O empeno que apanhamos, ahahahahahahah
Esta aventura teve vários destinos possíveis. Começamos por ponderar ir do Porto até Ponte de Lima pelos caminhos de Santiago, depois ligar a Viana do Castelo e posteriormente seguir até ao Porto pela beira-mar. No entanto à última da hora, e como gostamos pouco de alcatrão, ahahahahahaahah decidimos mudar os planos e viramo-nos para o Gerês.
Depois de alguma pesquisa na net, passei pelo site do “Sr.” Indy e usamos o seu track MinasdasSombras-RioCaldo08-09-2007 como base para o 1º dia desta aventura (obrigado por disponibilizares os tracks).
No segundo dia iríamos ficar pela zona do Campo do Gerês, onde eu tinha traçado algumas possíveis rotas, para fazermos em Montanha.
1ºdia
Como combinado, +-, (peço desculpa pelo meu atraso) lá nos encontramos na área de serviço de Santo Tirso na A3 às 7:00 da manhã, para rumarmos ao Gerês, para esta magnifica aventura.
Chegamos ao Campo do Gerês por volta das 8:30. Quase não se via ninguém pela aldeia, excepto nós e mais um punhado de pessoas.
Paramos no largo que dá acesso à Mata da Albergaria e começamos a preparar as bikes.
A ideia era ser um passeio descontraído para tirar muitas fotos, e nada melhor do que começar pela Mata da Albergaria, onde o percurso é quase plano e dá para fazer um aquecimento calmo.
Como sempre a paisagem é do melhor que se pode encontrar.
Pelo caminho ainda paramos nos Marcos Miliários e nas pontes que atravessam os vários ribeiros de montanha que desaguam na Barragem de Vilarinho da Furnas, que aquela hora da manhã tinha um brilho especial.
Ainda dentro da Mata tínhamos a 1ª subida que iria servir como aperitivo para o resto do dia, com 10% de inclinação.
Na passagem pelo rio, estavam a chegar os primeiros turistas para se banharem naquelas lagoas fantásticas de águas límpidas e cristalinas, que só a montanha tem para oferecer.
Chegados à Portela do Homem (Fronteira com Espanha) tivemos o primeiro encontro com dois belos exemplares bovinos da raça da região, que se encontravam calmamente a pastar na zona fronteiriça. Seria erva Portuguesa ou Espanhola que eles estavam a comer? eheheheheh
Aqui ainda não era altura do Daniel XTR se estrear por terras dos nuestro hermanos. Íamos guardar esse momento para mais tarde, uma vez que o track passa pró lado espanhol.
Deixamos a fronteira para trás e começamos a subir o estradão de terra batida que ali se encontra. Ora aí está uma coisa que já queria fazer há muito tempo. Há tanto tempo que na altura ainda nem andava de bike ehehehehh.
Lá subimos, subimos e subimos, sempre com um olho pela nossas costas porque as vistas que se iam perdendo eram tão boas, ou melhores que aquelas que iam aparecendo.
A meio avistamos a mata da Albergaria e o estradão que tínhamos feito, que a percorre de uma ponta à outra.
A determinada altura da longa subida paramos para felicitar o Daniel. Finalmente ele estava em Espanha. Bonita estreia esta, por terra de nuestros hermanos.
Lá continuamos a subir, sempre a subir, o Daniel sempre a bombar e eu o o Root mais calmos, provavelmente fruto da idade mais avançada, ou…. espera aí. Será do peso a mais, hummmm ou será das Oreos que o Daniel come com tanta determinação…. Não sei, o que sei é que lá continuamos os três a subir, sempre a subir.
A determinada altura e uma vez que tudo o que sobe também desce, lá começamos a descer, sempre com atenção porque por aqueles lados o chão está cheio de um areão grosso e muita pedra. As vistas sempre fenomenais, um calor do carago e muita diversão, num ritmo alegre.
