iniciacao em que modalidade?

Hardskin

Well-Known Member
Um exemplo de alumínio corroído, em estado de decomposição...:zezus:
Neste caso um guiador na zona do punho sendo este em esponja. Humidade armazenada e mais qualquer coisa a ajudar a festa. Pó de talco! :desconfiado:

screen[/IMG]
 

Noisia

New Member
Esse guiador está anodizado de preto com uma camada grossa. Nunca vai partir por essas marcas de oxidação. O meu espigão de selim está todo manchado na região que fica enfiada no quadro e a oxidação não lhe provocou quaisquer fragilidades.

Desafio todos os utilizadores do fórum a mostrar-me um quadro em alumínio que tenha partido devido a oxidação e corrosão do material.
 

Hardskin

Well-Known Member
Na foto não se percebe bem, mas fez mesmo buracos (crateras) e empolou noutras zonas. Tive que passar uma lima para tirar as partes salientes e limpei todos os vestígios de pó-de-talco.
Só pode ser duma reacção do pó de talco com a humidade. Os punhos em esponja absorvem a transpiração, a água da chuva e das lavagens o que leva a manter aquela zona quase sempre húmida, principalmente no inverno. Mesmo com o cuidado que eu tenho em secar tudo o que é possível, a verdade é que nunca chego ao extremo de tirar os punhos. Mesmo a assim mantenho toda a confiança na peça, sem stress. :p
 

SeteGu

Active Member
A corrosão do alumínio, muitas vezes, passa mais despercebida (usualmente por picadas) podendo, ainda assim, ser também catastrófica.

Info da wiki para ser mais fácil:
"Pitting Corrosion is defined by localized attack (microns - millimeters in diameter) in an otherwise passive surface and only occurs for specific alloy / environment combinations. Thus, this type of corrosion typically occurs in alloys that are protected by a tenacious (passivating) oxide film such (...) aluminum alloys"

"A single pit in a critical point can cause a great deal of damage"

Stress corrosion cracking

Lá por ser muito mais frequente acontecer no aço não quer dizer que não possa acontecer também no Al. Basta googlar um pouco... achas que no estado em que estão estas ligas não correm o risco de partir?
http://behind-bars.com/blog/corrosion/

http://www.retrobike.co.uk/forum/viewtopic.php?f=1&t=311481
 

camponubla

Well-Known Member
O alumínio oxida sim, o que acontece é que o material que vai oxidando não varia de cor (como passa com o ferro, etc, que da para ver o material oxidado que tem uma cor avermelhada) e é quase impossível de ver a olho nu. Outra propriedade é que o próprio material que vai oxidando, no caso do Al, cria uma camada protectora para o material por baixo dele....Claro que isto é na teoria, na prática esta camada pode romper-se/desfazer-se e expor o Al por baixo e a reacção volta a iniciar-se....e assim sucessivamente....
 

SeteGu

Active Member
Quanto à confusão lá atrás o edununo percebeu bem o que quis dizer. Não vale a pena estarmos aqui a falar de bikes que custam mais de 1 000€ (por hipótese) quando a zdjota já excluiu esse tipo de soluções para si (pelo menos para já :p).

Aliás eu comecei por dizer "com orçamento baixo" precisamente por isso.
 

Joseelias

Well-Known Member
Por causa das fotos de uma Cannondale no Retrobyke, recordo-me de um caso de há bastantes anos em que a Cannondale já ia no 3º ou 4º quadro enviado a um tipo canadiano por causa da corrosão do alumínio que lhe destruía os quadros em pouco tempo. E por destruir, quero dizer partir. Penso que ele vivia perto do mar e o ar salgado dava completamente cabo da liga que a Cannondale usava. E não eram bikes baratas, pois eram da gama F que eram os quadros que a equipa de competição usava.

Será uma situação extrema e pouco comum, mas é possível a oxidação do alumínio poder levar à falha de componentes e até quadros.
 

Noisia

New Member
Vou ser mais específico então. Desde finais dos anos '90 que frequento lojas da especialidade como a Bikezone. Em todos estes anos que observei bicicletas a serem reparadas, nunca vi um quadro em alumínio corroído ao ponto de ameaçar partir a qualquer momento.
Tenho um amigo que vive no Porto e todos os dias ele pedala para o trabalho na sua bicicleta à beira-mar. Passados uns anos de uso diário reparei que as bainhas da SR Suntour que vinha equipada de origem apresentavam pontos de ferrugem mas a pintura do quadro isolou qualquer risco de oxidação do material. Eventualmente a bicicleta rachou na solda do eixo mas isso foi resultante de um uso continuado. (Devo mencionar que ele não é propriamente magro)

O meu desafio mantém-se portanto.
 

Joseelias

Well-Known Member
Acho que essa foto se qualifica para o desafio. :D

Noisia, não assumas que só porque não viste algo, por muitas centenas de coisas que tenhas visto, que algo não acontece. O mundo é muito grande e a tua experiência de centenas é uma gota de água nos biliões de bicicletas que foram levadas à "Bikezones" desse mundo fora.

Mais ainda, nem todas as condições marítimas são iguais. A salinidade no Porto pode ser uma amostra relativamente à zona do Canadá onde o outro tipo vivia, bem como as condições de humidade e temperatura, que num caso pode levar a uma oxidação mais agressiva que noutro. Estás pronto a provar que nenhuma bicicleta que passou pela Bikezone alguma vez apresentou corrosão como as que vimos nestas imagens?

 

Joseelias

Well-Known Member
@Noisia

Em lado algum eu disse que esse quadro está assim por motivos de salinidade. A questão da corrosão por salinidade no Canadá foi de um caso falado na revista Bike há muitos anos.

Aliás, quem quer que pratique desportos náuticos em zonas marítimas já viu o alumínio corroer, mesmo que não entre em contacto com a água e apenas pela salinidade no ar.

Apenas coloquei aquela foto para mostrar mais uma situação de corrosão que levará com a certeza absoluta a uma falha do quadro. O Setegu mostrou uma falha efectiva e eu coloquei uma situação que irá levar sem margem para dúvidas a uma falha do quadro.

De resto, acho que sem margem para dúvidas se pode afirmar que o alumínio pode corroer ao ponto de levar a falhas catastróficas dos quadros. Podem não ser comuns, mas são reais.
 
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zdjota

Member
a minha maria ou guardo na garagem, em casa ou no terraco, onde passa a maior parte do tempo(por questoes de gestao de espaco)a levar varios invernos e esta no estado que voces podem ver nas fotos, dai eu tender para o aco, mas se o orcamento nao permite arremedeio com o aluminio

simples, se tanto um como outro me colmatar as minhas necessidades ja fico contente

no entanto, na sportzone o rapazito que estava la, foi muito atencioso, e ate colocou a questao de quadros XS, e la esta, da geometria do quadro mais indicada pra mim e o aspecto do selim que "embirrou" com os "largos" e eu dou-me bem com os "fininhos" e veio com a historia dos ossos em que apoia blabla...

experimentei os travoes hidraulicos e nao gostei la muito
mostrei fotos da minha pra ele ver o quadro e ficou espantado nunca viu uma mercier "todo o terreno" e nao sei o termo que falou de nao sei o que ser tao baixo no meu quadro...

vou pesquisar na net a ver se me ilumino

no geral, por nao estar habituada, tenho a sensacao de me sentar entre 2 gigantes rodas mais parece um monster truck, mas, so me adaptando com tempo e que vou la.
 

SeteGu

Active Member
zdjota said:
dai eu tender para o aco, mas se o orcamento nao permite arremedeio com o aluminio
É precisamente ao contrário... o aço (neste tipo de gamas) é mais barato e facilmente corroído em comparação com alumínio. Isto para além de ser mais pesado.

Lá atrás, salvo erro, falou-se do aço ser mais confortável... eu já tive vários quer em aço quer em alumínio (EDIT: de entrada de gama) e posso dizer que nunca notei qualquer diferença.
 
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Joseelias

Well-Known Member
@zdjota

Acho que este tópico está a complicar-se demasiado.

A resposta definitiva para ti é:

- Compra um quadro de roda 26 ou de preferência 27,5 pois começam a tornar-se o padrão (esquece as 29" nestes preços). Estás a complicar demasiado e sem necessidade a questão do tamanho das rodas. Se há crianças mais pequenas e leves que tu a andar com estas rodas com toda a certeza que tu não terás problemas. Quando andamos em bicicletas que não estamos habituados sentem-se sempre algumas sensações estranhas. Até te podes sentar numa bike de milhares de euros e haver no momento alguma coisa que não gostas muito. Por exemplo, a leveza pode dar a sensação de ser uma bicicleta mais nervosa e instável. É tudo uma questão de adaptação.

- O tamanho é sem dúvida o S ou as 16". Bicicletas S que equivalham às 15" são demasiado pequenas. Apenas um quadro M 17" com características próprias poderia dar para ti, tal como aconteceu com a minha mulher. M de 18", são para esquecer.

- O material tem que ser o alumínio. As corrosões aqui faladas são na verdade raras. Nas gamas baixas o aço é de baixa qualidade (aço Hi-Ten) e muito provavelmente sem tratamentos anti-oxidação. Se deixas a bicicleta no terraço vais começar a ter problemas em pouco tempo. Mesmo que não seja visível, um dia poderás ter que ajustar o espigão do selim ou reparar o eixo pedaleiro e aquilo oxidou de tal forma que podes não os conseguir tirar. É uma carga de trabalhos. Eu ando com uma bicicleta de aço Retro-Mod com 20 anos feita de aço cromoly de alguma qualidade (Tange) e não tenho problemas alguns. Mas apesar de andar à chuva protejo o quadro nas zonas sensíveis, faço manutenção regular e fica dentro de casa. Para ficar no terraço nunca compraria aço (nem que fosse o melhor que há), e de certeza que já não teria esta.

- O conforto do aço em relação ao alumínio, segundo quem testou mais bicicletas que eu (inclusive titânio e carbono), só se nota ao fim de muitos quilómetros, e as ligas de alumínio usadas reduziram essa diferença.

- Se for possível compra uma com travões de disco. Mais uma vez, é uma questão de hábito. Eu tenho bons travões v-brake (entre os melhores alguma vez feitos) e gosto do tacto deles, e a minha mulher tem discos mecânicos Tektro dos quais não gosto tanto. Mas tenho que reconhecer que em seco são tão bons ou melhores que os meus e em molhado são muito melhores. O tacto dos travões pode ser ajustado ao gosto de cada um e se aqueles travões fossem meus de certeza que os colocaria ao meu gosto e nem notaria grande diferença para os que tenho. É uma questão de ajuste. Para além disso, os travões de disco não te desgastam os aros. A longo prazo saem mais baratos.

- Se te sentes bem com um selim de homem, e ele te apoia bem as ancas e não sentes dores ou dormências entre as pernas então podes usar um sem problemas. Como te disse no inicio se tiveres ancas largas convém comprar um selim de mulher, mas apenas se assim for. Não vás na conversa dos vendedores.

- O que o vendedor te deve de ter falado é que o eixo pedaleiro e os pedais estão muito baixos por causa de as rodas 24" serem pequenas. Isso pode fazer com que batas com os pedais em obstáculos com mais facilidade e provocar uma queda.

Podes pesquisar na net, mas duvido que fiques mais esclarecida que as respostas que aqui te deram ao longo deste tópico, e também não encontrarás gente muito mais experiente que aqui e com conhecimento do mercado nacional e do que por cá consegues comprar.
 
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zdjota

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obrigada por condensares tudo num so sitio pra comecar, ja estava a informacao toda espalhada e comecei a complicar

o selim, eu tenho ancas estreitas e basculantes, so usei dos outros na gravidez
vi na net e acho que o vendedor quereria dizer com o "seat tube", quanto mais pequeno melhor? ou pior?

bom, vou fazer a manutencao da dita que vai levar porrada daqui a nada... xD

vale a pena tirar os reflectores das rodas, assim como os extensores? pra ganhar umas gramas a menos? ou deixo estar?

os extensores usava bastante no inicio pra ganhar equilibrio pos-tratamento, mas pouco uso agora, os reflectores, ainda nao andei numa noite cerrada, mas o fim da tarde ja escurece...

bah
 
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Joseelias

Well-Known Member
O "Seat Tube" corresponde ao tubo vertical do quadro onde se insere o espigão de selim. E é a medida deste que determina os tamanhos das bicicletas. Um quadro de 16" significa que o "Seat Tube" tem 16" (40,60 cm) de comprimento.

Hoje em dia usa-se muito os termos XS, S, M, L, XL para determinar o tamanho dos quadros, mas na minha opinião só serve para complicar. Como disse antes há tamanhos S que numas marcas são de 16" e noutras de 15", e M de 17" ou 18" e isso faz muita diferença em muitos casos.



Caso hajam dúvidas se um quadro S corresponde às 16" ou 15" podes sempre pedir para medirem. A medição tem que ser feita do centro do eixo pedaleiro (o parafuso que aperta as alavancas da pedaleira) ao topo to "Seat Tube". As 16" corresponderão a cerca de 40,60cm.


 
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Noisia

New Member
vale a pena tirar os reflectores das rodas, assim como os extensores? pra ganhar umas gramas a menos? ou deixo estar?

Podes tirar, mas se ceifares uns 100g á bicicleta já vai ser muito mesmo. Não vais sentir qualquer diferença. Vais ganhar mais espaço no guiador que se vai traduzir numa bicicleta mais estável em piso trepidante.

Subscrevo na integra ao post do Joseelias relativamente á resposta definitiva da bicicleta ideal para ti.
 
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