Depois de ter iniciado há uns 14 anos as minhas voltinhas numa bela e fiel Esmaltina, cheguei à conclusão que o gosto que sempre tive pelas bikes reclamava um exemplar melhor (assim como o reclamava também o meu corpo, uma vez que o quadro da Esmaltina tornou-se manifestamente pequeno para mim!).
Eis uma foto da minha velhinha
Foi há pouco mais de um ano atrás que comecei a longa e insaciável pesquisa para definir a eleita… Nisso, como noutras coisas, aqui o Fórum ajudou bastante. Estipulei o orçamento: 500-600 €, no máximo (infelizmente, não dava para mais).
Dado que existe um agente Specialized na minha zona, estava inclinado para a Hardrock Pro 2008. Visitei a loja, mas assim que dei de caras com as Marin “foi amor à primeira vista”! Ainda para mais, pelo mesmo valor da SPZ conseguia uma Marin manifestamente mais bem equipada!
A opção recaiu pela Eldridge Grade de 2008.
Posto isto, cerca de um ano depois e com 2. 300 Kms feitos, cá vai uma humilde análise à “machine” (como gosto de chamar-lhe).
Opinem, p.f., e, já agora, sugiram também opções para possíveis futuros “upgrades”…
Quadro (5*****)
Marin Eldridge Grade 2008 6061 Aluminum, Triple Butted
Estética/Construção - A jóia da coroa do conjunto, sem dúvida! Fazendo juz à imagem de marca da Marin, destaca-se no “esqueleto” da bike a sobriedade, discrição e originalidade. O aspecto visual do quadro cativou-me ao primeiro olhar. Se ainda estava indeciso em relação a outras meninas, assim que vi ao vivo e a cores os quadros rígidos da Marin perdi todas as dúvidas. Gosto especialmente das curvaturas pouco comuns de alguns pormenores, como as escoras, e das diferentes dimensões dos tubos.
Desempenho – Não podendo aventurar-me em preceitos muito técnicos, posso garantir, todavia, uma total satisfação também neste capítulo (obviamente, o mais importante). O que mais me impressionou no quadro foi o conforto que transmite, mesmo em voltas de 3 horas ou mais. A geometria do quadro é excelente. Com a mudança da minha velhinha Esmaltina para a Marin, acabaram-se as dores nos braços, nas costas, pescoço, etc. O quadro parece uma extensão do nosso corpo. É, igualmente, irrepreensível a absorver os impactos ou irregularidades do terreno. Estas dissipam-se pelo quadro com uma suavidade impressionante, mesmo para uma rígida com uma suspensão de gama baixa. A par do conforto e geometria, destacaria, ainda, a rigidez do quadro. Embora eu seja um rapazinho leve (1, 76 cm – 69 kg), e não me aventure com grandes malabarismos, o quadro parece preparado para aguentar com outros maus-tratos.
Obviamente, não é um campeão do peso, mas, ainda assim, penso que não deslustra quando comparado com outros rivais de maior fama e bem mais caros. Não sei o peso certo do quadro (julgo q andará nas 1600 grs.), mas é uma base mais do que sólida para depois apostar em “emagrecer” a menina investindo em componentes mais leves.
Suspensão (4****)
Marzocchi MZ Super Comp, 100mm with Preload and Rebound Adjustment
Nada a apontar, tendo em conta que é um exemplar de gama baixa. Faz aquilo que se pede dela. Absorve com eficácia, q.b., os obstáculos que lhe aparecem pela frente. Logicamente, os maiores “pecados” são o excessivo peso (mais de 2, 200 kgs) e a ausência de bloqueio (que tanto jeito daria nas subidas, uma vez que as faço muitas vezes de pé) que permitisse evitar o bombeio da suspensão.
É um dos componentes que cogito trocar, quando possível (ai, uma Fox branquinha ou uma Reba ficava tão bem no conjunto!!…).
Transmissão (5*****)
Desviador traseiro - Deore LX; Desv. Dianteiro - Deore
Precisão, fiabilidade e suavidade! Não falha uma passagem! Parece um relógio! Levou até à data uma única e ligeira afinação, e daí para cá 5 *****! Um simples toque no manípulo e, no mesmo instante, sem percalços, temos a mudança que queremos. Sinceramente, pensei que nesta gama média da Shimano a qualidade não fosse tão evidente (como será XT ou XTR??!!). Impecável!
Pedaleira (4****)
TruVativ Five D 3.1
Cumpridora! Não tenho parâmetros de comparação nem conhecimentos para dizer muito mais. Mas, logicamente, quem não desejaria as novas Truvativ ou uma XT?!... Até pelas diferenças de peso.
Travões (3 ***)
Disco Mecânicos AVID BB5
Têm cumprido a função. No entanto, confesso, não com o primor que esperaria de uns travões de disco (talvez deficiência de afinação…). Com as afinações rudimentares que tenho experimentado (sou mesmo fraco mecânico) melhoram sempre um pouco, mas não por muito tempo. Além do barulho persistente na roda dianteira (como que um “roçar” das pastilhas), sobretudo, a partir de certa velocidade, quando tenho necessidade de travar com um pouco mais de vigor, a roda da frente faz, mesmo, alguns solavancos… Vou tentar afiná-los como deve ser, socorrendo-me das boas indicações que já encontrei aqui no fórum. No entanto, descobri recentemente que o disco da frente está ligeiramente empenhado! O que fazer nestes casos?!!
Seja como for, quando as pastilhas “derem o berro”, devem ser os travões a primeira troca a fazer na “menina”. Já agora, que travões hidráulicos, acessíveis me aconselham (Juicy 3, Juicy 5, Shimano ou outros…?)
Rodas (4 ****)
WTB SX24, Double Wall, 32 Hole Disc
Nada a apontar, sendo certo que desconheço o desempenho de rodas de outro nível. Obviamente, tenho noção que o peso das ditas não será o mais atraente…! (quem sabe, umas Crossride possam rolar no futuro… ou recomendam-me outras?)
Pneus (5 *****)
WTB Prowler MX Comp, 26” x 2.1" (49/52)
Primam pela durabilidade e resistência. Aderem muito bem, apesar de não serem maus roladores. Até à data (2300 kms feitos), nem um único furo! Parece-me evidente, até por outros comentários aqui do fórum, que a WTB sobressai, especialmente, neste capítulo: fabricam pneus com muita qualidade.
Quando a “calvície” os atacar, devo optar por uns mais estreitos (1.9), para rolar um pouco melhor em estrada.
Selim (5*****)
Selle Italia Trans Am Prolink (penso que é esta a designação)
Alteração de origem na bina, até porque o selim que a Marin trazia (WTB Speed Sport) não me convenceu. O Selle Italia transitou da minha Esmaltina, onde ajudou a fazer alguns milhares de Kms. Era, aliás, o melhor componente que tinha na “velhinha”… Já na altura, há uns 10 anos, custou-me os “olhos da cara”. Continua a ser extremamente confortável e, apesar do uso, está como novo.
Pedais (5 *****)
Shimano SPD M540
Não demorou muito tempo a aderir à moda dos “pezinhos presos”. E em boa hora o fiz. Optei por estes exemplares da Shimano e não me arrependo. Excelentes! Como alguém já escreveu aqui um dia, “são uns autênticos tanques”. Robustos, fiáveis, bonitos, leves q. b., e manutenção zero (pelo menos, até agora).
Perdoem o “missal”, mas entusiasmei-me… Espero que gostem da minha humilde análise. Fico aguardar opiniões, críticas e, sem dúvida, sugestões para possíveis melhoramentos na “machine”. Seguem mais umas fotos da “menina”…
Obrigado!
Eis uma foto da minha velhinha
Foi há pouco mais de um ano atrás que comecei a longa e insaciável pesquisa para definir a eleita… Nisso, como noutras coisas, aqui o Fórum ajudou bastante. Estipulei o orçamento: 500-600 €, no máximo (infelizmente, não dava para mais).
Dado que existe um agente Specialized na minha zona, estava inclinado para a Hardrock Pro 2008. Visitei a loja, mas assim que dei de caras com as Marin “foi amor à primeira vista”! Ainda para mais, pelo mesmo valor da SPZ conseguia uma Marin manifestamente mais bem equipada!
A opção recaiu pela Eldridge Grade de 2008.
Posto isto, cerca de um ano depois e com 2. 300 Kms feitos, cá vai uma humilde análise à “machine” (como gosto de chamar-lhe).
Opinem, p.f., e, já agora, sugiram também opções para possíveis futuros “upgrades”…
Quadro (5*****)
Marin Eldridge Grade 2008 6061 Aluminum, Triple Butted
Estética/Construção - A jóia da coroa do conjunto, sem dúvida! Fazendo juz à imagem de marca da Marin, destaca-se no “esqueleto” da bike a sobriedade, discrição e originalidade. O aspecto visual do quadro cativou-me ao primeiro olhar. Se ainda estava indeciso em relação a outras meninas, assim que vi ao vivo e a cores os quadros rígidos da Marin perdi todas as dúvidas. Gosto especialmente das curvaturas pouco comuns de alguns pormenores, como as escoras, e das diferentes dimensões dos tubos.
Desempenho – Não podendo aventurar-me em preceitos muito técnicos, posso garantir, todavia, uma total satisfação também neste capítulo (obviamente, o mais importante). O que mais me impressionou no quadro foi o conforto que transmite, mesmo em voltas de 3 horas ou mais. A geometria do quadro é excelente. Com a mudança da minha velhinha Esmaltina para a Marin, acabaram-se as dores nos braços, nas costas, pescoço, etc. O quadro parece uma extensão do nosso corpo. É, igualmente, irrepreensível a absorver os impactos ou irregularidades do terreno. Estas dissipam-se pelo quadro com uma suavidade impressionante, mesmo para uma rígida com uma suspensão de gama baixa. A par do conforto e geometria, destacaria, ainda, a rigidez do quadro. Embora eu seja um rapazinho leve (1, 76 cm – 69 kg), e não me aventure com grandes malabarismos, o quadro parece preparado para aguentar com outros maus-tratos.
Obviamente, não é um campeão do peso, mas, ainda assim, penso que não deslustra quando comparado com outros rivais de maior fama e bem mais caros. Não sei o peso certo do quadro (julgo q andará nas 1600 grs.), mas é uma base mais do que sólida para depois apostar em “emagrecer” a menina investindo em componentes mais leves.
Suspensão (4****)
Marzocchi MZ Super Comp, 100mm with Preload and Rebound Adjustment
Nada a apontar, tendo em conta que é um exemplar de gama baixa. Faz aquilo que se pede dela. Absorve com eficácia, q.b., os obstáculos que lhe aparecem pela frente. Logicamente, os maiores “pecados” são o excessivo peso (mais de 2, 200 kgs) e a ausência de bloqueio (que tanto jeito daria nas subidas, uma vez que as faço muitas vezes de pé) que permitisse evitar o bombeio da suspensão.
É um dos componentes que cogito trocar, quando possível (ai, uma Fox branquinha ou uma Reba ficava tão bem no conjunto!!…).
Transmissão (5*****)
Desviador traseiro - Deore LX; Desv. Dianteiro - Deore
Precisão, fiabilidade e suavidade! Não falha uma passagem! Parece um relógio! Levou até à data uma única e ligeira afinação, e daí para cá 5 *****! Um simples toque no manípulo e, no mesmo instante, sem percalços, temos a mudança que queremos. Sinceramente, pensei que nesta gama média da Shimano a qualidade não fosse tão evidente (como será XT ou XTR??!!). Impecável!
Pedaleira (4****)
TruVativ Five D 3.1
Cumpridora! Não tenho parâmetros de comparação nem conhecimentos para dizer muito mais. Mas, logicamente, quem não desejaria as novas Truvativ ou uma XT?!... Até pelas diferenças de peso.
Travões (3 ***)
Disco Mecânicos AVID BB5
Têm cumprido a função. No entanto, confesso, não com o primor que esperaria de uns travões de disco (talvez deficiência de afinação…). Com as afinações rudimentares que tenho experimentado (sou mesmo fraco mecânico) melhoram sempre um pouco, mas não por muito tempo. Além do barulho persistente na roda dianteira (como que um “roçar” das pastilhas), sobretudo, a partir de certa velocidade, quando tenho necessidade de travar com um pouco mais de vigor, a roda da frente faz, mesmo, alguns solavancos… Vou tentar afiná-los como deve ser, socorrendo-me das boas indicações que já encontrei aqui no fórum. No entanto, descobri recentemente que o disco da frente está ligeiramente empenhado! O que fazer nestes casos?!!
Seja como for, quando as pastilhas “derem o berro”, devem ser os travões a primeira troca a fazer na “menina”. Já agora, que travões hidráulicos, acessíveis me aconselham (Juicy 3, Juicy 5, Shimano ou outros…?)
Rodas (4 ****)
WTB SX24, Double Wall, 32 Hole Disc
Nada a apontar, sendo certo que desconheço o desempenho de rodas de outro nível. Obviamente, tenho noção que o peso das ditas não será o mais atraente…! (quem sabe, umas Crossride possam rolar no futuro… ou recomendam-me outras?)
Pneus (5 *****)
WTB Prowler MX Comp, 26” x 2.1" (49/52)
Primam pela durabilidade e resistência. Aderem muito bem, apesar de não serem maus roladores. Até à data (2300 kms feitos), nem um único furo! Parece-me evidente, até por outros comentários aqui do fórum, que a WTB sobressai, especialmente, neste capítulo: fabricam pneus com muita qualidade.
Quando a “calvície” os atacar, devo optar por uns mais estreitos (1.9), para rolar um pouco melhor em estrada.
Selim (5*****)
Selle Italia Trans Am Prolink (penso que é esta a designação)
Alteração de origem na bina, até porque o selim que a Marin trazia (WTB Speed Sport) não me convenceu. O Selle Italia transitou da minha Esmaltina, onde ajudou a fazer alguns milhares de Kms. Era, aliás, o melhor componente que tinha na “velhinha”… Já na altura, há uns 10 anos, custou-me os “olhos da cara”. Continua a ser extremamente confortável e, apesar do uso, está como novo.
Pedais (5 *****)
Shimano SPD M540
Não demorou muito tempo a aderir à moda dos “pezinhos presos”. E em boa hora o fiz. Optei por estes exemplares da Shimano e não me arrependo. Excelentes! Como alguém já escreveu aqui um dia, “são uns autênticos tanques”. Robustos, fiáveis, bonitos, leves q. b., e manutenção zero (pelo menos, até agora).
Perdoem o “missal”, mas entusiasmei-me… Espero que gostem da minha humilde análise. Fico aguardar opiniões, críticas e, sem dúvida, sugestões para possíveis melhoramentos na “machine”. Seguem mais umas fotos da “menina”…
Obrigado!