Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas

AFP70

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Boa noite QUEBRA TOLAS,

Ligar os 2 lagos é algo que já tinha agendado, realmente uma excelente escolha, daí que compreenda as saudades.

Tendo estado em “Salvan” porque não aproveitou e foi conhecer as “Gorges du Dailley” e no regresso a Martigny as “Gorges de Trient”, ver post 292, página 30 deste tópico ou ainda a crónica nº36 do site BDP.

Hei-de ir logo que possível a Montenvers Mer de Glace (talvez não este ano devido a estarmos a entrar em período invernal, a ver vamos…), para os lados de Chamonix, isto para saber qual é a sensação de caminhar no interior de um glaciar. Notar que este é o maior glaciar de França (7 kms de comprimento e 200 mts de espessura). O que são 7 kms quando comparados com os quase 27 kms do maior glaciar de Suiça, o “Aletsch”.

Obrigado pelo aviso “à navegação” e acredite que já tive alguns dissabores, aliás ainda na minha última aventura a postar oportunamente, tive de vencer 2 obstáculos de cariz “mortal”. Até ao momento a sorte ou a proteção divina tem estado do meu lado, sinal que não devo ser assim tão mau tipo, eheheh…

Um abraço e obrigado por seguir,
Alexandre Pereira
 

QUEBRA TOLAS

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As Gorges de Trient fui (lindo e impressionante), às Gorges du Dailley não...infelizmente em 2003 a Internet era muito limitada (acho que nem tinha) e não se conseguia tanta informação como agora . Quando o Alexandre for a Chamonix, se for por estrada, é impressionante o avistar à esquerda o Mont Blanc, tal a grandiosidade da montanha e os seus glaciares. É uma das imagens que ainda retenho....o termo é.... "MAGNIFIQUE" eheh
Abraço e continuação de grandes pedaladas
 

AFP70

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Bom dia QUEBRA TOLAS,

Realmente só agora com a minha idade (eheheh…) é que me apercebo dos saltos quantitativos e qualitativos de certas “coisas” na vida…

Sempre fui um amante de tudo o que era “high-tech” pelo que posso afirmar que fui dos pioneiros a utilizar a internet nos anos 80, ainda a Telepac estava a dar os seus primeiros passos.

Logo que me seja possível, Chamonix cairá como tantas outras caíram até à data “step by step”…

Ir ao topo do “Mont-Blanc” era um desejo, mas não tenho equipamento à altura, para além de que aposto que a “Lei de Murphy” irá fazer com que sofra do “MAM – Mal Aigu des Montagnes” e não vá além dos 3.800 mts.

Um abraço e até à próxima crónica,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Boa noite ao Fórum,

Eis um "preview" do que será a minha próxima crónica. Prometi que voltava e voltei. Um “Bravo” cumpre sempre o prometido, neste caso a menos de 40 dos 3000.

Cumprimentos ;),
Alexandre Pereira

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AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Eis um pequeno filme sobre a minha última aventura. Clique p.f. no link e aceda ao pequeno filme rodado para comemorar o episódio. O filme dura 01:53 min e esta foto foi tirada a 2.971 mts.

A crónica será publicada logo que possível nos locais do costume (Site BDP, Facebook e Fóruns BTT).

Cumprimentos ;),
Alexandre Pereira

Guess why I went to “Scex Rouge”...

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QUEBRA TOLAS

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Pelo vídeo...isto promete
também já fui muito feliz LÀ EMBAIXO (esta é do Malato)!!! Na Primavera os "Diabos" escorrem agua por todos os lados eheh
Venha de lá a sempre muito aguardada cronica de um Bravo.
 

AFP70

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Boas Quebra Tolas,

Pois é o famoso Malato…, pois eu também já perdi a conta às vezes em que já fui muito feliz aqui nas Terras Helvéticas.
Neste momento cozinho a crónica em banho-maria mas o parto está para breve.

