Monte da Penha é lugar de excelência para a vertente do BTT
Guimarães é cada vez mais palco de provas de freeride
Pedro Faria
Texto e Fotos
pedrofaria@zmail.pt
São cada vez em maior número e encontram-se aos fins-de-semana para descer a Penha de Bicicleta Todo-o-Terreno – mais conhecida por BTT – mas não pela estrada. Para isso utilizam três pistas possíveis, uma das quais com o Teleférico quase sempre com por cima. A mesma pista que em Junho do ano passado recebeu uma das cinco etapas da Taça de Portugal de Downhill.
No domingo passado, Guimarães foi o palco para o encontro anual dos frequentadores do fórum da Internet "FREERIDEZONE" (
www.freeridezone.net). Organizado pelo Guimarães Freeride, um grupo de amigos da cidade berço, o dia começou às 10 horas, com a abertura do Teleférico e acabou já a noite cai sobre a cidade. O Teleférico que é o meio de transporte para subir a montanha.
São conhecidos como “os preguiçosos do BTT” porque em cima da bicicleta só descem. Mas a essa denominação Alexandre Abreu( ou Stromp , nome pelo qual é mais conhecido ) responde que «só diz isso quem está um pouco fora do contexto da modalidade». Porém, confirma que de uma certa forma sabem que são conhecidos assim pelo público em geral.
Este praticante vimaranense é um freerider aguerrido desta vertente do BTT. Nota-se pelo sorriso com que fica quando fala das descidas que já fez pelo país fora. Diz que são «uns viciados em adrenalina» e que procuram, sobretudo, «pisos técnicos e exigentes, com saltos e “drops" enormes com "gaps" de estradas de escadas». Palavras muito técnicas para alguém que desconhece o freeride.
A prática desta modalidade pode começar a ser feita por patamares. Esse é o concelho que deixam muitos dos actuais praticantes. Patamares de valores despendidos nas “meninas dos olhos” dos praticantes. É que uma bicicleta adaptada às descidas pode ir desde os 700 euros e passar dos 5000 euros. A média dos praticantes de domingo era de 4000 euros.
Mas se são cada vez mais, também pedem para serem apoiados. Para isso dizem que se vão associar, porque nome já têm: Guimarães Freeride. Pedem «apoio no teleférico, a sinalização para a estrada da Costa, e a ajuda de máquinas para as modificações nas pistas».
O perigo da principal pista atravessar por duas vezes a estrada que sobe para a Penha é sem dúvida um dos medos dos freeriders vimaranenses. Alexandre Abreu diz que os praticantes que vêm de fora não conhecem, por vezes, esse perigo. Por outro lado esperam pela referida associação para estabelecerem um protocolo com a Câmara para preços especiais no uso do Teleférico. O meio de transporte quase único que transformou Guimarães numa das cidades rainhas do Freeride e Downhill, a par de Sintra.
«Queremos dar vida à montanha da Penha, ao teleférico e ao parque de campismo», resume Alexandre Abreu, reforçando que com a Irmandade da Penha já têm boas relações.
A verdadeira afirmação de Guimarães poderá estar agendada para o fim-de-semana de 15 e 16 de Julho, com o Nacional de Downhill. Uma só prova que ditará o campeão português desta vertente do BTT, quase idêntica ao Freeride.
Esperam-se entre 100 e 150 participantes, já que este Domingo, numa organização feita pela Internet, foram mais de 40.
Os vimaranenses prometem ficar de olho neles…
Alguns sites:
www.freeridezone.net
http://ridefree.blog.pt
www.guimarãesfreeride.no.sapo.pt
http://www.cpfreeride.com/