Passado pouco tempo íamos começar de novo a subir para atingirmos a S. Eufémia, local onde estão instaladas as Antenas de TV, e onde se tem uma vista panorâmica de cortar a respiração e donde se avista o Lindoso com seu belo Castelo. Depois de tiradas algumas fotos, lá seguimos viagem, ainda paramos à sombra de um pequeno pinheiro para comer algo e beber um pouco de água, que nesta altura já escasseava nas nossas mochilas.
Agora esperava-nos uma alucinante descida até à estrada que liga a fronteira a Torneiros, isto tudo do lado Espanhol.
A descida foi feita a todo gás, pois a ansiedade era muita, mas quando chegamos á estrada ficamos preocupados porque a fome apertava, era necessário comer alguma coisa mais sólida do que as barras e já quase estávamos sem água.
Decidimos descer a Torneiros pela estrada e depois subíamos novamente para continuar viagem. Bem a descida por alcatrão novinho em folha, ainda sem estar pintado foi alucinante, os 7 km foram feitos num ápice. O meu conta km marcou, 57,60 km/h eheheheheheheheh.
Já em Torneiros almoçamos um Bocadillo, do tamanho do mundo, ainda sobrou bastante para comer mais tarde, acompanhado de uma cervejita, soube mesmo bem…
Aproveitamos para ver as “belas vistas” na praia fluvial e para atestar as mochilas com água.
Eu sabia que o track passava ali, mas no sentido ascendente, em direcção à fronteira, mas uma vez que estávamos naquele ponto decidimos alterar as coisas e fazer o track no sentido inverso a partir de Torneiros.
Ora aí está meus amigos, eu já sabia, por experiência própria que quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos. O que ainda não sabia é que fazer as coisas no sentido oposto também dá para nos metermos em trabalhos, ahahahahahahahahahah
Lá apanhamos de novo o track e começamos nova subida, inicialmente nada de novo, subimos por entre casas e muros até que a determinada altura estavamos a subir por um trilho pedestre no meio do monte. A vegetação estava bastante fechada, o terreno não era nada fácil mas lá fomos subindo com o sol sempre a torrar.
A determinada altura o trilho cruza com uma estrada, e aí tomamos a decisão de abandonar o trilho, que se revelava lento de fazer, e subir por estrada entre curva e contra curva até à igreja que se via pequenina lá no alto.
Lá começamos a subir, o nossa sonda (Daniel XTR) brincava connosco, subia, descia, subia e descia e nós no nosso ritmo mais lento mas sempre certinho lá nos aproximávamos cada vez mais da capela, a meio do caminho o D.XTR ainda apanhou um susto com uma estátua que se encontrava dentro de umas construções que iam aparecendo, em jeito de peregrinação pelo monte acima.
Chegados ao topo aproveitamos para de novo analisarmos a situação e tomarmos nova decisão sobre o nosso passeio.
O track original passava ao lado. No alto, junto á igreja tinha um caminho florestal, que supostamente ia na direcção do track, e tínhamos ainda a opção do caminho pedestre Mina das sombras. Decidimos pelo caminho florestal.
Lá começamos de novo a pedalar e a determinada altura avistamos o track que deveríamos seguir. Meu deus é brutal e nada fácil de fazer…
Lá seguimos e a determinada altura todos os caminhos se juntaram, o florestal, o do track e o pedestre das Minas das sombras. Aposta ganha, estávamos novamente onde era suposto estarmos, mas em sentido oposto é claro, eheheheh
A partir desta parte entramos nas entranhas do Parque do Xurés e fomos a um dos pontos mais baixos da nossa viagem, atravessamos uma ponte fantástica e demos inicio á ascensão do trilho pedestre das Minas das sombras.