Um abraço,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Quem vai à “Quille du Diable” tem de passar por “Scex Rouge”…

Ponto de partida: “Col du Pillon” a 1.550 mts
Ponto de chegada: “Reusch” a 1.332 mts
Altitude máxima: 2.971 mts
Altitude mínima: 1.332 mts
Kms percorridos: +/- 14 kms

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº049).

O meu meio de transporte a caminho de “Cabane” a 2.525 mts e ao fundo o meu ponto de partida “Col du Pillon” a 1.550 mts.
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Vista a partir do teleférico. Este seria um dos meus caminhos de regresso à base, mas enquanto embarcava vim a descobrir que este trilho estava fechado ao público em virtude do risco eminente de desmoronamento de terras e calhaus. Como sempre tive de improvisar à última um trilho alternativo. A minha escolha recaiu sobre um trilho mais longo 7 kms, pelo que o meu único problema era o tempo, já que o último autocarro com destino a “Les Diablerets” saía às 16h00 e depois era “à la pate” ou “à la boleia” e ainda eram uns bons kilómetros, mas como diz o povo “quem não arrisca, não petisca”.
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Paragem em “Cabane” a 2.525 mts. Para chegar aqui terei de passar pelo ponto A e B. Conseguem ver o que me aguarda, sim aquelas manchas brancas é neve quase transformada em gelo. O trilho encontra-se debaixo. Na altura confesso que não me preocupei muito e afinal estava ali para me “dépasser e depassar mes limites”, mas por vezes as “shits” podem ocorrer. Acreditei que era possível atravessar aquela zona com o meu equipamento rudimentar, para além de que nunca fui de voltar atrás. Pois é, medi mal a extensão do problema. As fotos falarão por si.
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A próxima paragem “Scex Rouge” a 2.971 mts, ponto de partida efetiva para a minha aventura. Irei caminhar no topo daquela encosta. Vistas fenomenais, só mesmo estando lá.
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Foram aqueles vultos os culpados da minha decisão. Dentro de algumas horas estarei a provar e a sentir o mesmo que eles.
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Ao fundo na parte central da foto, aquele penedo em forma de farol é o meu próximo destino, a “Quille du Diable” a 2.908 mts, também conhecida por “Tour St-Martin”.
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Bonita panorâmica onde é bem visível o ponto de partida e a minha primeira paragem. Ao fundo a 1.540 mts o lago “D’Arnon” ou mais conhecido por “Arnensee”.
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Parte da zona da estância de ski “Glacier 3000”. O planalto cheio de neve que terei de atravessar e ali mesmo em frente o “Oldenhorn” com os seus 3.122 mts.
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Apresento-vos o “Alpine Coaster” ou seja o escorrega de trenós mais alto do mundo sobre carris onde facilmente se atinge perto de 40 km/h. Para os mais ávidos de sensações fortes. Morte garantida em caso de falha mecânica, mas como diz o povo “só se vive uma vez”. Visível um utilizador em plena descida.
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A caminho da “Quille du Diable”. A perspetiva engana pois a inclinação é quase de 45°. Aquelas pessoas deslocam-se lateralmente, a sorte é que a neve era “soft” neste local exposto ao sol. Como não podia deixar de ser, aqui os veículos (motos) estão equipados de lagartas para uma melhor deslocação.
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Foto tirada para que vejam melhor o grau de inclinação.
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Finalmente cheguei à “Quille du Diable”, neste caso ao “Refuge L’Espace” a 2.908 mts. Diz a lenda que em tempos que já lá vão o diabo vinha para aqui brincar com toda a corja “demoníacal” e utilizavam este obelisco como marco quando jogavam ao “fito”. O pior era quando falhavam a pontaria e os penedos rolavam montanha abaixo.
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As vistas a partir da esplanada são simplesmente divinais. Deve ser mortal estar sentado em cima do abismo.
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Não disse que as vistas eram fenomenais?
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Mais do mesmo.
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Tempo de regressar a “Scex Rouge” e iniciar a segunda parte do meu périplo.
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E agora começa a loucura. Até chegar a “Cabane” a 2.525 mts, o trilho é comum ao que inicialmente me tinha proposto realizar.
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O escorrega de trenós visto de um outro ângulo.
