estrada (de bike ou de carro) até pode levar a consequências bem piores, basta vir um carro em sentido contrário!
Isto para dizer que, talvez seja melhor ir para o monte (mesmo sem dizer para onde vamos), que andar numa estrada movimentada onde o risco de acontecer um acidente (e com mais gravidade) é maior e onde mais facilmente acontece um problema com um carro, que por exemplo, corta uma curva por dentro sem ter visibilidade do ciclista, ou numa ultrapassagem te dá um toque, etc..
Além do mais, hoje em dia existe tecnologia que partilha a nossa localização em tempo real com quem quisermos, para quem tem receio de andar sozinho no mato por uma ou outra razão, é capaz de dar jeito!
 

Rui Marçal

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Boa ideia a do Marco...

Só se acha o tópico do Nozes extraordinário, para quem o lê e sente o mesmo que ele.

Não costumo andar sozinho e por isso mesmo estive 4 semanas sem andar...por não ter companhia, mas não há-de faltar muito para o começar a fazer, pois a vontade de sair começa a falar mais alto...
 

the_bike_guy

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Ando muitas vezes sozinho por trilhos, nem tenho telemóvel porque não dura muito tempo nas minhas mãos, sei que corro algum risco, mas a vida é um risco e prefiro arriscar-me assim do que outras maneiras que para mim são bem piores.

Às vezes apetece mesmo pegar na bike e ir sozinho ao meu passo, parar quando quero, ir onde quero, etc... ainda hoje fui descobrir novos trilhos(pelo menos para mim eram novos)

Mas mesmo sendo sítios algo isolados há sempre grupos de motas, 4x4, caçadores ou pastores.

Quando vou à descoberta vou sempre a passo lento porque nunca sei o que me vai aparecer à frente.
 

Coutada

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Quem vive do passado é o MUSEU. Importa muito mais o presente e o futuro. As coisas evoluem, neste caso das bicicletas para melhorarem o conforto, segurança e o rendimento. Se podemos ter mais porque não. Cada um faz aquilo que mais gosta sendo a procura da felicidade nesta altura dificel bastante importante. E se te sentes feliz a andar por esses trilhos fora sem competir exelente eu bato palmas porque fazes algo que te traz felicidade. Mas eu gosto de competir, de treinar para ser melhor e seguir um plano de treinos. Isso vai-me ter motivado para continuar a pegar na bicicleta 6 dias por semana. Mas isso sou eu e acho que se isso me traz felicidade a mim acho que não deve prejudicar ninguem e sera que não sou betetista por causa disso. Entro em provas de estradões de grandes altimetrias de provas mais tecnicas e menos tecnicas. em 2012 entrei em 16. Porque simplesmente isso me dá motivação para continuar. Ah e não para nos abastecimentos nem fico para almoçar. vou apenas para fazer o melhor tempo possivel e parar atrasa. Continuo a dizer mas isso sou eu e o que me faz feliz. Fica o mais importante sê feliz e procura essa felicidade seija ela no monte, na estrada, no estradão desde que seija em cima da bicicleta. E ainda mais importante tenham saude para em 2013 continuarem a fazer algo que vos faça felizes. abraços a todos e bom ano de pedaladas
 

Rui Marçal

New Member
Boas Coutada,

Infelizmente não entendes o que o Nozes aqui quis demonstrar com este tópico...

Quem compete como tu, provavelmente não é um bttista, é um atleta. Seja como for, está-se a esmiuçar em demasia a palavra bttista...que nem sequer existe no dicionário...

O Nozes, muito provavelmente começou a fazer BTT muito antes de ti. Provavelmente já competia antes de ti, sim porque ele já andou na competição e ainda anda...

Por isso e enquanto não há a palavra bttista no dicionário, quando alguém que faz BTT há mais de 20 anos e é um dos dinossauros do BTT, escreve o que escreve, só temos de respeitar, lol...Agora tens tu de puxar pelos teus galões. Se forem melhores que os do Nozes, talvez a tua opinião seja respeitada, lol...É assim, a velhice é um posto.

O que o Nozes quis demonstrar é que no passado, antes da competição era uma coisa. Quem fazia BTT fazia-o para aliviar do stress, porque gostava, sem GPS, sem mariquices e equipamento de topo.

Agora quando vemos um bttistas, poderá fazer isto, ou simplesmente competir. Não se trata se é mais feliz ou não. É o que é.

O melhor exemplo foi este ano a meia maratona e a maratona do Festibike em Santarém. Foram 2 provas feitas para quem não tem qualquer técnica...aquilo era pedalar, tomar uns géis e dar gás, só isso. Aquilo não foi BTT, foi uma linha reta, uma treta. Não houve nada de especial, só alcatrão e estradão. Isto o que é? É precisamente o que o Nozes escreveu no 4º paragrafo...

Eu também comprei uma bike confortável, e também comprei por influência dos outros. Muito do que ele escreveu negativo, também estou incluído, mas o que realmente gosto de fazer é partir à descoberta, embora com mais meios que na altura.

Quantas vezes durante a competição um rider cai e quem vem atrás nem pára? Até se ri e pensa "menos um".

Coutada, o passado pode ser um museu, mas esse museu, felizmente ainda é atual para alguns bttistas. Por isso, o termo bttista, está guardado para a malta do museu e com muito orgulho. Se não te identificas com esta malta, proponho que arranje uma nova designação para o que fazes e passamos a chama-la por esse nome, lol...

Boa sorte, boas pedaladas e até breve.
 
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