Só vos digo, foi do carago, só foi pena estarmos no sentido ascendente, o que tornou a tarefa muitíssimo dura. A vista, do melhor, um silêncio fantástico em que só se ouvia por vezes o rio que passava no fundo e alguns insectos e claro o sol no seu alto a torrar-nos os miolos, eheheheheh
Esta parte foi sem dúvida a mais dura, mas por outro lado permitiu-nos experimentar a sensação de pedalar por zonas, daquelas que só vês nos filmes, eheeheheheheheheh
A certa altura ia a olhar pró track e comecei a perceber o que ainda nos faltava subir, consegui perceber, que na montanha do lado passava o caminho que era o “nosso” caminho, ainda faltava muito e a possibilidade de esse caminho ser como o que estávamos a fazer naquele momento deixava-nos um pouco apreensivos, mas lá continuamos a subir, sempre a subir, muitas das vezes com ela ao nosso lado. A certa altura vemos um jipe a passar ao longe naquele que era o nosso caminho e aí foi um alívio, apercebemo-nos que aí poderíamos pedalar à vontade. De modo a recuperarmos o tempo perdido neste troço de alguns kms.
Na parte final da subida a sapatilha do Root começou a massacrar o calcanhar, nessa altura usamos o bocado de câmara de ar que tinha colocado na bolsa no dia anterior. Um gajo lembra-se de cada coisa eheheheheh
Chegamos finalmente ao fim do trilho, quer dizer, ao inicio, porque fizemos ao contrário eheheheheh, a partir de agora esperava-nos uma descida a alta velocidade até á estrada que liga a fronteira a Torneiros.
Sempre a curtir as paisagens e a boa disposição, num instante estávamos na estrada. Agora tínhamos de subir até à fronteira da Portela do Homem, descer pela mata da Albergaria e subir de novo até ao Campo do Gerês, onde estavam os carros.
No final do dia 1, fizemos 68,2kms sob um calor jeitoso, com 9h e qualquer coisa de duração e um acumulado de
Belíssimas paisagens, trilhos muitíssimo técnicos e descidas a velocidades alucinantes, com treking pedestre à mistura, eheheheheh
Depois de arrumadas as bikes fomos procurar sitio para dormir.
Depois de tomar um merecido banho, fomos jantar ao camping da Cerdeira. O empeno era tanto que no inicio nem conseguia comer, apesar de estar esganado de fome.
Depois de uma bela refeição fomos para casa descansar. Ainda tínhamos mais um dia de aventura.
2º Dia
A ideia era dar uma volta mais curta e simples pela zona do Campo do Gerês, Junceda e Calcedónia.
Como não tinha nenhum track ali na zona resolvi marcar alguns caminhos no Google, que nos iriam servir de base para o 2º dia.
Acordamos pelas 8 horas, o tempo ameaçava chuva, e o nevoeiro tinha-se instalado na montanha.
Fomos ao camping tomar um bom pequeno-almoço, depois voltamos à casa para apanhar as bikes e começar a volta do 2º dia.
Começamos por ir á pousada da juventude, nessa altura apercebi-me que tinha de trocar as pastilhas do travão traseiro, mais à frente paramos para efectuar essa intervenção, quando estou a tirar a anilha de retenção aquela porra salta-me das mãos e cai no meio das folhas ahahahahaha, andamos os 3 de rabo pró ar atrás de uma anilha minúscula e ainda por cima acastanhada devido á ferrugem, Só visto, ahahahah
O Daniel XTR lá encontrou o raio da anilha, e depois de tudo no sítio arrancamos para mais uma subida (que estranho…. ainda não tínhamos subido desde que chegamos ao Gerês) ahahahahahahahahahah
Foram uns kms até à Junceda com misto de alcatrão no início e estradão de meio para cima. Quando entramos no estradão passamos ao lado do track que tinha marcado e que iria ser feito na parte final, no sentido descendente e que nos iria levar à zona da Calcedónia por caminhos que pareciam muito porreiros para pedalar.
O tempo ajudava porque o calor não se fazia sentir.
Mais uma vez durante a subida, paisagens brutais, e boa disposição. O empeno do dia anterior fazia-se sentir ligeiramente, mas não era por isso que iríamos desistir.
Chegados à Junceda temos a casa florestal, o track que tinha marcado seguia por trás da casa e pelos vistos coincidia com o Trilho Pedestre "Trilho Interpretativo das Silhas dos Ursos”. Lá começamos a pedalar, o início era promissor, mas passado pouco tempo o terreno piorou, com subidas tipo escalada e tivemos de carregar com as bikes. Passado algum tempo de estarmos a andar com as bikes à mão e numa altura em que chegávamos a um ponto elevado decidimos analisar a situação e ver se continuávamos ou não.