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Os teleféricos lá continuavam no seu movimento de vai e vem, alheios à minha presença. O dia não podia estar melhor.
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A partir de agora é que as coisas se vão “corçar” um pouco e tornar a caminhada mais interessante do ponto de vista “adrenalinal”.
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Por vezes o trilho passava mesmo colado ao precipício. É nestes momentos que nos apercebemos que a linha que separa a vida da morte é muito ténue.
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Em frente, siga a marcha.
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O trilho foi “enseveli” pela neve, nada de mais natural a estas altitudes, afinal encontramo-nos na chamada “zone des neiges éternelles”.
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A prova provada da minha passagem por estas paragens.
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Nesta encosta a muito custo, atravessei várias áreas cobertas de neve, mas confesso que ao atravessar esta zona com mais de 200 mts de comprimento, com uma inclinação superior a 45°, tive que segurar “os guebos” a várias “reprises”.
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Bonita panorâmica de “Les Diablerets” a 1.158 mts.
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Como frisei em comentários atrás, mais de 45° de inclinação. Aqui era pé ante pé e aos poucos lá fui progredindo. As pernas pareciam não me querer obedecer, tal era a intensidade do conflito com o cérebro (descansem não fiz TILT). Sem vergonha de o afirmar, tremia por todos os lados, mesmo assim quis recordar o momento. Como podem constatar em caso de deslize, não tinha nada a que me agarrar. Por vezes aninhei-me de forma a aumentar a pressão e poder enterrar melhor os pés nesta neve em pedra. Neste troço o espetro da morte acompanhou-me e sorriu-me “à plusieurs reprises”, mas “thank God” correu tudo bem, ainda não foi desta, “be patient my friend, your time will come”.
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“At least” a tão almejada chegada a “Cabane” 2.525 mts.
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Início da terceira etapa do trilho. Com o “clock” que como sabem, nunca pára, tenho de atingir “Reusch” a 1.332 mts naquele vale ao centro da foto.
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Um último adeus a “Scex Rouge” e à cabana.
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Ao fundo do lado esquerdo da foto é por onde irei passar. Zona fenomenal com um outro tipo de beleza.
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“Point de situation”, A = “Scex Rouge” a 2.971 mts e B = “Cabane” a 2.525 mts e C = 2.270 mts.
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Sempre a descer “et toujours ébloui par ce paysage”. Para onde quer que olhasse era só beleza. As fotos falam por si, daí a partilha.
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Terei de atravessar aquele túnel para poder atingir aquelas casas no centro.
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O meu destino final é aquela estrada,
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A estação de teleférico de “Oldenegg” a 1.919 mts. A placa amarela informa que demoramos a caminhar, 1h30 para chegar a “Reusch” 1.332 mts. Pois como sabem tinha um problema de horários a cumprir, vai daí alembrei-me de colocar em prática o que tinha aprendido na “army”. Apliquei a famosa “MARCOR” e passados 40 minutos estava na paragem de autocarro. Acreditem que fazer +/- 5 kms, com temperaturas de +/- 25º e vencer +/- 600 mts de descida, com botas de “maçon” e uma mochila a pesar perto de 8 kgs, não está ao alcance de todos. Estive para morrer, mas nunca desisti (também não podia, sob pena de ter graves problemas de locomoção). Confirmo, a fé move montanhas e pensar no Rocky também ajuda, eheheh…
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Mesmo com o stress do tempo ainda aproveitei para vos deliciar.
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Aqui doeu bastante fazer este trilho serpenteante. Bota de “maçon” não foi feita para correr.
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Bonita cascata.
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Consegui ou não consegui? 40 Minutos desde a seta vermelha. “We just have to believe and never give up”.
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Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Boa noite ao Fórum,

Encontro-me em contagem decrescente para na próxima semana dar um salto a tempo de comer um bife para os lados da terra da Maria da Fonte.

