Re: Scott Scale 50 (2007)
Quase a entrar nos 3 000 km, decidi fazer uma nova análise dos vários componentes da Scale.
PNEU TRASEIRO LARSEN MIMO
Depois de ter “derretido” o meu Larsen anterior, decidi comprar este MiMo como experiência...O rasto é ligeiramente diferente do Larsen normal, com alguns pitons circulares nas laterais e no centro com as normais rampas, mas desta vez arredondadas.
É nítido que este pneu é uma versão do Larsen mais orientado para as lamas, em que a seu desenho foi pensado para um escoamento mais eficaz das ditas lamas.
Não gostei do pneu, tal e qual o Larsen anterior (normal), o pneu desfaz-se literalmente no asfalto. É sabido que estes pneus são feitos para uso em terra, no entanto, como o comum dos mortais, quando saímos de casa, não temos mato à porta de casa. Até chegar ao “campo de ensaio”, temos que fazer alguns km em asfalto, que no meu caso, são à volta dos 5 km...mais os km’s de alcatrão que vou intercalando com o terreno batido...e isto provoca um desgaste prematuro nestes pneus.
Eu ainda não fiz 1 000 km com este MiMo e já apresenta um desgaste avançado. Ou seja, mais de trinta euros para o “galheiro”!
Na minha opinião, este pneu é para quem compete, é um pneu MUITO macio, adaptado para a competição, onde existem patrocínios! Como não é o meu caso, nem da maioria de nós, dificilmente comprarei outro.
PNEU DIANTEIRO IGNITOR
É outro pneu da mesma fábrica, um Maxxis. Tudo o que foi dito anteriormente, aplica-se também nesta borracha. Um pneu muito macio, que quase desaparece com o vento, no entanto, como está na frente da bike, o desgaste não se sente tanto.
Um pormenor em relação a este pneu, os tacos são grandes e afastados, o que também tem um desenho mais adaptado para as lamas, perdendo aderência nos terrenos de terra batida, em que outros com tacos mais pequenos teriam melhores prestações...
Muita gente gosta do pneu, apesar de nunca me terem deixado mal, não confio nele, principalmente em terrenos soltos. Dou o benefício da dúvida pelo facto de ser da medida 1.95.
DESVIADOR FR
Com quase 3 milhares de quilómetros, nunca me deixou mal, sempre funcionou correctamente. Este é um daqueles componentes que não faz sentido gastar fortunas, um simples Deore faz a “coisa”, sem grande acréscimo de peso em relação aos topo de gama.
DISCO TRASEIRO “SERRA” AtoZ
Uma boa merd* este disco...não tenho mais nada a acrescentar. Depois de trocar o sentido de rotação deste disco, consegui fazer desaparecer o chiar irritante.
ESPIGÃO DE SELIM TI PRO LITE
Na minha opinião, foi uma das minhas melhores compras. Leve e até aqui, fiável. Mais leve que qualquer espigão em carbono, impressionante, é pena só servir a tipos como eu, pequeninos e levezinhos!! Este espigão não permite pesos superiores a 80kg.
Apenas um susto com este espigão, pouco tempo após de ter o comprado, começou a fazer estalidos. Nada como um pouco de massa consistente que não faça maravilhas. Feitio resolvido.
RODAS ALEXRIMS TD24
Rodas impecáveis, fiáveis até ao momento, tendo sido desempenadas aquando a revisão (a de trás), no entanto, são pesadas, elevando em muito o peso da bike.
PEDAIS CRANK BROTHERS C
Uma das últimas aquisições, são leves e quanto a sua fiabilidade, só quando eu fizer 5 000 km com eles, porque para mim, uns pedais só tem nota positiva se não apresentarem folgas e desgastes com aquela Quilometragem.
Apenas um aspecto a referir, em relação aos pedais mais comuns de encaixe, os SPD, estes necessitam habituação. Como não tem uma “plataforma”, o sapato não desliza sobre a plataforma até ao encaixe. Com estes pedais é necessário colocar o sapato exactamente no sítio devido para haver o devido encaixe.
SELIM SELLE ITALIA
Outra recente aquisição. Até agora tenho gostado dele, porém, não é nenhum sofá, mas não magoa como o selim de origem, um scott. É muito leve, mas aquele orifício no centro não elimina completamente o “adormecimento” da zona do períneo após uns km’s. Acho que com as críticas que o modelo anterior recebeu, o defeito relativo ao desaparecimento das letras depois de alguns km’s já devia ter sido revisto....
GUIADOR RITCHEY PRO CARBON
Até agora nada a apontar. As voltas que eu faço com a bike tem descidas algo violentas para este tipo de montada, no entanto, este guiador nunca flectiu ou outra coisa qualquer. Parece-me um bom guiador, mesmo depois de saber que houve problemas com componentes de carbono desta marca em testes realizados em laboratório. Continuo a pensar que se as marcas de renome continuam em apostar em componentes desta marca em carbono, é porque deve ter qualidade.
SUSPENSÃO ROCKSHOX REBA
Bem...esta suspensão é boazinha, mas podia ser melhor. Podia ser mais sensível, e ter mais curso aproveitável (1,5 cm ficam por aproveitar, sem contar com o sag), no entanto, ainda não me deixou mal, ou melhor, uma vez! Após um salto numa saida para o mato - e onde está a REBA? O o-ring pifou, obrigando a uma ida inopinada à loja. Mas bem-vinda a garantia que tratou de tudo.
TRAVÕES AVID JUICY 3
Nada a apontar, muito potentes e eficazes. As fotos estão um pouco desfocadas, mas dá para ver as marcas de guerra! Já sofreram muitos maus tratos, muita queda, etc. Continuam a funcionar. (Já foram substituídas as pastilhas.)
Espero que tenham gostado da análise...Critiquem!