A vitória no XCO é para aqueles que treinam muito, quer técnica quer fisicamente, fazem uma alimentação e vida saudável, mas sempre para os foram abençoados pela mãe natureza com condições naturais genéticas como por exemplo, mais que o consumo máximo de oxigénio ou a capacidade de gerar grandes potencias, sejam acima de tudo dotados de tudo isto e mais a capacidade definida naturalmente à partida (nascença) de as gerar por muito tempo, seja, a natureza decide à partida (isto não é para quem quer, é para quem pode) o teu consumo máximo de oxigénio, a tua capacidade de andar em intensidades altíssimas, gerando muita potencia, por muito tempo, e também a tua capacidade de guardar reservas energéticas, e saber poupá-las. Para teres um alto consumo de oxigénio, tens que ter um hematócrito alto com muitos globulos vermelhos que tratará de transportar mais oxigénio evitando que precocemente passes a uma via anaeróbica, extremamente fatigante e consumidora, levando a uma poupança do precioso glicogénio por via da utilização das gorduras, que só trabalham a oxigénio e exigem muito oxigénio para o seu uso, tens que ter naturalmente um sistema cardio vascular que te permita entregar mais quantidade de sangue aos musculos, com um grande coração, e um sistema de irrigação sanguinea que é diferente de pessoa para pessoa na sua base genética (pessoa sem qualquer história de treino ou desporto), que leve esse sangue a mais locais do musculo, tornando-o mais eficiente, no que se define por capacidade de extração de oxigénio pelos musculos, e acima de tudo uma coisa absolutamente natural (de nascença mesmo) que se chama de tolerancia ao ácido láctico, que é uma substancia que na práctica acidifica o sangue, levando a uma quebra acentuada do rendimento, no que um atleta pode ter a mesma sensação de dôr com uma concentração de 6mmol/Lt que um outro com 3,5mmol/Lt, porque a natureza assim definiu, que fará a diferença no suportar da dôr (costuma-se dizer que a dôr é psicológica, mas a psique só te dá mais 30 segundos num esforço máximo de 12 minutos, quando vires um a sofrer muito, não é a cabeça, é a resistencia ao ácido láctico), faltando ainda no aspecto de consumo de oxígénio outras variáveis também genéticas, mas mais complicadas de explicar e com menos peso na balança. Depois tens coisas mais simples de compreender, definidas à nascença, como a tua composição corporal, onde quem vai ganhar tem um perfil definido há muito pelos pódios e por quem sabe, em que tens naturalmente que ter nascido magro, com pouco peso, e uma percentagem baixissíma de gordura corporal, para poderes subir bem, com força, pois a composição anterior dita um corpo leve e com muita massa muscular, onde quem puxa (musculo) trabalha (gordura não puxa e quem puxa por ela é o musculo), e acima de tudo o atleta com esta composição pode comer como os lobos e atinjir as tais 7.000Kcal que a Vanessa come (poucos imaginam o que é este valôr no prato... é muita comida), para recarregar as reservas e fazer face aos altos consumos, ode também aqui a genética impede muitos atletas de comerem doidos, pois a forma de distribuição desse alimento é ingrata e vai para o pneu, logo não podem comer tanto, logo não podem treinar tanto, sob pena de não recuperar tão bem. A mãe natureza também define o jeito para tudo à nascença, no que já todos ouvimos a teoria real do tipo que tem jeito para tudo (tem boas mãos) e o desajeitado que faz tudo mal, no que se chama coodenação motora, que se baseia no sistema nervoso, fabricado na barriga.