O Daniel Ofereceu-se para ir a pé mais à frente ver como era o trilho. Parecia ciclável e então decidimos continuar. Lá fomos avançando, ora a pé ora de bike. De referir que nas zonas em que pedalamos valiam por todas as outras que íamos a pé, lindo, lindíssimo e técnico QB.´
A meio paramos para beber água e comer umas Oreo do Daniel (eram bem boas, ehehehe). A vontade de ali ficar a dormir era grande, uma paz e um sossego imaculados, com o sol a querer espreitar por entre as nuvens que povoavam o céu cinzento. Mas enfim, lá tivemos de continuar viagem.
Na zona de planalto onde o que tinha marcado terminava, avistavam-se umas pedras amontoadas que em montanha indicam um caminho.
Ponderamos voltar para trás ou então seguir as pedras.
Depois de votarmos, chegamos unanimemente à conclusão de que iríamos seguir as pedras. Meus amigos, pensem sempre 2 vezes antes de decidirem.
O que se passou a partir daqui foi uma viagem alucinante por caminhos de alta montanha em que andamos, circundamos e descemos por trilhos estreitos e sinuosos em que nós é que levávamos as bikes, salvo alguns momentos em que dávamos o gosto ao pedal, eheheheheheheh.
Havia alturas em que tínhamos mesmo de lhes pegar em peso para conseguir transpor certos obstáculos, umas vistas do outro mundo num percurso que parecia não terminar nunca e que pôs em teste a nossa paciência.
Não podíamos terminar esta aventura, sem um furo por parte do Root, que rapidamente foi resolvido e que marcou a final desta fantástica, marcante e dura aventura, que foram este dois dias de passeio Ibérico.
De referir que no 2º dia fizemos +- 15 km em 4h:42m ahahahahahahahaahahah
( Rescaldo realizado por pmc e root )
Brevemente.... mais aventuras, num fórum perto de si ! :rotfl: :rotfl: :rotfl:
Esta aventura teve vários destinos possíveis. Começamos por ponderar ir do Porto até Ponte de Lima pelos caminhos de Santiago, depois ligar a Viana do Castelo e posteriormente seguir até ao Porto pela beira-mar. No entanto à última da hora, e como gostamos pouco de alcatrão, ahahahahahaahah decidimos mudar os planos e viramo-nos para o Gerês.
Depois de alguma pesquisa na net, passei pelo site do “Sr.” Indy e usamos o seu track MinasdasSombras-RioCaldo08-09-2007 como base para o 1º dia desta aventura (obrigado por disponibilizares os tracks).
No segundo dia iríamos ficar pela zona do Campo do Gerês, onde eu tinha traçado algumas possíveis rotas, para fazermos em Montanha.
1ºdia
Como combinado, +-, (peço desculpa pelo meu atraso) lá nos encontramos na área de serviço de Santo Tirso na A3 às 7:00 da manhã, para rumarmos ao Gerês, para esta magnifica aventura.
Chegamos ao Campo do Gerês por volta das 8:30. Quase não se via ninguém pela aldeia, excepto nós e mais um punhado de pessoas.
Paramos no largo que dá acesso à Mata da Albergaria e começamos a preparar as bikes.
A ideia era ser um passeio descontraído para tirar muitas fotos, e nada melhor do que começar pela Mata da Albergaria, onde o percurso é quase plano e dá para fazer um aquecimento calmo.
Como sempre a paisagem é do melhor que se pode encontrar.
Pelo caminho ainda paramos nos Marcos Miliários e nas pontes que atravessam os vários ribeiros de montanha que desaguam na Barragem de Vilarinho da Furnas, que aquela hora da manhã tinha um brilho especial.
Ainda dentro da Mata tínhamos a 1ª subida que iria servir como aperitivo para o resto do dia, com 10% de inclinação.
Na passagem pelo rio, estavam a chegar os primeiros turistas para se banharem naquelas lagoas fantásticas de águas límpidas e cristalinas, que só a montanha tem para oferecer.
