A ideia que temos antes de ser ciclistas é que a via é toda nossa, ou seja estrada é para veículos com motor, assim também pensava antes de me tornar um ciclista e sendo já automobilista, parecia a selva e eu era o rei dela. Agora constato que tenho mais cuidado na aproximação e ultrapassagem a ciclistas, pois também eu protesto pela falta de civismo dos demais condutores com quem me cruzo, quando no uso da bicicleta, não é em vão que já ia sendo atropelado 3x por incúria não minhas mas dos demais utentes da via. Consigo perceber melhor as dificuldades que nós que gostamos da bicicleta os problemas que isso acarreta, comporto-me muito melhor, "não respeitando" o código da estrada, mas tendo uma conduta de maior civismo para com os demais utentes da via neste caso concreto os ciclistas, pois a nossa lei não nos salvaguarda grande coisa, é certo! Ainda assim podemos fazer a diferença mau é que nem todos pensem da mesma forma, e continuem a pensar como eu pensava. O meu entendimento é que nestes casos teria de se processar uma alteração ao código da estrada por forma a ficar-mos devidamente salvaguardados da incúria dos demais utentes da via. O ciclista é o elo mais fraco da cadeia nos aspectos da legislação rodoviária, até os pões estão mais protegidos que nós, quando acho que nos deveria ser concedido estatuto semelhante mais proteccionista para nós. Quando usamos a estrada somos quase "abalroados" pelos demais veículos, se usamos a ciclovia, vê-mo-la invadida pelos peões, vejam-se as ciclovias de Belém, Cascais, Expo e facilmente perceberão do que falo, mais caricato é ver os agentes da autoridade a presenciarem estes factos e nada fazerem.
Já passei por alguns episódios semelhantes aos aqui debatidos, relativo a ciclistas a circularem aos "magotes" lado ao lado, é fácil de os encontrar, na Marginal entre a Cruz quebrada e Cascais, e nem por isso adoptam condutas de melhor civismo, usando uma atitude pro-activa respeitadora dos fluxos de tráfego. As regras de conduta da velha filinha pirilau, foram completamente apagadas da memória, agora parece que só servem para os peregrinos de Fátima. Respeitemos para ser-mos respeitados.