Roda 26, qual o seu futuro?

ernez

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Eu se fosse fazer uma viagem de bike à volta do mundo, com toda a certeza que não levava um jogo de seringas para sangras os travões hidráulicos ou pastilhas para os mesmo, levava antes uma bike com cabos de aço e travões manuais ou v-brakes, lol...
 

Jocas22

Active Member
pro Joseelias tudo o que é retro é melhor e qualquer mudança é o desconhecido medonho. Não há que ser assim, tanto se ganha com um guiador mais leve, como com umas rodas mais leves, um espigão telescopico, passar para travões hidraulicos, etc... e ha que reconhecer que as novas medidas de rodas têm méritos e reconhece-lo sem medos de que as 26 fiquem para tras, porque nada nas bikes tem só vantagens é sempre uma ponderação entre o que se ganha e o que se perde sempre considerando o tipo de btt que se pratica. O pessoal que pese os factores e decida.

assim como nao vale a pena andar a falar no comum ciclista pra aqui e pra ali, comuns somos todos quando começamos, ninguém começa pro, mas pra lá chegar vai-se evoluindo, e ou se tem a genética dum contador a ajudar ou a parte técnica da bike conta pra ajudar a reduzir esse fosso. Quantos não começam por aqui com a bike do continente a andar na marginal, e em pouco tempo andam nas maratonas por esse pais fora.

O exemplo do 1*11 é o perfeito exemplo de como se distorce aqui as questoes. Ninguem recomenda aqui 1*11 pra uma bike de 300e pra quem começou agora a andar, mas quando se tem um certo ritmo não vejo como se pode afastar essa evolução, a proposito de quê? Tira-se imenso peso, descomplica-se imenso e acredita que funciona, e sobe-se á mesma, Se metes numa calculadora um xx1 tipico numa 29 (32 -42) faz de minimo 0.85 eu na minha 26 tinha 0.82 (com 2 pratos 28/42 e cassete 11-34) e subia tudo, tenho testemunhas, paredes de 24% montado e nao sou nenhum pro. Tens aqui: http://gears.mtbcrosscountry.com/#26I7I2X29I1567I1128

comparar as medidas de rodas a banha da cobra, ou as pulseiras magnéticas parece tudo menos um argumento sério, ponderado e sobretudo informado por quem já testou. No fundo estás a chamar de parvo a meio mundo e quando é assim se calhar ... percebes o resto e não estou com isto a querer ofender mas quando se começa a gritar que estao todos errados menos eu, bom raramente o problema nao está dentro de nos
 

Joseelias

Well-Known Member
@ Jocas22

Eu não tenho medo alguma da evolução. Nunca critiquei a massificação das suspensões, as suspensões-totais, os travões de disco (nem sequer os mecânicos), o uso do carbono, a maior largura dos guiadores, a electrónica nos desviadores e mais uma centena de coisas que surgiram no Btt desde que comecei a praticar. Eu próprio fui alterando as coisas dentro das possibilidades e vontades, e se não tenho material de última geração na minha bicicleta é porque não o posso comprar. Mas não invejo nem critico quem o faça. Ainda bem para eles. Por isso deixa-te de tretas e de andares a tentar denegrir a minha imagem colando-a a uma suposta anti-evolução ou anti-progresso, pois estás totalmente errado.

Se te achas o máximo porque aderiste à última tecnologia, eu aderi a dezenas delas antes de ti. Mas em momento algum deixarei de levantar questões e de expressar a minha opinião se me parecerem pertinentes e não estiverem respondidas apenas porque incomoda alguma gente e não estou dentro da "moda".

Por exemplo, mais uma vez tentas distorcer as minha palavras, ao tentares de uma forma subrepticia insinuar que eu contesto a opção 1x11. Nada mais longe da verdade, e era algo que gostaria imenso de ter. Usei essa transmissão como exemplo de algo que muita gente ambiciona ter, e se calhar até vão imitar apenas pelo sururu à volta dele, sem questionarem se uma transmissão mais virada para a competição ou utilizadores intensivos é adequada para si. Ao ponto de haver quem tente converter sistemas 3x9 em 1x9 e perdendo muito nas relações disponíveis. Tudo isto apenas pela novidade e pela moda. Quem tem dinheiro e pernas para o 1x11 que vá em frente. Eu iria sem pensar duas vezes.

