Estilos ou Marketing?

Fireblade

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Boas companheiros do pedal...
Ontem à noite, estava eu a discutir com o Ludos, a Djinha e o FG os tipos de estilos existentes hoje em dia no mundo do BTT,
desde o XC ao DH, passando pelo Dirt Jump, All Mountain, Enduro...

Mas, o grande dilema recaiu em parte sobre o Enduro e All Mountain, sendo dois tipos de estilos muito indênticos,
e que nao existiam à uns anos atrás...
A grande diferença destes dois estilos é o curso
das suspensões das bikes!

Agora a minha pergunta, será tudo isto dos estilos
uma questão de Markting para as marcas venderem e
criarem vários tipos de novo material, ou será mesmo
que o BTT estará a ficar "dividido"?

Outro estilo que deu "pano para mangas" foi o FreeRide,
será este um estilo livre como o nome indica traduzindo à letra para Português, ou será um estilo "agressivo", exigente técnicamente,
e com muita adrenalina à mistura como hoje em dia os Bikers o classificão?
Muitos dizem que o FreeRide é um estilo muito Subjectivo,
outros afirmam que o FreeRide é um estilo bem defenido....
Outros ainda, dizem nem saberem bem o que é o FreeRide...

Ao que parece, o FreeRide nasceu apartir do desporto de inverno o Ski, que era e é praticado dentro e fora de pistas,
quando fora era "FREE", e dai penso ter nascido o FreeRide,
esta será também uma explicação lógica para este estilo que muitos ainda o consideram como o estilo em estado "puro" do BTT,
sem obejectivos competitivos e onde o que interessa é o convivio, a adrenalina, e a curtição....

Estilos bem defenidos, ou apenas uma estrtégia de Markting por parte das marcas e empresas de acessórios para bikes? :roll:
 

fg

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Boa fire! Bom tópico. Vamos lá ouvir mais contributos.
Na sequência da nossa conversa de ontem, acrescento o seguinte:
O aparecimento de várias designações para vários tipos de btt, tem a ver com a atenção com que as marcas estão aos diversos tipos de motivações dos betetistas. E elas são muitas e muito diferentes.É evidente que também tem a ver com as suas estratégias comerciais.... há que diversificar os produtos para não haver estagnação. O que é positivo e tem contribuído para grandes avanços tecnológicos. As bicicletas actuais não têm nada a ver com as de há dez ou mesmo cinco anos atrás. Esta é a vantagem; mas também há desvantagens, na minha opinião. Estão relacionadas com o consumismo fácil que existe na sociedade moderna. É que há malta que se sente mal se não estiver sempre a comprar as novidades......
O termo free ride ( que já era antigo no ski - onde agora o que está na moda é o carving) apareceu já há uns anos no btt. Depois apareceu o enduro, o all-mountain... e outros aparecerão, não tenham dúvidas. A história não acaba hoje. Há muito para progredir.
Ainda se lembram dos canti-levers , e das Mag21, e dos elastómeros das Pro-Flex...?? Não foi assim há tanto tempo.
 

fg

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.... e daquelas GT's em termoplástico !? alguém se lembra? No entanto quando apareceram era o máximo....
 

frezite

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boas...

com o passar do tempo... a tecnologia muda-se e existe novas soluções... para os problemas existentes (questão essencial do Design) a aplicação do mesmo torna a solução nova a melhor (supostamente). A partir daqui entramos na apresentação do dito produto á gama de consumidores... logo entra o marketing e publicidade... se responde melhor á solução inicial devia... agora é preciso não esquecer que as marcas têm de vender e escoar os novos produtos... de ano para ano muda-se pequenos pormenores, pinturas... uma mola 8 grs mais leve etc... e pergunto... será que a bicicleta que comprei em 2004 já não me serve??? o esticador em 2003 era normal e agora o de 2005 não me serve???

somos escravos da Tecnologia e MArketing... o xc, downhill era o que havia dantes... agora já há maratonas enduro all moutain, freeride etc... será que a minha bike de xc não desce??? posso não descer mais rápido que outros é verdade mas desço... e salto... isso é tudo nomes dados por empresas de bikes que fazem estudos contrtos(marketing) para ver a evolução dos gostos e depois dividem por secções... não é por acaso que a malta quer uma rígida para as voltas longas... gostava de ter outra pras descidas e saltos... somos "bombardeados" por "informação" a toda a hora...lembro de ver o artigo da bike magazine em que apresentava os reporteres e vi que o gonçalo ramalho(tester) e o artur ferreira ( director) tinham duas bikes rígidas de 98! salvo erro a do gonçalo ramalho era mais actual... no entanto eles aparecem nas revistas com grandes soluções que mudam de ano para ano...

estamos numa sociedade de consumo...


um abraço

Rui
 

marioconde

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As bicicletas evoluem, os nomes evoluem, os utilizadores evoluem, as nessecidades de cada utilizador conforme o uso k faz da bike é distinta.