Chegados à Portela do Homem (Fronteira com Espanha) tivemos o primeiro encontro com dois belos exemplares bovinos da raça da região, que se encontravam calmamente a pastar na zona fronteiriça. Seria erva Portuguesa ou Espanhola que eles estavam a comer? eheheheheh
Aqui ainda não era altura do Daniel XTR se estrear por terras dos nuestro hermanos. Íamos guardar esse momento para mais tarde, uma vez que o track passa pró lado espanhol.
Deixamos a fronteira para trás e começamos a subir o estradão de terra batida que ali se encontra. Ora aí está uma coisa que já queria fazer há muito tempo. Há tanto tempo que na altura ainda nem andava de bike ehehehehh.
Lá subimos, subimos e subimos, sempre com um olho pela nossas costas porque as vistas que se iam perdendo eram tão boas, ou melhores que aquelas que iam aparecendo.
A meio avistamos a mata da Albergaria e o estradão que tínhamos feito, que a percorre de uma ponta à outra.
A determinada altura da longa subida paramos para felicitar o Daniel. Finalmente ele estava em Espanha. Bonita estreia esta, por terra de nuestros hermanos.
Lá continuamos a subir, sempre a subir, o Daniel sempre a bombar e eu o o Root mais calmos, provavelmente fruto da idade mais avançada, ou…. espera aí. Será do peso a mais, hummmm ou será das Oreos que o Daniel come com tanta determinação…. Não sei, o que sei é que lá continuamos os três a subir, sempre a subir.
A determinada altura e uma vez que tudo o que sobe também desce, lá começamos a descer, sempre com atenção porque por aqueles lados o chão está cheio de um areão grosso e muita pedra. As vistas sempre fenomenais, um calor do carago e muita diversão, num ritmo alegre.
Passado pouco tempo íamos começar de novo a subir para atingirmos a S. Eufémia, local onde estão instaladas as Antenas de TV, e onde se tem uma vista panorâmica de cortar a respiração e donde se avista o Lindoso com seu belo Castelo. Depois de tiradas algumas fotos, lá seguimos viagem, ainda paramos à sombra de um pequeno pinheiro para comer algo e beber um pouco de água, que nesta altura já escasseava nas nossas mochilas.
Agora esperava-nos uma alucinante descida até à estrada que liga a fronteira a Torneiros, isto tudo do lado Espanhol.
A descida foi feita a todo gás, pois a ansiedade era muita, mas quando chegamos á estrada ficamos preocupados porque a fome apertava, era necessário comer alguma coisa mais sólida do que as barras e já quase estávamos sem água.
Decidimos descer a Torneiros pela estrada e depois subíamos novamente para continuar viagem. Bem a descida por alcatrão novinho em folha, ainda sem estar pintado foi alucinante, os 7 km foram feitos num ápice. O meu conta km marcou, 57,60 km/h eheheheheheheheh.
Já em Torneiros almoçamos um Bocadillo, do tamanho do mundo, ainda sobrou bastante para comer mais tarde, acompanhado de uma cervejita, soube mesmo bem…
Aproveitamos para ver as “belas vistas” na praia fluvial e para atestar as mochilas com água.
Eu sabia que o track passava ali, mas no sentido ascendente, em direcção à fronteira, mas uma vez que estávamos naquele ponto decidimos alterar as coisas e fazer o track no sentido inverso a partir de Torneiros.
Ora aí está meus amigos, eu já sabia, por experiência própria que quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos. O que ainda não sabia é que fazer as coisas no sentido oposto também dá para nos metermos em trabalhos, ahahahahahahahahahah
Lá apanhamos de novo o track e começamos nova subida, inicialmente nada de novo, subimos por entre casas e muros até que a determinada altura estavamos a subir por um trilho pedestre no meio do monte. A vegetação estava bastante fechada, o terreno não era nada fácil mas lá fomos subindo com o sol sempre a torrar.
A determinada altura o trilho cruza com uma estrada, e aí tomamos a decisão de abandonar o trilho, que se revelava lento de fazer, e subir por estrada entre curva e contra curva até à igreja que se via pequenina lá no alto.
