Teste de longa duração – mondraker foxy-r 2005 :wtf: (pois é... 2005!)
Embora já tenha passado mais de ano e meio… penso que poderei fazer um teste de Loooongaaa duração.
A bike em questão pertence à família da Mondraker, marca cediada nos “montinhos” do “País Vasco/Espanha”.
A filosofia da marca, é projectar e construir protótipos e mandar fabricar em série na antiga Ilha Formosa / Taiwan.
A Foxy-R pertence a uma nova classe de BTTs de Enduro, sendo este modelo caracterizado por cursos longos (frente e trás – 150 mm máximo) e um peso algo contido (14,5 /15 kg).
Colocada abaixo das Level e das Curve, penso que o modelo Foxy está direccionado a pessoas que gostam de descer sem ajuda externa, e desejam um elevado conforto permitido pelas suas suspensões.
Falando primeiro do quadro, podemos verificar que é pintado de preto mate com autoclantes beje claros, tem um bom grafismo.
A nível de soldadura, verifica-se uma boa qualidade (visual) e possuí rolamentos selados em todos os pontos de rotação o que deixava de se antever um bom comportamento e sensibilidade da suspensão. A coluna de direcção e a zona do tubo de espighão encontram-se reforçados sendo o tubo diagonal do triângulo principal ovalizado na zona superior junto da direcção e ovalizado lateralmente junto do BB, para deste modo permitir um maior cordão de soldadura.
O amortecedor é um Manitou Swinger 4 way Air que funciona na perfeição, permitindo um acerto milimétrico de todo o set-up. Este acerto pode levar algum tempo até se chegar ao melhor compromisso. Penso que este ponto devia ser revisto, de forma a tornar mais fácil e natural a afinação do amortecedor (estilo Fox RP3)
No entanto a regulação do Swinger 4 way, não é um bicho de sete cabeças, e lendo com atenção o manual consegue-se afinar e refinar o “set-up” até conseguimos ter um comportamento bestial!
Uma das grandes vantagens do ar, é a facilidade de alterar os parâmetros no mínimo tempo possível, e sem necessidade de se retirar o amortecedor do quadro.
O quadro permite a afinação do curso entre os 110, 125 e 150, e as diferenças são apreciáveis entre cada uma.
O Curso de 110 mm, apresenta uma suspensão activa qb, e dado o peso da bicicleta não ser o mais comedido, penso que se devia limitar este curso para zonas muito planas e lisas, sem drops… nem nada disso! Ganha-se alguns ângulos na coluna de direcção ficando entre uma bicicleta de XC (passeio) e uma Enduro.
O curso tem sido mais usado entre os disponíveis é o de 125 e é onde está actualmente. Neste afinação o bom compromisso entre curso/absorção/agilidade/utilização é muito interessante, tornando-se uma bicicleta de “faz qualquer coisa”, não se envergonhado em nada.
Neste perido (Março 2005 à actualidade) usei 1 vez com um curso de 110 mm, e seria o curso escolhido caso o terreno não seja muito acidentado (estado!). Sobe muito bem, e ao descer apercebemo-nos da falta de curso, mas nada de especial se levarmos o amortecedor bem afinado (terreno pouco acidentado!).
As pequenas irregularidades, não são muito bem absorvidas, e para quem tem apenas uma bicicleta, com este set-up juntamente com pneus mais finos, daria perfeitamente para se fazer uma maratona, com um conforto bem superior a uma bike de XC.
A 125 mm, penso que é melhor compromisso entre curso, agilidade, utilização. O vaivém da suspensão quando se pedala é perfeitamente controlado, e a absorção é muito boa embora não seja das bicicletas mais ágeis, dado a distância entre eixos, e o ângulo de direcção.
A 150 mm, e colocando um sag perto dos 35%, é impressionante como a bicicleta altera o comportamento.
A subir já custa um pouco devido ao aumento da inclinação da coluna de direcção e sinceramente limitaria este set-up para fim de semanas apenas para curtir a descer, ou zonas muito difíceis técnicamente – Lousã/Arganil/etc..
Basicamente a coluna de direcção fica mais “relaxada” ganhando em estabilidade, mas o ângulo do tubo de selim também se torna mais inclinado e devido ao grande sag, ao subir é muito esquisito, dado que com pedaladas fortes e sentado a suspensão vai muito abaixo.