Então nascemos com um código genético que ditará o nosso limite, que desde o mais fraco até ao Absalon chega sempre sob a forma de um empeno gigante. O trabalho que iremos desenvolver a nível de treino com vista à potenciação de todos estes aspectos, se fôr bem feito, levarnos-á ao nosso limite genético pré-definido, também conhecido por Plateau. Treinaremos fundo, para desenvolver ao máximo o consumo máximo de oxigénio definido genéticamente, o tamanho do nosso coração. Treinaremos series longas, para levarmos o nosso corpo ao limite genético da capacidade de guardar glicogénio. Treinaremos series curtas para levar o nosso coração ao seu limite genético de capacidade de força (ejecção sistólica) e os nossos musculos ao limite natural de extração de oxigénio. Faremos series de força bruta, para levar os nossos musculos ao limite natural de gerar força. Treinaremos louvas rotações de pernas para juntar à força anterior e gerar a máxima potencia naturalmente definida. E faremos muito mais para elevar todo o nosso organismo ao máximo genéticamente definido.
No final e no máximo (o tal plateu) de dois atletas com carga genética diferente, um atleta dá 5 minutos ao outro!!! O que pode o outro fazer? Treinar mais? Não. Daí para a frente só irá regredir entrando em overtrainning. Fica com dois caminhos. Ou se conforma com o seu plateau, ou se quiser aumentar essa carga genética, vai buscar capacidades externas melhores que o que a mãe e o pai definiram naquela noite, usando substancias que potenciarão todos os seus recursos fisicos, mas que são proíbidos pela lei desportiva, e pela sociedade, recuperando esses 5 minutos com "injeções de genética", que farão ter mais hematócrito (EPO), mais força (testoesterona), mais de tudo vascularização (teorias para asma etc...), e mais de tudo para tudo (pouco mais sei do ques os artistas tomam). Portanto, o tipo da genética natural foi superado pelo tipo da genética de farmácia... mas os 2 treinaram muito, porque só assim conheceram as suas limitações, o que não iliba o aldrabão, só porque treinou muito.
E assim se percebe porque quem se dopa (quando sabemos e vemos o seu passado), normalmente numca andou muito, esteve anos afastado dos pódios apesar de os vermos a treinar muito, e de repente "aparece" como se tivesse então "entrado em forma". O que é comum a todos os dopados que ganham... têem sempre um passado longo de resultados medianos no desporto, até um dia com uma carrada de anos de vida e de desporto, transformam-se em "Absalons". A malta bate sempre palmas a extraordinárias façanhas pois o ser humano precisa de referencias (idolos) e gosta de coisas diferentes, e aí está tudo bem para o artista, que passa a aparecer na revista, é tratado como o maior, tem tudo do melhor em material e dinheiro, sente-se no céu e ainda pensa, desculpando-se da sua incómoda consciencia com "os outros também kitam"... até ao dia que são apanhados num controle positivo... numca mais recompoêem a imagem, numca mais se sentirão bem na corrida, pois sabem que todos o olham de lado, numca mais farão grandes andamentos, pois ficou provado que o seu "plateau" não dá... e no dia em que o genético furar, ou estiver mal disposto e este Kitado voltar a ganhar bem outra vez, pagará pela sua aldrabice, pois mesmo ganhando bem, é aos olhos de todos um trafulha, e a vitória dele será só para ele.
Por isto tudo e para finalizar... ainda bem para esta gente que vivem em Portugal... que continua a protejer, a acarinhar, a perdoar, a dar força, aqueles que tiveram que ROUBAR, MENTIR, ...DOPAR-SE... para conseguir ganhar a quem não conseguem, naturalmente porque NÃO DÁ!!! Se eu pensasse assim já tinha roubado o Porsche 911 do meu vizinho, pois não estou dotado genéticamente (€€€€!!!) para ter Porsche´s... só é pena que ao fazer isso, sei que não teria por parte das mesmas pessoas que defendem os outros ladrões (os dopados), o mesmo perdão, o mesmo carinho e as mesmas frase do tipo "...mesmo assim ele conduz muito, treina muito ao volante e merece o porsche roubado...).
E chego a uma conclusão... é preciso uma carga genética muito forte, para sem droga, ganhar em Portugal, pois cada vez mais com tantos perdões e carinhos, se incentiva mais gente a procura a vitória de qualquer maneira !!!
Paulo Marinheiro