vascompsousa
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Maratona do Contrabando - Moimenta
Finalmente o regresso a Moimenta, conhecida como Moimenta da Raia, situada no extremo norte do concelho de Vinhais, distrito de Bragança.
Em virtude do excelente conhecimento que tenho sobre o povoado, pois durante muito tempo passei parte das minhas férias de verão no mesmo, desde logo senti curiosidade por que lugares e trilhos o Raid /Maratona de 50 e poucos km iria passar. A organização da responsabilidade da Câmara Municipal de Vinhais, dinamizada pelo Hélder, que muito tem feito pelo BTT, e por trazer centenas de betetistas e famliares a este recanto integrado na área do Parque Natural do Montesinho.
Pois muito bem: este ano o percurso entrou em terras castelhanas, bem perto do local geográfico conhecido pela fraga dos três reinos, onde efectivamente se divide o território de Portugal, a região autónoma da Galiza e Leão/Castela.
Moimenta, Hermisende, Zeive, Dine, Mountouto e regresso a Moimenta. Os locais pouco dirão aos que não são da terra. Para mim estão cheios de significado pois vezes sem conta ouvi do meu avô histórias do arco da velha, de perseguição de contrabandistas (trelo) e de um Portugal de há 70/80 anos que deixou de existir.
O passeio iniciou-se com a descida à Ponte do Couço sobre o Rio Tuela, por alcatrão, mas rapidamente entramos num trilho que serpenteou a encosta pelo chamado Vale de Bragança. Após alguns Kms a primeira subida do dia que curiosamente já a tinha feito há cerca de dois anos e regresso à estrada que vai a Monfreita. Saída pelo lado esquerdo e entrada num trilho com uma descida alucinante para Hermisende, já em Espanha. Aqui foi servido o primeiro abastecimento.
Muito se tem dito sobre a qualidade dos abastecimentos e a maior ou menor qualidade da oferta disponível. Quem quiser verificar o que é uma organização, de um organismo público, é certo, mas que não se limita a oferecer água de garrafão e laranjas, é só participar neste passeio que tudo indica se fará em 2007. Eles foram empadilhas, chouriço, alheiras, presunto, queijo, marmelada, .... Como era passeio e porque Portalegre é já a seguir aproveitei para saborear um pouco de tudo e permitiu-me reflectir na atitude de muitos betetistas que entravam no espaço a correr e saiam a fugir como se o acabar o mais depressa possível lhe trouxessem alguma mais valia...enfim, cada um é que sabe de si...De Hermisende regressamos a Portugal, sempre por altitudes consideráveis, chegando aos 1300 metros. Passagem por Zeive e entrada em Dine. Se o primeiro abastecimento foi recheado de iguarias opíparas sobre o 2º ...pode dizer-se que as alheiras estavam um mimo e pensei mesmo ficar por ali pois tinha boleia garantida com o Fernando, amigo nosso que nos acompanhou de carro, e que ainda provou o repasto.
Subida ainda a Montouto a cerca de 1000 metros de altitude na encosta da Serra da Coroa e regresso à Moimenta .
Tivemos tempo ainda para viver o ambiente da feira franca que lá se realizava e pena foi mesmo não termos assistido à chega de bois, animaiszinhos que podem facilmente ultrapassr os 500 kg. O boi de cobrição ou boi da aldeia é um bicho de estimação e quando o mesmo perde na luta com outro boi, de outra freguesia, em tempos era sinónimo de grande vergonha e de luto, pois animal de incontornável virilidade, se afugentado ou derrotado por outro, a população masculina do lugar passaria certamente a dormir menos bem. Abandonando agora a etnografia e concluindo o percurso de BTT da maratona do Contrabando: estradões muito rolantes, descidas vertiginosas e algumas traiçoeiras, pois alguns regos estavam escondidos por detrás de lombas pronunciadas, subidas que nunca mais acabavam... enfim, todos os ingredientes para nos porem à prova, a nós e à máquina. Carvalhos , castanheiros e pinheiros, fazendo lembrar o pinheiro nórdico, eram a nota dominante da paisagem
Serviu também para fazer um reconhecimento visual para o passeio que quero organizar de cerca de 100 Km para um grupo muito restrito de tal forma será a sua difiuldade física: Moimenta- Lago de Sanabria.