Eu não tenho nada contra a evolução, alteração ou alternativas. Estou farto de repetir que não vejo problemas alguns na roda 29, e que a acho suficientemente diferente da 26 para ter vantagens e desvantagens próprias e como tal justificar a sua existência. Não entendo é como após 40 anos (e várias experiências com as 29 e 650b ao longo deste tempo) a roda 26 deixa de ser boa para que um semi-clone da 29, como é a 650b a vir substituir de forma tão definitiva e inquestionável. E onde apenas se apontam virtudes, e nunca respondendo aos criticos sobre as suas desvantagens. E se a 650b faz isso às 26 em que pé ficam as 29, porque esta roda tem saído chamuscada no marketing das 650b. Basta ver o que é dito.

E acredita que não sou o único. Em muitos foruns e sites lá fora há muita gente a colocar exactamente as mesmas questões e recebem como resposta apenas os gráficos que convêm às marcas apresentar e os chavões do costume.

A minha questão mantém-se. Se compararmos três bicicletas (26, 650b, 29) do mesmo preço será que as vantagens teóricas dos modelos de roda maior serão reais quando comparados com o maior peso, inércia, flexibilidade das rodas e falta de agilidade desses modelos? Não estou a falar passar de uma 26 de 13 kg para uma 650b ou 29 de 9 ou 10kg. Estou a falar passar de uma 26 de por exemplo 13kg, para outras rodas maiores mas de gama equivalente e que trazem 1kg ou mais atrelado. Não se perderão essas vantagens nos pontos negativos? E nesse sentido, não ficarão os ciclistas melhores servidos com uma bike mais leve, ágil e de recuperações mais rápidas com é a 26?

A questão é simples.

E deixa-te desses jogos passivo-agressivos de insultos camuflados que eu não entro neles.
 

balkaum

Member
Ao ponto de haver quem tente converter sistemas 3x9 em 1x9 e perdendo muito nas relações disponíveis.

1x9 culpado aqui, mas com F32-T36 em 650b (adaptada), o que não subo é por falta de pernas e não de relações, a descer não se pedala.

Desde que converti ao 1x9, tenho 46 saídas contabilizadas, uma média superior a 50 kms por saída, em momento algum arrependido.

Entendo hoje que este sistema devia ser a norma e não a excepção, mas lá está, é preciso vender mais equipamento, melhorar o equipamento e pagar a manutenção deste, o mesmo para a suspensão dianteira. Hoje, jamais compraria uma bicicleta nova, não vou pagar por suspensões e desviadores que não necessito.
 

Joseelias

Well-Known Member
Para o que faço actualmente ter 1x9 dava e chegava. Com sorte, no ano que vem terei algumas questões de saúde resolvidas e aí ainda será mais viável. Mas também depende do terreno em que se anda. Não sei se não me aventurarei numa montagem dessas. Logo à partida poderei livrar-me do componente que mais odeio (e sem reservas) na bicicleta: o desviador dianteiro! :D
 

balkaum

Member
Acrescento ainda que o 1x10 é estupidamente caro e desnecessário, quando não se obtém relações mais extremas que o comum 11/36 em 1x9

Mais uma vez, interessa facturar...
 

Joseelias

Well-Known Member
Em 1x10 ganhas mais progressividade e isso é bom. Tens é o preço dos componentes e o maior desgaste deles por serem mais finos, em particular a corrente. Atrás tenho 11-32 e mesmo assim noto uma diferença significativa na passagem da 7 (14 dentes) para a 6 (16 dentes). Com 11-36 os saltos são maiores. Mas é uma questão de adaptação pessoal.

No meu caso, mantendo 32 à frente e colocando atrás 11-36 perderia uma mudança leve e parcialmente uma segunda.
 

MiGuEl_82

Active Member
Não entendo é como após 40 anos (e várias experiências com as 29 e 650b ao longo deste tempo) a roda 26 deixa de ser boa para que um semi-clone da 29, como é a 650b a vir substituir de forma tão definitiva e inquestionável.

Nem mais!! Ng consegue responder a essa questão pq me parece q pura e simplesmente não existe uma explicação pláusivel!
 