A classificação das bicicletas por nomes de estilos de utilização é sempre duvidosa, o ALL MOUNTAIN então será a classificação de todas as bikes excepto as de estrada, street, e BMX, todos os outros conceitos são subjectivos.

A questão de os testers da revista terem bikes antigas apenas ker dizer uma coisa: Eles ñ têm cheta, e ñ precisam dela para andarem bem montados, os distribuidores das marcas mandam as bikes para teste, e eles aproveitam as mais agradaveis para andar mm depois dos testes feitos, felizmente k é assim, caso contrário já estou a ver os representantes das marcas a venderem as suas bikes aos testers das revistas em condições vantajosas, assim influenciando a imagem pré-concebida do tester em relação à marca!

Eu ñ sou exemplo para ninguem, mas acontece comigo o mm k com esses testers, tenho uma bike da kal ñ me desfaço, desde 1998 k ando com a velhinha, se tenho outras bikes para andar aproveito, kd ñ tenho vai a mákina de sempre para os trilhos......

No entanto tambem sonho com outras mákinas, tal como se de um casamento se tratasse, a mulher é akela, sonhar com a tipa k vimos no centro comercial ñ faz mal, se chegamos a ter um caso com ela e de facto é melhor, aparentemente, k a esposa então aí sim pode haver um problema grave para resolver. (Felizmente k eu sou solteiro, imaginem um casado a fazer uma analogia destas rsrsrsrs) Felizmente k a polibikemia ñ é crime, ao contrário do k acontece com a poligamia, e fosse eu estaria preso até ao fim dos meus dias!
 

frezite

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apesar de ter referido acerca dos testers terem bike antigas... terem aquelas bikes permite-lhe avaliar melhor as novas tecnologias... mas que há muito marketing... isso não duvidem... há mesmo muito marketing... claro que tb há a evolução...


um abraço

Rui
 

Ludos

Benevolent dictator for life
Staff member
Existe mais alguma coisa para dizer?

Felizmente tenho visto de tudo, apesar dos "escravos" do marketing e do consumismo, ainda vejo pessoal com bikes de cro-mol, ProFlex com upgrades, STX RC .... entre tantas outras coisas.

Acho que nos ultimos anos temos sido bombardeados com muita publicidade e muito marketing.

Há quem se deixe levar por isso, e troque de material só porque saiu uma nova versão mais bonita, e não sei quê...
No fundo só nos devemos preocupar com a utilização que damos á bike, é isso que a vasta oferta que existe tem de bom, há de tudo, para todos, e numa oferta tão grande só temos de encontrar aquilo que se adequa á nossa utilização, idependentemente da forma como estão rotulados.

(Perdi-me na linha do racicionio .... acabou-se, vou dormir!)

Um abraço.
 

Vladimir

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A principal ferramenta do marketing são os estudos de mercado, com base nos quais identificam com pormenor exemplar todo o tipo de betetistas, todo o tipo de modos como encaram a bicicleta (lazer activo, passeatas...), todas as necessidades existentes e limitações dos produtos actuais

Apartir destes estudos, retiram conclusões onde conseguem identificar nichos e segmentos de mercado ainda não explorados (aparecimento do Freeride, All Mountain, XC, Dh, Free-ride extreme...), para os quais desenvolvem produtos específicos que coorespondem apenas a essas necessidades.

Trata-se de colocar o produto mais próximo das necessidades dos consumidores, «trabalhando» essa necessidade com campanhas de comunicação, distribuição, preço e produto (atributos).

Acontece que em alguns casos o mesmo produto/acessório serve igualmente várias necessidades e satisfaz mais do que um segmento de mercado específico, atingindo o limiar o mkt, caíndo na canibalização de produtos (dois produtos idênticos, com funções e atributos semelhantes).

O esforço «cego» de venda e proveitos financeiros levam a cometer estes erros, que não são raros actualmente, falando mesmo além do mercado das bicicletas.


PS: Tou a tirar a licenciatura de Marketing, no Ipam (Matosinhos), já vou no 4ºano
 

Peso-Pluma

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Mário deixa-me adivinhar...a máquina que tens velhinha é uma Cannodale??...caad 4?? ou uma jekyl? :lol:
Mas regressando ao assunto...este mecado cada vez tem mais material por onde se pegue...e o mercado portuga não é para isto!
Acho que já existe variedade a mais..

abraços

Pluma
 

marioconde

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Errado peso pluma, eu tenho um pedaço de tecnologia muito mais rebuscado.. Um caad2 com forqueta fatty D, uma preciosidade k à 7 anos se mantem actual.