No ano transato comi uma cabra no Gerês (1/2 Maratona do Gerês), este ano irei participar na nona edição do passeio denominado Rota dos Bifes em Porto de Ave; mais informações em http://btt-portodave.blogspot.ch . O passeio realiza-se no dia 20.10.2013 (domingo).

Até lá ;),
Alexandre Pereira
 

QUEBRA TOLAS

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Mais uma bela cronica...e grandes imagens. Grande gozo !!!
A opção pelo MAR (marcha) COR (corrida) foi genial . Só faltou uma boa sessão de GM em altitude!!
Para quando a contratação de uns CRAMPONS ??
O jogo do DEAD or ALIVE não é para ser jogado na vida real...só na versão PC eheh
Continuação de boas pedaladas e boa viagem até ao cantinho português
PS: Botas de MAÇON não....."constructeur" tem mais pinta .
 

AFP70

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Boa noite Quebra Tolas,

Obrigado por seguir e como sempre por comentar.

As fotos como depreende valem o que valem e nada como a experiência ao vivo para poder entender as sensações que perpassam pela mente naqueles momentos.

Pelo comentário sobre a GM depreendo que somos “brothers in arms”, eheheh…

Os “crampons” não são para já, a essas alturas é “vinho de outra pipa” e só, como até agora não é de arriscar.

“Dead or Alive”, grande grupo da década de 80, como curti nessa altura, eheheh…

Utilizei “botas de Maçon” porque os mais sensíveis (e como os há neste momento) talvez ficassem ofendidos com “botas de Trolha”, mas fiquem descansados, tudo depende da conotação que lhe quisermos associar.

Um abraço,
Alexandre Pereira
 

quileptor

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..Mais uma crónica muito boa, com paisagens explendidas!! A penúltima fotografia e a 4ª a contar do fim, então são "breathtaking". Obg pela partilha!!
 

AFP70

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Boas quileptor,

Obrigado por seguir e comentar.
Realmente uma boa escolha, mas a oitava a contar do fim também não fica atrás.
No fórum apenas posso colocar 40 fotos (opto por colocar as mais representativas ou que permitem seguir o fio à meada), mas se visualizar no site BDP na respetiva crónica encontrará muitas mais. (É sempre um suplício partir de 200 ou mais fotos e apenas selecionar 40 para postar).

Um abraço ;),
Alexandre Pereira

P.S: Já esfrego as mãos de contente pois a próxima crónica será por Terras Lusas.
 

AFP70

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Boas Companheiros (as),

Eis o percurso efetuado na anterior crónica (a preto). Como constatam há ainda pano para mangas, à semelhança do que acontece em outros trilhos nas Terras Helvéticas.
Se alguém algum dia desejar repetir, terei todo o gosto em acompanhar.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira

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AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Depois de ter comido no ano transato uma Cabra no Gerês, este ano decidi que estava na hora de comer um Bife para os lados de Porto D’Ave (a um salto de minha casa nas Terras Lusas).

A última vez que comi Bife para esses lados foi na 2ª edição, pelo que agora já estamos na 9ª e diga-se em abono da verdade, cada vez melhor. Quem participou sabe do que falo…

Eis um “preview” para abertura de apetite e logo que possível postarei a crónica nos locais do costume (Facebook, Fóruns e site BDP).

Cumprimentos e até lá,
Alexandre Pereira

Ainda não foi desta que consegui juntar as tropas todas.
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Simplesmente lindo, até dá vontade de procurar o pote.
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O local assim como tantos outros merecia esta panorâmica.
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AFP70

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Em dia de “Rota dos Bifes” comi um bom bacalhau …

Tenho plena consciência que já não dou notícias tão amiúde como antigamente isto porque quando um “gajo” trabalha 6 dias sobre 7 entre 12 e 14 horas diárias, acreditem que vontade para escrever o quer que seja não lhe falta (para quem não entendeu, estou a ser irónico eheheh…)
“Bref, ça c’est juste pour la petite histoire". Não se trata de uma justificação, mas simplesmente para que compreendam que nem sempre posso fazer aquilo que mais prazer me dá (contingências da deslocalização).

Sempre que me desloco às Terras Lusas sinto necessidade de partilhar momentos de puro prazer com os meus companheiros de armas. Este ano a escolha recaiu sobre a “Rota dos Bifes”, pois no ano transato tinha participado na 2ª Maratona do Gerês (ver crónica Nº032 ou post nº241).

Com tudo aquilo que este grupo já fez no Gerês, tudo o que eventualmente possa ocorrer para aqueles lados, não nos irá surpreender, daí que este ano a escolha óbvia recaiu sobre a prova que se realiza para os lados de Nossa Senhora de Porto D’Ave.

Participamos nessa prova em 2006 e desde essa altura nunca mais lá pusemos os pés, pelo que este ano achamos que já era tempo de repetir e ver o que entretanto mudara (em sete anos muita coisa muda).

Eu e o companheiro “Pereira” fruto das nossas experiências “tropais” chegamos bastante cedo, enquanto o companheiro “Viegas” chegou no limite do aceitável, eheheh…

O dia como se costuma dizer “estava uma m.r.a”, apresentava-se sombrio, chuvoso e bastante frio, mas não era isso que nos iria demover da nossa participação (já rolamos com alerta vermelho prós lados de Amares).

Os primeiros kms eram rolantes sem grandes dificuldades. A partir da ponte de “Mem Gutierres” é que as “coisas” começaram a ficar interessantes pois a partir daí começava a ascensão até ao Meroiço (832 mts do lado abordado), onde nos aguardava um autêntico manjar.

Realmente é estranho subir quando por norma descemos essa mesma vertente, mas é como em tudo nesta vida, estamos sempre a aprender. Obrigado a estes senhores por me mostrarem e provarem que é possível subir ao Meroiço por este lado.

Não foi fácil, quem por lá passou, sabe do que falo. Aliás os quase 1.300 mts de acumulado positivo para +/- 38 kms efetuados não deixam dúvidas.

Enquanto subia fui metendo conversa com muita malta e apercebi-me que realmente muita gente segue as aventuras deste Bravo quer no FB, quer nos Fóruns BTT, no entanto a grande maioria é passiva, apenas se limita à leitura, sem qualquer tipo de intervenção ou comentário.

Chegado ao topo, aguardava-nos um “single” com perto de 10 kms, do melhor que fiz até hoje, ele havia para todos os gostos (pena o nevoeiro e a chuva), mas mesmo assim deu para encher as medidas.

Para terminar este grupo resolveu presentear-nos com uma “half circum-navegação” em redor do Parque de lazer do Pontão junto à barragem das Andorinhas em Sobradelo da Goma. Trilho muito bonito, talhado sobre medida, nem quero pensar nas horas dispensadas e na mão-de-obra envolvida na execução desta árdua “tâche”.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº050).

