Terei cara de corta vento?

DArk223

New Member
Aconteceu-me ontem pela segunda vez, ir embalado e ultrapassar outro ciclista que vinha bastante mais devagar. Quando olho para trás para ver se vinham carros lá vinha ele coladinho a mim e assim se manteve por uns 5km sem nunca tentar vir para a frente mesmo quando por uma ou duas vezes baixei o ritmo para ver se ele passava, até que tomou um caminho diferente do meu. De salientar que estava bastante vento frontal.

Já vos aconteceu?
O que acham deste tipo de aproveitamento do esforço alheio?

A mim deixou-me bastante irritado, porque parece que afinal o espírito de entre ajuda fica-se apenas pelas palavras.
Quando toca a dividir esforços o gajo que vai na frente que se desenrasque!
Sei que corro o risco de estar a generalizar, mas em pouco tempo é a segunda vez que isto me acontece, e das duas vezes pelo equipamento não pareciam ser ciclistas de fim de semana, mas pessoal com alguma rodagem.

Já que se vão a aproveitar do esforço alheio ao menos no fim podiam ser educados e pelo menos agradecer.
 

sam_pnunes

New Member
porque não meteste conversa com ele? eu sempre que vou andar e encontro outros ciclistas , cumprimentamos cordialmente e se seguirmos para o mesmo destino acabamos por ir juntos e existir a tal entreajuda caso o ritmo seja identico. com o pessoal da estrada eles seguem o seu caminho pois o motor da minha btt é mais fraco que o das estradistas
 

klaser

Well-Known Member
Veja pelo lado positivo...o gajo andava ali sozinho e desanimado..tu passaste-o e ele encheu-se de pica !Assim ele arranjou ânimo e fez um bom treininho,já que ele vinha "devagar" e depois colou-se a ti e pelos vistos não conseguiste fugir....Não leve tão a peito:D
 

kuto

Member
Colocas uma bolsinha atrás na bike, onde diz:
corta-vento 5 minutos: 1€
corta-vento 10 minutos: 1.5€
 

DArk223

New Member
Não tanto é uma questão de levar a peito, mas já vinha com quase 50km feitos e ainda me faltavam 15km para chegar a casa e com vento bastante forte de frente, pode-se dizer que já vinha um bocado cansado, uma ajudinha naquela altura tinha sabido bem.
E ver que ele não estava disposto a isso porque quando baixava o ritmo ele não passava, deixou-me lixado...
...mas depois passou :D
 

kuto

Member
@DArk223, eu sou um gajo pesado e toda a gente nas descidas quer vir atrás de mim. Mas nas subidas é diferente... Já disse a um gajo que vinha a chamar-me de caracol, que experimentasse por às costas uma saco de cimento e depois que viesse taco a taco comigo nas subidas (era bem capaz de lhe dar uma abada). Quero dizer com isto que compreendo o que o gajo te fez, pois eu próprio também me costumo aproveitar do pessoal nessas situações. Se pode ser sancionado? Não! :D
Mas já me aconteceu ir fazer a marginal do Porto, até à Lomba e apanhar uns putos da zona, que quiseram picar connosco, numa de: "eu ando mais que tu que vais ai todo aperaltado"! Foi maravilha, pois meteram-me à nossa frente e cortaram-nos o vendo durante uns km! :D
Há de tudo :)
 

klaser

Well-Known Member
mas já vinha com quase 50km feitos e ainda me faltavam 15km para chegar a casa e com vento bastante forte de frente, pode-se dizer que já vinha um bocado cansado, uma ajudinha naquela altura tinha sabido bem.:D
Se calhar ele pensou exactamente o mesmo..:D:D:D
 

snowbike

New Member
Já me aconteceu isso mais que uma vez, geralmente tenho duas soluções para o problema:

1- acelero o ritmo de maneira a deixar o emplastro para trás (funciona a maior parte das vezes)

2- reduzo o ritmo de tal maneira que o emplastro tem que passar para a frente e depois ou dou-lhe a provar o remédio, ou então deixo uma margem de alguns 5m e mantenho assim

Uma maneira de evitar isso, é quando vejo alguém na estrada que vai a um ritmo ligeiramente inferior, tento aumentar o meu ritmo no momento em que tenho que passar por ele para evitar as tentações de se colar. Uma coisa é certa, não deixo esses emplastros aproveitarem-se do meu esforço...
 

andrextr

Active Member
Isso às vezes acontece-me com os caracois, vem colados atrás de mim a volta toda ao abrigo!!! eheheh

Dark223, epá se tu não te cruzasses com o gajo terias que fazer essa volta toda na mesma a levar com o vento portanto não ganhaste nem perdeste nada.... O melhor é fazeres voltas mais curtas se já não aguentavas mais :)
 

Kamoes

Active Member
Dark223, epá se tu não te cruzasses com o gajo terias que fazer essa volta toda na mesma a levar com o vento portanto não ganhaste nem perdeste nada.... O melhor é fazeres voltas mais curtas se já não aguentavas mais :)

Não sei se é de sermos da mesma zona... mas o meu pensamento é o mesmo!

Se a volta era aquela, quer lá estivesse ou não o vento não mudava... portanto tanto fazia ir acompanhado ou não!

Eu só houve uma vez que me colei (de estradista) a outra fininha... Ia no meu passo, um rapaz com uma Focus passou-me (lado da Fonte Grada) e como ele ia um pouco mais depressa que eu, para aproveitar e esforçar um bocado mais... tentei segui-lo o máximo que pude... cheguei a santa cruz e dei a volta por outro lado.

Eu já ia em esforço... aproveitei a roda e tentei puxar mais um pouco!
 

jmdcfigueiredo

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Mas incomodou-te assim tanto!!!???

