Boas,
Conforme prometido, partilho aquele que foi o meu 2º dia a pedalar pelo Caminho de Santiago pela Costa.
Era 7h30 quando dei início ao Caminho. Pedalei em direção ao albergue para começar no ponto inicial de qualquer peregrino. No entanto, ainda reservei alguns minutos para tomar café no centro da cidade. Aqui também não havia carimbo!
Como o ferryboat estava temporariamente desativo, segui em direção a Vila Nova de Cerveira para atravessar o rio na ponte. Sendo um percurso exclusivamente por estrada tem bons pontos de interesse para se ir conhecendo.
Em Vila Nova de Cerveira tive que “perder” algum tempo para conhecer o castelo e todas as ruas da zona histórica que são, de facto, lindíssimas.
Feita a travessia para Espanha foi o momento para acertar os relógios. O caminho para La Guardia também é feito exclusivamente por estrada e, à semelhança de Portugal, existem bons locais para se conhecer e, claro, fotografar!
Também como em Portugal, houve locais em que tive dificuldade a seguir as setas do Caminho. Fui salvo pelo percurso que tinha marcado no GPS que, embora não tenha a certeza de ser o mais correto, evitou que tivesse andado muitas vezes perdido.
À entrada de La Guardia o caminho desvia para norte e, desta forma, evita o centro da cidade.
A chegada à costa foi espetacular. As vistas são de cortar a respiração.
Os 30 kms que se seguiram foram feitos sempre junto ao mar e o percurso dividiu-se entre a ciclovia que acompanha a estrada nacional, estradas locais e pequenos trilhos. Num percurso quase plano lá segui em direção a Baiona. O sol, a temperatura e a paisagem que se dividia entre mar e montanha criavam o ambiente perfeito para este caminho. Apenas o vento norte quebrava a harmonia.
Ao longo deste percurso encontram-se várias saídas de estrada onde se pode contemplar as vistas de mar e, em algumas delas, esculturas e objetos decorativos. No entanto, embora existam diversos pontos de interesse ao longo do percurso, é a paisagem natural que mais deixa “marcas”!
Baiona é mais uma cidade inesquecível. É inevitável fazer uma pausa no caminho para conhecer a marginal. Fiquei com a ideia que deverão haver ruas no interior da cidade que deve valer a pena conhecer mas, no entanto, não fui explorar essa parte.
O almoço foi em grande. Com as pernas cansadas de combater o vento durante dois dias, encontrei a esplanada ideal para as descansar. Numa pequena praia à saída de Baiona, quase sem ninguém e muito tranquila, relaxei durante cerca de uma hora a saborear um bife de frango com batatas fritas. Como se estava bem naquela esplanada!
A parte de tarde foi bastante diferente da manhã. Mal retomei o Caminho fui conhecer um moinho à saída da cidade. O percurso até Redondela foi feito quase exclusivamente por estradas sem grande encanto paisagístico. No entanto, reconheço que, muitas vezes, não devo ter feito o percurso correto. Se, por um lado a sinalização não era a melhor nem a mais visível, por outro lado velocidade a que eu circulava dificultada a perceção do Caminho.
Nos arredores de Vigo, num pequeno trilho um pouco técnico, tenho um pequeno descuido que resulta numa queda. O estrago maior foi ao nível do orgulho e da moral. Quanto aos danos físicos, a bicicleta não sofreu nada e eu fiquei com um joelho ligeiramente arranhado. Nada que um pouco de água do bidão não tenha disfarçado.
A cidade de Vigo foi atravessada mesmo pelo meio e, até Redondela, fui sempre por asfalto. Aqui tenho consciência que não segui o caminho marcado. Por várias vezes tinha andado perdido à procura das setas até que acabei por optar seguir o percurso que tinha no GPS e que era diferente do marcado no terreno. Além do mais o GPS, pela primeira vez em cinco anos, estava a dar-me problemas na captação de sinal, pois sempre que andava muito perto de edifícios ou por baixo de árvores, perdia o sinal.
De moral em baixo lá cheguei a Redondela. Logo à entrada da cidade, o GPS volta a falhar e, ao dividir a atenção entre a estrada e o aparelho, não vi a indicação que o Caminho seguia pela esquerda e lá fui eu em frente! Só não andei muito perdido porque, de facto, o albergue era logo ali à frente. Não havia qualquer possibilidade de me perder.
O plano inicial era ir até Santiago a pedalar, no entanto, as coisas tinham mudado. O GPS estava a dar problemas, a confiança para avançar sozinho não era muita e, como eu já conhecia o percurso que ia fazer no dia seguinte, optei por desmontar a bicicleta, colocá-la na auto caravana e conduzir até Santiago de Compostela. Assim, no dia seguinte, ia caminhar com o meu pai entre Santiago e Negreira.
Coloco um vídeo do caminho para dar uma ideia de como foi!
[video=youtube_share;DB1KlnST1No]http://youtu.be/DB1KlnST1No[/video]
Bom Caminho e boas pedaladas!
