Então vamos lá fazer um comentário a esta aventura.
:arrow: O 1º dia (Porto - Ponte de Lima, 90 Kms) é muito acessível com muita estrada e basicamente "rolante" (apesar de não o parecer na altimetria :wink
. É só para aquecer :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: para os próximos dias :shock:
Logo à partida encontrámos um casal que também ia fazer o percurso de bicicleta
, como o
pukas ainda queria tomar um cafézinho eles foram andando e juntámo-nos mais à frente. Parámos num café em Pedra Furada onde nos foi dito que o carimbo de Rates é dos mais bonitos (não se será só até ali ou de todo o percurso :roll
. Por acaso nem tentámos carimbar em Rates, só me lembro que estava a realizar-se missa na igreja onde paramos para tirar umas fotos, pelo não devia dar para carimbar de qualquer maneira.
:arrow: O 2º dia (Ponte de Lima - Pontevedra, 90 Kms) é
muito duro para contrastar com o primeiro dia. Demorámos cerca de 11h30m e uma média de ~8km/h com paragem incluidas, o que significa que não é preciso um andamento vivo para completar a etapa. Um conselho saiam o mais cedo possível, nós atrasamo-nos e só arrancamos às 8h40 :evil:, 7h/7h30 seria o ideal
Mais uma vez os companheiros de viagem foram andando e reagrupámos depois da descida da Labruja. Por falar na Labruja :twisted: :twisted: :twisted: , esta subida é feita à mão, não há hipótese, e a rogar pragas a todo o peso extra que esteja na bike :mrgreen:
Chegámos a Tui mesmo na hora de abertura da Catedral 8) onde aproveitámos para carimbar a credencial.
Foi neste dia que ocorreram os dois furos do passeio, aos nossos companheiros. O primeiro foi de manhã ainda não tínhamos reagrupado e o segundo foi em Porrino. Nós como íamos dormir em hotel e eles estavam a equacionar talvez dormir em Redondela , fomos andando. Quando eles chegaram a Redondela a meio da tarde já o albergue estava cheio :shock: e tiveram que ir por estrada até Pontevedra para tentar garantir dormida :roll: (depois nem poderam jantar como deve ser porque o albergue fecha as portas, às 21h acho eu)
Conseguimos chegar de dia mas quase no limite às 21h15 já na hora espanhola (+1h).
:arrow: O 3º dia (Pontevedra - Santiago de Compostela, 70 Kms) já foi feito com descontracção até porque o cansaço acumulado já se fazia sentir. Neste dia fomos brindados com uns belos trilhos a descer
Como a previsão do tempo era muito boa nem levamos impermeáveis e a meio da manhã começou a chuviscar. Como passámos numa loja desportiva em Caldas de Reis eu e o
pukas aproveitámos para comprar uns baratos (12.50€) e não é que quando saímos da loja estava sol :shock: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: "De partir o coco a rir"
Os impermeáveis não chegaram a ser precisos.
À chegada, depois das fotos, fomos à Oficina tratar da Compostela (eu fiquei com um papel menos bonito porque assumi que os meus motivos não eram religiosos).
:arrow: O regresso por comboio. O comboio saía às 16h30. Como éramos só quatros não tivemos problemas com as bicicletas, mas se fossemos mais acho que não seria tão fácil (nem imagino como será na época alta :shock
. No comboio da Renfe guardam-se as bikes numa "salinha" (meia sala porque está ocupada com um armário) no fim do comboio, mas tem que se deixar passagem para a sala do maquinista. Com um bocadinho de ginástica ficou tudo arrumadinho. Chegou a Vigo pelas 18h20 e como o próximo só saía às 19h32 para o Porto, lanchámos na estação. O comboio da CP já tinha uns ganchos para pendurar as bikes (mesmo à conta para 4 bikes). Quando veio o "pica" foi-nos dito que estávamos na 1ª classe e tínhamos bilhetes de 2ª
, lá fomos para a próxima carruagem (a diferença é o encosto de cabeça das cadeiras). Pelo mau cheiro que se fazia sentir nesta carruagem :aiui: rapidamente decidimos voltar para a 1ª classe, pelo qual tivemos que pagar mais 4.10€ por pessoa. Antes de chegar ainda tivemos que mudar de comboio (não sei porquê), mas como era dia de semana não tivemos o problema da ponte de Viana do Castelo (passamos lá muito devagarinho :wink
. Finalmente chegámos ao Porto pelas 22h.
Em relação às despesas, eu e o
pukas gastámos pouco mais de 300€, cada um, no total, mas dormimos em 4 hotéis e fomos sempre jantar a bons restaurantes. Também só bebemos água engarrafada apesar de termos passado por muitas fontes. Ficámos a saber que os peregrinos podem ficar na Pousada da Juventude em Ponte de Lima mesmo já não sendo "jovens" e é por reserva (como nos hotéis e ao contrário dos albergues), é quase um hotel mas bem mais barato :wink:.
Uma nota para a sinalização. De facto não há problema, nas cidades quando não se vê as setas basta perguntar. Quando se entra em Espanha nota-se o aparecimento dos azulejos mas nos centros urbanos à zonas em que não vimos setas :shock:, por isso aconselho a levarem o GPS se possível. As setas estão pensadas para os caminhantes, houve uma ou outra ocasião em que íamos lançados numa descida de alcatrão e quase não reparávamos nas setas :shock:
Tivemos muita sorte com o tempo. À partida estávamos mais preocupados com o vento mas nem isso foi problema. As temperaturas eram as ideais (20 e pouco graus). Apanhámos só algumas nuvens mais cinzentas mas não chegou a chover a sério.
Acho que é um passeio que se deve fazer pelo menos uma vez :yeah: :clap: :#1:
Para mim não faz sentido fazê-lo todos os anos, mas é de repetir com certeza.