Como já disseram montes users a volta fazias-a na mesma quer fosse um gajo colado a ti ou não, portanto...
Quanto a esse historia do corta vento a não ser que sejas mesmo muito grande também não cortas ar por aí além...

Faço btt por isso nunca passei por situação idêntica, mas quando faço a meia maratona de lisboa e tenho feito de há 6 anos a esta parte vou por norma sozinho. Assim daquele monte de gente que vai ali a correr escolho um com um ritmo idêntico ao meu e vou atrás dele até onde posso... Se ele encostar escolho outro, se eu não aguentar escolho outro que vá mais devagar isto sem nunca por em causa a "rolagem" da pessoa que sigo.

Agora se te incomoda assim tanto quando voltar a acontecer paras, descansas 1 minuto e arrancas de novo
 

Fourmag

Member
Boas,

A mim aconteceu me uma situação do género estes dias. Comecei por ouvir uns estalidos típios do rolamento dapedaleira perto do final de vida que vinha atrás de mim. O tipo andou uns km a aproveitar se da situação mas a mim não me incomodou nadinha. Se visse sozinho sempre tinha que forçar... A determinado momento cumprimentei o dito Sr. e ele com muita educação pediu desculpa pelo aproveitamento mas já vinha "à rasca". É como digo, a mim não me fez diferença e pelo menos durante uns bons 20 km não pedalei sozinho e ainda deu para ganhar mais um amigo do pedal.

Cumprimentos,
Paulo Vides
 

brunooliveira

New Member
Não vejo nenhum mal na situação, apenas a tipica "coceira" que tanto atinge o nosso povo. Se vou a treinar concentrado não ligo, se estou diponivel meto conversa, há mais coisas na estrada com que me preocupar.

Não leves a mal, relax e tira partido das pedaladas, diverte-te.
 

DArk223

New Member
:D:D Não é não aguentar mais, é ainda não aguentar mais.
Comecei a andar de bike há pouco menos de 3 meses.
Por causa de problemas com os joelhos e tive de deixar e correr e estive muito tempo parado. Como o ortopedista ainda não me quer operar recomendou-me andar de bike, por isso ainda estou a ganhar ritmo e resistência.
 
Para quem começou a pedalar há pouco mais de 3 meses revelas preocupações de profissional. Relaxa, agarra uma calma e aproveita a vida. Se não queres companhia metes umas mudanças abaixo e vais-te embora. Caso contrário, cumprimentas quem anda na estrada e se calhar seguem viagem juntos. Simples, não?...
 

STIG_73

New Member
Boas,

A mim aconteceu me uma situação do género estes dias. Comecei por ouvir uns estalidos típios do rolamento dapedaleira perto do final de vida que vinha atrás de mim. O tipo andou uns km a aproveitar se da situação mas a mim não me incomodou nadinha. Se visse sozinho sempre tinha que forçar... A determinado momento cumprimentei o dito Sr. e ele com muita educação pediu desculpa pelo aproveitamento mas já vinha "à rasca". É como digo, a mim não me fez diferença e pelo menos durante uns bons 20 km não pedalei sozinho e ainda deu para ganhar mais um amigo do pedal.

Cumprimentos,
Paulo Vides

A mim aconteceu-me uma situação idêntica a esta.
Há uns dias numa subida com alguma inclinação comecei a ouvir os ditos estalidos, olhei para trás e vi um companheiro do peadal a desunhar-se todo para chegar até mim, mantive o meu ritmo, ele alcançou-me, deu os bons dias e eu retribuí, manteve-se comigo 5 minutos e depois ficou para trás.
Moral da história: o moço queria companhia mas tinha um ritmo inferior ao que eu levava, ficou para trás, mas se tivesse continuado na minha roda, qual era o problema? A estrada não é de todos. Quando já se vem com alguns Kms nas pernas porque não aproveitar a boleia de quem vai com mais pedal, não será este o espirito de entreajuda caracteristico dos bttistas?
Quem não quer ajudar tem várias opções:
- aumenta o ritmo
- pára para descançar
- pede educamente para não se colar a sua roda

Abraço e briosas pedaladas
 
Eu não percebo esse problema de levarem alguém na roda, pelo menos num treino ou volta normal, eu quando vou andar sozinho se vejo algum colega do pedal faço questão de abrandar cumprimentar e se tiver disposição dar dois dedos de conversa, agora antes de "arrancar" digo sempre se não querem uma boleia!
Muitos dizem que já não à espírito de ajuda e assim nas bikes, mas são vocês com pequenos pormenores como este é que tornam o btt dessa maneira.
Só digo se for numa prova e alguém se colar a mim e não colaborar também vou fazer umas manobras "evasivas", mas numa volta normal NÃO!

cumps e portem-se bem.
 

alexb

Member
Sinceramente se há atitude menos nobre é a de quem se incomoda com os que vão atrás e muda de pedalada para os sacudir. Que eu saiba não vão em competição nenhuma além de quem quem vai atrás, para quem não sabe, embora não se note tanto também ajuda quem vai à frente. Se não vos atrasa em nada, gostava de saber qual é o vosso problema em que alguém menos capaz vos acompanhe? Será assim tão incomodativo, a troco de nada, ajudar um companheiro de pedalada? Se ele vos atrasasse ainda percebia, agora sem interferência não consigo mesmo perceber.
Já foram várias as vezes, especialmente em estrada, que apanhei alguns companheiros atrás de mim. Por umas vezes ia-mos trocando mas por outras eles simplesmente mantinham-se lá atrás e até hoje não me lembro de tal me ter incomodado, antes pelo contrário. Quanto maior o grupo, mais é o cuidado que os condutores automóveis têm conosco para além do ego que sai sempre um nadinha fortalecido.
 
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