Jocas22

Active Member
nao é dificil perceber que para se adoptar uma determinada tecnologia têm de haver condições. Os travoes hidraulicos já andavam por ai há muito tempo e só foram adaptados ás bikes quando surgiram as condições, ninguem queria se pessassem 20 quilos. Nas 29 ou 650b o peso é importante porque ninguem quer uma bike a pesar mais e talvez só agora existam condições pra se ter 29 com o mesmo peso da 26, umas rodas 29 sem pesarem uma enormidade e sem se partirem, os materiais evoluiram, o 1*11 tambem ajudou a diminuir o peso das 29, etc..

mas mesmo que nada explicasse lá porque se cometia um suposto erro durante 40 anos não quer dizer que não fosse um erro, a história está cheia de exemplos ou nunca se evoluia.
 

nogueira.nuno

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Sem duvida tem de haver condições e cada vez mais as coisas evoluem mais mas para se falar verdade quantas coisas mesmo é que são realmente novidade agora e que não foram/existiram nos anos 90 mas devido á tal falta de tecnologia/mercado para se poder evoluir ficaram na prateleira??


Acho que já o disse aqui uma vez e repito, até as rodas inicialmente eram 650 ou 29, nem isso é novidade :)
 

Joseelias

Well-Known Member
Que tecnologia é que há hoje que até mesmo no inicio dos anos 90 não existia já, e sem dúvida alguma a meio da década que não permitisse fazer boas 650b ou 29?

Já haviam suspensões (também totais), travões de disco, alumínio, carbono e titânio, espessura interna variável, tubos hidro-formados, peças mecanizadas em CNC, aros de parede dupla, manípulos rapidfire, a-headset, direcções de 1,5", pedaleiras e cassetes com diferentes relações, diferentes ângulos de direcção, guiadores elevados, mais largos e por aí fora. E bicicletas a pesar de série 10 e 11kg com suspensão.

Estes componentes eram tão bons como hoje? Obviamente que não. E colocariam dificuldades à produção de rodas maiores? Naturalmente.

Mas se as desvantagens das 26 fossem assim tão evidentes tenho a certeza que as marcas depois de criarem uns protótipos de rodas maiores se aperceberiam claramente e sem margem para dúvidas das suas vantagens imbatíveis, e que arestas teriam que limar para as pôr a funcionar devidamente. Mas chegou a haver mais que protótipos. Chegou a haver bicicletas de série de grandes marcas com outros tamanhos de roda para lá do 26. Então porque é que se continuou a vender roda 26 durante mais 15 ou 20 anos?

Bolas, bastava a Specialized, GT ou Scott perceberem que a 27,5 ou as 29 eram de tal forma incrivelmente superiores que logo na Taça ou Campeonato do Mundo em 1995 apareciam com uma dessas de surpresa e limpavam o pódio! E na prova a seguir já toda a gente vinha com outras iguais. Que isto da competição e do sucesso já na altura era uma força enorme (ou a maior) em termos publicitários e ninguém quer perder.

Ou dito de outra forma, porque é que marcas enormíssimas e com meios de fabrico brutais à sua disposição nunca quiserem saber de forma séria de outros tamanhos para lá do 26, de repente descobriram que andavam enganados e que o 26 não serve? Será que as marcas que não ganhavam campeonatos tinha algum código de honra e prescindiam de competir com material superior por lealdade para com os outros?

Ao fim e ao cabo não foram lançadas imensas bicicletas de roda 29, por exemplo, de péssima qualidade de concepção e construção até recentemente? O que impedia as marcas de o terem feito na altura? Nada. Mas como se criou mercado para estas rodas, e as 26 estavam a acalmar nas vendas toca a forçar outras rodas. Mesmo que as vantagens sobre as 26 não fossem absolutas, foram vendidas como sendo.

Repito, a tecnologia já existia mesmo que em fase inicial em alguns casos, mas numa época em que se investia enormemente em investigação e desenvolvimento parece-me estranho terem demorado tanto tempo a descobrir a pólvora.

A simples explicação da melhor tecnologia actual não explica a falta de investimento e interesse no passado.

Ou achas que uma marca com capacidade de construir uma máquina destas em 1997 não conseguia construir uma roda 27,5 ou 29 eficaz se isso lhe trouxesse vantagens em termos de competição? Olha bem para a tecnologia que ali está aplicada. Não me venhas dizes que isto é uma Penny Farthing... E se recuar mais uns anos encontras outros exemplos de grande tecnologia também.

GT - STS 2 - Suspensão Look Fournales - Mavic Crossride - Travões Magura HS 33 (?) hidráulicos.