A descer… eheheheh, é a locura total! E se pensamos que 125 mm é bom, com 150 é excelente.
Saltos, drops… etc são facilmente recepcionados, mas não se esqueçam que a bike não é feita para abusos! Para isso existem as Curve (embora as posicione no mesmo nível – é a versão mola! Ehehhe) e as LEVEL.
Uma das vantagens que eu sinto neste quadro é de ter um tubo de espigão sem ser interrompido, permite subir muito bem porque permite regular o banco de forma a ser eficaz a subir, e assim que mudamos de direcção e a nossa amiga gravidade se junta a nós para ajudar a subir os níveis de adrenalina, podemos baixar ao máximo o banco, aumentando assim o espaço e baixando ao máximo possível o centro de gravidade quando sentados.
A suspensão da frente – Marazocchi All Moutain 1, casa excelentemente nesta bike!
O curso que pode variar entre os 130/150 mm, permite um ajuste perfeito ao quadro. A regulação é muito simples, e possí gadgets simplesmente geniais:
TST
ETA
O TST permite mudar o comportamento da suspensão mesmo sentados. E aplicando o ETA, permite comprimir a suspensão para termos menos inclinação de coluna de direcção ajudando em muito a subida!
Simplesmente brutal a combinação TST + ETA, permitindo ter uma forqueta rígida+baixar a frente, ajudando e de que maneira a nossa subida.
Em termos de rigidez, penso que é mais que suficiente não sentido a necessidade de mais, além que facilita e de que maneira retirar rodas e afim... mas claro está, para mim rigidez nunca é demais! O problema é que ao colocar um eixo de 20 mm iremos perder um pouco da “simplicidade” mecânica.
Quanto aos componentes não me vou pronunciar muito apenas refero que sendo a bike para All-Moutain deveria vir com a opção de colocar disco de 180 mm atrás. Dado que em descidas muito, muito rápidas e longas, o disco aquece e perde toda a eficiência!
Os travões são uma coisa muito boa, permitindo regular a potência e aproximação da manete! Ergonomicamente falando, acho as manetes excelentes e com um excelente formato.
Os pneus são medianos, escorregando um pouco em terreno seco e não compactado. Brevemente irei substituir por uns HighRollers… ou algo do género. As rodas tem aguentado a porrada, mas os aros deviam ser um pouco mais larcos.
O banco poderia ser melhorzito, preferindo de que maneira o meu antigo Flite em ti.
O resto dos componentes é Shimano XT, RaceFace… etc.
Em breve pretendo trocar o avanço por o achar demasiado longo o que penaliza em descidas muito técnicas.
Enfim uma excelente bicicleta para quem se acha bem preparado físicamente (sempre são quase 15 kgs de bicicleta), para fazer dela a única bike em casa – XC/Subidas/Descidas/Shores/Saltos/DH/etc...
A bicicleta mais barata com o mesmo curso seria a Curve R, mas no entanto são +1.5kg!
A nova Foxy R MY06, ficou ainda melhor, o quadro mais bonito com mais zonas com tubos hidroformados sendo ligeiramente mais baixa de BB, possuindo uma suspensão FOX 36 e componentes de transmissão melhores. O preço... subiu.
Para 2006, e para quem pretende efectuar mais freeride e utilizar a bicicleta como uma bicicleta para fazer tudo sem ajuda exterior (carros, etc), penso que continua uma grande bicicleta. Embora…
… para quem quer fazer mais descidas e estar mais limitado em termos de locomoção, penso que seria melhor as novas Level SL.
… para quem não queira gastar tanto uma Level normal penso que é uma boa opção!
Sendo pouco mais que 2200€.
… para quem preferir mais All-Moutain sem fazer nada de Shores, DH ou saltos, penso que as novas Factory são excelentes máquinas, com um bom compromisso entre preço/qualidade/equipamento
Fica pois então o meu contributo.
Fotos… a ver se tenho tempo para a fotografar este fim de semana! :roll:
Assim como a desmontagem completa do quadro de forma a verificar o estado dos rolamentos e tudo mais... até lá... boa seca a ler isto tudo! :mrgreen:
Embora já tenha passado mais de ano e meio… penso que poderei fazer um teste de Loooongaaa duração.
