sergiotrindade said:
É de estranhar essa unanimidade sobre a preferência dos pedais de encaixe em Portugal.
Aqui no Brasil, quase metade das pessoas que passaram a usar SPD acabaram por desistir e voltar para as plataformas, principalmente o pessoal do FR.
Há poucos dias coloquei um pedal SPD na minha “magrela”.
Nos dias de semana tenho treinado com muito receio nas ruas de uma das cidades de trânsito mais perigosos do mundo (São Paulo).
No próprio manual da Shimano é desaconselhado o uso nas ruas.
Fico mais tranqüilo com essas opiniões, pois acredito que o MTB em Portugal esteja uns 500 anos mais evoluído.
Caro Sérgio Trindade, tal como já relatei neste tópico, utilizei pedais de encaixe, pela 1ª vez, no dia 21 de Dezembro de 2006 e a experiência foi bastante positiva.
Depois dessa data, fui vitima de uma queda aparatosa, numa descida vertiginosa. No entanto, a mesma não ficou a dever-se minimamente aos ditos cujos, que, e utilizando uma linguagem jurídica, não chegaram a ser constituídos arguidos, nem lhes foi aplicada qualquer medida coactiva. :mrgreen:
Actualmente, não consigo viver sem eles. Somos uma espécie de almas gémeas que se completam reciprocamente. Perdoem-me a lamechice, mas, neste momento, estou a ouvir o ultimo êxito da Christina Aguilera e depois fico assim. :rotfl:
No sábado passado, fiz um pequeno percurso numa BTT equipada com pedais de plataforma e posso assegurar que a forma de pedalar e o rendimento obtido são incomparáveis. A diferença é abismal.
Num curto espaço de tempo, e por incrível que pareça, desabituei-me completamente dos pedais de origem (plataforma) da minha bikla.
Já agora e reportando-me mais uma vez ao comentário do Sérgio Trindade, no dia 11 de Novembro, participei numa prova de resistência de 3 horas, em Maceira (Leiria). Os participantes nesse evento eram quase todos federados e todos tinham as respectivas meninas equipadas com pedais de encaixe.
Para espanto dos outros ciclistas, a minha bicicleta era a única que sobressaia, pela negativa. Eu era uma espécie de “ave rara” no meio de tantos semi-profissionais.
No final da prova, fui aconselhado pelos mesmos a adoptar o sistema dos pedais de encaixe, pois, em eventos de competição pura, estava em nítida situação de desvantagem relativamente aos restantes atletas.
Devido à sua enorme experiência, ouvi-os com atenção, acatei os seus conselhos e hoje dou-lhes 100% de razão.
Por outro lado, e abordando a especificidade da situação do Sérgio, que anda de bicicleta numa das maiores e mais populosas cidades do mundo, talvez seja mais apropriado e aconselhável, por uma questão de segurança, usar pedais de plataforma.
Quanto ao facto de a maioria dos betetistas portugueses equiparem as suas bicicletas com pedais de encaixe, isso não significa que estejamos mais evoluídos que o povo-irmão brasileiro.
No que concerne ao facto de, na óptica do Sérgio, estarmos 500 anos mais evoluídos, nesta modalidade desportiva, relativamente aos brasileiros; os betetistas portugueses, aceitam com fair-paly e espírito desportivo essa “boca”, ressalvando, no entanto, que o BTT, em Portugal, sofreu uma enorme evolução em número de praticantes, nos últimos anos. Podemos não ter ciclistas de top a nível mundial, mas somos cada vez mais.
Para finalizar, caro Sérgio, embora tenhamos nacionalidades diferentes, falamos a mesma língua, o Português, pelo que, em Portugal, utilizamos preferencialmente a sigla BTT (Bicicleta Todo Terreno) em vez da sigla MTB (Mountain bike).
Bons treinos, bons passeios e cuidado com o trânsito de São Paulo.