 

gcaetano

Member
Já deixei de participar neste tópico, mas de vez em quando gosto de vir cá dar uma olhada. A cena que mais confusão me faz é o extremismo de (alguma) malta... Negar as vantagens da 29 é negar as vantagens da 26, porque são notórias diferenças substanciais que fazem com que cada um dos tamanhos tenha forças e fraquezas específicas. Nem quem vai para 29 está errado nem que tem 26 está enganado. Cada um tem aquilo que tem em função do que pode ter e do que acha melhor. Quem vai em modas ou contramodas ou de negócios à toa, sem se informar, vai enganado. De resto, com quem costumo andar, há 26, há 27,5 e há 29. Cada um com as suas vantagens e desvantagens e com os seus tiques e manhas, o que importa é que nos divertimos e damos ao pedal. Por aqui creio que já se chegou ao ponto em que o que se debate é o sexo dos anjos (e espero eu que sejam do sexo feminino, pelo menos de acordo com aquela marca de lingerie são :D !)
 

nogueira.nuno

Active Member
Sim Medroso#78, surgiram mesmo no inicio do MTB e não durou muito tempo porque não havia fabricantes nem de perto nem de longe como ha hoje!
Lembro-me que tive quase a comprar uns aros de década de 90 que eram 650 e tubulares portanto la esta, e mesmo um pouco como o Joseelias disse, não havia a mesma visão que ha hoje em relação á competição e ao mercado!

Essa STS está super modificada e misturada e na minha opinião para pior ;)


Caetano, sim eu também já nem venho ao Forum á muito tempo mas sem duvida aqui há matéria que já tem mais a ver com gostos e carteiras do que com a que qual melhor se adequa ao rider ou é realmente melhor, mas sempre super discutível por isso….
 

Joseelias

Well-Known Member
@ Medroso#78

Na sexta página deste tópico coloquei imagens de rodas 29 que foram produzidas de série em 1992 (repetido abaixo). Podem ter havido outras antes mas estas entraram em produção e pelo menos as Klein ainda hoje existem na mão de coleccionadores, pelo que algumas foram vendidas e não figuraram apenas nas páginas dos catálogos. Se eram pesadonas e mal desenhadas não posso comentar, mas isso mesmo é dito de grande parte das 29 desenhadas desde 2000 até recentemente. Isto é, durante os anos 90 já havia experiência dos defeitos das rodas 29 (peso, flexibilidade do quadro e componentes, travagem, etc.) que são tudo coisas resolvíveis.

Mas creio que também se tenham apercebido das suas vantagens porque o ângulo de ataque, superfície de contacto e estabilidade não mudaram desde então. As leis da física são iguais. O que fico a pensar é porque é que se as vantagens eram assim tão evidentes em aspectos tão importantes, que com base nisso veio mais tarde a ser afirmado que as 29 iam matar as 26, essas evidências não foram suficientes para se investir desde logo na investigação e desenvolvimento deste tipo de roda. E logo numa época onde tudo era experimentado!

Se vires a bicicleta que pus acima (GT STS-2) não me parece que haja falta de aplicação de alta-tecnologia, nem ignorância sobre a construção de Btt's em 1997. Inclusive a Mavic já construía as Crossride e já haviam travões de disco hidráulicos a serem usados de forma comum no DH.

Seria assim tão impossível alguém pensar em 1997/6/5 que se as 29 eram assim tão implacavelmente superiores, e que a sua afirmação passava simplesmente pelo desenvolvimento de melhores componentes que já existiam (não precisavam de ser inventados) alguma marca das grandes tivesse pelo menos tentado alguma coisa? Pelo menos se isso lhes desse a possibilidade de vencer Taças e Campeonatos do Mundo com o sucesso que isso lhes traria em termos comerciais?

Mais uma vez, não estou a dizer que a roda 29 não presta e que é inferior à 26. É diferente e tem vantagens numa série de usos, tal como se pode dizer o mesmo das 26. Afirmar simplesmente que a sua falta de desenvolvimento se deveu a falta de tecnologia para criar bicicletas eficazes a mim não me convence. A mim aquela GT STS parece-me bastante mais complexa que a maioria das 29 que por aí vejo.

Talvez o sucesso das 29 se tenha devido mais a uma diversificação das modalidades dentro do Btt, que por questões técnicas. Antes só havia XCO e DH, depois surgiu o Freeride e hoje temos mais meia dúzia de modalidades nas quais se incluem as maratonas e onde as 29 podem exibir alguma vantagem. Isto é, a falta de interesse pelas 29 nos anos 90 pode dever-se mais a ninguém se interessar por explorar o lado competitivo das maratonas como aconteceu mais tarde, que por questões técnicas. Penso eu de que...

Bianchi Project 7


Klein Adept (com pneus de estrada)


Diamondback Overdrive
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