Rui Marçal
New Member
Hoje quero falar de algo que costumo fazer, mas, ontem, domingo dia 22 de Julho de 2012 fizeram-me a mim e gostei...
Faço BTT à sensivelmente 2 anos...
Comecei com falta de jeito e técnica nenhuma, mas já tinha ideia de como, quando e onde trocar de mudança o que já não era mau, por outro lado, nunca fui gordo e tenho algum sentido de sacrifício para me esforçar e conseguir vencer os obstáculos...
Quando comecei, nunca era o elo mais fraco do grupo. Escolhi para andar um grupo não muito forte, tive sorte. Não andava e não ando sozinho porque não gosto, a solidão e o BTT para mim não é grande associação e gosto é de malta a rolar comigo, e, malta, entenda-se, basta mais 1.
Para mim o BTT é mais que competição e maratonas, é mais que vencer aquela subida ou descida.
Para mim o BTT é a galhofa, conhecer nova gente, conhecer novos locais, é explorar, é conhecer...é ar livre, é natureza...Para usufruir disto, o relógio é nosso inimigo...
Normalmente, quando ando com a malta costumo andar na frente, a meio e atrás, onde a conversa está mais interessante, ou onde há um colega em mais dificuldade em avançar no terreno. Gosto de andar na frente que faz bem ao ego, mas não é a mesma coisa subir bem quando vem um colega a ganir para fazer a mesma subida, por isso, muitas vezes, venho na retaguarda a conversar com os retardatários, é uma forma de lhes dar animo e de se sentir acompanhados, não um patinho feio.
Ontem, comi a sopa que tanta vez cozinhei para outros e gostei lol...
Ontem fui andar com alguns 10 tipos com que nunca tinha andado, fui andar com cavalões de Santarém e de Samora Correia, que antes de pedalar falavam do Douro Bike Race e mais não sei quantas maratonas de grande cariz nacional. Bikes muito leves e pela 1ª vez não havia uma barriga mais proeminente, até havia um com cerca de 2m de altura, lol...
Já sabia mais ou menos para o que ia mas aquele grupo impunha respeito a um tipinho que tem só 4000km de BTT (coisa que eles fazem em 4 meses), anda há 2 anos e tem 39 anos de idade lol...
O palco não podia ser mais difícil, o PNSAC e na ementa constava uma subida à Fórnea, a Diagonal, o Patelo e para aceder a tudo isto é subir durante km seguidos com pedra e tudo o que há de mau para subir, lol...
Parti já coxo psicologicamente derrotado a saber que pela 1º vez eu não ia esperar por ninguém, iria ser o contrário, mas fui convidado e aceitei...
Neste terreno, era eu quem melhor o conhecia, os tracks já os tinha feito todos, mas com mais calma, aqui tinha uma ligeira vantagem. Na primeira subida percebi que até tinha mais técnica que alguns, não tinha era pernas. Não desmontei, fiz tudo, mas devagar, mais devagar que eles. A descer conseguia andar a meio da tabela e muito perto da frente. Aqui a minha técnica e conhecimento do terreno era uma vantagem. No PNSAC não se pode ter medo, pegam-se as pedras de frente como se faz com os touros e nos drops é largar travões, aja coragem para isso e tudo corre bem, aqui ganhava algum ânimo..só aqui.
No BTT subimos uma hora para depois descer em 10 minutos e esse é que é o problema dos últimos, eu.
A 1ª subida fi-la a solo, podia ter ido mais rápido mas não quis, não tinha pulmão para eles e só ia dar cabo de mim em 2 tempos. Tive de ser inteligente e gerir o que tinha, tal como uma família em tempos de crise, podia chegar em último, mas queria chegar e subir tudo o que podia, era o meu objetivo.
Mas, a malta do BTT, na generalidade e já conheço muitos, é simpática e foi isso que apanhei. Mal alguns se aperceberam que havia um caracol no grupo começaram a atrasar-se e a andar comigo, é verdade, alguns cavalões ficaram para trás, com pena? Acho que não, quero pensar que acharam que eu era um tipo simpático, lol...Percebi também que os cavalões não é só pernas, é também coração...(esta soa um pouco gay).
Assim, o martírio que estava a ser subir a solo, passou a ser menos custoso e deixou de ser a solo, passei a ter a tão desejada companhia e o passeio deixou de ser um conta relógio para passar realmente a passeio.
Diverti-me, cansei-me, conheci pessoas novas, aprendi mais alguma coisa e acima de tudo não me aleijei. Foi uma manhã muito positiva.
Gostei da sopa que tantas vez cozinhei, mas que nunca tinha provado. Foi saborosa. Fui continuar a cozinha-la para aquela malta que possa ter fome (entenda-se, com poucas pernas).
Este tópico é para todos aqueles que gostam do BTT pelo desporto em sociedade que é, pelo respeito pelos outros e pela natureza. Para mim isto é BTT...
Obrigado malta.
Faço BTT à sensivelmente 2 anos...
Comecei com falta de jeito e técnica nenhuma, mas já tinha ideia de como, quando e onde trocar de mudança o que já não era mau, por outro lado, nunca fui gordo e tenho algum sentido de sacrifício para me esforçar e conseguir vencer os obstáculos...
Quando comecei, nunca era o elo mais fraco do grupo. Escolhi para andar um grupo não muito forte, tive sorte. Não andava e não ando sozinho porque não gosto, a solidão e o BTT para mim não é grande associação e gosto é de malta a rolar comigo, e, malta, entenda-se, basta mais 1.
Para mim o BTT é mais que competição e maratonas, é mais que vencer aquela subida ou descida.
Para mim o BTT é a galhofa, conhecer nova gente, conhecer novos locais, é explorar, é conhecer...é ar livre, é natureza...Para usufruir disto, o relógio é nosso inimigo...
Normalmente, quando ando com a malta costumo andar na frente, a meio e atrás, onde a conversa está mais interessante, ou onde há um colega em mais dificuldade em avançar no terreno. Gosto de andar na frente que faz bem ao ego, mas não é a mesma coisa subir bem quando vem um colega a ganir para fazer a mesma subida, por isso, muitas vezes, venho na retaguarda a conversar com os retardatários, é uma forma de lhes dar animo e de se sentir acompanhados, não um patinho feio.
Ontem, comi a sopa que tanta vez cozinhei para outros e gostei lol...
Ontem fui andar com alguns 10 tipos com que nunca tinha andado, fui andar com cavalões de Santarém e de Samora Correia, que antes de pedalar falavam do Douro Bike Race e mais não sei quantas maratonas de grande cariz nacional. Bikes muito leves e pela 1ª vez não havia uma barriga mais proeminente, até havia um com cerca de 2m de altura, lol...
Já sabia mais ou menos para o que ia mas aquele grupo impunha respeito a um tipinho que tem só 4000km de BTT (coisa que eles fazem em 4 meses), anda há 2 anos e tem 39 anos de idade lol...
O palco não podia ser mais difícil, o PNSAC e na ementa constava uma subida à Fórnea, a Diagonal, o Patelo e para aceder a tudo isto é subir durante km seguidos com pedra e tudo o que há de mau para subir, lol...
Parti já coxo psicologicamente derrotado a saber que pela 1º vez eu não ia esperar por ninguém, iria ser o contrário, mas fui convidado e aceitei...
Neste terreno, era eu quem melhor o conhecia, os tracks já os tinha feito todos, mas com mais calma, aqui tinha uma ligeira vantagem. Na primeira subida percebi que até tinha mais técnica que alguns, não tinha era pernas. Não desmontei, fiz tudo, mas devagar, mais devagar que eles. A descer conseguia andar a meio da tabela e muito perto da frente. Aqui a minha técnica e conhecimento do terreno era uma vantagem. No PNSAC não se pode ter medo, pegam-se as pedras de frente como se faz com os touros e nos drops é largar travões, aja coragem para isso e tudo corre bem, aqui ganhava algum ânimo..só aqui.
No BTT subimos uma hora para depois descer em 10 minutos e esse é que é o problema dos últimos, eu.
A 1ª subida fi-la a solo, podia ter ido mais rápido mas não quis, não tinha pulmão para eles e só ia dar cabo de mim em 2 tempos. Tive de ser inteligente e gerir o que tinha, tal como uma família em tempos de crise, podia chegar em último, mas queria chegar e subir tudo o que podia, era o meu objetivo.
Mas, a malta do BTT, na generalidade e já conheço muitos, é simpática e foi isso que apanhei. Mal alguns se aperceberam que havia um caracol no grupo começaram a atrasar-se e a andar comigo, é verdade, alguns cavalões ficaram para trás, com pena? Acho que não, quero pensar que acharam que eu era um tipo simpático, lol...Percebi também que os cavalões não é só pernas, é também coração...(esta soa um pouco gay).
Assim, o martírio que estava a ser subir a solo, passou a ser menos custoso e deixou de ser a solo, passei a ter a tão desejada companhia e o passeio deixou de ser um conta relógio para passar realmente a passeio.
Diverti-me, cansei-me, conheci pessoas novas, aprendi mais alguma coisa e acima de tudo não me aleijei. Foi uma manhã muito positiva.
Gostei da sopa que tantas vez cozinhei, mas que nunca tinha provado. Foi saborosa. Fui continuar a cozinha-la para aquela malta que possa ter fome (entenda-se, com poucas pernas).
Este tópico é para todos aqueles que gostam do BTT pelo desporto em sociedade que é, pelo respeito pelos outros e pela natureza. Para mim isto é BTT...
Obrigado malta.