Lá começamos a subir, o nossa sonda (Daniel XTR) brincava connosco, subia, descia, subia e descia e nós no nosso ritmo mais lento mas sempre certinho lá nos aproximávamos cada vez mais da capela, a meio do caminho o D.XTR ainda apanhou um susto com uma estátua que se encontrava dentro de umas construções que iam aparecendo, em jeito de peregrinação pelo monte acima.
Chegados ao topo aproveitamos para de novo analisarmos a situação e tomarmos nova decisão sobre o nosso passeio.
O track original passava ao lado. No alto, junto á igreja tinha um caminho florestal, que supostamente ia na direcção do track, e tínhamos ainda a opção do caminho pedestre Mina das sombras. Decidimos pelo caminho florestal.
Lá começamos de novo a pedalar e a determinada altura avistamos o track que deveríamos seguir. Meu deus é brutal e nada fácil de fazer…
Lá seguimos e a determinada altura todos os caminhos se juntaram, o florestal, o do track e o pedestre das Minas das sombras. Aposta ganha, estávamos novamente onde era suposto estarmos, mas em sentido oposto é claro, eheheheh
A partir desta parte entramos nas entranhas do Parque do Xurés e fomos a um dos pontos mais baixos da nossa viagem, atravessamos uma ponte fantástica e demos inicio á ascensão do trilho pedestre das Minas das sombras.
Só vos digo, foi do carago, só foi pena estarmos no sentido ascendente, o que tornou a tarefa muitíssimo dura. A vista, do melhor, um silêncio fantástico em que só se ouvia por vezes o rio que passava no fundo e alguns insectos e claro o sol no seu alto a torrar-nos os miolos, eheheheheh
Esta parte foi sem dúvida a mais dura, mas por outro lado permitiu-nos experimentar a sensação de pedalar por zonas, daquelas que só vês nos filmes, eheeheheheheheheh
A certa altura ia a olhar pró track e comecei a perceber o que ainda nos faltava subir, consegui perceber, que na montanha do lado passava o caminho que era o “nosso” caminho, ainda faltava muito e a possibilidade de esse caminho ser como o que estávamos a fazer naquele momento deixava-nos um pouco apreensivos, mas lá continuamos a subir, sempre a subir, muitas das vezes com ela ao nosso lado. A certa altura vemos um jipe a passar ao longe naquele que era o nosso caminho e aí foi um alívio, apercebemo-nos que aí poderíamos pedalar à vontade. De modo a recuperarmos o tempo perdido neste troço de alguns kms.
Na parte final da subida a sapatilha do Root começou a massacrar o calcanhar, nessa altura usamos o bocado de câmara de ar que tinha colocado na bolsa no dia anterior. Um gajo lembra-se de cada coisa eheheheheh
Chegamos finalmente ao fim do trilho, quer dizer, ao inicio, porque fizemos ao contrário eheheheheh, a partir de agora esperava-nos uma descida a alta velocidade até á estrada que liga a fronteira a Torneiros.
Sempre a curtir as paisagens e a boa disposição, num instante estávamos na estrada. Agora tínhamos de subir até à fronteira da Portela do Homem, descer pela mata da Albergaria e subir de novo até ao Campo do Gerês, onde estavam os carros.
No final do dia 1, fizemos 68,2kms sob um calor jeitoso, com 9h e qualquer coisa de duração e um acumulado de
Belíssimas paisagens, trilhos muitíssimo técnicos e descidas a velocidades alucinantes, com treking pedestre à mistura, eheheheheh
Depois de arrumadas as bikes fomos procurar sitio para dormir.
Depois de tomar um merecido banho, fomos jantar ao camping da Cerdeira. O empeno era tanto que no inicio nem conseguia comer, apesar de estar esganado de fome.
Depois de uma bela refeição fomos para casa descansar. Ainda tínhamos mais um dia de aventura.
2º Dia
A ideia era dar uma volta mais curta e simples pela zona do Campo do Gerês, Junceda e Calcedónia.