Na minha opinião o material ñ é em demasia, pk se tentarmos limitar a escolha seremos ultrapassados pela evolução noutros campos, só a constante evolução nos permitiu passar da bicicleta de travões de alavanca e uma só relação até às mákinas de suspensão total, "inteligente" sem camaras de ar, travões de disco, 27 velocidades a pesar completas pouco mais k 1 só quadro dos primordios do BTT, se tentarmos parar de evoluir alguem vai passar por nós, neste momento a industria passa por esa fase, a China começa a despontar comercialmente e industrialmente de uma forma tão violenta que os tradicionais mercados produtores de componentes para bicicletas têm de investir cada vez mais na inovação sob pena de cada empresa "forte" se tornar numa produtora de nichos de mercado, ou mm numa saudade, com a sua extinção!
 

Peso-Pluma

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Sim concordo Contigo nesse aspecto Mário, mas acho que o mercado Português é que não merece esta VASTA variedade...ou seja é demais para PORTUGAL..não para outros países em que vamos a uma loja loja e têm dezenas ou centenas de quadros..já não falo no resto.

abraços

Pluma
 

Vladimir

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Hem!? Como assim?

Estão a dizer que acham que existe demasiada evolução e demasiados produtos de Btt para o mercado português?

Nós temos acesso exactamente os mesmos produtos que qualquer outro betetista estrangeiro têm, seja qual for a marca

Admito que existem muitos produtos que complicam a nossa escolha (até para escolher o acessório mais insignificante), mas porque devemos nós aborrecermo-nos por existirem centenas de marcas no mercado e cada uma delas ter dezenas ou centenas de produtos distribuídos por vastas gamas e linhas?
Já repararam que só temos a ganhar com isto? A competitividade entre as marcas levam-nas a melhorar a qualidade dos produtos e a competir pelo melhor preço!

Para nós, é só sentarmo-nos no sofazinho e apreciar a evolução do mercado, das marcas e do marketing, enquanto escolhemos um quadro entre milhares, uma suspensão entre centenas, uma pedaleira entre dezenas, travões de disco... etc, etc...

Se tivermos uns dinheiros para investir, há melhor gozo do que folhear um catálogo de produtos? Pode ficar complicado para nós, mas é um sentimento pelo qual gostava de passar muitas vezes... acreditem...

(meti-me na conversa meio caído do tecto, desculpem)
 

Tomac98S

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Boas...

Embora não conhecedor de todas as variantes do Btt. acredito k algumas vertentes sejam mais marketing que outra coisa....

E quanto à questão de Portugal não "merecer" tanta oferta....a visão das empresas é exactamente a contrária...

Está comprovado que o povo portugês é consumista, com pouco poder de compra, mas muito consumista...
Daí a quantidade de shoppings com k somos bombardiados, marketing a fazer efeito não só nas bikes, mas em carros..roupa etc.... :shock:

Cumps
 

nfh

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Levantando o pó nesta discussão, eu perguntava-vos qual vos parece ser o tipo de bike FS mais versátil, atendendo aos factores de peso e desempenho, entre os "estilos" Cross Country, All-Mountain e Freeride.
Colocando a pergunta de outra forma, qual era o tipo de bicleta pelo qual optavam se quisessem comprar uma bicicleta FS, mas sem terem propriamente um perfil de utilização bem definido. Eu digo isto porque eu próprio (ainda que não esteja a pensar comprar uma bike nova) faço uma utilização da minha bicicleta muito heterogénea, dado que tanto faço estradões e alcatrão, como me meto pelo meio de pedras e troncos.

Eu apostava no Cross Country, já que regra geral são bicicletas com um peso mais reduzido sem no entanto descurar a apetência por pisos mais irregulares... no entanto gostava de "ouvir" as vossas opiniões sobre o assunto.
 

P.M.

Member
Concordo completamente com o Vladimir. Como clientes, a grande vantagem é o poder de escolha! Se o nosso mercado não o merece? Merece ainda mais! Aliás, diria que a restrinção e controle é quase sempre uma desvantagem para o consumidor.

Em relação aos estilos, para mim, all mountain ou enduro é o mesmo. O conceito deste é simples. Ter algo que toque no xc e não tema um fr. Actualmente é possivel ter bicicletas de 150-160mm (algo que há poucos anos estava restrito ao fr e dh) abaixo de 14 kg e capazes para longas tiradas a pedalar.
O downhill é isso mesmo. Descer. Sempre foram e sempre serão uma disciplina à parte. No entanto parece-me que existe um retrocesso no conceito, ao tentar ter biclas mais leves, mais manobraveis e mais polivalentes. Será uma fusão do fr com o dh?

P.M.
 

fg

New Member
O mercado tem, de facto evoluido muito.

No estado actual, eu penso que a questão do nfh é bastante pertinente.

