De volta à "autonomia" e respeito pela natureza no BTT.

Mangelovsky

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Tenho uma sugestão para dar a todos os organizadores de passeios/maratonas pelo país fora. Por que não deixar de oferecer comida nas zonas de abastecimento (Z.A.)?

Já participei nalgumas dezenas de maratonas, desde 2002 e nunca mais vi a solução usada na primeira Maratona de Portalegre ser adoptada, incluindo nas PTGs que se seguiram (estive lá em 2002, 2005, 2006 e 2007). Na maratona em 2002 (primeira Maratona de btt a ser realizada em Portugal), os participantes tiveram que entregar dois sacos plásticos com a comida que queriam que lhes fosse entregue nas zonas de abastecimento. Os sacos estavam fechados e assinalado com o número do dorsal o participante por fora.

Eu proponho uma solução baseada nesta, que iria na minha opinião reduzir imenso o lixo nas matas gerado por este tipo de eventos. Cada participante entregaria uma, duas ou três caixas (caixas para facilitar a identificação, organização, transporte e distribuição das mesmas durante a prova) com os alimentos que pretende que lhe sejam entregues nas Z. A. A entrega das caixas poderia ser feita aquando da entrega os dorsais. As caixas seriam tipo "tupperware" teriam que ter um formato normalizado (para facilitar o empilhamento e transporte), por isso deveriam estar incluidas no preço de inscrição (e idealmente servir para mais provas). Estariam identificadas por fora com o número do dorsal (escrito com um marcador de cds, por exemplo) e todos os alimentos embalados, contidos nelas, deveriam estar também identificados com o número do dorsal do participante (desta forma as embalagens que fossem abandonadas nos trilhos permitiriam identificar quem as deixou lá). As caixas seriam entregues no fim da prova aos participantes. As embalagens abandonadas que fossem encontradas, poderiam resultar na penalização em tempo, alteração da posição final, ou mesmmo desclassificação do participante.

O abastecimento de água poderia continuar a ser feito nas Z.A, mas a água deveria estar em garrafões de 5 litros ou mais, enchendo bidons e camelbaks, para não serem abandonadas mais garrafinhas de plástico pelos caminhos.


Vantagens:

- Lixo gerado apenas nos locais da Z.A. com identificação do "culpado" nos casos em que aparecer lixo nos trilhos,
- Maior higiene, pois não acontece o manuseamento dos alimentos por diversas mãos e luvas enlameadas a "escolher", a exposição dos alimentos ao calor, luz solar, insectos, etc...
- Cada participante escolhe aquilo que vai comer,
- Retorno à circulação em autonomia, em que o planeamento do tipo e momentos de alimentação também fazem parte da prova,
- Separação entre os conceitos de desporto saudável e de "deglutição desenfreada de bolas de berlim para enfrentar as subidas seguintes",
- Maior igualdade de circunstâncias entre participantes (pois deixam de haver situações em que os últimos a chegar ficam "à fome"),
- As organizações não teriam que suportar o custo da oferta da alimentação, apenas o da distribuição e não estariam sujeitas a críticas nesse aspecto.


Desvantagens


- Assim de repente, só acho que teria que deixar de comer bolas de berlim durante as maratonas.

Gostaria de ter opiniões/sugestões vossas sobre este tema.


P.S.- Não estou de forma nenhuma relacionado com nenhum distribuidor ou fabricante de caixas de plástico :D
 
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tpfernandes

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Muito sinceramente, acho que isso nunca vai ser adoptado. E porquê? Ao entregarem-te os alimentos, tu podes colocá-los no bolso e ir comendo ao longo do caminho, logo, lixo para o chão. Ou estarias a falar só em alimentos sem plásticos à volta/embalagens? Deixarias de comer barras por exemplo.

Em termos de logistica/gestão do que falas, já assim dá uma trabalheira enorme, quanto mais andarem com caixas de plástico à procura do teu nome. Imagina este fim de semana em Esposende, 2000 participantes x 2 caixas de plástico, era preciso um TIR para levar aquilo tudo já para não falar na confusão enorme que era procurar uma caixa nas ZA, tudo bem que poderiam estar numeradas e não sei que, mas dava confusão na mesma, e muita acredita.