A bike em questão pertence à família da Mondraker, marca cediada nos “montinhos” do “País Vasco/Espanha”.
A filosofia da marca, é projectar e construir protótipos e mandar fabricar em série na antiga Ilha Formosa / Taiwan.
A Foxy-R pertence a uma nova classe de BTTs de Enduro, sendo este modelo caracterizado por cursos longos (frente e trás – 150 mm máximo) e um peso algo contido (14,5 /15 kg).
Colocada abaixo das Level e das Curve, penso que o modelo Foxy está direccionado a pessoas que gostam de descer sem ajuda externa, e desejam um elevado conforto permitido pelas suas suspensões.
Falando primeiro do quadro, podemos verificar que é pintado de preto mate com autoclantes beje claros, tem um bom grafismo.
A nível de soldadura, verifica-se uma boa qualidade (visual) e possuí rolamentos selados em todos os pontos de rotação o que deixava de se antever um bom comportamento e sensibilidade da suspensão. A coluna de direcção e a zona do tubo de espighão encontram-se reforçados sendo o tubo diagonal do triângulo principal ovalizado na zona superior junto da direcção e ovalizado lateralmente junto do BB, para deste modo permitir um maior cordão de soldadura.
O amortecedor é um Manitou Swinger 4 way Air que funciona na perfeição, permitindo um acerto milimétrico de todo o set-up. Este acerto pode levar algum tempo até se chegar ao melhor compromisso. Penso que este ponto devia ser revisto, de forma a tornar mais fácil e natural a afinação do amortecedor (estilo Fox RP3)
No entanto a regulação do Swinger 4 way, não é um bicho de sete cabeças, e lendo com atenção o manual consegue-se afinar e refinar o “set-up” até conseguimos ter um comportamento bestial!
Uma das grandes vantagens do ar, é a facilidade de alterar os parâmetros no mínimo tempo possível, e sem necessidade de se retirar o amortecedor do quadro.
O quadro permite a afinação do curso entre os 110, 125 e 150, e as diferenças são apreciáveis entre cada uma.
O Curso de 110 mm, apresenta uma suspensão activa qb, e dado o peso da bicicleta não ser o mais comedido, penso que se devia limitar este curso para zonas muito planas e lisas, sem drops… nem nada disso! Ganha-se alguns ângulos na coluna de direcção ficando entre uma bicicleta de XC (passeio) e uma Enduro.
O curso tem sido mais usado entre os disponíveis é o de 125 e é onde está actualmente. Neste afinação o bom compromisso entre curso/absorção/agilidade/utilização é muito interessante, tornando-se uma bicicleta de “faz qualquer coisa”, não se envergonhado em nada.
Neste perido (Março 2005 à actualidade) usei 1 vez com um curso de 110 mm, e seria o curso escolhido caso o terreno não seja muito acidentado (estado!). Sobe muito bem, e ao descer apercebemo-nos da falta de curso, mas nada de especial se levarmos o amortecedor bem afinado (terreno pouco acidentado!).
As pequenas irregularidades, não são muito bem absorvidas, e para quem tem apenas uma bicicleta, com este set-up juntamente com pneus mais finos, daria perfeitamente para se fazer uma maratona, com um conforto bem superior a uma bike de XC.
A 125 mm, penso que é melhor compromisso entre curso, agilidade, utilização. O vaivém da suspensão quando se pedala é perfeitamente controlado, e a absorção é muito boa embora não seja das bicicletas mais ágeis, dado a distância entre eixos, e o ângulo de direcção.
A 150 mm, e colocando um sag perto dos 35%, é impressionante como a bicicleta altera o comportamento.
A subir já custa um pouco devido ao aumento da inclinação da coluna de direcção e sinceramente limitaria este set-up para fim de semanas apenas para curtir a descer, ou zonas muito difíceis técnicamente – Lousã/Arganil/etc..
Basicamente a coluna de direcção fica mais “relaxada” ganhando em estabilidade, mas o ângulo do tubo de selim também se torna mais inclinado e devido ao grande sag, ao subir é muito esquisito, dado que com pedaladas fortes e sentado a suspensão vai muito abaixo.
