Mais um cabrão que anda a ser corneado e resolve descarregar no pobre ciclista.
Agora, falando a sério, algum motivo deve ter havido para despoletar um acesso de fúria tão grande. No entanto, fosse ele qual fosse, nada justifica a animalesca cena de violência gratuita em plena via publica.
Um coice dado em cheio no joelho, com a sola de um bom sapato de encaixe, resolveria a situação e deixá-lo-ia prostrado no chão a ganir que nem um cão, com todo o respeito que este nobre animal me merece.
À violência, sempre que possível, não devemos responder com violência, mas, em situações extremas, lá terá que ser.
Apesar de tudo, e na minha humilde perspectiva, por vezes, temos de ter mais cuidado com os condutores mal intencionados, do que propriamente com os condutores furiosos ou mal humorados, pois, enquanto os primeiros, na maioria dos casos se limitam a mandar umas bocas foleiras, os segundos, armados em Chico Espertos, tomam atitudes que, nalguns casos, colocam em risco a nossa integridade física.
A situação mais desagradável e assustadora que aconteceu comigo, ocorreu durante um treino com um cego, em bicicleta dupla (Tandem), perto da praia de Mira.
Numa longa recta, eis que um Chico Esperto, resolve, sem motivo aparente, fazer-nos uma tangente com travagem.
Como consequência da brincadeira de mau gosto, guino para a direita e entro na berma. O facto de a mesma ter cimento, permitiu-me controlar a bicicleta e assim evitar a queda.
Felizmente não caímos, mas apanhamos um valente e tremendo susto.
Exceptuando esse esporádico episódio, não tenho tido grandes motivos de queixa dos condutores auto mobilizados.
Sendo os meus treinos de estrada efectuados maioritariamente ao longo da antiga EN que liga Coimbra a Penacova e o facto de há +/- 15 anos calcorrear assiduamente esse traçado; nas escassas localidades situadas ao longo do mesmo, sou sobejamente conhecido, principalmente pelos mais idosos que, regularmente me cumprimentam e incentivam, o mesmo se passando com os condutores de uma empresa de transporte de passageiros (Transdev) que, à minha passagem, buzinam, não em sinal de protesto, mas de cumprimento.
A ver vamos. Boas pedaladas.