Não é para falar, é para fazer!

jopedru

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Ora este tópico tem haver com um "levantamento" que tenho andado a fazer no ambito de um estudo sobre mobilidade urbana em bicicleta. E qual não é o meu espanto, que no meio de muita confusão e critica, quem acabo por encontrar no topo das prioridades a mudar, senão mesmo os ditos ciclistas e seus amigos.

Pois é meus camaradas de pedal, é que como diz o outro: "se pedalasses como falas..." Portugal era neste momento um pais com uma taxa de utilização diária da bicicleta superior a 20%, quiçá nos 25% da Holanda.

Acontece que se lê muito por ai que se "as coisas fossem assim", "se as coisas fossem assado", toda a gente usava a bicicleta para ir para o trabalho, para ir á mercearia, para ir levar, ou buscar os miudos ao infantario.

Mas as principais businadelas que levo na cidade, são de atletas de fim de semana, rigorosamente equipados com porta bicicletas no topo dos tejadilhos.

A utilização diária da bicicleta está ainda reservada a dois tipos de povo: os pobres da Républica Popular da China, e os ricos e cultos do Norte da Europa.

Mas o busilis da questão não é essa, é que surprendentemente, o pior inimigo da utilização da bicicleta nesta forma tão vulgar, são, surpreendam-se, quem as vendem! Peguem na vossa bicicleta e desloquem-se até á vossa loja habitual (de bicicletas) e prendam a bicicleta ao mobiliário especifico para este efeito que estes tenham disponibilizado aos clientes. Pois... Contam-se pelos dedos!

Ou seja, primeiro passo para a mudança de mentalidades. Todas as lojas de bicicleta terem mobiliário que permita prender-mos as bicicletas de forma conveniente e segura.

Muita gente fala, mas quem devia dar o exemplo, remete-se á prosa das desculpas habituais!

Falem-me de outras situações em que seja possivel e fácil passar da poesia á realidade e que contribua para a evolução do conceito: mobilidade urbana em bicicleta.

Abraços

Pedro Silva
 

FMCurto

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Infelizmente nem sempre é fácil, e nem é pelas inclinações ou desníveis que isso até é o que dá piada a andar na cidade.Tem mais a ver com a dificuldade logística de andar com a bicicleta atrás.

Tenta entrar no Jardim Zoológico com a bicicleta na mão...
"Olhe lá, a bicicleta não pode entrar"
Eu: "Vou só comprar um hamburguer"
Segurança: "Pois,mas não pode entrar"
Eu:"Não tenho cadeado,posso então deixa-la ai no seu gabinete 5min?"
Resposta: "Nem pensar"
...
Uns dias depois:"Prende-la lá dentro?Nem pensar!Lá fora"

Entretanto fui a Decatlhon (de bicicleta) para comprar um cadeado pq o meu anterior saltou a fechadura:
"Posso deixar aqui a bicleta junto a oficina enquanto vou lá dentro comprar um cadeado?"
Resposta: "Deixe lá fora"
Eu:"Deixava se tivesse cadeado que por acaso até venho comprar um"
Resposta: "Tenho de falar com o gerente"
Lá 15 min depois recebi o ok para poder deixar a bicla e ir gastar dinheiro na loja deles.
 

jopedru

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Golias, são perspectivas, os foruns podem existir para criticar e construir, em portugal existem para maioritáriamente criticarem e chorarem.

FMCurto, compreendo tudo que apontaste e é precisamente ai que acho que "podemos" intervir. Não podemos esperar que tudo aconteça por acção do governo. É nas bases (o cidadão) que deve surgir o movimento e quando este ganha corpo, as necessidades são naturalmente satisfeitas. Porquê que toda a gente vê as bicicletas como objeto de lazer?? Porque o ciclista assim faz questão de as manter.

É preciso intervir, nao junto dos porteiros, mas junto das direções, de uma forma critica e construtiva onde se mostre o erro, mas se enalteça as mais valias de uma melhoria.

Já repararam na quantidade de anuncio "somos verdes e ecológicos" onde a campanha não passa de anuncios á porta?!
 

Mach 4

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A minha irmã passou 4 dias em Amsterdão na semana passada.
Sabem qual é a principal razão de tanta gente andar lá de bicicleta?
Acham que é por ser o meio mais económico para se deslocarem?
Acham que é por os residentes serem ecológicos?
Será que é por todos eles gostarem muito de fazer desporto?

NÃO!!

É simplesmente porque a cidade em si ser muito pequena, com muito movimento e com ruas muito estreitas.
Essa é claramente a razão que por lá o pessoal anda todo de bicicleta, por ser rápido de se deslocarem do ponto A ao B, sem grandes paragens ou engarrafamentos, já para não falar no facto da procura de lugares para estacionar. Já viram algo mais prático do que montarem numa bicla e pedalarem 500 metros para entrarem num café sem se preocuparem com multas, sem aquele stress e sensação que estão a estorvar o trânsito?
Claro que com o tempo isso virou tradição e até atracção turística, quase como um exlibris da cidade.
Qualquer turista pode fácilmente alugar uma bicicleta para conhecer a cidade, já aqui no Porto vários turistas me abordaram para tentar saber onde alugarem bicicletas. Isso no entanto já está a mudar, mas demoraram algum tempo (demais) até alguém se aperceber que havia este tipo de procura. Já na ciclovia da Régua uma vez um turista (alemão) viu-me a pedalar e fez-me a mesma pergunta, com aquela expressão de enorme vontade - "Onde posso alugar bicicletas?"

Claramente que a pressão não deveria começar por quem deseja passear de bike, mas sim dos autarcas e demais responsáveis por determinados sectores turísticos que deviam antecipar estes pedidos e aproveitar um mercado claramente proveitoso para a autarquia. Com ou sem exploração nas ciclovias que temos espalhadas ao longo da nossa extensa costa muita gente poderia estar a ganhar mais prazer e outras mais dinheiro.

Depois há cidades e cidades. O Porto tem imensos desnivéis e pouco espaço para as pessoas circularem de bike com alguma segurança. Já Berlin e Amsterdão são cidades planas e préviamente preparadas para os ciclistas e cicloturistas.

Quanto ao resto - escrevam cartas ás direcções das lojas, dos parques, etc, que não vos deixem guardar as bicicletas.
Ou então criem uma petição para esse efeito neste site :

http://peticaopublica.com/
 
Last edited:
Eu também já estive em Amsterdão e dei umas voltas de bicla por lá.:cool:
Só encontrei 2 problemas..
1 - Os estacionamentos para biclas na estação de comboios, é tão grande que nos perdemos e fica dificil encontrar a bike. hehe :p
2 - Não se pode deixar uma bike das boas estacionada em qualquer lugar porque não há cadeado que resista. Se prendes as rodas, levam o quadro, se prendes o quadro levam as rodas..:mad:
Por isso em Portugal por mais condições que hajam, este vai sempre sempre um problema.. dos grandes!
 

jopedru

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Eu continuo a ficar parvo com este tipo de posições! Acho que me vou trancar em casa a iniciar petiçoes na internet. É isso! Vou começar a tratar de petiçoes on-line porque o trabalho no terreno já era, agora é tudo electronico e os autarcas é que tem a obrigação de tratar de tudo! E como é mesmo?? Antecipar as ne4cessidades, não é???!!!

Chama-se iniciativa e deve partir sempre das bases. Precisas vai e pega, ou vai e cria! Chama-se também empreendorismo e é uam capacidade reservada a alguns, alguns que vem um pouco mais longe, alguns que não ficam a pensar em petiçoes on-line, mas antes em arregaçar as mangas e fazer pelas proprias mão. Alguns que acreditam que o impossivel está guardado para os que ficam em casa a pensar em petições on-line!

Já agora: "(...)O Porto tem imensos desnivéis e pouco espaço para as pessoas circularem de bike com alguma segurança(...)"

Meus caros, é precisamente contra este estigma cultural que temos de lutar. Estudem um pouco sobre a evolução social Holandesa, por favor façam-no e depois atirem ovos aqui ao nosso amigo Mach 4. (não é nada pessoal)

Eu crei este tópico á procura de pessoas que acreditam, á procura de pessoas capazes...saiam das vossas conchas que eu sei que andam por ai.

Abraço
 
De há um ano para cá, quase só uso o automóvel em deslocações superiores a 20 km de casa, com mau tempo ou quando tenha de transportar cargas! Normalmente uso a minha bicicleta velha (a nova só uso para deslocações em que eu esteja sempre perto dela), estaciono-a nos estacionamentos próprios e/ou locais abertos, muito frequentados e visíveis; com um cadeado a prender sempre 3 coisas (quadro, 1 roda e local onde fica presa). Contudo, estou sempre receoso e desconfiado que alguém a roube ou a vandalize.

Penso que nesta altura do vale-tudo, impunidade e aumento da criminalidade, a questão da segurança contra furtos é um sério obstáculo à massificação do uso da bicicleta.

Uma das soluções para este problema parece-me óbvia e com poucos custos adicionais para o estado ou grandes entidades empregadoras privadas: muitas destas entidades públicas ou privadas custeiam seguranças e video-vigilância, que estão imóveis a tempo inteiro, controlando portarias, acessos ou estacionamentos. Porque não colocar estacionamentos para bicicletas em locais já vigiados, sob o campo de visão destes profissionais e equipamentos, sem custos adicionais?
 

jopedru

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Bruno, antes de mais parabéns pela tua atitude. A questão é precisamente essa, a bicicleta tem um lugar, o automovel outro e tu enquadraste-os na perfeição.

A questão da segurança que colocas é mais do que válida. Se por exemplo começares a visitares escolas secundárias, voltarás a essa conclusão que formulaste. Os locais para bicicletas estão sempre mal construidos e sobretudo, mal posicionados, em escolas, shoppings, etc...etc...

Mesmo a questão da circulação fora das ciclovias pode melhorar para o utilizador da bicicleta, é preciso é começar a falar no assunto, só assim se inicia uma mentalização social e então o governo começará a ver a sua importancia.

Para alguém mais atento, poderá reparar no considerável aumento de bicicletas a circular diáriamente no Porto, mesmo dobraveis a sair do metro. O que também reparo é que são estrangeiros residentes a iniciar o movimento, não tarda o contágio será inevitável.

Até usa bons cadeados.

Abraço
 

arrabida_rider

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boas,
eu tambem vou de bike para o emprego mas tem sido cada vez mais dificil.
na minha empresa tem os tais suportes para por a bike, mas ja me aconteceu, dentro da propria empresa ser vandalisado... com o seguranca a 20 metros!
e a minha solucao ate agora tem sido deixar o carro na empresa e quando la chego meto a bike dentro do porta bagagens. mas e uma solucao pouco viavel e provavelmente vou ter de a deixar de fazer porque eu vivo sozinho, e consequentemente so tenho um carro e ja me vi muitas vezes aflito porque nao tinha carro
 

jopedru

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Nesse caso e não sendo caso unico, mas nesse caso especifico, achas que a videovigilancia seria uma solução? Ou já pensaste em algo simples que pudesse ser feito?
 

arrabida_rider

New Member
no meu caso, como tenho escritorio unico o melhor era me deixar por la a bike comigo na casa de banho do escritorio.
mas nao e possivel por isso secalhar video vigilancia com as camaras perto das bikes para se perceber bem quem foi.
 

Mach 4

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Eu continuo a ficar parvo com este tipo de posições! Acho que me vou trancar em casa a iniciar petiçoes na internet. É isso! Vou começar a tratar de petiçoes on-line porque o trabalho no terreno já era, agora é tudo electronico e os autarcas é que tem a obrigação de tratar de tudo! E como é mesmo?? Antecipar as ne4cessidades, não é???!!!

Ó jopedru,

Mostra-me lá uma cópia da carta que escreves-te ao Rui Rio sobre este tema das bicicletas?
Ou vais-me dizer que ainda não escreveste nenhuma?
Sabias que hoje as torres do bairro do Aleixo foram hoje abaixo?
Agora diz-me lá se o autarca em questão soube ou não soube antecipar as necessidades?

Espera aí...já sei - primeiro queres que o pessoal comece a falar e a discutir sobre o assunto, de forma a ganhar alguma notoriedade e evoluir para um tema de interesse geral, mas por outro lado também dizes que não se deve perder muito tempo a falar e a fazer petições, mas sim agir.
Então tenho-te a dizer que o título escolhido para o teu tópico é no minimo um pouco contraditório porque eu acho que se alguém fizer uma petição sobre este tema já está, de algum modo, a agir. Como? - lançando este tema em discussão onde centenas de comentários podem vir a ser visualizados, mas acima de tudo angariando assinaturas para apoiar e refutar as tuas ideias. Mas se calhar sou eu que estou a pensar mal, ou não será que és tu que estás a criticar que agora se faz tudo on-line quando tu próprio estás a fazer isso mesmo recorrendo á net?

Chama-se iniciativa e deve partir sempre das bases. Precisas vai e pega, ou vai e cria! Chama-se também empreendorismo e é uam capacidade reservada a alguns, alguns que vem um pouco mais longe, alguns que não ficam a pensar em petiçoes on-line, mas antes em arregaçar as mangas e fazer pelas proprias mão. Alguns que acreditam que o impossivel está guardado para os que ficam em casa a pensar em petições on-line!

Olha lá uma coisa, se falas tanto em agir porque não te pões a colar cartazes em locais estratégicos?
Porque é que não rediges uma carta a expores os teus pontos de vista e te pões a tirar 5.000 cópias e vais de bicicleta fazer de carteiro e entregar essas cartas porta a porta?
Ou melhor, que tal um comício na baixa da cidade onde habitas?
Isso é que é agir, certo?

Já agora: "(...)O Porto tem imensos desnivéis e pouco espaço para as pessoas circularem de bike com alguma segurança(...)"

Meus caros, é precisamente contra este estigma cultural que temos de lutar. Estudem um pouco sobre a evolução social Holandesa, por favor façam-no e depois atirem ovos aqui ao nosso amigo Mach 4. (não é nada pessoal)
Eu crei este tópico á procura de pessoas que acreditam, á procura de pessoas capazes...saiam das vossas conchas que eu sei que andam por ai.

Parece mesmo que não vives no mesmo país que eu, ou pelo menos na mesma cidade...
Eu acredito é que por muito cuidado que tenha a pedalar num centro citadino como o Porto ou Matosinhos nunca estou livre de levar com um carro em cima, ou com um murro na cara, ou que me roubem a bicicleta, e olha que nesta altura nem é preciso estar presa a nada, apenas te empurram para o chão e siga.

Pergunto-te se sabes quais são as 2 principais razões de veres cada vez mais pessoal a andar de bicicleta na cidade invicta?
Se sabes diz lá então, até porque não é preciso perceber muito de história para descobrir isso.

Já agora...quando me atiram ovos eu aproveito e faço omoletes.






A questão da segurança que colocas é mais do que válida. Se por exemplo começares a visitares escolas secundárias, voltarás a essa conclusão que formulaste. Os locais para bicicletas estão sempre mal construidos e sobretudo, mal posicionados, em escolas, shoppings, etc...etc...

Mesmo a questão da circulação fora das ciclovias pode melhorar para o utilizador da bicicleta, é preciso é começar a falar no assunto, só assim se inicia uma mentalização social e então o governo começará a ver a sua importancia.

Para alguém mais atento, poderá reparar no considerável aumento de bicicletas a circular diáriamente no Porto, mesmo dobraveis a sair do metro. O que também reparo é que são estrangeiros residentes a iniciar o movimento, não tarda o contágio será inevitável.
 

jopedru

New Member
Olha lá, não estou para entrar aqui em discussoes contigo, apenas tenho a dizer sobre a tua primeira intervenção aqui cheia de certezas, conclusoes e resoluções. Se Thomas Edison se tivesse sentado, se calhar ainda hoje usavas velas de cera, se os irmãos Wright não tivessem contrariado as leis cienficas estabelecidas na epoca, ainda hoje andavas de barco para atravessar continentes. Isto só para dizer que há pessoas que acreditam e então partem do prencipio que "não sabem nada", depois há os outros que já sabem tudo, como TU!

Ponto final.
 

José Martins

Administrator
Meus senhores, as opiniões são todas válidas, em especial se forem devidamente justificadas pelos seus autores.
Essa será a unica forma de querermos que os restantes possam eventualmente partilhar a nossa, pois de outra forma, serão apenas pontos de vista sem qualquer conteúdo.

Agradeço que continuem o debate, caso assim o entendam, mas que evitem as trocas de galhardetes e trocas directas de opiniões.
Saber respeitar as opiniões diferentes da nossa é acima de tudo, um sinal de inteligência e de capacidade de argumentação.
Para evitar situações que já no passado aconteceram, agradecia que não perdessem este pedido de vista em intervenções futuras. Ninguém tem prazer em limpar tópicos, apagar posts ou suspender contas.

