Boas!
Mais uma vez participei no evento organizado pela malta amiga da minha terra.
Este ano brindaram-nos com um passeio que disso só tinha o nome...
A volta dos 25kms era puxadita, a bem da verdade. Foi a que fiz e ainda bem, senão tinha chegado já tarde ao excelente jantar.
Vamos por partes...
O levantamento dos dorsais e afins estava ok, sem problemas nenhuns. O saco trazia uma t-shirt do evento, uma senha de jantar (caso tivéssemos optado pela refeição), um lenço prá tola, um saquinho de usar ao pescoço para levar o telemóvel, um panfleto do Festival da Cerveja (no último fds de Julho), um sumo néctar e o dorsal propriamente dito com as respectivas abraçadeiras.
A partida deu-se a horas (1º os do percurso maior e 1,5min depois os restantes).
O início era logo a subir, o que aglomerou muita gente. De facto, um início de passeio a subir sem zona de estabilização cardíaca não é a melhor opção. Muito embora em Lavre seja complicado escolher um local para se começar a volta sem ter que se subir, julgo que a opção de se fazer um início simbólico, a ritmo lento, atá ao km 0 seria a melhor alternativa. Há que adoptar essa solução já testada nos anos anteriores e que, aparentemente, é do agrado geral.
O percurso estava bem sinalizado e não deixava margens para dúvidas. Não sei como estava o percurso dos 55kms, mas pelo que sei havia uma descida que tinha a marcação para virar à esquerda muito em cima da mesma, o que levou a que muita malta se enganasse. No futuro, há que avisar a viragem com mais antecedência...
O percurso dos 25kms era puxadote, sem dúvida. Muito inclinado a princípio e com MUITA areia... Após a 1ª travessia da ribeira, havia uma parede impossível de fazer montado. Acho que o colega que chegou em 1º no percurso maior ainda conseguiu fazer metade dela, mas deve ter sido à rasca.
Os 1ºs 10kms do percurso dos 25kms era lixado... Muita areia, zona irregulares e alguma subidas. Para início, era forte... No entanto, estamos a falar de BTT e não de passeio à beira rio, junto à Expo...
Havia uma zona onde se passava por muitos paus soltos e troncos de lenha, o que, pelo que sei, não estav lá aquando da marcação. No entanto, é um facto que é muito perigoso e que pode originar quedas complicadas, para além dos furos que pode provocar...
Houve estradões no final, descidas fixes, mato a montes, zonas onde não se via onde ia a roda e alguns percursos de água por transpor.... Havia de tudo!
Quase no final, havia que atravessar a ribeira e havia 2 opções.... Ou se ia pela parte mais pequena ou então atravessava-se pelo meio.... Eu fui pela parte mais larga e foi excelente!!!! Cerca de 20m a pedalar com a roda 2/3 dentro de água....
Após isto, virava-se para a zona da Herdade da Garcia e esperáva-nos mais um par de subidas... Aí, contemplávamos um pôr do sol magnífico e umas paisagens de encher o pulmão que já ia a dar as últimas... No topo da subida, estava a fotógrafa de serviço a tirar umas chapas fantásticas.
Assim que passámos a úlitma subida em estrada de terra, entrámos em alcatrão e foram cerca 1000m até Lavre, onde se fez uma pequena volta por umas ruas secundárias até se entrar na Rua da GNR onde estava o final.
Posso dizer que, embora fosse um percurso com dureza acima do normal para um passeio, gostei e vou voltar de certeza.
No entanto, acho que para a próxima se deve reiterar mais vincadamente a colaboração com quem anda de BTT na busca das melhores soluções em termos de percurso e características do mesmo.
Finalmente, quanto ao jantar, estava muito bom. Subscrevo o que o Rafael Monteiro disse sobre este assunto.
Parabéns à organização e a todos os voluntários pelo enorme esforço em proporcionar uma bela tarde de BTT, numa terra com menos de 1000 px e que padece de uma enorme dificuldade em obter forças e apoios para andar prá frente.
Resta-me dizer que foram tiradas 934 fotos por dois fotógrafos e que brevemente estarão disponíveis no seu site (4u2d.pt)
Lavre é uma Nação!
Cumps.
Nuno