Abraços e até para a próxima
Vasco
Finalmente o regresso a Moimenta, conhecida como Moimenta da Raia, situada no extremo norte do concelho de Vinhais, distrito de Bragança.
Em virtude do excelente conhecimento que tenho sobre o povoado, pois durante muito tempo passei parte das minhas férias de verão no mesmo, desde logo senti curiosidade por que lugares e trilhos o Raid /Maratona de 50 e poucos km iria passar. A organização da responsabilidade da Câmara Municipal de Vinhais, dinamizada pelo Hélder, que muito tem feito pelo BTT, e por trazer centenas de betetistas e famliares a este recanto integrado na área do Parque Natural do Montesinho.
Pois muito bem: este ano o percurso entrou em terras castelhanas, bem perto do local geográfico conhecido pela fraga dos três reinos, onde efectivamente se divide o território de Portugal, a região autónoma da Galiza e Leão/Castela.
Moimenta, Hermisende, Zeive, Dine, Mountouto e regresso a Moimenta. Os locais pouco dirão aos que não são da terra. Para mim estão cheios de significado pois vezes sem conta ouvi do meu avô histórias do arco da velha, de perseguição de contrabandistas (trelo) e de um Portugal de há 70/80 anos que deixou de existir.
O passeio iniciou-se com a descida à Ponte do Couço sobre o Rio Tuela, por alcatrão, mas rapidamente entramos num trilho que serpenteou a encosta pelo chamado Vale de Bragança. Após alguns Kms a primeira subida do dia que curiosamente já a tinha feito há cerca de dois anos e regresso à estrada que vai a Monfreita. Saída pelo lado esquerdo e entrada num trilho com uma descida alucinante para Hermisende, já em Espanha. Aqui foi servido o primeiro abastecimento.
Muito se tem dito sobre a qualidade dos abastecimentos e a maior ou menor qualidade da oferta disponível. Quem quiser verificar o que é uma organização, de um organismo público, é certo, mas que não se limita a oferecer água de garrafão e laranjas, é só participar neste passeio que tudo indica se fará em 2007. Eles foram empadilhas, chouriço, alheiras, presunto, queijo, marmelada, .... Como era passeio e porque Portalegre é já a seguir aproveitei para saborear um pouco de tudo e permitiu-me reflectir na atitude de muitos betetistas que entravam no espaço a correr e saiam a fugir como se o acabar o mais depressa possível lhe trouxessem alguma mais valia...enfim, cada um é que sabe de si...De Hermisende regressamos a Portugal, sempre por altitudes consideráveis, chegando aos 1300 metros. Passagem por Zeive e entrada em Dine. Se o primeiro abastecimento foi recheado de iguarias opíparas sobre o 2º ...pode dizer-se que as alheiras estavam um mimo e pensei mesmo ficar por ali pois tinha boleia garantida com o Fernando, amigo nosso que nos acompanhou de carro, e que ainda provou o repasto.
Subida ainda a Montouto a cerca de 1000 metros de altitude na encosta da Serra da Coroa e regresso à Moimenta .
Tivemos tempo ainda para viver o ambiente da feira franca que lá se realizava e pena foi mesmo não termos assistido à chega de bois, animaiszinhos que podem facilmente ultrapassr os 500 kg. O boi de cobrição ou boi da aldeia é um bicho de estimação e quando o mesmo perde na luta com outro boi, de outra freguesia, em tempos era sinónimo de grande vergonha e de luto, pois animal de incontornável virilidade, se afugentado ou derrotado por outro, a população masculina do lugar passaria certamente a dormir menos bem. Abandonando agora a etnografia e concluindo o percurso de BTT da maratona do Contrabando: estradões muito rolantes, descidas vertiginosas e algumas traiçoeiras, pois alguns regos estavam escondidos por detrás de lombas pronunciadas, subidas que nunca mais acabavam... enfim, todos os ingredientes para nos porem à prova, a nós e à máquina. Carvalhos , castanheiros e pinheiros, fazendo lembrar o pinheiro nórdico, eram a nota dominante da paisagem
Serviu também para fazer um reconhecimento visual para o passeio que quero organizar de cerca de 100 Km para um grupo muito restrito de tal forma será a sua difiuldade física: Moimenta- Lago de Sanabria.
Abraços e até para a próxima
Vasco