Conforme prometido, partilho aquele que foi o meu 2º dia a pedalar pelo Caminho de Santiago pela Costa.
Era 7h30 quando dei início ao Caminho. Pedalei em direção ao albergue para começar no ponto inicial de qualquer peregrino. No entanto, ainda reservei alguns minutos para tomar café no centro da cidade. Aqui também não havia carimbo!
Como o ferryboat estava temporariamente desativo, segui em direção a Vila Nova de Cerveira para atravessar o rio na ponte. Sendo um percurso exclusivamente por estrada tem bons pontos de interesse para se ir conhecendo.
Em Vila Nova de Cerveira tive que “perder” algum tempo para conhecer o castelo e todas as ruas da zona histórica que são, de facto, lindíssimas.
Feita a travessia para Espanha foi o momento para acertar os relógios. O caminho para La Guardia também é feito exclusivamente por estrada e, à semelhança de Portugal, existem bons locais para se conhecer e, claro, fotografar!
Também como em Portugal, houve locais em que tive dificuldade a seguir as setas do Caminho. Fui salvo pelo percurso que tinha marcado no GPS que, embora não tenha a certeza de ser o mais correto, evitou que tivesse andado muitas vezes perdido.
À entrada de La Guardia o caminho desvia para norte e, desta forma, evita o centro da cidade.
A chegada à costa foi espetacular. As vistas são de cortar a respiração.
Os 30 kms que se seguiram foram feitos sempre junto ao mar e o percurso dividiu-se entre a ciclovia que acompanha a estrada nacional, estradas locais e pequenos trilhos. Num percurso quase plano lá segui em direção a Baiona. O sol, a temperatura e a paisagem que se dividia entre mar e montanha criavam o ambiente perfeito para este caminho. Apenas o vento norte quebrava a harmonia.
Ao longo deste percurso encontram-se várias saídas de estrada onde se pode contemplar as vistas de mar e, em algumas delas, esculturas e objetos decorativos. No entanto, embora existam diversos pontos de interesse ao longo do percurso, é a paisagem natural que mais deixa “marcas”!
Baiona é mais uma cidade inesquecível. É inevitável fazer uma pausa no caminho para conhecer a marginal. Fiquei com a ideia que deverão haver ruas no interior da cidade que deve valer a pena conhecer mas, no entanto, não fui explorar essa parte.
O almoço foi em grande. Com as pernas cansadas de combater o vento durante dois dias, encontrei a esplanada ideal para as descansar. Numa pequena praia à saída de Baiona, quase sem ninguém e muito tranquila, relaxei durante cerca de uma hora a saborear um bife de frango com batatas fritas. Como se estava bem naquela esplanada!
A parte de tarde foi bastante diferente da manhã. Mal retomei o Caminho fui conhecer um moinho à saída da cidade. O percurso até Redondela foi feito quase exclusivamente por estradas sem grande encanto paisagístico. No entanto, reconheço que, muitas vezes, não devo ter feito o percurso correto. Se, por um lado a sinalização não era a melhor nem a mais visível, por outro lado velocidade a que eu circulava dificultada a perceção do Caminho.
Nos arredores de Vigo, num pequeno trilho um pouco técnico, tenho um pequeno descuido que resulta numa queda. O estrago maior foi ao nível do orgulho e da moral. Quanto aos danos físicos, a bicicleta não sofreu nada e eu fiquei com um joelho ligeiramente arranhado. Nada que um pouco de água do bidão não tenha disfarçado.
A cidade de Vigo foi atravessada mesmo pelo meio e, até Redondela, fui sempre por asfalto. Aqui tenho consciência que não segui o caminho marcado. Por várias vezes tinha andado perdido à procura das setas até que acabei por optar seguir o percurso que tinha no GPS e que era diferente do marcado no terreno. Além do mais o GPS, pela primeira vez em cinco anos, estava a dar-me problemas na captação de sinal, pois sempre que andava muito perto de edifícios ou por baixo de árvores, perdia o sinal.
De moral em baixo lá cheguei a Redondela. Logo à entrada da cidade, o GPS volta a falhar e, ao dividir a atenção entre a estrada e o aparelho, não vi a indicação que o Caminho seguia pela esquerda e lá fui eu em frente! Só não andei muito perdido porque, de facto, o albergue era logo ali à frente. Não havia qualquer possibilidade de me perder.
O plano inicial era ir até Santiago a pedalar, no entanto, as coisas tinham mudado. O GPS estava a dar problemas, a confiança para avançar sozinho não era muita e, como eu já conhecia o percurso que ia fazer no dia seguinte, optei por desmontar a bicicleta, colocá-la na auto caravana e conduzir até Santiago de Compostela. Assim, no dia seguinte, ia caminhar com o meu pai entre Santiago e Negreira.
Coloco um vídeo do caminho para dar uma ideia de como foi!
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Bom Caminho e boas pedaladas!
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