Re: [Teste / Análise] Trek 9.8 2006 + Sid WCup Athena Edition [Actualização]
Pois bem, muito tempo se passou desde a última actualização a este tópico e sinto-me na obrigação de o fazer.
Primeiro que tudo, e o menos importante, os upgrades feitos entretanto: um desviador XTR invertido (converti-me, afinal) e o que faltava para completar o conjunto (e a minha tara por materiais da Ritchey) - o espigão de selim WCS em carbono.
Seguidamente, a história que se pauta pela má-sorte, já desde o início, do sonho antigo de uma 9.8:
Este quadro, como penso já ter explicitado, veio como garantia pelo "descolar" do reforço de quadro na zona do eixo pedaleiro de um quadro de 2003.
A opinião descrita inicialmente mantenho-a, grosso-modo, porque o comportamento do conjunto é, tirando um pequeno mas tão grande pormenor, irrepreensível.
Contudo, e aqui recomeçam os problemas, cedo se notou uma certa tendência para o "chupão de corrente", facto que atribui, primeiramente, a uma deficiente montagem do pedaleiro. Desmontou-se, foi novamente montado por mecânico de confiança e... o problema mantinha-se. Logo nas primeiras semanas, em subida e, portanto, em grande esforço de pedalada (porque tenho a mania que sou lenhador, tipo Ullrich, e gosto de andar pesado) a corrente prende-se, com a violência que imaginam, no exíguo espaço entre o prato médio e a escora. Pintura ao ar, claro, mas pouco mais. Situação recorrente que começa a fazer estragos no quadro e que me leva a optar por aquelas protecções, tipo "patches", da Lizzard Skins que, vistas bem as coisas, funcionam tão bem como um pedaço de fita adesiva.
Eis que opto por me dirigir, na antevéspera da minha estreia em maratonas (escolhi logo uma fácil, a última da taça de Portugal - Maxxis), a uma casa especializada em chapas e afins para arranjar uma protecção resistente para aquela zona. Aguentou, até aos últimos 3 ou 4 kms, altura em que o impacto da corrente foi tão forte que deslocou a protecção metálica e fez um "rombo" na escora (não partiu, só lascou um pouco). Desolação de morte, à chegada...
Enfim, não cobrindo a garantia este tipo de acidentes, que remédio senão enviá-lo para alguém que faz do bom trabalho em carbono a sua profissão para reparar aí o quadro e, concomitantemente, reforçá-lo metalicamente para não danificar o carbono novamente. Assim foi, tendo esperado mês e meio novamente...
Veio bem reparada, sem fragilidade na dita zona, com comportamento idêntico, sem ruídos parasitas, etc... mas com o mesmo problema, por vezes, de encravar a corrente... Agora sem a questão de romper de novo, já que a "chapa" é grossa como o diabo, mas um verdadeiro martírio quando se vai a pedalar desalmadamente e tem quase de se parar parar! E, claro, com o desfalque estético inerente ao raspar da corrente na tal chapita e consequente perda de tinta...
Soube, entretanto, que a outra 9.8 Elite que andava nas provas da Taça teve fado idêntico, fazendo-me suspeitar, para além da gritante falha de reforço na zona nos quadros em questão, de algum problema em termos de desenho das escoras/quadro em si, como já me havia sido, aliás, proposto por alguém do mundo do comércio de bikes.
Para meu espanto (ou não), no site
www.mtbr.com as análises às Treks 9.8 de 2006 vão desembocar todas ao mesmo sítio: a escora junto à pedaleira. Estranho, não?
A questão agora, e que me tira o sono no último par de dias, essa deixo-a num outro "post":
http://www.forumbtt.net/index.php?topic=13865.0
Por fim, aqui fica um par de fotos: uma do belo casal estrada/btt e outra do tal "patch" metálico, para podereis avaliar a extensão da "coisa".