Boas,
Não tenho mais novidades, nem fotos, mas tenho uma análise mais a sério acerca do comportamento do quadro e da bicicleta.
Como já disse a comparação que me é possível fazer é com o quadro Voodoo Bizango.
Sendo os dois quadros fabricados em cromoly diferente e com pequenas diferenças nas medidas, há diferenças. Logo no início achei que o Sobre era um pouco mais confortável sem no entanto perder em rigidez lateral, a bicicleta ficou mais ágil, creio que seja devido a testa do quadro ser mais pequena, e o tubo do espigão de selim ter menos um cm de altura. A Voodoo tem 46 cms até ao topo do tubo, a Sobre tem 45 cm. Além de mais ágil ficou mais manobravel, dando mais confiança nas descidas, e permitindo um melhor desempenho nos trilhos mais técnicos. Mas como não é tudo a descer, e nem a montagem está pensada para tal, como se comporta o quadro a subir ? Não perde em nada para o Voodoo, desde que aja pernas aliado a um bom pneu atrás, pouco não se sobe.
É uma bicicleta que gosta e pede para andar depressa, mas sempre com uma ponta de divertimento, gosta de saltar um passeio, um buraco, pede descidas e subidas técnicas, e notei alguma diferença com a redução de peso e com a mudança do pneu de trás. Tenho andando com cerca de 2,5 bars, 38 psi, primeiro foi para testar se seria seguro e fiavél andar com um pneu convertido e um aro para tubeless. Até a data, já vão cerca de 3 meses e nada a apontar, peso contrário, o pneu e o aro comportam-se muito bem, e ganho em um pouco mais de conforto, parece que vou de soft trail, creio que é assim que se chama as FS com curso de 4 ou 5 cms de curso. A subir também ganho mais aderência permitindo subir melhor.
Já ando a um tempo sem bloqueio na suspensão retirei o motion control, notei que ficou ainda mais sensível, e não tenho notado grande falta do bloqueio, tenho a suspensão afinada em que não bombeia muito a não ser que "carregue" muito nos pedais em pé.
Noto falta de bloqueio as vezes em picarias com amigos em alcatrão ou em estradões, mas ai também sinto as vezes falta de mais 2 dentes no prato, é achar um compromisso entre as duas coisas, e ainda mais uma questão de gostos.
A mudança do esticador e manípulos foi muito bem vinda, o desviador mesmo já com 6000 kms, já o tinha usado, e com alguma folga lateral porta-se muito bem, não falhando e permitindo a troca de mudanças muito mais suave que alguma vez consegui com os Attack e Shimano.
Neste momento já não sinto falta dos cornos, habituei-me mais depressa do que pensava, e esteticamente fica mais bonita ,para mim ! Pronto também foi por o peso :twisted:
Continuo a gostar e a dar-me muito bem com apenas dois pratos a frente 26-40 , 11-32 atrás, permite bons andamentos, e apenas em uma ou duas situações senti falta de uma relação mais leve, mas já fiz subidas em single speed que julgava não conseguir fazer em 32 - 18 , por isso com força,e vontade faz-se tudo :twisted: A grande vantagem na utilização de apenas dois pratos, e é a utilização de mais carretos atrás, e andar mais tempo no prato "grande" , não mudando tanta vez a mudança a frente. Espero ter-me feito entender.
Os discos Ashima Airtotor após uma pesquisa por a net e oportunidade, lá mandei vir e coloquei os discos. Primeiras impressões, o efeito abs já mencionado por vários utilizadores, consegui reduzir parte do efeito a frente e retirar no travão de trás. Coloquei menos anilhas entre a pinça e o adaptador. A potência de travagem foi pouco afectada, para mim até para melhor, se os Juicy já trava, os Elixir ainda mais, para quem gosta de travões, com bom tacto e potentes, os Avid são a melhor opção.
Gostei do selim, necessito de mas umas horas até habituar-me melhor, o SLK é mais confortável, mas gosto mais do SLR esteticamente e como também gosto, e não sinto desconforto optei por o SLR, e por o peso também :twisted:
A troca de espigão de selim deveu-se ao facto de andar a inventar e na altura tinha o Voodoo e o SLK cortei 2 cms ao espigão, como o Sobre tem menos um cm no quadro, precisa logo de mais 1 cm de espigão, até aqui tudo bem, mas o SLR tem menos 1 cm de altura, entre os carris e o topo do selim, necessitava de mais 1 cm de espigão, o Thomson ficava a justa, e preferi não arriscar e trocar o espigão por outro com 400mm. Não podia ser um espigão de selim sem offset, por isso o Syntace P6 carbon estava fora de questão assim como o Woodman Post SL, com um peso atractivo e no ebay arranjam-se bons negócios. Andei a pesquisar, e pensei noutro Thomson com 410mm, Race Face Deus ou ControlTech, vi o ControlTech e gostei. O peso não é o seu forte, 268 gr, com 2 parafuso em aço que futuramente mudarei para titânio, mas mesmo assim ganhei cerca de 10 gr em relação ao Thomson com 380mm.
Depois continuarei com a análise.
Cumprimentos,
António Valério