Pois é , pessoal, um homem não é de ferro.As coisas não me correram de feição, nas últimas voltas que tenho feito não me tenho sentido bem (será da idade? até já nem consigo acompanhar a Arquinha ) mas parti com pensamento positivo e na esperança de me voltar a sentir com a antiga jovialidade. Como sabia que os tres heróis que me acompanhavam são a nata dos Cegonhas em termos Bttísticos, avisei-os logo de que deveríamos ir devagar e seguir as indicações do Sr. António Malvar e eles levaram a coisa à risca (aquela cena que ele diz de ir acelerando até aos 35 Kms/h) esqueceram-se da parte do ir acelerando e meteram logo prego a fundo na Comporta.Eu bem gritava, mas o Nikko fez juz ao nome (aquele boneco que se mexe muito depressa) e parece que engoliu pilhas da tal marca (não se pode dizer por causa da PUB.) e quanto mais eu gritava mais rápido ele mexia as pernas. Até perto de Milfontes, onde o Jordão furou (o pneu) foi sempre a esgalhar e trinhamos uma velocidade média de cerca de 31 Km/h. Claro que as coisas tinham de partir e como a corda parte sempre pelo mais fraco, e eu já tinha avisado que assim não chegávamos lá (mas eles chegavam, eu é que não), a partir de Odeceixe, dei o "berro" literalmente".Daí em diante foi um sofrimento permanente.Não sou de me queixar e fui rodando com bastante sacrifício, ainda disse por uma ou duas vezes ao Jordão para se irem embora,que eu iria no meu ritmo, pois estava eu a sofrer e estavam eles também pelo aumento do tempo de permanência em cima da bike, mas o homem não arredou pé. "Deixa de ser maricas e dá ao pedal, morre em cima da bicicleta, vá aver se andas mais um bocado que isso não é nada" e eu "éh pá, isto já não dá mais, não posso fazer milagres, vai-te embora" e ele "Dá mais dá, ainda não chegaste ao teu limite, pedala e cala-te que eu não me vou embora, blá blá... se tu lá chegares eu também chego ..."Isto está um bocado para o cómico, mas sinceramente, quero agradecer ao Jordão, que foi incansável, puxou por nós no final, estóicamente, pois ele também é humano, mas tem uma vontade como nunca vi.Ao Nikko, que no inicio deu tudo o que tinha e no final ainda andava que nem um cavalão e ao Fifas, o nosso veterano, pela grande força de vontade. Este homem, se tiver uma roda à frente a puxar por ele, nunca mais pára. Quero também pedir as minhas desculpas aos três por não ter podido acompanhar o vosso ritmo e ter-vos atrasado tanto, mas paciência... não deu para mais. Para o ano, escolham melhor companhia . No final, encontrei os amigos Mamede (o homem parecia uma locomotiva a puxar pelo Casimiro e este, que o Mamede dizia que ia todo "roto2 correspondeu ao esforço do Mamede e não se foi abaixo) e o grupo do Rémi e da Lena, que já no final me deram mais uma forcinha e alento para chegar a Sagres. Um muito obrigado à Arquinha e ao Major ( o desgraçado ficou mesmo invejoso e com pena de não ter ido) pelo apoio invulgar que nos deu ( esta mulher vale ouro, só foi pena o acidente, mas enfim... tudo se há-de remediar). No final, a Arquinha ainda deu uma ajuda ao pessoal com a Patcholita a fazer de pára vento aos Cegonhas e ao grupo da Lena e do Rémi. De facto, assim anda-se melhor.
No regresso ainda fomos a Zambujeira comer um marisco e assim se passou um excelente dia com estes maravilhosos Cegonhas que mais uma vez se revelaram um grupo especial. Agora Tróia- Sagres só se fôr para apoiar a Arquinha. Pelo menos enquanto me lembrar do empeno