Para quem não conhece, este é o “Pereira”, um dos poucos homens na Terra por quem eu daria a minha vida. Vejam só a sua cara de felicidade, pois é, quem lhe dá BTT dá-lhe vida.
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Mosteiro de Nossa Senhora de Porto d’Ave construído em 1730 e seus jardins. Já perdi a conta ao número de cerimónias a que assisti neste local, ele foi casamentos, funerais, batizados, comunhões e agora “probas” de BTT.
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Os suspeitos do costume. Não me canso de frisar que não consigo “faire en sorte” que o 4º elemento esteja presente. Quiçá um dia. Não vão acreditar mas ele há “estórias” e coincidências que nem ao Diabo lembraria, pois estando em frente a este cartaz, desejávamos fixar o momento. No meio daquela multidão que se ajuntou resolvi solicitar a uma alma caridosa que ao alcance da minha voz se encontrava se nos podia captar para a eternidade e não é que nos sai na rifa o Abel, sim o Abel dos Rocket Riders. Podia nos ter saído qualquer um, mas logo tu Abel, eheheh… Fora de brincadeiras, a última vez que nos cruzamos foi na maratona do Gerês do ano transato. É sempre bom rever velhos amigos com quem já partilhamos grandes aventuras.
Agora uma pergunta a 50 cents. O que há em comum entre “mim” e o cantor de “The Fly”? “Danke Schoen for your reply”.
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Foi preciso fazer „mouche“ para acertar no Abel no meio deste mar de gente.
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Um dos primeiros engarrafamentos do dia em que é visível o amigo “Viegas”.
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Se alguns aqui já desmontavam então não sabiam para o que vinham.
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Esta fotografia vale por mil “palabras” tal era a felicidade estampada no rosto destes dois bravos e acreditem que não era do Guaraná.
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Deambulamos por densas florestas com trilhos muito rápidos.
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Atravessamos alguns cursos de água.
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Os Bravos do Pelotão são espécimenes difíceis de apanhar, só mesmo como se diz na gíria “caçadoriana” se andarem de caganeira… Aqui muito próximo da central elétrica da Esperança.
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A famosa ponte românica de “Mem Gutierres” também conhecida por “Ponte Domingues Terna”. Acredita-se que tenha sido construída em 1382 sendo classificada de Monumento Nacional desde 1910.
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Vistas a partir da ponte. Lá ao fundo é para onde nos dirigimos, “A serra do Maroiço” com os seus 832 mts daquele lado. E o tempo para aqueles lados estava uma “maravilha”.
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“Quem disse que mulher num foi feita para guardar cabras, yoh…”. Não me recordo do nome da Srª, mas mulher muito simpática que nos deu umas indicações bastante úteis.
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Achei piada ao caixilho, nada mais…
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Esta subida foi “mortal”, alembram-se, mal sabiam eles o que os aguardava nos próximos kms até ao abastecimento. As fotos como sempre falaram por si.
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Sim meus amigos, é o “Pereira” ali no lado esquerdo da foto (a amarelo é a capa do Camelbak). Subir, subir, subir, cada um ao seu ritmo…
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Ao fundo a Barragem do Ermal.
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Os meus dois companheiros ao atingirem o primeiro e único patamar que nos conduziria ao alto do Maroiço.
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Viemos d’além, por detrás daquele monte. Quando olho para estas imagens recordo voltas passadas nestas paragens onde eu e os meus companheiros fazíamos estes trilhos a descer.
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Dizem que são sete as cores do meteoro luminoso.
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Descubra os 10 “Wallies”…
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Adoro estas cercanias, num fosse eu um home do Norte, carago… Ao longe a cerca de 13 kms em linha reta, o miradouro de S.Mamède (do lado esquerdo da foto).
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Viemos d’além daquele vale.
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O “Pereira” como sempre o “verdadeiro” timoneiro deste grupo. Amigo, contigo vou até ao fim do mundo. Muita malta aqui viu-se grega para subir…
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Como constatam algumas zonas mais pareciam florestas amazónicas tal era a densidade de vegetação. Há quem lhes chame giestas mas eu gosto da palavra codeço.
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O famigerado abastecimento a +/- meio da prova (km 21), sobe e se sobe, mas como diz o adágio “depois de uma subida há sempre uma descida” e que descida meus amigos, foram +/- 10 kms de descida para todos os gostos. Quem esteve lá, sabe do que falo.
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Do outro lado do monte as condições tinham piorado e de que maneira.
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Descer, descer, mortal mesmo…
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É por imagens como esta que eu não me canso de rolar no Norte. “Welcome to the calhaus land”…
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Mais uma de pormenor e o “Ermal” em pano de fundo.
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Mãe e filho em amena cavaqueira.
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Mais do mesmo e lá ao fundo, bem ao fundo, quase não se vê, my land “Póvoa de Lanhoso”.
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Se até agora tinha sido uma experiência “inolvidável” então a partir daqui nem vos falo companheiros (as). Aqui o amigo “Pereira” ajudou um companheiro (verde nestas andanças, sem qualquer conotação pejorativa, isto porque à medida que o tempo voa, constato que nós é que nos vamos tornando autênticos dinossauros) que quase tinha partido o “dropout”.
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Lindo e mai nada !
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Parque de lazer do Pontão junto à barragem das Andorinhas em Sobradelo da Goma, estávamos a +/- 7 kms do fim da nossa epopeia.
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Tínhamos de contornar este lago e para tal tivemos de embrenharmo-nos na floresta.
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Foram cerca de 2,0 kms de sobe e desce em “single tracks” que distavam da água menos de 1,5 mt. Em caso de queda, espero que saibam nadar, mas não stressem muito porque eu também não sei nadar e fiz, bref…
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Mais do mesmo…
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Mais uma zona bastante rápida e muito bonita.
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Companheiro “Viegas” me aguarde!
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Agora a pergunta a um milhão! Sabem quanto tempo demoramos?

