Fiz a peregrinação a Santiago de Compostela pelo Caminho Português da Costa com 2 amigos nos dis 10, 11 e 12 de junho.
Foi espetacular! Pensei que o caminho era mais fácil, mas revelou-se de uma grande dureza, apesar de não ter uma Labruja.
No 1º dia fizemos 118 km até Oia, perto de Baiona. Parti, de casa, às 7 horas e encontrei-me com o pessoal em S. Pedro de Rates. A partir da foz do Neiva o caminho animou com subidas bem ingremes a lembrar a Franqueira e boas descidas. Almoçamos em Viana e apanhamos o último ferry em Caminha às 6 da tarde. Depois de andar na serra em A Guarda começamos a andar junto à costa, umas vezes junto ao mar, outras na ciclovia do Atlântico. A paisagem era lindíssima! Só o vento de frente era tramado! Jantamos e dormimos depois de Oia, num bungalow de um parque de campismo.
No 2º dia continuamos a seguir o caminho e fizemos cerca de 100 km, muitos peregrinos optavam por privilegiar a ciclovia, mas nós fomos fieis às setas amarelas e subimos para a serra. Até tivemos que abrir e fechar os portões de propriedades, o caminho era de grande dureza com muitas zonas de pedra com sulcos da passagem de carros de bois durante centenas de anos. Descemos a Baiona para voltar logo a subir e andar nos montes à volta da Baía de Vigo. Aí fiz umas descidas radicais, felizmente só levei uma mochila com cerca de 4 a 5 kg que permitia ser ágil, porque foi nos limites das minhas capacidades e da bike. :fpalm: Fiquei com a adrenalina no máximo! Em Vigo almoçamos e depois fomos a meia encosta em estradões rolantes e algumas subidas até Redondela, onde encontramos o Caminho Central. Atravessamos Pontevedra e fomos dormir a Caldas dos Reis.
No 3º dia foram só 48 km, em Padron atravessamos a feira com os seus pimentos e chegamos a Santiago pelas 13 horas.
Adorei o Caminho Português da Costa, só tem um senão, está mal marcado e o que nos safou foi o gps do meu telemóvel. Improvisei um suporte com uma bolsa impermeável e um elástico, funcionou tão bem como um aparelho GPS. Aguenta mais de 4 horas a bombar e, como levei uma bateria, aproveitei o almoço para o recarregar. Aguentou até as descidas radicais e os saltos! Os tracks arranjei no Gpsies.
Concluindo, foram três dias de BTT bem regado a adrenalina!
Boas pedaladas!