Sirla fecha portas

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franciscojrcosta

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Está publicado no Diário da República o pedido de insolvência da Sirla - Soc. Ind. do Randam, Lda.
Parece que no dia 08-06-2010 se realiza a reunião de credores para aprovação do plano de insolvência. Assim morre mais uma marca Portuguesa de bicicletas.
Muitos certamente se lembram da Top Sirla, uma bike muito resistente e com um aspecto inconfundível. Pois a partir de agora será mesmo apenas uma recordação para muitos.
 

markpainel

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São os efeitos do mercado global e tb da falta de actualização dos produtos portugueses e culpa nossa tb que preferimos marcas estrangeiras as nossas.
Tenho muita pena do desaparecimento de mais uma empresa portuguesa
 

Speedcore

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Essas bicicletas venderam que nem ginjas durante os anos 80 e os anos 90 em Portugal. Se a marca não quis dar um passo em frente e criar uma gama de bicicletas mais séria/bem equipada, é porque o interesse nunca foi grande. Agora não me venham dizer que a marca não vendia porque é uma grande mentira.
 

STIG_73

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Pois, não apoiamos a nossa economia, depois queixamo-nos das garantias (ou falta delas) das marcas estrangeiras, como anda prá aí uma polémica.
É pena ver mais uma marca portuguesa a ir pelo cano, mas é o fruto dos tempos que vivemos. Somos um mercado muito pequeno e se não comprar-mos o que é nosso, mais empresas se seguirão à Sirla neste triste destino.
Fico triste com estas noticias porque tenho uma bike de marca nacional e não a acho inferior em nada às bikes estrangeiras.

Aquele abraço
 
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markpainel

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O problema é que o estado portugues não ajuda as empresas portuguesas em nada antes pelo contrario a carga fiscal é enorme não há quem aguente se vier uma empresa estrangeira para cá é só facilidades e até dão subsidios para virem para cá deviam era apoiar as nossa empresas a sirla é só um exemplo do que por ai se passa.
 

Masil_93

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É pena que isto aconteca. Também tenho uma bike de marca portuguesa(Masil) e custa que as poucas marcas nacionais de bikes desapareçam..
 

pauloeste

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Realmente é pena... mas todos contribuímos para isso.
Com o advento das grandes marcas internacionais, pura e simplesmente passámos a prescindir das nacionais.

Ora como em tudo na vida económica, se determinado bem não tem mercado porque a procura diminui, por consequência o preço também diminui, aproximando-se perigosamente do preço de custo.

Se o lucro é diminuto pouco sobra para investir em novos produtos e, mais grave ainda, deixa de haver a possibilidade de aumentos de escala (aumento dos factores de produção).

Conclusão óbvia: impossibilidade de concorrer no mercado e desaparecimento posterior, por deixar de haver necessidade daquele bem.
É a tal "mão invisível" de Adam Smith
 

Speedcore

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Ninguém tem culpa que a empresa Sirla tenha aproveitado os seus tempos áureos a produzir bicicletas para hipermercados. As coisas estão más é verdade, a competitividade é selvática, e quem teve uma bicicleta de hipermercado apercebe-se rapidamente que não vale a pena investir no mesmo produto duas vezes.
O meu passatempo quando era miúdo consistia em partir bicicletas de hipermercado, reconstruir com peças igualmente foleiras e voltar a partir. Até que um dia quando surgiu oportunidade apercebi-me que o mercado estrangeiro vendia bicicletas de qualidade superior e oferecia garantias sem igual.
Temos pena que os empresários tenham falta de visão para acompanhar as tendências. Mais pena temos daqueles que julgam que a galinha dos ovos de ouro não necessita de ser alimentada.
Espero que as novas marcas nacionais não caiam no erro de parar no tempo como aconteceu à Sirla.
 

nasp

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Nem tudo o que a sirla fazia era para hipermercado, chegou a produzir quade a 90% para exportação principalmente para frança, inclusivé pra grandes marcas. Quando começou a aparecer o carbono a Sirla foi das primeiras linhas de produção europeias se nao mesmo a primeira a produzir os seus proprios quadros em carbono, ainda a china era muito longe, produzia os seu proprios quadros em aço e aluminio.
Resta a consulação que o grupo onde a sirla estáva inserida continua a trabalhar, com marcas tao grandes como YAMAHA ou PEUGEOT.


Para alem da marca tenho sim pena dos 30 ou 40 trabalhadores que lá trabalhavam.
 
Bem dito nasp, os trabalhadores é que são o cerne desta questão... marcas vão e vêm, nascem e morrem, mas pessoas necessitam alimentar familias todos os dias!

VT
 

Iloper

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a Sirla fazia quadros em carbono ca?

Boa resoluçao para a Sirla é o que desejo. Nem que seja com outro nome
 

bergbtt

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Também tenho uma sirla era do meu irmao e agora passou para mim é pena que fechem as portas mas não á nada a fazer
 

Speedcore

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A marca que tivesse sido mais competitiva e menos "grossista" durante os anos 90. Talvez começasse a ganhar a confiança dos Portugueses em quem sabe, poderia até ser comercializada em lojas de renome. Teria mais pena se a Agros por exemplo, fechasse as portas.
 

kuto

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@Speedcore, onde costumo fazer as revisões à minha "Top Sirla", sempre me disseram que comprei a minha bina, numa altura que os hipermercados vendiam material de jeito. Por isso, sinto-me honrado.
Só tenho a agradecer ao meu velhote ter uma bike com mais de 18 anos e ainda a usar! :) só resta o quadro, forqueta, desviador traseiro e... mais nada! LOOL

vai uma foto?
 

Speedcore

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A durabilidade do quadro não justifica o resto dos componentes da bicicleta. Os travões eram de plástico, mudanças Shimano SIS e o resto das peças era linha branca.
 

A.M.F

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É uma pena ela ter sucumbindo.Era uma marca portuguesa e o material português para muitos não presta,para mim é bom.Sendo assim é mais uma a fechar portas que é uma pena.
 
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