A meu ver, a questão não está nos alimentos sólidos nas Z.A., mas sim nos liquidos. A todas as maratonas/passeios que vou, nem é pelo restante lixo que vejo espalhado porque praticamente não vejo nenhum, o que vejo espalhado são as ditas garrafas de água que são distribuidas tanto nas ZA como ao longo do percurso (quando falo em ZA, falo em zona de abastecimento com liquidos e solidos, o abastecimento de liquidos ao longo do percurso embora sendo ZA's, não as tou a classificar como tal).

Concordo sim, que deixem de serem distribuidas garrafas de água ou que as distribuam sem rolha e que passem a garrafões para abastecer camelbaks/bidons e a água nas ZA, seja distribuida em copos plásticos, se virmos bem, não se anda com o copo mais de 5 metros e os copos ficariam todos concentrados num raio de 50/100 metros perto das ZA, logo, mais fácil para a organização recolher o lixo.

Quanto a bebidas energéticas, concordo com a distribuição das mesmas em garrafas mas sem rolha para impossibilitar o transporte das mesmas, quem quiser que vire a bebida dentro do bidom.
 

Jepas

Super Moderador
Boas,

também acho que numerar todas as caixas e alimentos seja humanamente impossível em grandes organizações. Eu já fui a imensos passeios da BTTour e pelo facto de serem grupos mais pequenos (e talvez mais civilizados) nunca vi (nem ouvi) falar em poluição. Mas lá está, estou a comparar ZA's de passeios de 60 pessoas (em grupos de 20) com ZA's de milhares em algumas "provas cronometradas". Parte mais uma vez do civismo de cada um, mas no caso dos atletas, acredito que preferem poluir do que perder tempo, porque em competição é assim mesmo, são outros valores que se levantam (caberia às organizações limparem). Não é o que acontece (se é que acontece) nas provas de estrada?

Por momentos pensei que a sugestão fosse mais próxima da verdadeira autonomia: cada um leva consigo o que vai consumir e pronto. Se vai demorar 4h, 8h, ou 10h, enfim, quem vai ao mar avia-se em terra. 10h de pedal = 10 barras e talvez uma banana, tudo coisas que cabem no camelbak. Seria necessário apenas o abastecimento de água, porque é impossível carregar tanta em provas muito longas. Água essa que sim devia estar em garrafões e servir para abastecer camelbaks e bidons.Com isto acaba-se também com o desperdício de embalagens (nomeadamente garrafas de 33cl ou 50cm).

Conclusão autonomia sim, acho muito mais viável, tal como já existem muitas provas onde cada um é responsável pelo caminho (usando GPS e dispensando as também poluentes fitas de marcação) passaria a existir autonomia no abastecimento/assistência mecânica. Afinal de contas não é isso que fazemos se formos passear com os amigos numa volta informal?

Mas estamos numa economia de mercado se aparecer uma organização a seguir estes conselhos corre o risco de ficar às moscas quando a organização do lado oferecer tudo e mais alguma coisa pelo mesmo preço.

Jepas
 

markpainel

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vai do civismo de cada um ,mas acho que era uma boa ideia se em vez de garrafas de agua cada um tivesse que encher o seu bidon ou o camelback pq o que vejo mais nas za e nos km´s seguintes são garrafas espalhadas pelo chão será que alguem depois vai limpar aquilo?
 

Mangelovsky

New Member
Muito sinceramente, acho que isso nunca vai ser adoptado. E porquê? Ao entregarem-te os alimentos, tu podes colocá-los no bolso e ir comendo ao longo do caminho, logo, lixo para o chão. Ou estarias a falar só em alimentos sem plásticos à volta/embalagens? Deixarias de comer barras por exemplo.

tpfernandes, não leste com atenção o que eu escrevi: tanto as caixas como os alimentos nela contidos que tenham embalagem, devem ser identificados.Coloquei agora a negrito a frase em questão, no primeiro post ;)



Vou gastar mais um pouco do meu latim, apesar de começar a achar que não vai valer a pena, pois dos cento e tal users que visualizaram o tópico, apenas três responderam e todas os três acham que a ideia não é praticavel. Porque sou teimoso, vou insistir mais uma vez :)

Se as provas forem em total autonomia, excepto no abastecimento de água, o problema do lixo espalhado vai ainda agravar-se, na minha opinião. O Zé Chico Esperto, vai partir com os bolsos ou mochila cheia e vai tentar livrar-se de alguma forma das embalagens, para se sentir mais leve, O Manuel Competidor até vai enfiar os papeis nos bolsos do jersey, mas estes vão acidentalmente cair no chão na mesma, quando ele enfiar lá novamente a mão, à procura de um gel potente para comer em andamento.

Se se distribuir água em garrafas abertas, ou em copos de plástico, o Mário Ciclista Médio vai beber a garrafa e deitá-la nos 100 m a seguir à Z.A., mas o António Hábil vai fazer a descida ou subida seguintes com a garrafa/copo na mão (sem entornar!) e vai largá-la sabe-se lá onde. Ambos Mário e António, a maior parte das vezes não vão ter estômago para beber 0,5 L de água de uma vez e vão deitar a garrafa fora, antes de a acabarem. Também considero o desperdício de água (neste caso engarrafada), um atentado à natureza.

É preciso medidas que penalizem todos os que deixem ficar algo no chão. Não podemos ficar à espera que as mentalidades mudam, pois isso irá levar ainda muito tempo. É necessário fazer-se alguma coisa, antes que sejamos proibidos de entrar nos trilhos.

Claro que a logística não seria simples, mas o transporte e cálculo da quantidade de alimentos numa Z.A também não o deve ser.

Se as minhas ditas caixas tivessem as dimensões ( 8 x 15 x 25 ) cm, ocupariam um volume de 3000 cm^3, ou seja 3 dm^3 , ou 3 litros. Se a maratona tivesse 1000 participantes, o volume de caixas a transportar para uma Z.A., seriam 3000 litros. Uma carrinha (p.e. Toyota Hiace) tem uma capacidade de carga de 1200 litros. Enchendo-a com apenas 1000 litros de cada vez, seriam necessárias 3 viagens para cada Z.A. Isto é capaz de ser mais barato que comprar 300 kg de laranjas, 150 kg de maçãs e 1500 bolas de berlim e 1000 chipicaos e cortar as laranjas aos bocados e transportar tudo para as Z.A.s...

Numerar as caixas, também seria uma tarefa longa e demorada. Mas deve ser mais fácil e rápido que barrar uns 4000 pães com marmelada (Maratona do Encontro Luso_Galaico 2010). Ainda menos trabalho daria, se isso fosse responsabilidade do participante, e se os números de dorsal fossem atribuidos por ordem do levantamento, nem sequer ordenar as caixas seria necessário...

Fica a faltar a questão da numeração das embalagens dos alimentos contidos nas caixas: isto também seria da responsabilidade do participante. Claro que seria impossível às organizações veriicarem todas as caixas, mas um controle aleatório de algumas caixas (p.e. uma décima parte ou uma vigésima parte delas), já colocaria toda a gente de sobreaviso.
 
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cconst

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nunca estive num passeio organizado com ZAs. Nem tão pouco em competições.

É nesta últimas que me foco: maratonas onde existem sempre alguns atletas a competir. Como é a logistica nas ZAs? o tempo que se demoraria a encontrar a caixa do atleta? a confusão com muitos atletas pode ditar o desfecho da competição fazendo com que num grupo de 5, o último poderia ter acesso à sua caixa em primeiro lugar e assim partir na frente, ganhando 4 posições!!!

Não me parece justo.

A tua ideia é isso mesmo uma ideia. Nesta fase tem algumas lacunas, embora o principio da preservação da natureza seja muito nobre, não me parece que seja o caminho indicado.

Penso que a única forma de preservar a natureza é mesmo NÓS termos consciência e não deitar fora o lixo no monte. Deve caber também às organizações a responsabilidade de passar pelo precurso da prova e limpar todo o lixo causado pela prova, reparações aos trilhos, caminhos, vedações,... de maneira a que o impacto ambiental seja o menor possível.

Nos dias que passam, ainda encontro individuos a passear no monte de bicicleta a mandarem para o chão as embalagens das barras, a deixarem camaras de ar perdidas, a desbravar mato, a não respeitar vedações com terrenos agricolas...

Quantas as vezes que nas minhas voltinhas não apanho com marcações antigas (não sei se são de BTT, 4x4 ou de motos)???

Apesar de tudo o que escrevi, não quero de forma alguma desmoralizar-te. Tenho é pena (ou se preferires, inveja) de não ser eu a ter ideias dessas, pois o que precisamos é de gente com ideias novas. Pode ser que alguma tenha realmente pernas para andar.


Saudações BTTistas
 
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Mangelovsky

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A questão da distribuição das caixas, realmente é a maior lacuna no plano... No entanto, se as caixas forem iguais e empilháveis, podem estar nas Z.A.s já ordenadas, prontas a serem distribuidas.

Claro que podemos chegar em primeiro e termos o azar de termos alguém a entregar a caixa, mais lento que o que entregou ao tipo que vinha duas posições atrás de nós, mas vendo bem, isso não é muito diferente de quando, numa prova com o funcionamento actual nos aproximamos do cesto das laranjas e estão lá dois caramelos que chegaram e durante uns segundos puseram-se a comer laranjas na frente do caixote, montados nas bicicletas sem arredar e não deixam mais ninguém lá chegar. Isto aconteceu-me este domingo, mas claro que se tem que dar um desconto à malta, que vem cansada e cheia de fome (se calhar também já fiz o mesmo a alguém sem notar).

Estas "provas" tratam-se na realidade de passeios cronometrados com registo da posição final, mas claro que são classificações que não se podem levar assim tão a sério. Os que levam realmente a sério as classificações e que estão em condições de disputar os primeros lugares, tenho a impressão que normalmente nem param nas Z.A.s de sólidos.
 

markpainel

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Continuo a achar que logisticamente é muito dificil a nivel de passeios onde não há competição mais minuto menos minuto não importa agora em provas de competição acho dificil o tempo que se poderá perder a espera que alguem encontre a caixa com o nosso nome ,não acho isso muito provalvel que possa ser aplicado nas provas de competição

Embora a ideia seja boa mas acho que não pode passar disso mesmo
 
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pauloeste

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De tudo o que já li neste forum, este tópico é daqueles que é mesmo para rir....

1º É preciso ter a noção da dificuldade da organização dum evento;

2º Grande parte do pessoal que colabora nos bastidores de um qualquer evento são VOLUNTÁRIOS. Não tou a ver o pessoal a fazer "horas extraordinárias" a identificar embalagens e caixinhas, acomodar tudo para perto de 1000 ou mais pessoas;

3º (Não estou a ver-me levar caixinhas com comida às costas num passeio organizado. E como eu haverá inúmeras pessoas).
(Depois de ler com mais atenção percebi que afinal as caixinhas estariam nas ZAs)

Resumindo: tudo isto é absurdo.

O que tem de haver, isso sim, é uma cultura de civismo e a ela agregado um espírito ecológico.

Se achamos que as coisas não vão bem, cabe a todos ensinar a sua prol para que o mundo se torne um local melhor e mais tarde não ser necessário chamar à colação este e outros problemas típicos de lacunas culturais.
 
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no180

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Essa técnica das caixas não resultaria nunca, pois iria haver muitas mais burocracias. Para mim o melhor é levar o que tem que se levar no camelback e assim o lixo ficaria à responsabilidade de cada um. E acho que se deveria acabar com as garrafas de água e utlizar os garrafões para encher os bidons e os camelbacks. Nas zonas de abastecimento tenta-se acabar com os alimentos condicionados em embalagens poluentes. Já fui a muitos passeios em que nas zonas de abast. havia sandes, fruta e outras coisas nutritivas e tão deliciosas que nos esquecemos das barras.
 

nunomjorge

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Acho que o que queres dizer é algo parecido com o que a organização do Geo Ride fez este ano:

"ECORESPONSABILIDADE - GEO-RAID ® series
A preocupação da organização do GEO-RAID ® series com este tema como um dos princípios básicos para sustentabilidade do projecto e do MTB foi assumida desde o primeiro momento.
A introdução nesta primeira prova de 2010 da identificação das embalagens que os atletas transportam em competição, numa mediada inovadora nas provas de MTB em Portugal, foi mais um passo decisivo e objectivo nesse sentido, juntando-se à ausência de marcas no terreno que caracteriza esta competição, como medidas para minimizar os impactos destes eventos no meio natural onde se realizam.
A receptividade dos atletas a esta medida foi altamente positiva e a sua eficácia com os resultados observados no terreno foram uma aposta ganha pela organização, mas sobretudo uma vitória para a sustentabilidade das provas de MTB em Portugal."


http://www.geo-raid.com/images/stories/sps_2010_prova-0002.jpg
 

Mangelovsky

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De tudo o que já li neste forum, este tópico é daqueles que é mesmo para rir....

1º É preciso ter a noção da dificuldade da organização dum evento;

2º Grande parte do pessoal que colabora nos bastidores de um qualquer evento são VOLUNTÁRIOS. Não tou a ver o pessoal a fazer "horas extraordinárias" a identificar embalagens e caixinhas, acomodar tudo para perto de 1000 ou mais pessoas;

3º (Não estou a ver-me levar caixinhas com comida às costas num passeio organizado. E como eu haverá inúmeras pessoas).
(Depois de ler com mais atenção percebi que afinal as caixinhas estariam nas ZAs)

Resumindo: tudo isto é absurdo.

O que tem de haver, isso sim, é uma cultura de civismo e a ela agregado um espírito ecológico.

Se achamos que as coisas não vão bem, cabe a todos ensinar a sua prol para que o mundo se torne um local melhor e mais tarde não ser necessário chamar à colação este e outros problemas típicos de lacunas culturais.


Sinceramente absurdo, é o espírito de criticar sem sugerir uma solução alternativa. Obviamente que as caixas não seriam para ser levadas às costas, mas sim abertas, o conteudo consumido ou levado nos bolsos e as caixas seriam deixadas na Z.A. A identificação das caixas econteudo (a tarefa complicadíssima e árdua de escrever um número numa caixa e nas embalagens) seria feita pelo participante, ao levantar o dorsal.

Enquanto a malta não se civiliza, é suposto deixarmos o lixo continuar a acumular-se nos trilhos? Acho muito bem que se eduque a respectiva prole, para que esta só venha a ter atitudes de respeito para com o ambiente, mas e até os actos da prole começarem a ter um efeito significativo, quanto tempo vai passar?

Essa atitude de esperar de braços cruzados é que serve para rir, na minha opinião... Isso é tudo vontade de comer bolas de berlim nas Z.A.s?

Não digo que a cena das caixas seja o caminho a seguir,mas é preciso fazer algo urgentemente. Se deixasse de ver a porcaria das garrafinhas de água pelo chão, já ficava contente que chegasse...

nunomjorge, é mesmo algo desse género de que eu estava a falar. Não tinha conhecimento de que eles tinham já adoptado essa solução, mas fiico contente por afinal não ter sido o único a lembrar-me disto.

Imagem das embalagens identificadas, colocada pelo nunomjorge:
sps_2010_prova-0002.jpg
 
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pauloeste

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Sinceramente absurdo, é o espírito de criticar sem sugerir uma solução alternativa. Obviamente que as caixas não seriam para ser levadas às costas, mas sim abertas, o conteudo consumido ou levado nos bolsos e as caixas seriam deixadas na Z.A. A identificação das caixas econteudo (a tarefa complicadíssima e árdua de escrever um número numa caixa e nas embalagens) seria feita pelo participante, ao levantar o dorsal.

Enquanto a malta não se civiliza, é suposto deixarmos o lixo continuar a acumular-se nos trilhos? Acho muito bem que se eduque a respectiva prole, para que esta só venha a ter atitudes de respeito para com o ambiente, mas e até os actos da prole começarem a ter um efeito significativo, quanto tempo vai passar?

Essa atitude de esperar de braços cruzados é que serve para rir, na minha opinião... Isso é tudo vontade de comer bolas de berlim nas Z.A.s?

Não digo que a cena das caixas seja o caminho a seguir,mas é preciso fazer algo urgentemente. Se deixasse de ver a porcaria das garrafinhas de água pelo chão, já ficava contente que chegasse...

Meu caro amigo respeito a tua opinião mas também tenho a minha.
Mais uma vez reforço que essa solução a mim não me convence. Esta é a minha opinião.
Já fiz o Geo-Raid da Estrela que é um evento muito diferente da maioria dos que por aí andam: tem muito menos gente que a de Santarém... entre outras.

Tem muito mais cabimento e exequibilidade a opinião do caro no180:
Essa técnica das caixas não resultaria nunca, pois iria haver muitas mais burocracias. Para mim o melhor é levar o que tem que se levar no camelback e assim o lixo ficaria à responsabilidade de cada um. E acho que se deveria acabar com as garrafas de água e utlizar os garrafões para encher os bidons e os camelbacks. Nas zonas de abastecimento tenta-se acabar com os alimentos condicionados em embalagens poluentes. Já fui a muitos passeios em que nas zonas de abast. havia sandes, fruta e outras coisas nutritivas e tão deliciosas que nos esquecemos das barras.

...que subscrevo na integra.

Mais ainda. Cruzar os braços é algo que não faço: tenho 4 filhos um deles tem 19 anos e considero-o um cidadão responsável. Ensino-os todos os dias a serem cidadãos exemplares.
Pessoalmente quando ando em btt ou ciclismo, consumo sempre barras energéticas, guardo as embalagens no jersey e quando chego a casa coloco-as no respectivo lugar.

Se por ventura me deparo com alguém a conspurcar o meio ambiente, não me eximo de o chamar a atenção ou apanho o lixo à sua frente.

Acho que faço alguma coisa para manter o planeta limpo.

P.S. Também reciclo e conteúdo leva acento no u.
 
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jsoares919

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Oi pessoal,

Se bem que o exemplo deveria vir de cima, da propria organização, por exemplo este fim de semana fui a Taveiro e as fitas da prova continuam por lá penduradas´. será para as gerações vindouras terem conhecimento que em tempos se teria efectuado por ali uma maratona?

Boas pedaladas,
 

Mangelovsky

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pauloeste, é verdade que a ideia do no180 é mais exequível e no que toca ao abastecimento de água, está em conformidade com o que eu venho a dizer desde o meu primeiro post. Mas com esta ideia dos alimentos sem embalagem, mantém-se o problema da exposição dos mesmos ao sol, do seu manuseamento mãos sujas, etc. É claro que nessas maratonas, também ataco a fruta fresca e as sandes com vontade e não me importo lá muito com isso e nunca nada me fez mal. Mas tem-se sorte até um dia e não se deve descurar a higiene, só porque nunca ninguém adoeceu. Já para não falar de que qualquer dia as organizações das maratonas poderão ter a Asae ou a Deco à perna, por causa desses ou doutros pormenores.

PS- coloquei o link na "prole", porque eu próprio tive a dúvida quando li o seu post.
 

tpfernandes

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Eu não entendo é tanta preocupação com a higiene. Se eles têm a ASAE ou e DECO à perna, o problema é deles e só come esses alimentos quem quer, quem não quer leva de casa.

A tua ideia nunca vai passar da teoria à prática, porque não me estou a ver, nem eu, nem 90% dos bttistas a levarem caixas para os abastecimentos. Se uma maratona faz isso, tou a vê-los a levaram de casa no camelbak e lixo para o chão na mesma.

A ideia da desistência das garrafas sim, apoio como já disse em cima, passam a garrafões e acaba-se o plástico pelos trilhos.

Quanto à comida, continuo a dizer que não vejo assim tanto lixo derivado da comida. Vejo mais camaras de ar do que embalagens.

Ainda agora no Luso Galaico, quem o fez, o que viu nos trilhos? Camaras de ar e garrafas de água vazias. E quem diz o Luso Galaico diz muitas outras maratonas e passeios por aí. Para mim, esse, é o verdadeiro problemas, as camaras de ar e as garrafas.
 
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Mangelovsky

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As provas (e a alimentação durante as mesmas) são serviços que são pagos por nós, por isso temos o direito de ser servidos de forma limpa e digna. Algumas destas maratonas atraem participantes vindos de longe ou mesmo vindos de outros países, por isso podemos começar a considerá-las como atracções turísticas, nas quais é importante não passar uma má imagem...

É muito linda essa tua atitude... Se trabalhasses numa padaria também coçavas o rabo e distribuías pão sem luvas? Quem não quisesse comprar lá pão que o fizesse em casa...
 

tpfernandes

New Member
Almoças ou jantas em restaurantes que por vezes, há muito, mas muito menos higiéne do que eu provas ou maratonas. E olha que sei do que falo pois já trabalhei em mais que um.

O que eu acho é que estás tão revoltado não sei para quê. Pelas questões da higiene? Do lixo? De ambas? Ou mais alguma?

A minha atitude é a atitude de muitos, não gosto, não como. Vou barufustar com as organizações? Não, vou a primeira vez, não gosto, não ponho lá mais os pés. Simples.
 
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