Como não tinha nenhum track ali na zona resolvi marcar alguns caminhos no Google, que nos iriam servir de base para o 2º dia.
Acordamos pelas 8 horas, o tempo ameaçava chuva, e o nevoeiro tinha-se instalado na montanha.
Fomos ao camping tomar um bom pequeno-almoço, depois voltamos à casa para apanhar as bikes e começar a volta do 2º dia.
Começamos por ir á pousada da juventude, nessa altura apercebi-me que tinha de trocar as pastilhas do travão traseiro, mais à frente paramos para efectuar essa intervenção, quando estou a tirar a anilha de retenção aquela porra salta-me das mãos e cai no meio das folhas ahahahahaha, andamos os 3 de rabo pró ar atrás de uma anilha minúscula e ainda por cima acastanhada devido á ferrugem, Só visto, ahahahah
O Daniel XTR lá encontrou o raio da anilha, e depois de tudo no sítio arrancamos para mais uma subida (que estranho…. ainda não tínhamos subido desde que chegamos ao Gerês) ahahahahahahahahahah
Foram uns kms até à Junceda com misto de alcatrão no início e estradão de meio para cima. Quando entramos no estradão passamos ao lado do track que tinha marcado e que iria ser feito na parte final, no sentido descendente e que nos iria levar à zona da Calcedónia por caminhos que pareciam muito porreiros para pedalar.
O tempo ajudava porque o calor não se fazia sentir.
Mais uma vez durante a subida, paisagens brutais, e boa disposição. O empeno do dia anterior fazia-se sentir ligeiramente, mas não era por isso que iríamos desistir.
Chegados à Junceda temos a casa florestal, o track que tinha marcado seguia por trás da casa e pelos vistos coincidia com o Trilho Pedestre "Trilho Interpretativo das Silhas dos Ursos”. Lá começamos a pedalar, o início era promissor, mas passado pouco tempo o terreno piorou, com subidas tipo escalada e tivemos de carregar com as bikes. Passado algum tempo de estarmos a andar com as bikes à mão e numa altura em que chegávamos a um ponto elevado decidimos analisar a situação e ver se continuávamos ou não.
O Daniel Ofereceu-se para ir a pé mais à frente ver como era o trilho. Parecia ciclável e então decidimos continuar. Lá fomos avançando, ora a pé ora de bike. De referir que nas zonas em que pedalamos valiam por todas as outras que íamos a pé, lindo, lindíssimo e técnico QB.´
A meio paramos para beber água e comer umas Oreo do Daniel (eram bem boas, ehehehe). A vontade de ali ficar a dormir era grande, uma paz e um sossego imaculados, com o sol a querer espreitar por entre as nuvens que povoavam o céu cinzento. Mas enfim, lá tivemos de continuar viagem.
Na zona de planalto onde o que tinha marcado terminava, avistavam-se umas pedras amontoadas que em montanha indicam um caminho.
Ponderamos voltar para trás ou então seguir as pedras.
Depois de votarmos, chegamos unanimemente à conclusão de que iríamos seguir as pedras. Meus amigos, pensem sempre 2 vezes antes de decidirem.
O que se passou a partir daqui foi uma viagem alucinante por caminhos de alta montanha em que andamos, circundamos e descemos por trilhos estreitos e sinuosos em que nós é que levávamos as bikes, salvo alguns momentos em que dávamos o gosto ao pedal, eheheheheheheh.
Havia alturas em que tínhamos mesmo de lhes pegar em peso para conseguir transpor certos obstáculos, umas vistas do outro mundo num percurso que parecia não terminar nunca e que pôs em teste a nossa paciência.
Não podíamos terminar esta aventura, sem um furo por parte do Root, que rapidamente foi resolvido e que marcou a final desta fantástica, marcante e dura aventura, que foram este dois dias de passeio Ibérico.
De referir que no 2º dia fizemos +- 15 km em 4h:42m ahahahahahahahaahahah
( Rescaldo realizado por pmc e root )
Brevemente.... mais aventuras, num fórum perto de si ! :rotfl: :rotfl: :rotfl: