http://www.forumbtt.net/index.php?topic=2.450
Aqui fica a análise prometida...
Após os primeiros vinte quilometros sobre a minha nova mula é hora de fazer a primeira análise ao comportamento da mesma, assim como em relação a alguns acessórios/vestuário usado. Atenção, que se deve ter sempre em conta que o meu termo de comparação é com a minha primeira bicicleta (em ferro) e a mais recente Zurk...
Antes de tudo o objecto da análise: GT Avalanche 1.0 Disc de 2007, com desviadfor traseiro XT, pedais shimano PD520 (com a plataforma retirada), ciclocomputador Berg com 9 funções. Peso total: cerca de 13.7kg. Preço 520 Euros. (não coloco as especificações técnicas de origem, visto ser fácil de as encontrar na net)
Tendo em conta que não andava de bicicleta desde Setembro ou Outubro do ano passado, achei que era melhor não fazer muitos quilómetros, sendo que era importante o percurso ser o mais diversificado possível.Assim, escolhi uma zona a Este da Vila de Castro Daire, onde predominam os estradões (vulgo, caminhos de carros de vacas), embora existam alguns singletracks, bastante técnicos principalmente em subida! Passei ainda por uma aldeia onde estão a abrir algumas estradas de modo a incluir, nem que fosse à força, a componente lama!
O primeiro desafio a ultrapassar passou logo de imediato pelos pedais. Foi a primeira vez que utilizei uns pedais de encaixe, não sabendo à partida como me iria dar com o sistema! Os pedais como referi em cima foram uns Shimano PD520, sendo os sapatos uns Specialized (não sei o nome do modelo).Por incrivel que à partida possa parecer para quem nunca usou este sistema, tudo é extremamente simples de interiorizar. O sistema de desencaixe é muito simples e intuitivo (basta puxar o calcachar para o lado de fora da bicicleta). As únicas vezes que me pareceu que ia cair ocorreram em singletracks a subir, muito técnicos, em que entre uma pedra e outra, quase parado, o timing para retirar o pé foi muito apertado. Sem ser isso, posso mesmo afirmar que o mais dificil nos pedais de encaixe é isso mesmo... o encaixe, visto que o desencaixe não apresenta problemas!
Indo ao que interessa, a mula...Para começar, deve-se realçar o importante papel do bloqueio da suspensão em alcatrão e subidas. Eu que me habituei a não ter suspensão e depois a uma suspensão muito dura, prefiro ter uma suspensão que não afunde com demasiada dificuldade. Esta SR Suntour X100 (que ainda me falta descobir exactamente o que é) apresenta-se bastante mole, mesmo regulando a sua dureza para muito perto do máximo. Com essa regulação mais dura, a mesma falhou em algumas descidas mais longas, onde deveria ter, porventura, absorvido melhor algumas irregularidades mais marcantes.Creio, no entanto, que com uma regulação um pouco mais mole o problema pode ser ultrapassado. Tal regulação, no meu caso, fará com que recorra mais ao bloqueio, o que embora não seja nada que seja demasiado fora de mão, seria mais cómodo caso a suspensão tivesse um sistema de controlo remoto, no volante.
A posição de condução é confortável e permite encarar as dificuldades com bastante confiança. O conjunto apresenta um óptimo comportamento em qualquer situação, sendo que os defeitos encontrados serão resultado do facto de se tratar de uma semi-rigida e a suspensão, cuja regulação, terá comprometido em algumas, muito poucas, ocasiões.
Se na frente, a médio prazo, a coisa pode-se compor com uma suspensão melhor (ou então a regulação), atrás isso já não é possível. Mas atenção, tratam-se de probleminhas qu não comprometem a segurança, desde que quem vai a pedalar saiba o que vai a fazer e as limitações do material...
Em termos de transmissão, tirando duas passagens em falso logo no inicio (creio que devido à falta de andamento do material), nada a apontar. Tudo muito preciso, sem falhas, mesmo com lama.
Em relação à lama, o principal defeito da bicicleta serão mesmo os pneus. Os Kenda que equipam estas bicicletas são fraquinhos em lama, sendo frustante a energia que é desperdiçada em passagens em falso dos pneus pela lama, sem estes chegarem a agarrar.
Creio que em terreno seco terão melhor comportamento, até porque o piso parece mais dotado para rolar do que para escavar. Nada que não se mude num instante!
Finalmente, os travões magura portam-se bem. Num teste com uma descida de cerca de 500 metros, muito rápida, em que os últimos 100 passei a travar levezinho só para os aquecer, eles responderam sempre sem problemas, bloqueando mesmo no final a uma solicitação mais repentina...
O selim, uma das peças mais importantes numa bicicleta, não é dos mais confortáveis, sendo que também não é uma tábua. No final de vinte quilómetros o rabo já apresentava algum desconforto, mesmo usando calças com reforço na zona. Creio que mais uma vez falta é andamento ao ciclista, aliás, como em tudo o resto.
Conclusão, A GT Avalanche 1.0 Disc (2007) é uma óptima bicicleta para quem vem de uma gama mais baixa. Não nos deixa embaraçados, é leve (e esta parte eu dei conta porque tive que a carregar por um bom bocado), robusta e confortável...Tem algumas limitações em termos de suspensão dianteira, algo que pode ser minimizado com o recurso a uma melhor regulação. Os pneus, serão mesmo o ponto fraco desta bike, nomeadamente, durante o inverno em que a lama abunda...
Em resumo, uma óptima compra, com uma relação preço\qualidade muito boa.
Por enquanto só existem estas fotos, depois actualizo este post com mais imagens!
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Aqui fica a análise prometida...
Após os primeiros vinte quilometros sobre a minha nova mula é hora de fazer a primeira análise ao comportamento da mesma, assim como em relação a alguns acessórios/vestuário usado. Atenção, que se deve ter sempre em conta que o meu termo de comparação é com a minha primeira bicicleta (em ferro) e a mais recente Zurk...
Antes de tudo o objecto da análise: GT Avalanche 1.0 Disc de 2007, com desviadfor traseiro XT, pedais shimano PD520 (com a plataforma retirada), ciclocomputador Berg com 9 funções. Peso total: cerca de 13.7kg. Preço 520 Euros. (não coloco as especificações técnicas de origem, visto ser fácil de as encontrar na net)
Tendo em conta que não andava de bicicleta desde Setembro ou Outubro do ano passado, achei que era melhor não fazer muitos quilómetros, sendo que era importante o percurso ser o mais diversificado possível.Assim, escolhi uma zona a Este da Vila de Castro Daire, onde predominam os estradões (vulgo, caminhos de carros de vacas), embora existam alguns singletracks, bastante técnicos principalmente em subida! Passei ainda por uma aldeia onde estão a abrir algumas estradas de modo a incluir, nem que fosse à força, a componente lama!
O primeiro desafio a ultrapassar passou logo de imediato pelos pedais. Foi a primeira vez que utilizei uns pedais de encaixe, não sabendo à partida como me iria dar com o sistema! Os pedais como referi em cima foram uns Shimano PD520, sendo os sapatos uns Specialized (não sei o nome do modelo).Por incrivel que à partida possa parecer para quem nunca usou este sistema, tudo é extremamente simples de interiorizar. O sistema de desencaixe é muito simples e intuitivo (basta puxar o calcachar para o lado de fora da bicicleta). As únicas vezes que me pareceu que ia cair ocorreram em singletracks a subir, muito técnicos, em que entre uma pedra e outra, quase parado, o timing para retirar o pé foi muito apertado. Sem ser isso, posso mesmo afirmar que o mais dificil nos pedais de encaixe é isso mesmo... o encaixe, visto que o desencaixe não apresenta problemas!
Indo ao que interessa, a mula...Para começar, deve-se realçar o importante papel do bloqueio da suspensão em alcatrão e subidas. Eu que me habituei a não ter suspensão e depois a uma suspensão muito dura, prefiro ter uma suspensão que não afunde com demasiada dificuldade. Esta SR Suntour X100 (que ainda me falta descobir exactamente o que é) apresenta-se bastante mole, mesmo regulando a sua dureza para muito perto do máximo. Com essa regulação mais dura, a mesma falhou em algumas descidas mais longas, onde deveria ter, porventura, absorvido melhor algumas irregularidades mais marcantes.Creio, no entanto, que com uma regulação um pouco mais mole o problema pode ser ultrapassado. Tal regulação, no meu caso, fará com que recorra mais ao bloqueio, o que embora não seja nada que seja demasiado fora de mão, seria mais cómodo caso a suspensão tivesse um sistema de controlo remoto, no volante.
A posição de condução é confortável e permite encarar as dificuldades com bastante confiança. O conjunto apresenta um óptimo comportamento em qualquer situação, sendo que os defeitos encontrados serão resultado do facto de se tratar de uma semi-rigida e a suspensão, cuja regulação, terá comprometido em algumas, muito poucas, ocasiões.
Se na frente, a médio prazo, a coisa pode-se compor com uma suspensão melhor (ou então a regulação), atrás isso já não é possível. Mas atenção, tratam-se de probleminhas qu não comprometem a segurança, desde que quem vai a pedalar saiba o que vai a fazer e as limitações do material...
Em termos de transmissão, tirando duas passagens em falso logo no inicio (creio que devido à falta de andamento do material), nada a apontar. Tudo muito preciso, sem falhas, mesmo com lama.
Em relação à lama, o principal defeito da bicicleta serão mesmo os pneus. Os Kenda que equipam estas bicicletas são fraquinhos em lama, sendo frustante a energia que é desperdiçada em passagens em falso dos pneus pela lama, sem estes chegarem a agarrar.
Creio que em terreno seco terão melhor comportamento, até porque o piso parece mais dotado para rolar do que para escavar. Nada que não se mude num instante!
Finalmente, os travões magura portam-se bem. Num teste com uma descida de cerca de 500 metros, muito rápida, em que os últimos 100 passei a travar levezinho só para os aquecer, eles responderam sempre sem problemas, bloqueando mesmo no final a uma solicitação mais repentina...
O selim, uma das peças mais importantes numa bicicleta, não é dos mais confortáveis, sendo que também não é uma tábua. No final de vinte quilómetros o rabo já apresentava algum desconforto, mesmo usando calças com reforço na zona. Creio que mais uma vez falta é andamento ao ciclista, aliás, como em tudo o resto.
Conclusão, A GT Avalanche 1.0 Disc (2007) é uma óptima bicicleta para quem vem de uma gama mais baixa. Não nos deixa embaraçados, é leve (e esta parte eu dei conta porque tive que a carregar por um bom bocado), robusta e confortável...Tem algumas limitações em termos de suspensão dianteira, algo que pode ser minimizado com o recurso a uma melhor regulação. Os pneus, serão mesmo o ponto fraco desta bike, nomeadamente, durante o inverno em que a lama abunda...
Em resumo, uma óptima compra, com uma relação preço\qualidade muito boa.
Por enquanto só existem estas fotos, depois actualizo este post com mais imagens!
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