Após ter visto a reportagem dos Aikedores sobre o fim de semana dos homens na Serra da Estrela...deu-me uma vontade de conhecer melhor a serra.
Sendo assim tratei de arranjar dormida em Manteigas onde fiquei muito bem instalado na Albergaria Berne, e tentei arranjar tracks que me ajudassem a explorar a serra, os quais me foram gentilmente cedidos por elementos dos Aikedores e ainda arranjei outro num site que não me recordo qual mas dou os creditos ao Sr. Jacinto, que é o nome que aparece no track.
Sendo assim estava tudo preparado para 3 dias na serra, sozinho pois houve amigos que não tinham t€mpo, outros não podiam e infelizmente a _bondgirl não tem férias este ano, por isso só me restou partir para esta aventura acompanhado da minha Hardrock. 8)
DIA 1
Partida de Évora pelas 8 horas, pois na noite anterior estive até às tantas a tratar de tudo, principalmente do GPS, pois foi a minha primeira experiência com tal engenho, que veio a mostrar-se bastante útil. Para além disso tinha que me certificar que não me esquecia de nada (barras energéticas, pilhas, máquina fotográfica, camelback, calções de licra almofadados que utilizei pela primeira vez nesta aventura e se mostraram mmmuuuuuiiito eficazes :lol: , capacete, luvas e óculos).
E lá parti rumo à Serra, com a bike bem presa lá em cima e tentando nunca ultrapassar os 100 km/h, foi uma viagem que pareceu interminável, passando por Estremoz, Portalegre, Castelo Branco e finalmente por volta das 10.30 vislumbrei a Covilhã, daí segui até Manteigas, tendo logo na descida do vale glaciar a desagradável surpresa de constatar como as encostas estavam fustigadas pelo fogo...
Cheguei à Albergaria, onde fui muito bem recebido e onde me foi indicado onde eu poderia deixar a bike durante a noite, tal como já tinha sido acordado. Almocei uma omolete de queijo serrano e por volta das 15 horas decidi partir para a primeira volta que tinha planeado. Fui, seguindo o track cujo objectivo era chegar a uma aldeia cujo nome é Folgosinho. Para começar bem cheguei a uma encosta íngreme, com um calor abrasador que me levou a fazer alguns bocados do percurso a pé, principalmente o ultimo troço até uma torre de vigia que se encontra mesmo no topo. Cheguei lá todo empenado e aproveitei para descansar à sombra, comer uma deliciosa barra energética ](*,) e seguir o caminho que tinha previsto, passando por uma capela onde rezei para que não houvesse outra subida como aquela lá atrás e segui, neste momento já satisfeito por ter conseguido chegar lá acima. Cheguei a um cruzamento em que seguia para a volta maior, em direcção ao Folgosinho, ou descia para Manteigas...e tendo em conta o adiantado da hora e a pensar no dia seguinte, decidi descer...e desci muito...e desci...a melhor parte de subir muito é a descida que vem a seguir, e este era um dos exemplos perfeitos! \/
Cheguei a "casa", depois de 20 kms ,arrumei a bike...olhei para a piscina...ela olhou para mim...e num ápice pus-me lá dentro e lá fiquei...a arrefecer os músculos depois daquela descida tão cansativa!
Depois disso...jantar...TV...e cama que o dia tinha sido longo e a noite curta.
Cá ficam as fotos:
:arrow: Partida de Évora
:arrow: Chegada à Covilhã
:arrow: O choque cinzento do Vale Glaciar
:arrow: A subida, com Manteigas lá em baixo
:arrow: Eu e a bike à sombra de um castanheiro..CALOR!
:arrow: Enfim..cá em cima...com Manteigas lá bem no fundo
:arrow: A sombra do descanso merecido
:arrow: A capela
:arrow: Que bela descida!!! \/
:arrow: O caminho para o Folgosinho que infelizmente não fiz
:arrow: Uma das placas que encontrei a "vedar" o acesso, resultado da época que estamos a passar
:arrow: E sempre a descer, passando por zonas felizmente intactas pelos incêndios
:arrow: O Vale Glaciar
DIA 2
Neste segundo dia, tinha programado a subida ao ponto mais alto de Portugal, apesar de estar um bocado inseguro em relação à capacidade de lá chegar. :-k
Comecei o dia as 7.50, tendo ido tomar o pequeno almoço às 8.15, não querendo abusar na comida, comi um pão com manteiga, queijo e fiambre, bebi um copo de leite e um copo de sumo. Às 8.50 estava pronto para a partida.
