Fazendo também o resumo:
Saí de casa ás 7:15 (+/-) em direção a São Vicente do Paul. Chegando lá foi palheta daqui, palheta dali, comer qualquer coisa (que o
3dmania gentilmente preparou para nós) até à altura de nos pormos a caminho.
De inicio desviamo-nos um pouco do
track inicialmente planeado (devido ao caminho estar fechado) seguindo sempre perto do Rio Alviela por caminhos de Ovelhas (single track´s) bastante interessantes e com algum sobe e desce.
Um pouco mais à frente retomamos o track e fomos dar aos olhos de água... parámos um bocado, tiramos umas fotos e sempre se aproveita para comer qualquer coisa para repor energia: a subida que se seguia metia algum respeito.
Ao quilometro 30 (desde que saímos de S. Vicente do Paul) já levávamos 1.000 e poucos metros de acumulado. Foi, salvo erro, mais ou menos por essa altura que começou a subida para a serra com uma bela amostra do que do que nos iria acompanhar no restante percurso: pedra e mais pedra. Chegando finalmente lá acima (nesta altura já todos de manga curta e bem quentinhos) deu para parar um pouco, tirar mais umas fotos e pensar no almoço estaria quase (e que seria em Porto de Mós +/- a 20 kms dali).
Foi então nesse trajeto que passámos pela mítica Costa de Alvados: uma paisagem única e de incontestável beleza. Sem dúvida a zona mais marcante de todo o percurso. Já depois da Fórnea começamos a descer mas desta vez enganamo-nos no track acabando por seguir um outro caminho. A descida foi feita constantemente em cima de calhau e cheguei cá abaixo com algumas dores: não propriamente nos pulsos mas nas palmas das mãos.
Depois do almoço no local que o
Rui Marçal nos indicou (sem dúvida um bom sitio para relaxar) e de uma visita rápida ao Castelo da cidade foi altura de voltar novamente a subir. A partir daqui, dada a dureza do terreno e do percurso em si o meu ritmo começou a diminuir... do lado de Serro Ventoso basicamente andámos de topo em topo até finalmente chegarmos ao Arrimal onde parámos para descançar, beber uma água das pedras (para ajudar à digestão do almoço) e para resolver um ou outro problema mecânico (furos e um pequeno corte num pneu).
Por essas razões (para além de já estar a ficar tarde) decidimos subir novamente depois do arrimal não pelo trilho mas por estradão com menos pedra descendo depois já pelo track indo assim ter a Alcanede.
Nessa altura, precisamente por ser tarde, estar roto e não querer atrasar o "comboio" (era o mais cansado do grupo), decidi seguir diretamente para Santarém (poupando assim uns 20 kms).
Acabei por chegar a casa (já depois das 20h) com o conta-kms a marcar 133 kms e 2 860m de acumulado positivo.
Mas para mim o mais difícil nem foram os quilómetros ou o acumulado (apesar de nunca antes ter feito tanto)... foi mesmo a dureza do terreno.
Se valeu a pena? Sem dúvida que sim... e sem dúvida que quero voltar ao PNSAC.
Agradeço também aos companheiros (José, Bruno e Henrique) pelo excelente apoio e companhia.
PS: As fotos estão no link que o
3dmania disponobilizou
.
EDIT: Tínhamos 2 luzes mas entretanto eu segui caminho por outro lado (quando já estávamos fora da Serra).