Boas pedaladas a todos.
 

Mach 4

New Member
Ponto final...e virgula se faz favor!

Pergunto-te se sabes quais são as 2 principais razões de veres cada vez mais pessoal a andar de bicicleta na cidade invicta?
Se sabes diz lá então, até porque não é preciso perceber muito de história para descobrir isso.

Para quem está a fazer um estudo sobre o tema parece que ainda tem muito trabalho de casa por fazer, de outra forma já teria conseguido responder a esta pergunta.
Enquanto não obter resposta concreta á dita acho que nem vale a pena postar mais neste tópico.

Força nesse teu empenho e mesmo sem postar vou acompanhar este tópico só para ver os resultados que poderás obter nesta tua justa e honrosa causa.

Boas pedaladas a todos.
 

jopedru

New Member
Na continuidade do titulo do tópico e já introduzindo um pouco mais do estudo que até ao momento tenho realizado, a posição do nosso “colega” Mach” é perfeitamente enquadrada dentro do plano. Situações como esta que todos podemos testemunhar estão contempladas no estudo, não na vertente promoção, mas num acompanhamento paralelo: as adversidades.

Em que medida um praticante desportivo de ciclismo pode ser considerado adverso á promoção da mobilidade em bicicleta. Na medida em que é visto pelos não praticantes e não utilizadores de bicicleta como portador de conhecimento. Este tipo de pseudo amigo da bicicleta não traduz acréscimo á mobilidade, dado o seu grau de ceticismo. Mas dada a sua posição no meio, é considerado um fator adverso e prejudicial pela imagem negativa da mobilidade urbana que passa a potenciais interessados.

Este tipo de figura, diminui toda a capacidade e potencialidade da bicicleta, uma vez que a relega apenas e exclusivamente para uma utilização de lazer e de desporto.

A sua intervenção acaba por ser benéfica porque se encaixa num estereotipo estudado no projeto.

Dai a grande necessidade de haver um trabalho de campo mais ativo, porque não se trabalha apenas contra uma estagnação, há um reduzido numero de agentes, que lutam contra o movimento a que deveriam fazer parte.

Cumprimentos;

Pedro Silva
 

FMCurto

Active Member
FMCurto, compreendo tudo que apontaste e é precisamente ai que acho que "podemos" intervir. Não podemos esperar que tudo aconteça por acção do governo. É nas bases (o cidadão) que deve surgir o movimento e quando este ganha corpo, as necessidades são naturalmente satisfeitas. Porquê que toda a gente vê as bicicletas como objeto de lazer?? Porque o ciclista assim faz questão de as manter.

É preciso intervir, nao junto dos porteiros, mas junto das direções, de uma forma critica e construtiva onde se mostre o erro, mas se enalteça as mais valias de uma melhoria.

Para dizer a verdade na altura até me passou pela cabeça pq fiquei lixado e tive de ir por a bicla ao trabalho e voltar a pé: pedir o livro de reclamações e apontar lá alguma sugestão de até eventualmente criarem um corredor de ciclovia dentro do próprio jardim, seria até uma maneira de atraírem mais visitantes,confesso que não o fiz por conformismo pq teria de lá voltar mais tarde....a pé :)

Agora na cidade e talvez contra a ideia generalizada não noto no dia a dia grande hostilidade da parte dos condutores, tirando talvez um ou outro caso pontual que se exaltam quando lhe chamo a atenção por não usarem piscas quando vão parar ou cortar á direita.Até os taxistas que tantas vezes são vistos como ameaça são bastante respeitadores se os próprios ciclistas se derem ao respeito e não usarem como já vi algumas vezes os corredores do bus em grupos a andarem lado a lado.

Tenho família em Aveiro e bem sei que é sobretudo plano, mas estou convencido que talvez seja o que temos de mais parecido com a Holanda.Novos e velhos,mulheres, homens e crianças vê-se a toda a hora a andar de bicicleta no dia-a-dia na estrada, não tanto no centro mas mais nos arredores: Ilhavo e afins.Tb nunca vi tantas scooters/bicicletas elétricas como aí.
Para esse estudo talvez vale-se a pena investigar melhor essa zona e tentar duplicar esse efeito noutros sítios.
 
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