Saí de Manteigas, seguindo o track que me foi fornecido pelos Aikedores, entrei na estrada de terra batida, e comecei a subir...tendo o sol pela esquerda e posso afirmar que aí foi onde tive mais dificuldades, tendo feito certos bocados a pé, o que me valeu foi o comentário de um pastor que lá estava e após uma curta troca de palavras me disse: "isso é muito dificil!" . Estas palavras de apoio deram-me força e lá continuei... 8)
Andei até entrar na zona mais penalizada pelo fogo que assolou e ainda assola a região, depois atravessei a ponte por cima do Zêzere e parei num pequeno parque de merendas que aí se encontra, aproveitando para comer uma barra e bebi directamente do rio, um goles daquela água limpida e cristalina. O jeito que aquela água dava no Alentejo, pensei para mim.
Após esta pausa, continuei e entrei no alcatrão, onde a partir desse ponto senti que ia conseguir, não sei se motivado pela frescura da sombra que existia daquele lado do vale, se pelo menor atrito que o alcatrão me impunha. Parei na fonte que aí se encontra e que é local de paragem quase obrigatória e aproveitei para encher o camelback. Continuei e parei no Covão D'Ametade, esse local com uma certa magia que serve de local para a nascente do Rio Zêzere.
E lá fui eu por aí acima, aproveitando para tentar plagear a foto que foi tirada na subida dos Aikedores, mas que ficou muito aquém...
Passei junto da capela que eu já conhecia há tantos anos, mas que nunca tinha tido oportunidade de ir ao pé e segui, sempre a subir, parando sempre que necessário para retemperar forças ou tirar esta e aquela fotografia.
Ao subir reparei que por lá andava um helicóptero, e obviamente pensei que era uma das estações de TV a fazer a cobertura de tão importante evento...mas ao observar melhor concluí que era apenas um heli da força aérea em manobras.
Continuei sempre por aí acima, contemplando sempre as fantásticas vistas que a serra nos proporciona, passei o túnel, a estátua da Nossa Senhora da Estrela, o cruzamento para o Sabugueiro e...CONSEGUI! :lol: :mrgreen: \/
A sensação de ter conseguido foi excelente! Aproveitei para descansar à sombra do marco geodésico que ali se encontra, comi uma sandes de marmelada, dei por ali uma volta, tirei a foto da praxe e com alguma pena, comecei a descida, onde atingi uns estrondosos 64 km/h. Felizmente os travões não me deixaram mal e rápidamente cheguei ao cruzamento entre a Covilhã e Manteigas, desci um pouco em direcção a Manteigas e apanhei um caminho que nos leva até ao Poço do Inferno.
Entrei novamente na zona devastada pelo fogo, e neste percurso tomei consciência que não foi apenas o vale que foi afectado, mas também todas aquelas encostas que que eu agora estava a percorrer.
Segui sempre o track até ao desvio para o Poço do Inferno, e mais uma vez....sempre a descer por aquela zona verde e fresca. Parei junto ao Poço, que nesta altura está bastante seco e após essa pausa continuei até "casa", depois de 53 kms, passando antes pelo viveiro das trutas.
Vamos às fotos:
:arrow: A montada pronta para a partida
:arrow: A parte da subida que mais me "empenou" - A saída de Manteigas
:arrow: Casinha de campo
:arrow: O contraste entre a água e o verde...e o cinzento das encostas
:arrow: A passagem da terra batida para o alcatrão
:arrow: O objectivo está lá em cima
:arrow: No Covão
:arrow: A tentativa falhada de plageio
:arrow: O Vale já está
:arrow: A capela
:arrow: A minha escolta 8)
:arrow: O túnel
:arrow: Sempre a subir
:arrow: O primeiro vislumbre do meu objectivo
:arrow: Está quase! =D> \/
:arrow: Finalmente!
:arrow: A caminho do Poço do Inferno a paisagem é desoladora
:arrow: A descida para o poço, primeiro em terra depois em alcatrão
:arrow: O poço...seco
:arrow: Uma vista da subida do dia anterior!
DIA 3
Neste dia, e após ter reparado que me esqueci de um pormenor importante, o protector solar...não fui fazer o 3º percurso que tinha pensado fazer que era o do segundo dia dos Aikedores, pois estava com os braços um bocado queimados pelo sol, sendo assim arrumei as coisas e decidi dedicar este dia ao meu outro hobbie, que é a fotografia. Vou pôr aqui algumas das fotos que tirei durante o dia, antes de voltar a Évora, com a sensação que cumpri o objectivo principal mas que ainda faltou fazer o resto do percurso do primeiro dia e o do 3º dia...mas que há-de ficar para uma próxima oportunidade.
Espero que tenham gostado da reportagem.
Um abraço a todos e aqui ficam as fotos:
:arrow: E o regresso a casa...
Sendo assim tratei de arranjar dormida em Manteigas onde fiquei muito bem instalado na Albergaria Berne, e tentei arranjar tracks que me ajudassem a explorar a serra, os quais me foram gentilmente cedidos por elementos dos Aikedores e ainda arranjei outro num site que não me recordo qual mas dou os creditos ao Sr. Jacinto, que é o nome que aparece no track.
Sendo assim estava tudo preparado para 3 dias na serra, sozinho pois houve amigos que não tinham t€mpo, outros não podiam e infelizmente a _bondgirl não tem férias este ano, por isso só me restou partir para esta aventura acompanhado da minha Hardrock. 8)
DIA 1
Partida de Évora pelas 8 horas, pois na noite anterior estive até às tantas a tratar de tudo, principalmente do GPS, pois foi a minha primeira experiência com tal engenho, que veio a mostrar-se bastante útil. Para além disso tinha que me certificar que não me esquecia de nada (barras energéticas, pilhas, máquina fotográfica, camelback, calções de licra almofadados que utilizei pela primeira vez nesta aventura e se mostraram mmmuuuuuiiito eficazes :lol: , capacete, luvas e óculos).
E lá parti rumo à Serra, com a bike bem presa lá em cima e tentando nunca ultrapassar os 100 km/h, foi uma viagem que pareceu interminável, passando por Estremoz, Portalegre, Castelo Branco e finalmente por volta das 10.30 vislumbrei a Covilhã, daí segui até Manteigas, tendo logo na descida do vale glaciar a desagradável surpresa de constatar como as encostas estavam fustigadas pelo fogo...
Cheguei à Albergaria, onde fui muito bem recebido e onde me foi indicado onde eu poderia deixar a bike durante a noite, tal como já tinha sido acordado. Almocei uma omolete de queijo serrano e por volta das 15 horas decidi partir para a primeira volta que tinha planeado. Fui, seguindo o track cujo objectivo era chegar a uma aldeia cujo nome é Folgosinho. Para começar bem cheguei a uma encosta íngreme, com um calor abrasador que me levou a fazer alguns bocados do percurso a pé, principalmente o ultimo troço até uma torre de vigia que se encontra mesmo no topo. Cheguei lá todo empenado e aproveitei para descansar à sombra, comer uma deliciosa barra energética ](*,) e seguir o caminho que tinha previsto, passando por uma capela onde rezei para que não houvesse outra subida como aquela lá atrás e segui, neste momento já satisfeito por ter conseguido chegar lá acima. Cheguei a um cruzamento em que seguia para a volta maior, em direcção ao Folgosinho, ou descia para Manteigas...e tendo em conta o adiantado da hora e a pensar no dia seguinte, decidi descer...e desci muito...e desci...a melhor parte de subir muito é a descida que vem a seguir, e este era um dos exemplos perfeitos! \/
Cheguei a "casa", depois de 20 kms ,arrumei a bike...olhei para a piscina...ela olhou para mim...e num ápice pus-me lá dentro e lá fiquei...a arrefecer os músculos depois daquela descida tão cansativa!
Depois disso...jantar...TV...e cama que o dia tinha sido longo e a noite curta.
Cá ficam as fotos:
:arrow: Partida de Évora
:arrow: Chegada à Covilhã
:arrow: O choque cinzento do Vale Glaciar
:arrow: A subida, com Manteigas lá em baixo
:arrow: Eu e a bike à sombra de um castanheiro..CALOR!
:arrow: Enfim..cá em cima...com Manteigas lá bem no fundo
:arrow: A sombra do descanso merecido
:arrow: A capela
:arrow: Que bela descida!!! \/
:arrow: O caminho para o Folgosinho que infelizmente não fiz
:arrow: Uma das placas que encontrei a "vedar" o acesso, resultado da época que estamos a passar
:arrow: E sempre a descer, passando por zonas felizmente intactas pelos incêndios
:arrow: O Vale Glaciar
DIA 2
Neste segundo dia, tinha programado a subida ao ponto mais alto de Portugal, apesar de estar um bocado inseguro em relação à capacidade de lá chegar. :-k
Comecei o dia as 7.50, tendo ido tomar o pequeno almoço às 8.15, não querendo abusar na comida, comi um pão com manteiga, queijo e fiambre, bebi um copo de leite e um copo de sumo. Às 8.50 estava pronto para a partida.
Saí de Manteigas, seguindo o track que me foi fornecido pelos Aikedores, entrei na estrada de terra batida, e comecei a subir...tendo o sol pela esquerda e posso afirmar que aí foi onde tive mais dificuldades, tendo feito certos bocados a pé, o que me valeu foi o comentário de um pastor que lá estava e após uma curta troca de palavras me disse: "isso é muito dificil!" . Estas palavras de apoio deram-me força e lá continuei... 8)
Andei até entrar na zona mais penalizada pelo fogo que assolou e ainda assola a região, depois atravessei a ponte por cima do Zêzere e parei num pequeno parque de merendas que aí se encontra, aproveitando para comer uma barra e bebi directamente do rio, um goles daquela água limpida e cristalina. O jeito que aquela água dava no Alentejo, pensei para mim.
Após esta pausa, continuei e entrei no alcatrão, onde a partir desse ponto senti que ia conseguir, não sei se motivado pela frescura da sombra que existia daquele lado do vale, se pelo menor atrito que o alcatrão me impunha. Parei na fonte que aí se encontra e que é local de paragem quase obrigatória e aproveitei para encher o camelback. Continuei e parei no Covão D'Ametade, esse local com uma certa magia que serve de local para a nascente do Rio Zêzere.
E lá fui eu por aí acima, aproveitando para tentar plagear a foto que foi tirada na subida dos Aikedores, mas que ficou muito aquém...
Passei junto da capela que eu já conhecia há tantos anos, mas que nunca tinha tido oportunidade de ir ao pé e segui, sempre a subir, parando sempre que necessário para retemperar forças ou tirar esta e aquela fotografia.
Ao subir reparei que por lá andava um helicóptero, e obviamente pensei que era uma das estações de TV a fazer a cobertura de tão importante evento...mas ao observar melhor concluí que era apenas um heli da força aérea em manobras.
Continuei sempre por aí acima, contemplando sempre as fantásticas vistas que a serra nos proporciona, passei o túnel, a estátua da Nossa Senhora da Estrela, o cruzamento para o Sabugueiro e...CONSEGUI! :lol: :mrgreen: \/
A sensação de ter conseguido foi excelente! Aproveitei para descansar à sombra do marco geodésico que ali se encontra, comi uma sandes de marmelada, dei por ali uma volta, tirei a foto da praxe e com alguma pena, comecei a descida, onde atingi uns estrondosos 64 km/h. Felizmente os travões não me deixaram mal e rápidamente cheguei ao cruzamento entre a Covilhã e Manteigas, desci um pouco em direcção a Manteigas e apanhei um caminho que nos leva até ao Poço do Inferno.
Entrei novamente na zona devastada pelo fogo, e neste percurso tomei consciência que não foi apenas o vale que foi afectado, mas também todas aquelas encostas que que eu agora estava a percorrer.
Segui sempre o track até ao desvio para o Poço do Inferno, e mais uma vez....sempre a descer por aquela zona verde e fresca. Parei junto ao Poço, que nesta altura está bastante seco e após essa pausa continuei até "casa", depois de 53 kms, passando antes pelo viveiro das trutas.
Vamos às fotos:
:arrow: A montada pronta para a partida
:arrow: A parte da subida que mais me "empenou" - A saída de Manteigas
:arrow: Casinha de campo
:arrow: O contraste entre a água e o verde...e o cinzento das encostas
:arrow: A passagem da terra batida para o alcatrão
:arrow: O objectivo está lá em cima
:arrow: No Covão
:arrow: A tentativa falhada de plageio
:arrow: O Vale já está
:arrow: A capela
:arrow: A minha escolta 8)
:arrow: O túnel
:arrow: Sempre a subir
:arrow: O primeiro vislumbre do meu objectivo
:arrow: Está quase! =D> \/
:arrow: Finalmente!
:arrow: A caminho do Poço do Inferno a paisagem é desoladora
:arrow: A descida para o poço, primeiro em terra depois em alcatrão
:arrow: O poço...seco
:arrow: Uma vista da subida do dia anterior!
DIA 3
Neste dia, e após ter reparado que me esqueci de um pormenor importante, o protector solar...não fui fazer o 3º percurso que tinha pensado fazer que era o do segundo dia dos Aikedores, pois estava com os braços um bocado queimados pelo sol, sendo assim arrumei as coisas e decidi dedicar este dia ao meu outro hobbie, que é a fotografia. Vou pôr aqui algumas das fotos que tirei durante o dia, antes de voltar a Évora, com a sensação que cumpri o objectivo principal mas que ainda faltou fazer o resto do percurso do primeiro dia e o do 3º dia...mas que há-de ficar para uma próxima oportunidade.
Espero que tenham gostado da reportagem.
Um abraço a todos e aqui ficam as fotos:
:arrow: E o regresso a casa...