Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.
Alimentando a esperança do nosso querido amigo Nez, aqui vai mais um capitulo desta viagem por um das mais bonitas costas de mar que se pode percorrer com a ajuda das pernas do coração e da cabeça, já para não falar das sandes de presunto.
E tal co mo tinhamos ficado em Piñera, é aí que tem início esta nossa jornada que nos levaria à Galiza, começa-mos a pedalar por volta das 8,30h julgando que iriamos ter um dia fácil, pois no dia anterior alguem nos disse que o terreno era sempre a direito, ( recto ) mas o problema é que o ( recto ) só quer dizer a direito não é plano.
saimos do albergue e o que é certo é que as terras e os kilometros foram desfilando e ao fim de quatro horas a pedalar já tinhamos percorrido cerca de 55 kms. e Barqueiros, La Caridad Tápia de Casariego, Ribadéo e acabamos por parar para almoçar numa terra que de nome nos é familiar Barreiros, estávamos orgulhosos por ter percorrido tantos kilometros, e só nos faltariam percorrer pelas nossas contas mais 30 ou 35 kms. o que com um andamento identico mais duas hórinhas estariamos no albergue a que nos tinhamos proposto.
Assim e porque nos convençemos de que depois de almoçar seria fácil, deliciámonos com um grande repasto, isso é que foi dar ao dente, comi até duas sobremesas e para rematar em honra do meu querido amigo César até bebi um "orujo de hiebas" o pior ainda estáva para vir, pagámos a conta e depois das tradicionais fotos com o dono do restaurante e respectiva troca de emails, ele acabaria por nos dizer que até Mondoñedo era sempre a subir.
O que é certo é que ele não nos enganou, e passámos a tarde toda a um ritmo de 5, 7 kms por hora e quando chegámos a Mondoñedo já estávamos quase mortos, mas fizemos a digestão de tão abastado almoço.
Não sei se foi sorte ou não que quando entrámos na localidade, passámos por a estação de autobus, e o que é que nós vimos? A maioria dos peregrinos padestres vinham a correr para a referida estação, assim continuámos com a intenção de encontrar o albergue, coisa que viria a acontecer mas demos de caras com a porta fechada, estava assim explicado o mistério dos peregrinos a correr para a estação de autobus.
Ora se o albergue estáva fechado, a alternativa seria de percorrer mais cerca de vinte kilometros, coisa que os meus companheiros não estavam a achar muita piada, mas felismente quando eu já me ia a fazer ao caminho, perguntei a um transeunte, porque razão o albergue estava fechado, ao que ele me respondeu que se eu fosse ao ayuntamiento aí encontraria o policia que por sua vez me faria a inscrição e me daria a chave do albergue, nem hesitei desloquei-me ao tal sitio, mas não encontrei o policia, também não desarmei fui até ao posto de turismo, onde fui recebido com toda a simpatia por uma bonita Gallega e que tinha uns atributos de fazer perder a paciencia a um santo, mas que me ajudou a descobrir o famoso policia, tendo feito um telefonema ao que me indicou que ele estaria na esquadra em cinco minutos por forma a dar-nos as chaves e fazer o respectivo registo.
Depois de receber alguns desdobraveis infomativos, lá fui e fiz a inscrição dos que estavam presentes, e deixei o guarda de prevenção porque o Galvanito também lá iria dormir.
Quando chegámos ao albergue constactámos que teriamos um prédio só para nós, arrumámos as nossas coisas tomámos banho e como sempre lá fomos às compras para o jantarinho, e uma vez que tinhamos cosinha e sala de jantar só para nós lá teve de ser mais um jantar de gala, com vinho e tudo depois do jantarinho ainda fomos todos dar uma voltinha pela cidade e bebemos um cházinho e recolhemos aos nossos aposentos assim se passou mais um dia.