Para quem queira uma única bicicleta, capaz de descer zonas técnicas com facilidade, que não comprometa nas subidas e que seja confortável para permitir muitas horas de "pedal" (maratonas, raids, etc) o ideal é aquilo que comercialmente tomou a designação de Enduro, mas que também há quem chame de "trail bikes".

Ou seja, máquinas com suspensão total, com cursos à volta de 120/ 130 mm (amortecedor) e 90/130mm (à frente) preferencialmente reguláveis e com bloqueios. Já existem várias bikes deste tipo com pesos à volta dos 12/13 kg, que são realmente muito polivalentes.

Penso que a grande fatia do mercado estará a caminhar neste sentido.
 
Eu tive, desde esta coisa do btt, quatro bicicletas. A 1ª troquei porque era em aço e só tinha 21 velocidades e juntando aos meus 108 Kgs. da altura, tornavam-se uma mistura muito pesada, tendo em conta que o meu grupo já pedalava todo em aluminio com 27 vels. E comprei uma American Eagle, porque haviam muitas, eram as que o Raposo vendia e para mim era o suprasumo da coisa (santa ignorância). Depois vendi a Eagle porque era um quadro 20" grande demais para mim (o ti Raposo enganou-me) e pouco manobrável e só tinha 30 mm na forquilha. Comprei uma Giant xtc, apliquei-lhe suspensão a ar, travões de disco e rodas tubless, e disse, esta é a última, não foi. Últimamente pensei que para o meu esqueleto já seria indicado ter um amortecedor que protegesse as costas e então começei a estudar as FS e acabei por comprar uma Prophet a um companheiro aqui do Fórum, e porquê? Porque precisamente depois destas trocas todas, em que eu não mencionei também a quantidade de componentes trocados, cheguei á conclusão de que tinha andado á roda sem saír do mesmo sítio, ou seja com todas as máquinas que já tinha tido, tinha feito sempre a mesma coisa, andar de bicicleta, portanto esta servia muito bem. Entendi que todas essas designações servem muitas das vezes para segmentar e permitir por essa via diversificar o posicionamentos dos produtos de cada marca criando nichos diferenciados em relação ás concorrências e também tendências de mercado. O mais caricato é que sendo eu um individuo ligado á quase 30 anos ás vendas e a toda esta problemática de marketing, e que por isso me considero um comprador frio e não passional, dou comigo, a ler com muito interesse tudo o que é relacionado com novos componentes, suspensões, deviadores, bicicletas, etc. e sempre com vontade de mudar e alterar, assim o dinheiro desse para isso. Ontem saí de casa e fiz aquela maratona que faço volta e meia, a cavalo na minha Prophet, baril, ganda sainete. Mas a verdade é que já o tinha feito em todas as outras máquinas que tive, e o prazer foi sempre garantido. Conclusão só pode ser marketing. Ou serei tonto? Já perguntei ao "Zorro/minha mulher" e o vaticinio é mesmo t onto.
 

José Martins

Administrator
Também acho que Portugal merece a oferta e diversidade proporcionada pelas marcas.
Será eventualmente por nos acharem consumistas ou será apenas a técnica utilizada em todo o lado?
Se nos pusermos na pele de uma qualquer marca ou representante, certamente que também tentariamos bombardear o mercado com o máximo de ofertas/ opções.
Se não me comprarem o produto X, compram o Y. Eu não posso é permitir haver um nicho de mercado em que os outros têm oferta e eu não.
Talvez seja assim que as marcas pensam. No final, fica a cada um de nós, amantes das bicicletas, fazer a opção de trocar as peças tais ou trocar de bicicleta só por isto ou por aquilo.
E o mais engraçado será verificar o que já foi verificado por muita gente: mudaram de bicicleta, compraram uma toda XPTO e continuam a dar as mesmas voltas, pelos mesmos locais.
Eu próprio: já devo ter gasto em up grad´s tanto como gastei na compra da bicicleta.
Quando a comprei, disse para mim mesmo que era suficiente.
Na verdade, era. Mas entra o vicio e muda-se isto e depois aquilo e o vicio vai crescendo.
A questão, nas palavras de um grande amigo meu, é simples: a menos que se faça competição e tal se justifique, nos restantes casos, tudo se resume a uma relação de gosto e disponibilidade financeira. O resto é paisagem.
Mas como o portuga gosta de andar sempre na moda em tudo (somos o país dos 8 ou 9 milhões de telemóveis, dos quais perto de 3 milhões de terceira geração) as marcas, com os constantes estudos de mercado, sabem disso e toca a atacar.
Em bom rigor: será necessário uma bicicleta de 2.000 ou 3.000€ para dar umas voltinhas ao fim de semana?
Existe aqui algué que não conheça casos destes?
 
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