Sem vergonha de o dizer e porque fomos para este passeio com um espírito de passar um bom bocado juntos, pois são cada vez menos os momentos para o fazer.

Foram cerca de 5h38 para fazer +/- 38 kms. Atrás de nós, só mesmo os 3 últimos que tínhamos visto ao longe. Acreditem que não demoramos esse tempo todo porque tivemos algum tipo de percalço, mas tão-somente porque as paisagens eram inebriantes e quis memorizar o máximo de informação pois sou daqueles que afirma “de vive voix”, “estas emoções já ninguém mas tira!”.

Obrigado companheiros pela amizade, pela partilha destes momentos, pela espera enquanto “foto-reportava”. Como diz o “pobo”, poucos mas bons.

Ao Rui da PedalCenter-Braga o “Pereira” agradece pelo excelente trabalho de afinação (nomeadamente travões) e lavagem, executado na bicicleta, dias antes do passeio.

À organização deste 9º passeio Rota dos Bifes, quero aqui deixar os meus mais sinceros e sentidos parabéns e agradecimentos por este fabuloso dia. Vocês são um exemplo a seguir, são a prova viva que por vezes com poucos ovos se consegue fazer uma excelente omelete. Continuem assim a surpreender-nos a cada ano que passa, assim como tantas outras organizações que por este país afora se dedicam de alma e coração ao bem-estar de todos os amantes desta modalidade.

“Last but not least”, obrigado ao Sr. Luís do restaurante “O Luís de Castelões” isto porque como diz a publicidade da Carlsb. “Provavelmente a melhor casa de pasto, onde se come o melhor bacalhau grelhado na brasa com batata a murro deste planeta”. Um grande abraço Luís e que nunca as portas feche…

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

salgado52

Active Member
E como não podia deixar de ser,mais um brutal e espetacular foto-report,amigo acho que vou é por a "barraca" há venda e mudar-me para essas paragens,eh!eh!eh!

Vou ficar atento no próximo ano a essa Rota dos Bifes e não só,pois sou um fervoroso adepto desse tal bacalhau com as tais batatas "ao" murro,e se tu dizes que é onde se come o melhor bacalhau no planeta,quem sou eu para duvidar!!!!!!!!

Dessa zona do Ermal e pressuponho que seja a mesma zona,só conheço de há uns anos a esta parte ter assistido a um grande festival de rock que por aí se fazia...

Abraço amigo Alexandre e ao xõr Pereira...
 
Last edited:

QUEBRA TOLAS

New Member
Boas Alexandre. É caso para dizer que a espera compensou...e de que maneira!!! As imagens falam por si, e até tem um sabor a prenda de Natal.
Que o amigo continue a ter tempo para disfrutar destes momentos únicos e que os possa partilhar com "nosostros"" .
Desejo um optimo 2014 (com muito trabalho mas tempo para muita pedalada !!!)
 
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