A descer… eheheheh, é a locura total! E se pensamos que 125 mm é bom, com 150 é excelente.
Saltos, drops… etc são facilmente recepcionados, mas não se esqueçam que a bike não é feita para abusos! Para isso existem as Curve (embora as posicione no mesmo nível – é a versão mola! Ehehhe) e as LEVEL.
Uma das vantagens que eu sinto neste quadro é de ter um tubo de espigão sem ser interrompido, permite subir muito bem porque permite regular o banco de forma a ser eficaz a subir, e assim que mudamos de direcção e a nossa amiga gravidade se junta a nós para ajudar a subir os níveis de adrenalina, podemos baixar ao máximo o banco, aumentando assim o espaço e baixando ao máximo possível o centro de gravidade quando sentados.
A suspensão da frente – Marazocchi All Moutain 1, casa excelentemente nesta bike!
O curso que pode variar entre os 130/150 mm, permite um ajuste perfeito ao quadro. A regulação é muito simples, e possí gadgets simplesmente geniais:
TST
ETA
O TST permite mudar o comportamento da suspensão mesmo sentados. E aplicando o ETA, permite comprimir a suspensão para termos menos inclinação de coluna de direcção ajudando em muito a subida!
Simplesmente brutal a combinação TST + ETA, permitindo ter uma forqueta rígida+baixar a frente, ajudando e de que maneira a nossa subida.
Em termos de rigidez, penso que é mais que suficiente não sentido a necessidade de mais, além que facilita e de que maneira retirar rodas e afim... mas claro está, para mim rigidez nunca é demais! O problema é que ao colocar um eixo de 20 mm iremos perder um pouco da “simplicidade” mecânica.
Quanto aos componentes não me vou pronunciar muito apenas refero que sendo a bike para All-Moutain deveria vir com a opção de colocar disco de 180 mm atrás. Dado que em descidas muito, muito rápidas e longas, o disco aquece e perde toda a eficiência!
Os travões são uma coisa muito boa, permitindo regular a potência e aproximação da manete! Ergonomicamente falando, acho as manetes excelentes e com um excelente formato.
Os pneus são medianos, escorregando um pouco em terreno seco e não compactado. Brevemente irei substituir por uns HighRollers… ou algo do género. As rodas tem aguentado a porrada, mas os aros deviam ser um pouco mais larcos.
O banco poderia ser melhorzito, preferindo de que maneira o meu antigo Flite em ti.
O resto dos componentes é Shimano XT, RaceFace… etc.
Em breve pretendo trocar o avanço por o achar demasiado longo o que penaliza em descidas muito técnicas.
Enfim uma excelente bicicleta para quem se acha bem preparado físicamente (sempre são quase 15 kgs de bicicleta), para fazer dela a única bike em casa – XC/Subidas/Descidas/Shores/Saltos/DH/etc...
A bicicleta mais barata com o mesmo curso seria a Curve R, mas no entanto são +1.5kg!
A nova Foxy R MY06, ficou ainda melhor, o quadro mais bonito com mais zonas com tubos hidroformados sendo ligeiramente mais baixa de BB, possuindo uma suspensão FOX 36 e componentes de transmissão melhores. O preço... subiu.
Para 2006, e para quem pretende efectuar mais freeride e utilizar a bicicleta como uma bicicleta para fazer tudo sem ajuda exterior (carros, etc), penso que continua uma grande bicicleta. Embora…
… para quem quer fazer mais descidas e estar mais limitado em termos de locomoção, penso que seria melhor as novas Level SL.
… para quem não queira gastar tanto uma Level normal penso que é uma boa opção!
Sendo pouco mais que 2200€.
… para quem preferir mais All-Moutain sem fazer nada de Shores, DH ou saltos, penso que as novas Factory são excelentes máquinas, com um bom compromisso entre preço/qualidade/equipamento
Fica pois então o meu contributo.
Fotos… a ver se tenho tempo para a fotografar este fim de semana! :roll:
Assim como a desmontagem completa do quadro de forma a verificar o estado dos rolamentos e tudo mais... até lá... boa seca a ler isto tudo! :mrgreen: