[Foto-Report] 2 tugas à conquista da Via Francigena

quimis

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Boas,
Amigos :)
para quando a continuação do report :?:
Eu continuo em pulgas nesta vossa aventura na minha Bella Italia :wink:

Abraços
 

cabaço

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boas
exelente reportagen :clap: :clap:,adorava fazer assim uma aventura de bike ,a itaia ja fui umas 4 vezes mas de carro e em questão de hospitalidade eles são 0 ***** e muito caro, mas são paisagens e munumentos espetaculares , comida e boa para ciclista MUITA MASSA

estou a espera do resto da reportagem
abraço e boas pedaladas

luis cabaço
 

madnez

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Olá Pedaladores

Realmente estão de parabens, mas de facto os italianos que vão para a p*** que os pariu fiquem lá com a italia só para eles, existem melhores paises para ir fazer travessias tal como a espanha, até os nordicos conseguem ser mais hospitaleiros, parabens pela coragem e pelo empreendorismo
e mandem mais .........
Um abraço
 

jsoares919

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:venia:Antes de mais o meu pedido de desculpas por não ter completado ainda o relato da viagem, mas entre mudar de casa, ficar sem net e outras agruras, acabei por ficar sem disponibilidade.

Dia 11 (S. Ginignano - Siena) 54Km

Após uma noite de sono lá partimos para mais um dia a dar ao pedal, não tínhamos percorrido 50m, o primeiro percalço, Psam tinha perdido uma luva e o tripé da minha máquina fotográfica tinham desaparecido… voltamos atrás na esperança de encontrar algo mas a busca foi infrutífera, tinham desaparecido de vez. Que rica forma de começar o dia! Lá seguimos viagem deixando para trás mais uma terra italiana que não tinha deixado grande vontade de voltar.
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Escusado será referir que não ligamos pevea ao conselho dado pelo estalajadeiro para tomarmos o pequeno almoço no café aconselhado, (Da primeira ninguém se livra, à segunda só cai quem quer!) assim tomamos o pequeno almoço na aldeia seguinte a cerca de 15km.

Após reconfortar o estômago partimos para mais uma sessão de sobe e desce já que o piso era bastante rolante e o clima se apresentava ameno, convidativo a fortes pedaladas
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Por essas 14h chegamos a Monsregionis,
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Onde fica situado um castelo bastante conhecido, deduzo isto pelo número de turistas que aí se encontravam, aproveitamos para descansar um pouco e conseguir o nosso timbro, éramos autênticos ET, tal a forma como olhavam para nós e nos tiravam fotos, ( A estas horas as nossas fronhas devem estar penduradas numa parede nos States) :mrgreen:
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Depois do almoço la continuamos por caminhos que atravessavam terras de cultivo que eram salpicados aqui e ali por alguns monumentos dignos de serem fotografados
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A cerca de uma dúzia de quilómetros do fim da etapa o azar bateu a porta, 2 furos na roda traseira, lá montamos uma oficina campal e reparação feita rapidamente e como um profissional :D

Por fim chegamos a Siena e dirigimo-nos ao nosso albergue para esse dia que era uma pousada da juventude, após nos instalarmos fomos dar um giro pela cidade. Para grande alegria nossa à entrada da cidade deparamo-nos com um belo de um símbolo LUSITANO :venia:
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Aproveitamos para comer um geladinho sentados na Piazza del Campo
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Onde parece ser costume ao fim do dia os habitantes estarem por ali sentados o chão a conversar a cantar ou como um nosso vizinho a espera que passa-se o efeito de substancias inaladas mais ou menos legais.

Como ainda era cedo decidimos dar um giro pela zona histórica da cidade, onde se encontram diversos monumentos a serem visitados com mais atenção, como por exemplo o Duomo
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jsoares919

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Dia 12 (Siena - Radicofani) 89Km

O dia amanheceu radioso como que a convidar a umas fortes pedaladas, não nos fizemos rogados e após pedirmos a Sallustio Bandini que desse um pouco mais de educação a esta gente
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Durante o dia de hoje imperavam as colinas
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Claro que não podiam ser só facilidades e devez em quando lá tinhamos de contornar alguns obstáculos com maior ou menor dificuldade
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No fim da manhã chegamos a Buonconvento onde me dirigi a um bar a fim de solicitar o timbro a senhora simpática (até que enfim) carimbou e informou-me que no museu mais adiante teriam um timbro mais vistoso, lá nos dirigimos ao dito museu onde se encontrava uma bela donzela sorridente para nos colocar mais um timbro.

O ultimo grito em matéria de bicicletas italianas
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Ao sairmos desta vila deparamo-os com uma bela de uma subida onde fizeram questão de colocar um sinal com a inclinação da dita
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quando íamos a meio passa por nós um aspirador montado por dois indivíduos, provavelmente descendentes de algum povo feito escravo pelos romanos durante as suas conquistas, que nos brindaram com um How are you? How are you? E a rirem de 2 tugas a treparem aquela parede. Que raio esta gente quando tentamos falar inglês para nos fazermos entender não percebem patavina, nem tentam perceber e para mandarem bocas já sabem…

O raio da roda de trás não dava sossego enchia-se e após uns quilómetros tínhamos de paras para voltar a dar ar, resolvemos encostar e tentar resolver de vez, o resto da tarde continuava calmamente sem grandes sobressaltos
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2 Peregrinos, uma espéice rara por estas bandas
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o dia chegava ao fim e ligamos para o albergue de modo a vermos se tínhamos dormida ou teríamos, como habitualmente, procurar um hotel para pernoitar, atendeu-nos um padre que falava um pouco de francês e disse-nos para nos dirigirmos a uma determinada casa que lá nos indicariam o albergue assim lá fomos, foram 8km sempre a subir que foram um suplicio.
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Ao chegarmos ao cimo do monte onde ficava Radicofani, que é uma pequena vila que manteve o estilo medieval com o seu castelo no topo do monte, encontramos um transeunte e que prontamente nos levou ao albergue onde se encontrava a senhora para nos dar a chave e deixar pernoitar, finalmente um dia onde fomos bem acolhidos, depois de tomar banho fomos jantar ao restaurante aconselhado e realmente valeu a pena, comidinha caseira e a um preço justo!

A compra de uma propriedade fica fora de hipótese
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jsoares919

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Dia 13 (Radicofani - Viterbo) 90,5Km

Depois de uma noite bem repousada, partimos por volta das 8h e decidimos tomar o peq. almoço no restaurante onde tínhamos jantado na véspera, por acaso reparei que tínhamos sido servidos em pratos e talheres de plástico e como não pagamos o famigerado coperto penso que foi por esse motivo, pensávamos que iríamos ter o mesmo tratamento mas não, estava apenas a senhora e como boa italiana que é aproveitou para por a mão no bolso dos portugas!

Assim nos despedimos de mais esta vilazita transalpina em direcção ao nosso próximo destino que seria Viterbo, cada vez mais próximo da meta.
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Para compensar os 8km do fim do dia de ontem a subir hoje começamos com cerca de 6Km sempre a descer acompanhados pelo balir das ovelhas que eram em grande número e os cordeiros a saltitarem como que a desejarem-nos boa viagem
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A descida tinha de ser feita com alguma precaução já que as pedras soltas no trilho abundavam.

Após uma sessão de subidas e descidas chegamos a Acquapendente em dia de feira, pois as ruas estavam cheias de pessoas a passear no meio de um mar de cores que parecia que iria engolir a qualquer instante, era dia de feira.
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Como a barriga já dava horas fomos a um supermercado e compramos o nosso almoço que comemos num banco de jardim onde tivemos a visita de um gato que aprecia ter fumado uma ganza descomunal:mrgreen:
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Durante a tarde aproximamo-nos do Atlântico mas a hora e a distancia que ainda nos separava não nos permitiu banhar-nos nas suas águas.
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Continuou o sobe e desce, aparecendo pelo meio uma vila pitoresca que mantinha o seu estilo medieval onde aproveitamos para tirar mais umas fotos, para mais tarde recordar.
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Um habitante a apreciar toda a técnica de descida de Psam :)
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Chegados a Viterbo
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tratamos de arranjar dormida, eu pelo meu lado estava esperançado que iríamos ter um acolhimento como o do dia anterior, mas…

Telefonamos para um albergue que tinha 60 camas, a resposta foi não que não tinham estrutura para receber?!?!?!? Ligamos para outra alternativa que era num convento de freiras, ou seja um local onde se pratica caridade, foram 50€ para dormir! A caridade neste país é cara! Meia volta lá aparecia muito sorrateira uma freira a espiolhar o que fazíamos e com uma cara, uiui!
Mais uma vez se confirma que a excepção faz a regra.

Como era cedo após nos instalarmos e refrescarmos fomos dar um giro pela cidade que desta vez se revelou ser uma desilusão, o que tinha para ver de monumentos era a casa de campo do Papa e pouco mais, era uma cidade bastante suja.
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A modesta residência de campo do Papa
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Quantos são? Quantos são? Venham todos!:D
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O nosso jantar foi num fast food pertencente a uma cadeia de hambúrgueres e só visto, o lixo amontoava-se, literalmente, ao lado dos contentores onde seria suposto despejar os tabuleiros.

Após o jantar dirigimo-nos para o convento não fosse decretado um recolher obrigatório e teríamos de passar a noite ao relento.
 

jsoares919

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Dia 14 (Viterbo – Campagnano) 71Km

De manhã ao tomarmos o pequeno almoço no convento, sempre sob o olhar atento da freira, reparamos que mais 5 betetistas estavam a fazer a via, mas pela sujidade das bikes e como estavam carregadas estavam a fazer uma pequena parte e por estrada.


O dia de hoje adivinhava-se fácil, sem grandes declives, assim que saímos da cidade deparamo-nos com uma estrutura vidrada que segundo estava escrito na placa seria uma tumba etrusca, aproveitei para dar uma vista de olhos já que a porta se encontrava aberta.
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Lá continuamos viagem após estes momentos de cultura e de repente enquanto iamso calmamente a pedalar soaram 2 tiros que pareciam ter sido disparados mesmo ao nosso lado, por instinto baixamo-nos em cima das bikes, após este susto continuamos a pedalar ora entre prados verdes ora entre aveleiras,
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Como não podia faltar apareceram alguns portões a barrar o trilho, neste caso tivemos de dar uma volta de alguns quilómetros de modo a encontrar o caminho mais adiante.
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Almoçamos num cafezito onde nos prepararam uns hambúrgueres que estavam divinais, o filho do dono mesmo tendo na casa dos 20 anos, só falava mesmo italiano, achei curioso não se preocuparem em saber outra língua, lá seguimos.

Ainda nos passou pela ideia torcar de montada ;)
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Para nós foi scalata pericolosa
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Hoje o dia foi muito cultural, demos uma vista de olhos pelo mitreo e circo.
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A parte da tarde foi bastante plana praticamente sempre por caminhos de terra batida ou então simplesmente pelo meio de terras ( GPS rules)
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Seguimos por onde??? :confused:
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Os italianos gostam mesmo de dificultar a vida aos peregrinos!:tungas:
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O que vale é que o pessoal do btt arranja, quase, sempre solução :D
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A chegada a Campagnano é feita pelas traseiras da vila onde temos literalmente de escalar uma encosta para conseguirmos entrar na povoação
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Ao chegarmos fomos abordados por um habitante que nos perguntou se éramos peregrinos e ao ver a nossa resposta ofereceu-se para nos levar até à casa paroquial que seria o nosso albergue, lá fomos atrás do carro até ao edifício, onde estavam alguns seminaristas que nos levaram a divisão onde iríamos dormir.

Já se encontrava um peregrino, desta feita dos States que também estava a percorrer a Via, lá conversamos um pouco onde me disse que tinha a mesma ideia dos italianos (afinal o defeito não era nosso), estávamos a trocar ideias quando apareceu o padre da diocese, que não falava nada de inglês mas arranhava o francês, lá tive de servir de interprete ao americano, depois de nos cumprimentar disse-nos que hoje não iríamos comer ao restaurante, mau pensei eu, queres ver que vão-me proibir de sair do edifício, mas não, havia um encontro de seminaristas com a população e estávamos convidados a jantar com eles.

Após este dialogo fui tratar das nossas inscrições e ao quando entro no escritório deparo-me com 4 seminaristas que conversavam, quando disse que era portuga, começaram logo por exclamar Eusébio, Rui Costa, Ronaldo e eu disse José Mourinho, um lançou uns impropérios e uma cuspidela para o chão (à boa moda italiana), pelos vistos não é muito acarinhado por estes lados. Lá consegui inscrever-me e fomos dar um giro pela vila, comer um geladito e como já tinha reparado que eles tem por habito ao fim do dia beber no café um copo de espumoso também resolvi experimentar, mas nada de especial.

Dirigimo-nos para a casa paroquial para irmos à janta, quando entramos vimos que estavam presentes cerca de 2 dezenas de seminaristas e também alguns habitantes, o jantar consistiu em pizza com fartura, cerveja (bem boa), sumo e coca-cola, estivemos na conversa com um seminarista que ia passar uns tempos ao Brasil e por isso queria treinar um pouco o português.

Depois deste reapsto e serão bem passado fomos finalmente descansar, que amanhã se tudo corresse conforme planeado e os deuses do Olimpo assim o permitissem, iríamos chegar ao nosso destino.
 
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