kamsky75
A única coisa realmente menos aconselhável de fazer é aquilo que não te permita ultrapassar os obstáculos. Não tens problemas nenhuns em pedalares de pé se o piso te permitir. Em subidas mais longas até é bom para ajudar a descomprimir o corpo do esforço e descansar a "bunda" se estivermos sentados na ponta do selim muito tempo ou para ganhar velocidade num troço bom para passar um obstáculo maior de seguida.
Eu gosto bastante de subidas, mais que de descidas, pela questão estratégica destas. Com a experiência vais aprender a usar a bicicleta como uma extensão do corpo nas subidas em que tanto estás na posição deitada que te disse, como de repente te puxas para trás para a roda da frente subir um obstáculo maior, e quando este obstáculo chega à roda de trás, depois de teres percebido se o pneu de trás tem capacidade de o agarrar e não patinar fazendo-te parar, acabas por te levantar um pouco do selim para pores peso à frente e ajudar a roda de trás a passar!
O planeamento das rotas de subida enquanto pedalas para seguires pelos melhores locais e a tentativa de as cumprir é um desafio engraçado para quem gosta deste quase "jogo de xadrez" e por vezes exige alguns golpes de rins para obrigar a bicicleta a seguir por onde queremos.
Relativamente aos pneus, se o de trás for igual ao da frente eu invertia o sentido atrás. Parece-me que ia melhorar a tracção um pouco. Mas isso ias ter que avaliar. De qualquer forma se forem os dois iguais podes sempre comprar um especifico para trás, com tacos perpendiculares ao andamento e não tão paralelos como esse pneu tem. O que está na foto parece mais pensado para a frente.
Relativamente à pressão, em Btt, eu costumo usar a mínima recomendada nos flancos do pneu. O pneu fica mais flexível e molda-se mais ao terreno. Em subida isso ajuda bastante em particular atrás pois o pneu adapta-se com mais facilidade às pedras e às inclinações das laterais dos regos. Desliza é menos em estrada se andares nesse piso.
Se desceres rápido e por sitios com pedra fixa e angulosa, e/ou fores um pouco pesado podes considerar subir um pouco da pressão mínima para evitar os snake-bytes (ou o trilhar da câmara de ar) se esta for esmagada entre o pneu e o aro.
Se a frente se levanta assim tanto (tive uma bicicleta que parecia uma cavalo selvagem sempre a empinar
) podes pensar em baixar a frente invertendo o avanço, ou arranjando um guiador com menos elevação ou mesmo plano ou passando as anilhas da direcção por baixo do avanço para cima deste. Desde que isso não se torne demasiado desconfortável para ti e te provoque dores no pescoço e ombros. Também podes chegar o selim mais à frente no espigão desde que não fiques encolhido ou comprar mesmo um espigão sem recuo.
Tens várias opções de afinação dependendo da tua bicicleta e mesmo sem gastar dinheiro. Não convém é ficares encolhido ou com dores no pescoço, ombros e braços.